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terça-feira, 18 de novembro de 2008

CHRIS JOSS (YOU'VE BEEN SPIKED) 2004


Assim como todo o objeto (nessa sociedade abjeta onde tudo se presta a virar um), até as palavras entram e saem de moda, certo? Uma que adoro e aqui uso dicum vontade, é "vintage". Acho-a sonora, acho-a chique, me remete um tempo em que se via os mais abjetos em jaulas. Ou em HQs dentro de macacões de listrinhas como os Irmãos Metralha...

Bem, esse som que calhou de cair cá pela postagem é tão vintage, tão elegante - como tudo vintage deve sê-lo - que me obrigo, adentrando os arcos décor do clichê, àquela velha frase feita brega do, uma imagem vale mais que 1 milhão de palavras rebuscadas. E falar mais pra Q se estará tudo dito abaixo, sobre esse multi instrumentista, auto-didata e DJ francês...
Chis Joss em "Discotheque Dancing":



Chris Joss (You've Been Spiked) 2004

quarta-feira, 4 de junho de 2008

QUIET VILLAGE (SILENT MOVIE) 2008



ATENÇÃO: 07/06/2008 (19:06 HS) LINK PARA A 2ª PARTE DO ÁLBUM REFEITO.

De muito, muito, muito bom gosto! Um algo além retrô. Uma sensação acentuada de frescor e saudosismo se misturando - porque a música aqui é uma equilibrada combinação vintage muderna. Estranha sensação essa, aliás... Um disco que, à primeira ouvidela (e para álbuns assim não vale "ouvidela") não chegou a ser suficiente para o encantamento, o mesmo encanto que à 2º audição deixou marcas de que estive, desde antes, diante de uma pequena obra prima! Sem a menor sombra de exagero. O poder da música é um grande mistério! Quiet Village “Silent Movie” é desses álbuns que, depois do desconforto inicial, se hospedarão e farão morada no seu tocador de CD, HD, Ipod ou seja lá o que ainda “inventarão ontem” - nossa tecnologia reproduz o fenômeno das tais estrelas, ainda brilham embora nem estejam mais lá. Enfim. Fui pesquisar para sentir as críticas e...

"Não será um disco de amor à primeira vista. E nem se chega a perceber muito bem o motivo pelo qual é rejeitado à partida e sujeito a adoração no fim. Certo é que a insistência é fundamental para assimilação das cores, dos corais sonoros e das paisagens retro (sim, retro!) propostas por 2 activistas da causa sonora cinematográfica (Matt Edwards e Joel Martin).

Silent Movie é um mimo intimista que se estranha na pele mas que mais cedo ou mais tarde se entranha na mente, especialmente quando surge o momento do desejo de uma banda sonora que sussurre eloquentemente toda a conjugação do verbo prazer ou dite em surdina a narrativa de uma inesquecível história de amor."

Texto de Rafael Santos (Bodyspace Portugal)

Leia, também, a resenha que encontrei na rede para o álbum:

23.04.08 17:30

A trajetória do produtor Matthew Edwards é digna de uma história de dupla personalidade. Dono do selo Rekids - plataforma para artistas como Toby Tobias e Luke Solomon -, ele é mais conhecido pela sua alcunha Radio Slave, antiga parceria com Serge Santiago. Essa é a faceta bate-estaca de Edwards, que fez sucesso em pistas de dança desde seus primeiros lançamentos em 2006. Mas a coisa não pára por aí.

O projeto Radio Slave é techno no sentido mais tradicional do termo - mecânico, futurista e com uma queda por sonoridades sombrias. Mas apesar de não ser mais novidade na praça - com essa assinatura já saíram coletâneas e discos pela Eskimo e pela Ministry of Sound -, Matthew embarcou em um novo projeto que deve mexer com as atenções nos próximos meses, o Quiet Village.

ESCRAVOS DA QUIETUDE
A empreitada é uma parceria com Joel Martin e já dava sinais de vida há algum tempo. Alguns remixes para artistas como Gorillaz e François K haviam emergido anteriormente, além de algumas raridades lançadas pela Whatever We Want em vinis de escala diminuta. A diferença agora é que há um álbum inteiro a caminho. Silent Movie sai oficialmente no dia treze de maio pelo Studio K7! (casa da série DJ-Kicks) e já vazou na rede.

Quem acha que vai encontrar nesse debut muita música de pista pode se preparar para quebrar a cara. O álbum reúne doze faixas de música lo-fi, surf psicodélico e retalhos desacelerados extraídos de antigos filmes europeus. Tudo está reunido em uma trama abafada, com cheiro de mofo, que serve de trilha sonora em viagens por praias ensolaradas de passados remotos.

Atração recém-anunciada do festival espanhol Sónar (na edição de Barcelona), o Quiet Village faz seu caminho por blogs e publicações especializadas justamente pela sonoridade única. Matthew e Joel conceberam um projeto que fica no meio do caminho entre os edits de um Pilooski (outro que estará no Sónar em junho e que acaba de passar pelo Brasil) e as seletas Sci-Fi Lo-Fi da gravadora escocesa Soma.

CABE ATÉ TIM MAIA
Entre os destaques do álbum estão Free Rider, um delicioso passeio etéreo por samples gravadas em péssima qualidade, e Circus of Horror. Essa última se desenvolve com uma guitarra seca, bateria de rock setentista e backin vocals saídos de alguma série televisiva dos anos 80. Mas no fim não há impressão de que aquilo que se ouve é um boneco de retalhos temporais, mas um conjunto bem amarrado, melodioso e de arranjos complexos.

A abertura do álbum, com "Victoria's Secret", não poderia ser mais nostálgica. A música começa com violinos, gaivotas cantando e barulho do mar. Com muita força de abstração, dá até para imaginar como encaixaria ali o vozeirão de Tim Maia cantando "Azul da Cor do Mar".

Quiet Village não é o único projeto paralelo de Matthew Edwards, mas prova como o ecletismo pode ser saudável para uma carreira. Em meio a samplers devoradas por traças e muita bagagem resgatada em abismos mnemônicos, Edwards e Joel mostram que para se manter relevante e atrativo não basta apelar para futurologia, mas simplesmente continuar original.


QUIET VILLAGE (SILENT MOVIE) 2008


QUIET VILLAGE (SILENT MOVIE) PART 2