segunda-feira, 29 de novembro de 2010

quinta-feira, 25 de novembro de 2010

Amo muito tudo isso (também!)



Eu Consumo
Tu Consomes
Ele consome
Nós Consumimos
Vós Consumis
Eles Consomem

Não tem escapatória, conjugue o verbo em qualquer tempo e você ou o próximo estará de certo con.sumido, se só ou ponto com alguém, é com.tigo mesmo. Porque? Porque não existe utopia. Porque para você possuir mais, alguém você deixará em situação mínima de posse, e quanto mais se tem a mais que a maioria, mais se fortalece quantitativamente a  mesma maioria. Que, neste caso específico, pode nem ter sempre razão, mas uma hora terá mais força. Mais força ela tendo, é só uma questão de tempo e de querer. E o querer, vai seguindo este raciocínio lógico, na cabeça de uma minoria rebelada, nascida de uma maioria despossuída, você sabe, é muito poder.

Pra manter uma população carente de posse controlada, usa-se da repressão. O que está ocorrendo no Rio de Janeiro hoje, exatamente? Exatamente o que está passando nos telejornais. Marginais -fortalecidos-pelo-ódio-da-injustiça-social, nascidos-da-maioria-desfavorecida, resolvem-implantar-terror-para-chamar-a-atenção-da minoria que se acha detentora do poder.

Amiguinho, possuir (a mais) é A pica! E ‘boa’ pica que se preze está sempre a perseguir um lugar protegido e aquecido pra se inserir e se reproduzir parasitando. Quem se habilita?...

Quem é muito consumista. Geralmente o muito consumista é O picão. E dependendo do picão, no dele, uma boa pica não se insere. Então digamos que toda pessoa muito ambiciosa, obcecada pelo ter, a meta seja ser O picão inatingível. Agora, imagine se esta for a meta da grande maioria da população... Aí é o caos, né? Pois é exatamente esta a sitiação que estamos vivendo. Todos são estimulados a serem picões, mas o Deus Mercado, solenemente caga e anda pra quem atinge a meta. Adula a todos! Indiscriminadamente. Eita deus pra ser democrático!... E assim caminha a humanidade... O picão possui e quanto mais possui, mais picão ele se acha. Deus Mercado, gosta dos picões, porque quanto mais têm, os picões mais querem possuir. O picão, na verdade um bundão, alimenta Deus Mercado e o deus alimentado, vai dando comidinha na boca do bundão, digo picão. Picões/bundões, não estão aí para a maioria pobre - despossuída até de ambição – ao contrário, ele, picão, a despreza solene. Sem perceber que está alimentando o ódio dos rebelados dessa maioria indigente - justo aqueles que possuem tanta ambição quanto o atual picão bem sucedido (farinha do mesmo saco os dois félas das puta). E é justo o consumo, a não possibilidade de consumir, como consomem os picões, que faz os marginais daquela maioria indigente, se rebelar. E eles vão se vingar! Agora veja os telejornais com esse olhar - caso, claro, não tenha atinado pra ele.

Sabe o que disse Fernandinho Beira Mar lá em 2001, na CPI do Narcotráfico sobre como ingressou no crime? "Ah, a gente via aqueles tênis bacanas nos pés dos playboys e queria ter um igual, aí a saída foi trabalhar pro tráfico.”. Ora, prezado leitor se essa não é a história de 9 entre 10 delinqüentes dos morros do Rio de Janeiro?...

