quinta-feira, 6 de março de 2008

DORIS DUKE (I'M A LOOSER) 1969


Baixei esse disco há anos e o Sergio Sônico está me ajudando a resgatar coisas que poderiam cair no esquecimento. Pois é. O titular do Blog tira o mesmo proveito dos navegantes. Como vês, é uma atividade de duas vias, com retorno para todos os envolvidos.

Assim como tanto artista novo, velho, em atividade, morto, vivo, mas fora do mercado (tipo a Doris aqui), e as mil e umas situações que são ou foram a vida desse povo musical que a internet desencava, a gente baixa, ouve, curte – porque se não curte deleta – depois arquiva e fatalmente esquece. Afinal ainda existe os meus 9 mil 475 discos (+ um compacto simples), além dos que baixei e nessa balada já nem sei mais separar o que foi comprado, dado, emprestado - já que tudo foi direto para dentro do computador - do que foi baixado... Não! Sensacional! Tô reclamando não. Se hospedasse tudo num super HD e pusesse pra tocar dia e noite, sem trégua, todos os dias, a vida ia seguir agora com trilha sonora perene, inclusive às próximas gerações, já pensou? E o que é mais esnobe: sem repetir música, quiçá sem reprisar artista! Agora, faça o mesmo com seus modelitos de grife, madame... A riqueza de uma pessoa deveria ser medida pelo valor cultural intelectual de seus bens. Não que moda não seja arte nem cultura, mas a pessoa tem que ser a própria Athina Onassis pra repetir, com o guarda-roupa, tal façanha musical... Preciso providenciar imediatamente um herdeiro.

Enfim, a biografia do 1º álbum dessa cantora fantástica esquecida está aqui. Nos padrões capitalistas americanos Doris Duke make se antecipa ao julgamento da sociedade quando vaticina: “I’m A Looser”. O álbum precioso é raríssimo! É exemplo de um gênero quase esquecido, chamado DEEP SOUL - o qual, antes de postar, estou re-ouvindo amarradão. E chocado de como poderia ter esquecido a Doris Duke! É lírico, denso, romântico, algumas faixas bem dançantes, e as canções... É luxo só. Diz o texto do allmusic que o álbum “I’m A Looser” é considerado por especialistas no estilo como o melhor disco de DEEP SOUL de todos os tempos. De minha parte, vou só anotando, baixando, computando, arquivando e ouvindo, cheio de satisfação e alegria - agora com o auxílio do Blog que me força a re-re-re, infinitamente, desencavá-los. Agradeço aos navegantes por lembrar-me do que não era pra ser esquecido.

DORIS DUKE (I'M A LOOSER) 1969

7 comentários:

  1. É Mestre Sérgio, belíssima lembrança. Mas prometestes também a Marva Whitney e, aproveitando o breve momento atriz/cantora/mpb, pergunto se teve a oportunidade de ouvir "Meu coração Brasileiro" da Clara Bellar (Francesa. Atuou em A.I. Inteligencia Artificial) que lançou um excelente disco, com as presenças do Milton Nascimento e João Bosco, além de um delicioso sotaque francês nas interpretações.
    Sua preocupação sobre o excesso de arquivos e discos para ouvir também me afligiu recentemente, por isso, diminuí bastante o ritmo dos downs, afinal, a banda larga tem se mostrado uma armadilha, ou melhor, uma areia movediça de dados e já estou com ela pelo pescoço, você, pelo jeito, foi coberto já há algum tempo.
    Curti o disco da Kristin, já estava com saudades dela, mas também aprecio muito a voz cândida da antiga parceira dela no T. Muses, Tanya Donelly, outra que havia esquecido e fui ajudado a lembrar, valeu.
    Abraços.
    Jr.

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  2. Vocês e suas leituras tortas, eu disse: "se não tiveres eu posto aqui". Agora sim! Promessa é dívida. Você não tem, postarei. Mas pra não ficar muito só na soul music deixarei outros gêneros antes, Tudo mulher. Esse mês, salvo algumas postagens de emergência que possam aparecer, será dedicado a elas. Como diz Paulo Silvino: Vou às mulheres!

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  3. Tbm sou um perdedor.

    John Lennon

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  4. É, John, és um perdedor. Hora de pensar em sua pobre vida com a dádiva de uma premonição. “Imagine” se, ali pelos 12 anos de idade, aparece pra você uma cigana que te diz: Tudo bem, garoto, eu posso mudar o seu destino. Você não morrerá mais daqui a 28 anos, em dezembro de 1980, com um tiro inesperado de um fã. Em compensação você não será o maior astro de rock do planeta, membro mais importante e controverso de uma banda que ficará mais conhecida do que o próprio Jesus Cristo! Não será trilhardário ou sequer um homem rico. Mas morrerá de velho, dormindo, portanto, só com seus sonhos, num asilo, aos 87 anos. Vai pensando no quanto você perdeu, John...

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  5. Pô, Serjão, vc falô uma verdade, mas eu preferiria ser um homem comum, morrendo c uns 60 ou 70 anos.
    Parabéns e obrigado por voltar c os comentários anônimos.
    E é só q meu chefe tá chegando(aproveito suas saídas p mexer no computador hehehe).
    Abraços, Miguel

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  6. João, pra não ficar só na promessa, já que tenho outras prioridades no estilo soul music, aí vai um link para Marva Whitney:

    http://rapidshare.com/files/99365092/marva_whitney_-_1969_-_it_s_my_thing.rar.html

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  7. http://fhensofunkmusic.blogspot.com/
    2008/03/marva-whitney-its-my-thing-1969.html

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Uma obra de arte é um ângulo apreciado
através de um temperamento.
(Emile Zola)