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sexta-feira, 11 de julho de 2014

Caraca, Muleke!

O que ninguém explica, inexplicado está. Né bem assim, Neymá. Depois de muito meditar, encontrei a minha única culpada pelo apagão dos 11, digo dos 7. 
Ostenta aí, Thiaguin!

Caraca, moleque!
Que dia! Que isso?
Põe um pagodinho só pra relaxar
Sol, praia, biquíni, gandaia
Abro uma gelada só pra refrescar

É, tô com saúde, tô com dinheiro
Graças a Deus
E aos meus guerreiros
Tá tudo armado, vou pro estouro
Hoje eu tô naquele pique de muleque doido

E quando eu tô assim
É só aventura
Tira a mão de mim
Ninguém me segura
Cola comigo
Que eu to no brilho
Hoje eu vou me jogar


Caraca, moleque!
Que dia! Que isso?
Põe um Thiaguinho só pra relaxar
Sol, praia, biquíni, gandaia
Abro uma gelada só pra refrescar

Tô com saúde, tô com dinheiro
Graças a Deus
E o resto a gente corre atrás

(Biz 1000 vzs)


Foi muita apologia de ostentação... Over dose de ostentação! Pagode ostentação (já é ostentação inaturável), mais/ou vezes mídia ufanista ostentação, ostentação de glórias (da glória alheia), ostentação da camisa amarela, amarelidão e até o chororô ostentação... Thiago Leifert, Galvão Bueno e o milagre da multiplicação da empáfia do Felipão! Fifafanfest (de cu é rola) ostentação, hino à capela, ostentação fake de muito orgulho e muito amor... por falar nisso, ostentação de muita, mas muita para caralho!, trilha sonora ruim, pelo escrete canarinho................pior que isso a gente sabe, não acaba nunca! Ostenta, Rede Globo!... (não ri não Datena pq além di tu ostentá falação do óbvio, sabemos que foi o Denilson, na nova posição comentarista da Band, o cara que anulou o português). Caraca, muleke!... (na foto, brasileira ostentando desespero). Imagina na (na não, imagina depois da) eleição.

terça-feira, 23 de outubro de 2012

E o julgamento foi mais ou menos por aqui ansim, ó


                                                                                                 Senhor juiz, pare! agora...

sábado, 1 de setembro de 2012

Fala, galo:



Se o espanhol põe interrogação e exclamação no começo da frase, minha sentença vai com dois pontos pra começo de conversa: Assim como o homem analisa suas possibilidades com a cabeça de baixo - né assim que se diz, muierada muy irada? -, a mulher enxerga tudo pela via uterina. Conclusão: se o troglô enxerga ca clava, a mulher, ao vê ovula. 

E ansim caminha a humanidade... Eu que sou só galo, só boto pinto pra fora!

sexta-feira, 13 de julho de 2012

Difícil? Vai venu...

Que todo mundo tem q ter alguém isto é fato. Outro é que todo mundo quer que o tal alguém tenha a cara de todo mundo - pra ele craro, do mundo dele, évidenti. Daí que é assim que fica.

Por gentileza, desenrole esse nó.

sexta-feira, 23 de março de 2012

Hei! Sem tensão...

SE A NAÇÃO ESTÁ DE CHICO
N'OUTRO DIA FICA FÉRTIL.

domingo, 19 de fevereiro de 2012

querido diário


querido diário, ontem, 19 de fevereiro de 2012, eu q só pintava livro de colorir - os de caligrafia não me favorecia (sic) -, ganhei enredo de escola de samba. agora sou "artista imortal"! "uma extensão das mãos de deus", disse o moço q canta o samba enredo...  não é tudo de bom? querido diário ... como sempre, sem palavra. só quero deixar um beijo pra minha mãe, outro pro meu pai e outro pra você.


... 22 de fevereiro de 2012...

Assinado, Romero Britto

quarta-feira, 26 de outubro de 2011

A caninha do dilema


Já que o Blogger, agora vive me negando o direito de comentar nos blogs amigos, aconteceu, virou postagi. Essa vai em resposta a última postagem do meu amigo Lester:


Olha, mr., me perdoe ser sempre (ou na melhor das hipóteses, quase sempre) o troglodita desta casa, mas, em se tratando da marvada, aí é que não dá pra manter a linha.

