sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

Esther Phillips (Burnin' + Confessin' The Blues) 1970-75


Ela era tão versátil, pro seu próprio bem, que, comercialmente, seu incomensurável talento a atrapalhou e fez-lhe um mal imenso... Como isto é possível? Simplesmente, os executivos (sempre eles...), não tinham uma clara idéia de como, em que nicho, encaixá-la no mercado, o que a impedia de alcançar o reconhecimento ao longo de seus pouco mais de 25 anos de carreira. Um gosto ou, para alguns, um vício, a voz de Phillips tinha uma singularidade: anasalada e rascannte ao extremo, até ganhou comparações com Nina Simone, embora ela mesma contasse que Dinah Washington era a sua principal inspiração. A carreira de Phillips - pelo dom inquestionável - começou quando ela era muito jovem, mas ainda nesse breve desabrochar, Esther já lutava contra a dependência química na adolescência... Qualquer semelhança com a nossa Amy, não é mera coincidência, não apenas pela  queda às profundezas dos poços mais sem fundo, como também suas vozes se assemelham bastante. Mas, no caso de Esther, os tempos eram outros. O impacto à saúde, decorrência de prolongada drogadição, abreviou-lhe a vida a parcos 49 aninhos. Não fosse o seu extraordinário talento, a história de Esther Phillips poderia ser contada assim: "Esther Mae Jones de 23/12/1935 em Galveston, Texas, a 08/08/1984 em Carson, Califórnia". Mas ela tem a música. E agora, alguns de nós a temos também.

Bem, este álbum é um 2 em 1, o 1º é uma apresentação ao vivo, "Burnin'" (1970), o 2º "Confessin' The Blues", gravado em estúdio, em 1975. De ponta a ponta, os dois discos juntos são uma uma maravilha. Destacar faixa, um problema,  não fosse uma conhecida de todos: fosse a mim encomendada uma compilação das melhores versões para as músicas dos Beatles, esta interpretação de "And I Love Him", me viria à cabeça de primeira. E, pra não deixar manco o 2 em 1 e fazer justiça ao "dois", "Confessin The Blues", destaquei um blues mortal! A última faixa do álbum. Confiram.

Esther Phillips (Burnin') 1970

Esther Phillips (Confessin' The Blues) 1975

"And I Love Him" (track 02, álbum Burnin'):


"Blow Top Blues, Jelly Jelly Blues" (track 11 Confessin'...):

18 comentários:

  1. Baixei e saravei. Valeu, mr. Serjnao.

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  2. Oie...Passando pra ouvir musica e ler-te um pouquinho..
    Linda demais a voz dela.
    Bjos achocolatados

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  3. Valeu, Salsa sam! Toamra q curtas.

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  4. THX sErgIo ! from italy - Oneredjitaly

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  5. Valeu, Sandrinha, Grazie Alessandro!

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  6. Passando por aqui,
    Inebriando-me...
    Deixo beijos e tulipas!

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  7. Merecida homenagem.

    Grande abraço, JL.

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  8. Sua aprovação é sempre um elogio pra Casa Sônica, mr. Lester. E essa mulher precisava ser (re)lembrada.

    Abraços!

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  9. Tulipa, com você eu falo pessoalmente.

    Muito grato a visita.

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  10. Sr Mr. Sergio
    Que maravilha !!!!!!!!
    Abraços sonoros

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  11. Senhor Sergio,
    Peço desculpas por elogiar antes do tempo. è que logo que baixei o primeiro, sai logo jogando confete pra cima sem ouvir o segundo... PQP! está dificil de dizer qual é o melhor, Gostei dos dois . VALEU!!!

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  12. Ufa! Pelo jeito q começou eu pensei q ia cair de pau. São maravilhosos os dois. Esse 2 em 1 tem um diferencial, se num disco só já é difícil não tter ao menos uma faixa mais ou menos, em dois então, muito mais difícil! Mas os 2 álbuns são escelentes de cabo a rabo. É verdade acho q um completa o outro.

    Valeu, Edinho!

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  13. Mr. Seu Sérgio,
    Do que ouvi, gostei bastante.
    Mais do blues "Blow Top Blues, Jelly Jelly Blues" que da versão de "And I Love Her".
    Ela me lembra a Aretha Franklin, pela voz pequena e aguda, que a voz grave e metálica da Nina Simone.
    No tempo da disco music ela chegou a fazer algum sucesso - procurei em minhas coletâneas e achei uma versão "disco" de "What a Difference a Day Makes" (não é das minhas preferidas, por certo, mas vale pelo inusitado).
    Legal saber que ela tem um trabalho mais interessante.
    Como sempre, descobrindo raridades, meu Garimpeiro!

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  14. Seu san, eu amei esse disco Disco dela. Tenho-o. Veja o q escrevi na contra-capa da minha 'repro', reco-records:

    "Diante dos créditos de "What A Difference A Day Makes" um desavisado facilmente entende tratar-se de um álbum de jazz. Afinal o LP foi produzido por Creed Taylor, arranjado pelo guitarrista Joe Beck e além desses nomes da procedência, ainda na escalação conta com gente do naipe de Michael e Randy Brecker, Steve Khan, Don Grolnick, Jon Faddis e tantos outros legítimados no gênero. Ora, pensa-se: com uma gig assim Esther Phillips só poderia ter gravado um álbum jazzy de primeira classe, certo? Errado. Mas what a difference alguns dias fazem, se entre 22/03 e 02/04 de 1975, a disposição era a de se criar um dos mais refinados albuns DISCO de que se tem notícia?"

    Sim, o blues é mais roots, daí deve ter recaído sua preferencia, mas a versão dos Beatles tbm está matadora.

    Valeu a visita seu San.

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  15. Não é do meu gosto,mas, como cultura musical,bem legal. Desejo um 2011 repleto de boas surpresas, prosperidade,saúde e muito amor! Montão de bjs e abraços
    Elaine Barnes

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  16. Valeu, Elaine, pra voc~e tudo isso em dobro. Beijos!

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  17. Este comentário foi removido pelo autor.

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  18. Sandra, vc tomou a decisão de se deletar daqui. De minha parte, muito antes disso, mas muito antes mesmo, estava com vontade de começar o ano com o blog liso, sem nem as gentilezas dos selos. Claro q não o fiz pq sabia q seria deselegante tirá-los. E te pedir, poderia de alguma forma ser ainda pior. Mas, a partir do momento q vc desvinculou o seu blog do meu, pude tirar os selos, sem medo de ofender suscetibilidades. Coisa que vc tbm não pensou quando se deletou daqui, sem uma explicação plausível..

    O que você ainda não entendeu, Meu Aconchego, e não sei há quantos anos de vida, é que cada atitude nossa gera uma conseqüência. Dizem que um bater de asas de uma borboleta, afeta todo o universo, e eu sou daqueles que acredita nessa hipótese. Portanto, o dia que você compreender q ações geram reações e que as coisas não acontecem por nada, tudo ficará mais claro pra você.

    Beijos.

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Uma obra de arte é um ângulo apreciado
através de um temperamento.
(Emile Zola)