Horace Silver foi um dos principais músicos do hard-bop e do soul-jazz dos anos cinqüenta com um estilo próprio de execução e composição que sofreu as influências do gospel negro, bebop, raízes latinas e de r&b.
Nascido em Norwalk, no dia dois de setembro de 1928, Silver cresceu escutando a música folclórica de Cabo Verde, terra natal de seu pai. Nessa época ele também absorveu o jazz popular, o blues e o gospel. Ele começou tocando saxofone e piano na escola secundária, influenciado por Thelonious Monk e Bud Powell. Silver foi contratado por Stan Getz em 1950 e trabalhou com ele durante um ano.
Depois de mudar para New York em 1951, Silver tocou e gravou com várias estrelas de jazz, inclusive Miles Davis, Milt Jackson, Lester Young e Coleman Hawkins. Sua primeira gravação como líder foi com Lou Donaldson em 1952 para a Blue Note, iniciando uma relação profissional que durou 28 anos.
Silver trabalhou também com Art Bakley no “Jazz Messengers” em 1953, grupo que lançou os fundamentos da era do hard-bop. O perfil de Silver como líder e compositor cresceu muito nas duas décadas seguintes, especialmente com a autoria de melodias como, "Doodlin", "Opus De Funk", "Sister Sadie" e em 1964 seu grande sucesso, "Song For My Father."
Como a banda de Blakey, o seu grupo se tornou um chão fértil para o desenvolvimento de jovens talentos, entre eles os irmãos Brecker, Joe Henderson, Woody Shaw e Benny Golson.
Horace Silver (originalmente Silva, dada a ascendência caboverdeiana), faz o som típico que agrada os ouvidos menos treinados ou afeitos ao jazz. O pianista usa e abusa das técnicas mais intrincadas das composições atonais, mas acaba sempre agregando passagens mais acessíveis a essas peças. A expectativa que o acompanhamento das variações dessas execuções gera à volta ao tema original é algo impressionante e impagável.
¨Song for my Father¨ - inspirada em ritmos brasileiros -, primeira faixa do álbum homônimo, além de belíssima, funciona como trampolim para as demais composições que externam expressiva atenção às raízes paternais do autor.
Este, porém, é apenas um dos fatores que acabam por enriquecer a obra de Horace Silver. Há o ser humano. Sua humildade ao destacar os solos dos companheiros de banda em seus álbuns e apresentações; além da postura sempre honrosa diante das adversidades da vida. Típico caso em que a personalidade ratifica a obra, que por sua vez, faz o caminho inverso e realimenta o mito do artista completo.
Fonte Clube de Jazz
HORACE SILVER - SONG FOR MY FATHER -1964
Horácio Prata influenciou as gerações seguintes de funkeiros jazzistas. Indispensável.
ResponderExcluirSegui sua orientação e postei uma nota sobre helen Hulmes. demasi, a menina.
Bacana. Foi vc que baixou os Steely Dan aqui, né? Pois há uma música deles (SD) "Rikki don't lose that number" do álbum Pretzel Logic de 1976, que tem o sampler mais antigo, pelo menos de que eu me lembre. Se vc comparar os pianinhos base que abrem as duas músicas, vai concordar comigo. Acho que a linha melódica tbm, uma música cabe direitinho dentro da outra. Esse papo de o sampler mais antigo claro que é chute. Mas faz a prova dos 9.
ResponderExcluirComo não sei se tem a música dos Dan linkei-as as duas juntas:
http://www.zshare.net/
download/101053149874f24c/
Finíssimo! Como eu costumo dizer, música para gente grande.
ResponderExcluirAbraço,
WOODY
valewww serjão, mais um p/coleçao, sabiojeito
ResponderExcluirabrazzzz
cara muito bom seu blog. você tem um matérial muito bom, estou iniciando um singelo blog se possivel faça uma visita.. e gostaria de estar fazendo um intercambio musical contico.. se caso tiver soul seek.. me passe o nick ou add no msn wellitonluiz@msn.com
ResponderExcluirabraço.
meu nick no slsk é produzideia. Obrigado, amigo Canbeck e frequente aqui. Estamos as ordens.
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