Pois veja, outro dia fui no Pianense. Simpatíssíssimo botequinho que, para bom entendedor o meio termo “"C” de fora”, basta. Fica ali entre o Humaitá e Botafogo, numa rua nos fundilhos da Cobal. Infim, lá o que tem é cachaça a dar com o pau de Pereira. E ainda que não estivesse disposto na intenção, com tanta oferta, resolvi fazer a posição do que procura. E quem procura... Normalmente só bebo Salinas, porram, naquele dia fiquei no ânimo de improvisar. E foram, Boazinhas; negas fulo, tomei também uma Providência e outras... Mas antes de entrar na coleção das caninhas de duplo sentido, rapidamente "no estado", tratei de lembrar de esquecer.

Pois também lá tinha uma famosa inesquecível. Tanto que numa analise detida ao campo das marcas e patentes, considerei a grife, a pior jogada de marquetingue deste planeta marqueteiro. E por uma letra só! Vê se não é:

A danada se chama “Na Bunda”, agora imagina um tour por todas aquelas maravilhas... A curiosidade - agora de um estudioso - aflorando a cada dose, mas sempre, por uma questão óbvia, tendo que empurrar “Na bunda” pra depois... Não, porque o nome é bom! Tem humor, atrai a curiosidade... Digo, pense num teste sério, criterioso, sem preconceitos, mas incompleto. E incompleto pelo Q? Timidez? O bom e retrógrado machismo? Mas, veja bem, meu leitor, se um cara, supostamente pesquisador sério, deixar pra tomar “Na Bunda” logo na entrada já é estranho, imagina deixar pra provar "Na Bunda" no fim, quando o do bêbado não tem dono. Não! Numa segunda análise, chega-se a conclusão que esse marqueteiro é um provocador, um Rabelais! Porque, veja: se o freguês se orgulhar de ser um bêbo conhecido - nem alcoolatra anônimo, muito menos pesquisadorzinho hipócrita -, consumindo direto "Na Bunda" estará literalmente, enchendo o cu de cachaça! Não é o que quer? Então a questão é rabelaisiana, sim!

Agora, pq disse que uma letra apenas é o grande dilema? Simples, se se tira a contração, a responsabilidade passa toda pro fornecedor. Você pode dizer, por exemplo, satisfeito só pra  tirar uma onda: “Pronto já tomei todas, agora ta na hora de, finalmente (daí a gente esfrega as mãos), você me servir... “A Bunda”! é ou não, pro cliente (que afinal ta pagano), mais confortável do que, com a mesma ansiedade e/ou curiosidade, ter que se contrair nessa hora delicada, e com o detalhe de já bebum, ainda estar impaciente e sem vergonha,  esfregando as mãos... “Pronto já tomei todas, agora ta na hora de, finalmente, você me servir"... Complete a linha pontilhada. Como diria o cara que rima(va), o Bussunda: Fala sério!

Mas anfã, se a curiosidade do leitor no plural geral é saber se o provador foi até o fundo na pesquisa... Essa terminou na hora certa. Afinal essas caninhas importadas do interiorl, costumam custar caro. De, com sorte, 4 a 8 r$ a dose, daí q antes de chegar "Na Bunda", cutuquei o bolso lateral e vi que só sobrou só o da passagi. Ufa! De troco fica a idéia. Se boa ou não, se decide no balcão.
 

quarta-feira, 16 de março de 2011

Tira o tubo 2.

Detalhe impossível de não comentar: Bomba, Bomba! Saiu uma  nova lista das atrações do Rock in Rio (do Rio). Nacionais: Ivete Sangalo, Marcelo D2 e Skank juntam-se a Claudia Leite e... sei lá, mais uns e outros aí.

Internacionais: Lenny Kravitz (quanta imaginação!), Red Hot Chili Peppers e Metalica, juntam-se a Elton John, Shakira, Rihanna e... Bomba, Bomba, Bomba! Como assim caminha a humanidade, achando tudo ótimo, uma coisa é líquida e certa,  o roquinrio do rio vai bombá.

Já eu não sou assim. Quero a rebeldia do rock de volta: Afinal, quéde aquela cantora transgressora em sua nova fase, devassa, a Sandy? E aquele andrógino ultra cool, o Justin Beaber???

Tá que do primeiro roquinrio um, a gente nunca esquece, mas esse é o roquinrio qual?  Conhece o causo do pato? Dois fanhos morrendo de fome passam pelaquela rua  onde atrás de um muro devia ter um galinheiro mas havia um pateiro. Diante dos tentadores quá quá quá, um fanho deu a idéia: ... Então amo ôbá um pato. E o outro fanho assentiu na hora: amo! Um fanho deu um pé-pé pro outro fanho e este caiu dentro do pateiro já sentado encima de um pato que não assimilando bem o golpe só teve tempo de grasnar um QUÁÁÁ! Ao que o fanho cumplice,  morto de fome, respondeu: Qualquer um, pô, qualquer um!