Há trocentos anos os comunistas, pensaram: “reprimamos o consumo!”... O mesmo que dizer, “a culpa é do Tênis!  O tênis é a droga! Condene a Nike!”  Deu certo? Nem dará. Pois vou mais longe: assim como no Tropa de Elite 1, acusaram o playboy usuário, pelo aumento e fotalecimento armado da violência, eu condeno a histeria consumista descabida e a estupidez e a insensibilidade que ela provoca nas pessoas, pelo o tudo que acontece agora no Rio de Janeiro. O segredo para se manter uma população satisfeita? Consciência, respeito pelo outro, senso de cidadania... e esses valores não estão à venda. Deus Mercado abomina esse tipo de produção. Como poderá vender a porcariada que fabrica, a preço de batatas chips, para uma população mais seletiva? Na China do Mao, o cara radicalizou: "a droga é o saber, proíba-se a Cultura!" E o que temos lá hoje? Entre tantas ignorâncias, um cidadão eleito prêmio nobel na cadeia, ignorante da própria conquista. A China, o país que mais cresce no mundo! Mas o povo? "Ah, ao povo os chips e as batatas! Utopia não existe. Mas a consciência sim. É só ser estimulada no seio da população. Mas este produto é caro demais, e sua eficiência só se constata há longo prazo, né, PT? Saudações, então. Agora varre essa sujeira ao menos, poder! Com seus tanques, BOPE e caveirões... O negócio não é erradicar o virus, o negócio é maquiar o terminal. De preferência com um showzinho de pirotecnia. "Olha o Caveirão, que lindo! Olha, filho, os tanques das nossas Forças Armadas!" "Parece 7 de Setembro, né pai?"  "Olha, filho! Agora lá vai o nosso herói do BOPE, o Coronel Nascimento! Acena pra ele, filho!"... "Puxa, porquê eu não comprei aquele celular Nokia com câmera cyber-shot de 7.2 megapixels, em promoção na Ricardo Eletro do Hulk"...

Mas afinal quem é esse deus mercado, inimigo meu nº 1 e o melhor amigo da grande maioria?


Sei lá, ele pode ter várias faces. É  um tipo incógnito e voraz que se acha por  toda parte, por exemplo, pra ele já é normal medir a situação financeira de uma nação pelo preço que se cobra por um Big Mac na boca do caixa.  Vê se ele é seguro de si... Mas ele é mais! Ele é tão teso de seu poder de  persuasão,  tão estrategista, manipulador e calculista... quanto se espera de quem só visa os lucros, caraio!... E, taquiupariu!, porque te surpreendes ainda?, ele é tão irônico... Irônico? Irônico sou eu é você. Ele é tão sarcástico, que decorou no próprio 'templo', de uma forma lúdica, o fim e o começo, dele mesmo, e de todos os fiéis  que rezam pelo seu manual. Veja a ilustração do plano simples desse Deus, em detalhes, uma coisa encaixa na outra, como começo e fim, em si mesma

Ah! Os meios... Ora, os meios vão na pronta entrega do prazer.



"Ah mas se eu trabalho honestamente, tenho todo o direito de consumir o supérfluo, tênis, celular... Xuxa Só Para Baixinhos 10, que me der na telha ter. E nem por isso, sou obrigada(o) a correr riscos pela cidade, na qual pago religiosamente os meus impostos.”

Deus mercado ouviu isso. E sorriu pensando satisfeito, “aí está, um(a) candidato(a) em potencial à coroinha na minha congregação...”


Então vos pergunto: enquanto cresceu o mercado de bugigangas de grife, dos vitais celulares, fast foods e, claro, de farmácias em sua cidade – as pequenas, a pesar da menor probabilidade de violência física, são as que sofrem mais rápido com a violência silenciosa – para onde levaram os cinemas, livrarias, e teatros lá pelas tuas bandas?

Quando a cultura se tornar o que já se tornou, o supérfluo, e o barato for ostentar na cabeça a carapinha do Neymar e/ou um traseirão de melancia, o Mercado, que é implacável, terá cumprida (já cumpriu) a sua missão.

segunda-feira, 15 de novembro de 2010

THREE FRIENDS - SCHOOL DAYS - 2010

Olha, se eu nunca fui contra revivals dos dinossauros - inclusive vi a série do Spielberg amarradão, no caso das bandas... acho a idéia, se mico ou não, proporcional a postura de cada indivíduo no conjunto. Mas no caso da minha favorita, desde a minha mais tenra idade de 12/13, aí, pô... E com uma postura serena e um som fidelíssimo desses... Deixo vocês, a audiência, julgar... De minha parte, minha opinião não muda. Gentle Giant é a melhor música, no estilo rock progressivo, que já surgiu e jamais surgira na face Terra. E se não mais surgirá, que voltem!

