Um gigante longevo na paisagem do jazz europeu, com técnica grandiosa, o pianista Georges Arvanitas e sua versatilidade impressionante fez dele uma espécie de ponto de convergência para os jazzistas americanos, quando iam para a Europa - mais precisamente, a Paris. Nascido em 13 de junho de 1931 em Marselha, Arvanitas era filho de imigrantes gregos vindos de Istambul. Começou a estudar piano clássico aos quatro anos, mas como um adolescente clássico, gravitou breve para o jazz. Aos 18 anos foi chamado para o serviço militar E prestou o serviço em Versailles. Por sua proximidade com Paris Arvanitas foi logo exposto à próspera cultura jazz da cidade no pós-guerra E deu início aos trabalhos em clubes como Le Tabou e Les Trois Mailletz ao lado mestres americanos, incluindo Don Byas e Mezzrow Mezz. Depois de completar o seu serviço, Arvanitas mudou definitivamente para Paris, onde liderou a banda da casa no St. Germain Club. Apoiou estrelas americanas como Dexter Gordon e Chet Baker. E logo ganhou notoriedade, reuniu-se ao baixista Doug Watkins e o baterista Art Taylor para gravar “3 AM” (1958), vencedor do Prémio Django Reinhardt e o Prix Jazz Hot.
Arvanitas passou metade de 1965 em Nova York, colaborando com Yusef Lateef e o saxofonista e trompetista Ted Curzon para gravar para a Blue Note “The New Thing and the Blue Thing”. Retornou à terra do jazz um ano mais tarde, desta vez em uma turnê com a banda do grande trombonista Slide Hampton. Arvanitas foi também um sideman respeitado, e ganhou o apelido de "Georges Prise Une" ("One-take George"), por sua eficiência e domínio confiável. Ele foi o favorito do compositor Michel Legrand e apareceu em muitas das gravações de suas trilhas sonoras. Foi Arvanitas também que tocou o Hammond memorável que encheu de sensualidade o sucesso de Serge Gainsbourg na infame "Je T'aime, Moi Non Plus" pop hit de 1969. No entanto, continua a ser mais lembrado por uma série de LPs, acompanhado d baixista e o baterista Jacky Samson Charles Saudrais, trio que existiu entre 1965 e 1993 – o álbum Space Balada de aniversário é particularmente notável. Ele também foi o destinatário do Chevalier des Arts et des Lettres prêmio de 1985. Mas, problemas de saúde obrigaram a Arvanitas a se aposentar da música em 2003. Ele morreu em Paris em 25 de setembro de 2005.
Enfim, não é necessário ouvir mais que 3 ou 4 faixas desse pianista diferenciado, para entender como conseguiu obter tanto reconhecimento em tão pouco tempo. No entanto, quantos o conhecem?
Bem amigos da Rede, isto é o que diz, numa pequena biografia, o site allmusic.com.. No espaço do mesmo site, dedicado a discografia, são citados 15 álbuns solo, sendo que nenhum deles, com alguma resenha ou cotação. É provável que numa pesquisa mais aprofundada, pode ser que sejam encontradas maiores informações. O fato é que este é mais um grande artista do jazz, praticamente esquecido. No entanto, na audição 1ª deste álbum - e esse é o tipo de disco que se escuta e quer-se postá-lo imediatamente -, minha vontade foi descreve-lo em apenas uma palavra:
IMPRESCINDÍVEL!
George Arvanitas (Plays... George Gershwin P.1)
Faixa 03 - It Ain't Necessarily So
Faixa 10 - The Man I Love
Tua cultura musical é uma verdadeira afronta !!!
ResponderExcluirAdoreiii
Bjo e boa semana Mr descobridor sonoro rs
Ale
Ufa, Alê! Bem vinda. Mas, cultura músical, tenho não, são seus olhos, ou seus ouvidos, neste caso, muito me honra pq bom gosto é melhor elogio pra mim.
ResponderExcluirMas vc vem lá da casa do Jazz + Bossa + um monte de erudição misical do mr. Érico Cordeiro. E eu sou um humilde aprendiz.
De modus que bacana é vc k na choupaninha.
Espalhe-se.
Bjo!
sonzaço bacanudo mesmo...
ResponderExcluirtô curtindo as radiolas
valeô, seu sérgio san
abrçsons
Amante da musica!