Three Friends - School Days 2010

(se houver dificuldades de assistir por aqui clica K)


sexta-feira, 12 de novembro de 2010

MiM, um Disco Romântico (Marcela Belas & Daniel Cohen)

Recebi, alguns dias passados, por e-mail, uma proposta bem decente:

"Olá Sergio, tudo bem?
Venho por aqui fazer um convite a audição de um novo projeto que eu e a Marcela Bellas  estamos lançando, chamado "Cohen e Marcela: MiM, um Disco Romântico", totalmente independente. É um projeto paralelo ao trabalho dela no "Será que Caetano vai gostar?" e paralelo ao meu na mão de oito.

É muito importante o trabalho que vocês fazem e nossa divulgação por enquanto está sendo basicamente via blogs independentes e temos tido um retorno muito legal, principalmente dos seguidores do "Um que Tenha" e do "a Musicoteca". 
Estou te mandando os links com diferentes tamanhos, caso queira postar pelo Sergio Sônico, ou repassar para outras pessoas:

Seria muito legal pra gente!"

Pra mim também, Daniel. Até porque gostei muito do trabalho pop-honestíssimo de vocês!

Um grande abraço. Boa sorte! Sigam na luta!

320 kbps - MiM, um Disco Romântico



Faixa 2 - "Vão Dizer"


domingo, 7 de novembro de 2010

Marcio Faraco (Ciranda) 2000

 
No exterior, figura exponencial, aqui o "famoso quem mesmo?"  - essa é a realidade de vários músicos brasileiros, que encontram lá fora a oportunidade que um dia o estabulishment avisou que ligaria mais tarde. Com Márcio Faraco não foi diferente, na tentativa de lançar seu trabalho e encontrando apenas portas fechadas no Brasil, a chance para o seu sonho se realizar aconteceu no além mar. Em seu caso, nem a argumentação de que faltou-lhe apadrinhamento é cabível, ao contrário: em começo de carreira - antes de Marcio partir pro mundo - foi Chico Buarque quem se empenhou pelas gravadoras, entre Rio e São Paulo, sempre com um CD demo do violonista à tiracolo - fazer o que se, só pra contrariar, a turma do molejão chegou antes, varrendo as esperanças primeiro?

Depois de duas décadas, o violonista, compositor, arranjador e cantor está alcançando o reconhecimento mundial como uma das personalidades mais originais e inovadoras da nova música popular brasileira. Nascido em 1963, em Alegrete - Rio Grande do Sul, reside em Paris há mais de dez anos.

Em 2000, “Ciranda” foi a primeira experiência a solo de Márcio, que conta com composições próprias de altíssimo nível e de gente que não se alienou do outro lado do mundo e está muito bem interado com as questões nacionais. O som é inovador, mescla ritmos típicos brasileiros, flerta com a bossa nova, samba e um toque de baião. Além de tocar violão como poucos, Márcio é dono de uma voz suave e que se encaixa perfeitamente com suas melodias.

Enfim, Márcio Faraco pode se considerar um vencedor, teve o seu reconhe-cimento mais do que merecido, Ciranda foi muito bem na Europa e desde então, por lá viaja, além do Japão, fazendo muitos shows. Já lançou 5 álbuns. "Ciranda", a música título, com a participação de Chico Buarque, "Interior" (2002), "Com Tradição" em 2005, "Invento" (2007) e "Um Rio" (2008) avec Milton Nascimento.