ResponderExcluirEu fico assim impressionada com pessoas como
você, que consegue falar sobre esse tema com
tanta facilidade, de forma saudável e
cativante, a ponto de nos prender à leitura!
Amei!!! Ainda vou aprender a conhecer mais
sobre tudo isso...
Deixo a você um abraço, meu carinho, e o desejo
de que tenhas um lindo e abençoado fim de
semana... Abraços
Grande seu pituco san! Realmente, terei que concordar, um discaço maiúsculo esse. E essas dicas vêm todas das postagens completas em informação de seu San II, o Érico. Sempre q ele cita quem tocou com quem eu vou colando os nomes q ainda não conheço e vou atrás de uma obra, geralmente encontro várias! E viva a Rede! Por exemplo agora ouço - dica da postagem do Brew Moore - o Tony Fruscela e assim vou colorindo de novidades a minha discografia jazzy pra jazzólogo nenhum botar defeito.
ResponderExcluirAbraços! Valeu a visita!
Adorei o seu blog!
ResponderExcluirE eu a Casa.
ResponderExcluirSeja bem vindo ao Sônico. E, por favor, na choupaninha é de bom tom, olhar as estantes, ouvir o que dá pra ouvir e ver o que der pra ver. Enfim, bisbilhotar aqui é super in.
Grato a visita,
abraços!
Como diria um antigo personagem do Jô Soares: é melhor que bom, é melhor que ótimo, é bótimo!
ResponderExcluirNada tenho desse renomado pianista francês - pelo menos como líder.
Seus discos são raros e as músicas postadas são de primeira - ele tem uma abordagem moderna, lembra pianistas contemporâneos como o Benny Green ou o Brad Melhdau.
Uma excelente escolha, Meu Garimpeiro!!!!!
E tome cuidado com peptídeos hipoglicina A e B, ambos altamente tóxicos e encontrados na akyie fofo, ok?
É verdade, seu san, pianista estilosíssimo, uma tremenda descoberta, como já disse, citado numa de suas postagens, e uma raridade difícil de se achar até no amazon. consegui baixar mais uns 3 álbuns q ainda não ouvi por pura falta de tempo. Mas só por esse aqui o Arvanitas já ganhou o direito de viajar na primeira classe pro olimpo e na janelinha.
ResponderExcluirAbraços, e valeu a visita.
Puxa vida, eu fui te visitar antes de responder, moça... Por pura intuição. E a ficha acho que ainda nem caiu. Você escreve bem demais! Como me sinto honrado de ver uma escrevedeira de sua linhagem, nessa miscigenação homogênea de negrinha da senzala com a loura da nobreza da sede da Casa Grande... E baiana - linda como Q, pra fechar o imbroglio do presente -, aqui, na minha humilde choupaninha, sem que eu tivesse sequer a conhecido antes e feito o convite... Aqui a elogiar os meus garranchos. Dica, se eu não fosse, no mínimo, um projeto de homem bom, ficaria realmente convencido. Mas aí, contrariando o "vale o escrito" que foi dito aqui encima. Então, xeu baixar meu facho dessa luz q me alumia, você, e guardar minha pontinha de orgulho bobo só pá eu.
ResponderExcluirMuito obrigado!
Beijos!
É claro q vou te freqüentar e tentar conhecer aquela estância inteira...
Eu juro que tento viu?
ResponderExcluirJuro que tento...
mas falando sério...
Você é grande quando o assunto é musica.E cê sabe que eu amo piano neh?
Vou ouvir com muito carinho, mas é só porque vem de vc.
brigadinho miguxo.
Bjos mais que achocolatados, lambrecados...rsrsrsrrs
Ô Zuca, tenta. Tenta pq isso não é música complicada não. Jazz é só a melhor música que há. Então é quinem/semelhante ao que se canta do samba, "quem não gosta de samba, bom sujeito não é, é ruim da cabeça ou doente do pé". Teus pésinhos me parecem saudáveis e a cabeça é ótima, então, deve ser aquela preguicinha básica. Lembra do André Gide? Pois é. Quando a preguiça der, lembra do André (o francês).
ResponderExcluirBeijos com sabor de esperança.
Não tenho cultura musical alguma,mas, lendo a bibliografia na hora me lembrei do filme " A lenda do pianista do mar" Já assistiu?
ResponderExcluirMontão de bjs e abraços