Enquanto isso, no Brasil dos 2000 pra cá, um sem número de pagodeiros passaram. Dos únicos que ficaram famosos, sobram 3. Um, com carreira internacional (???!!!) atropelou e matou um motoqueiro e nada deu, outro foi parar na cadeia, pois com o narcotráfico se envolveu, e o terceiro? O 3º é um fofo! Quando não está espancando mulheres e repórteres em pânico, vai tentando carreira solo como Senador da República - distribuindo banana e ensopapando a já nocauteada cultura nacional.

Infim, favê o Q? Q tal ouvir -e cantar- a ciranda do desapego e da resignação? "Ciranda", a música, diz tudo.
A faixa 1, é justa a que conta com a participação do Chico Buarque.

MARCIO FARACO (CIRANDA) 2000

quinta-feira, 4 de novembro de 2010

Charlie Mariano & Mal Waldron Trio - Autumn Dreams 2003



E foi em meio ao abafado mormaço da dúvida, diante à ressaca caótica de vagas incertezas, divisamos, ainda que disperso, mas denso, gotejar de apreensão.



Prenunciava o dilúvio.



Ao longe, por sobre a bruma e a linha tênue que separa contrastantes tons de azul, duas solitárias gaivotas abriram aspas no céu.



Aspas aos céus, aspas à música. Musa capaz de traduzir em si - lá- sol -, o abalo sísmico calado dentro de nós.


Early Autumn (Johnny Mercer, Ralph Burns & Woody Herman)
" "

Personnel:

    * Charlie Mariano - alto saxophone
    * Mal Waldron - piano
    * Paulo Cardoso - bass
    * John Betsch - drums

Titles:

   1. Floating Cherry Blossoms (Mal Waldron)
   2. Greensleeves (traditional)
   3. Cry Me A River (A. Hamilton)
   4. Early Autumn (R. Burna)
   5. Softly, As In A Morning Sunrise (S. Romberg)
   6. Autumn Dreams (Mal Waldron)
   7. Randy (Charlie Mariano)
   8. Autumn Leaves (J. Kosma)
   9. 'Tis Autumn (H. Nema)
  10. The Thrill Is Gone (R. Henderson)
 
Recorded August 7-9, 1991 at Trixi Tonstudio, Munich, Germany
Released by Alfa Jazz, Japan, ALCR 142 CD
Reissued 2003 by Pony Canyon (Japan) 30235

Sobre o Mal do bem.

... E sobre Mariano, pesquise. Adoro a histórinha de que, sendo ele um amante de copo s(cheios), perguntado por um fã como era capaz da proeza de tocar tão bem bêbado, como sóbrio, rspondeu: É que eu estudo bêbado. 

segunda-feira, 1 de novembro de 2010

TIRA O TUBO!!!!!!!!!!!!!!!!!


Sérgio Sônico? Sergio Atônito!

"Parecer do Conselho Nacional de Educação, elaborado pela professora Nilma Lino Gomes, da UFMG, e publicado no "Diário Oficial da União" sugere que o livro "caçadas de Pedrinho" obra do escritor Monteiro Lobato, publicado em 1933, não seja distribuído a escolas publicas, sob argumento de que é racista.
            "Caçadas de Pedrinho" relata a aventura da turma do Sitio do Picapau Amarelo a procura de uma onça pintada. No livro, Tia Anastácia é chamada de "negra"; e animais como, urubu e macaco sofrem abordagem racista. Um trecho do livro, diz:  "Tia Nastácia, esquecida dos seus numerosos reumatismos, trepou, que nem uma macaca de carvão".  Em outro: "Não é à toa que os macacos se parecem tanto com os homens. Só dizem bobagens"; justifica o seu parecer, Nilma Lino. Ela sugere ao governo que não sejam selecionadas obras que descumpram o preceito de "ausência de preconceitos e estereótipos".
            O parecer foi elaborado a partir de denuncia de Antonio Gomes da Costa Neto, mestrado da UNB à Secretária de promoção da Igualdade Racial, ligada à presidência da Republica. O ministro da Educação Fernando Haddad precisa homologar o parecer do CNE para que entre em vigor."

Ô NIIIIIIIILMAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAHHH!!!!!!!!!!