Aos velhos que gostam daquela música velha e desbotada em que todos os músicos são velhos e feios, tem postagem nova aqui embaixo:

segunda-feira, 1 de novembro de 2010

TIRA O TUBO!!!!!!!!!!!!!!!!!


Sérgio Sônico? Sergio Atônito!

"Parecer do Conselho Nacional de Educação, elaborado pela professora Nilma Lino Gomes, da UFMG, e publicado no "Diário Oficial da União" sugere que o livro "caçadas de Pedrinho" obra do escritor Monteiro Lobato, publicado em 1933, não seja distribuído a escolas publicas, sob argumento de que é racista.
            "Caçadas de Pedrinho" relata a aventura da turma do Sitio do Picapau Amarelo a procura de uma onça pintada. No livro, Tia Anastácia é chamada de "negra"; e animais como, urubu e macaco sofrem abordagem racista. Um trecho do livro, diz:  "Tia Nastácia, esquecida dos seus numerosos reumatismos, trepou, que nem uma macaca de carvão".  Em outro: "Não é à toa que os macacos se parecem tanto com os homens. Só dizem bobagens"; justifica o seu parecer, Nilma Lino. Ela sugere ao governo que não sejam selecionadas obras que descumpram o preceito de "ausência de preconceitos e estereótipos".
            O parecer foi elaborado a partir de denuncia de Antonio Gomes da Costa Neto, mestrado da UNB à Secretária de promoção da Igualdade Racial, ligada à presidência da Republica. O ministro da Educação Fernando Haddad precisa homologar o parecer do CNE para que entre em vigor."

Ô NIIIIIIIILMAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAHHH!!!!!!!!!!

sexta-feira, 29 de outubro de 2010

Ele também é ela!


Ainda posso me pegar c'as força do além, caráio!

sábado, 23 de outubro de 2010

Por uma boa calça...

Tudo passa...
Passa o riso que é sem graça,
passa o sorveteiro na praça,
passa a doença que mata,
mas se mata ela não passa.
Tudo passa...
Passa o som do vento,
passa o ar do lamento,
passa a verdade que existe,
tudo passa por um xiste.
Tudo passa...
Passa a nuvem no céu,
passa da dor o véu,
Passa a dor de um amor,
passa da morte o temor.
Tudo passa...
Passa da face a juventude,
passa da alma a inquietude,
passa a raiva que atormenta,
passa da bala o doce gosto de menta.
Tudo passa...
Passam as horas do dia,
passa o trem que lá ia,
passa a ansiedade que enlouquece,
passa o desejo que apetece,
Tudo passa...
Passa a vida que é breve,
passa a brisa que é leve,
passa o amor traiçoeiro,
passa também o verdadeiro.
Tudo passa...
passa sorriso de criança,
passa do coração a esperança,
passa o desejo sagas,
passa uma paixão que é fugaz.
Tudo passa...
Passa a felicidade infinita,
passa a voz da dor que é maldita,
passa a verdade escondida,
passa o grito pela vida...
Tudo passa...
E , quando tudo acontecer
não tenha medo de dizer...
Que o presente da vida é viver é saber...
Que tudo passa, pra ele, pra mim e pra você.
Se tudo passa não deixe a mágoa ficar!

Olha, minha amiga, eu já estou quase famoso. Entre 7 ou 5, mas e daí se é pela boa causa de manter um blog undergrundi que descobre algumas obras musicais geniais? E, e daí 2, se é por descobrir outras obras nem tanto? Por exemplo, a verdadeiramente nefasta obra, prima por ainda estar sendo orquestrada, mas... que me perdoem os invejosos, s'eu vi antes. Favêroque?

Explico: eu, mais uma grande minoria, já descobrimos antes, que nos próximos 4 (quatro - quer q eu desenhe?) anos que advirão, coisas muito graves demorarão muito mais de 4 décadas pra passar.  E com “passar” quis dizer vagarosamente escorrer, gotejar, exalano um bolor fatal, até as 3 piscadinhas. E não passarão! Por muitos e muitos anos... Porque herança, meu caro, é coisa que não só se herda como se rima. Tá me levanamal? “Nostradamus vive?” Se sim, no mundo da lua, mas no nosso mundo, quem avisa amigo o é! Ô, se é!

Ps à dona da poesia: Eu te peço mil desculpas, minha amiga - por roubar a sua poesia. Mas, como um quase revolucionário sunita - ao menos mais bem intencionado do que os maus -, se roubei o teu texto, que é forte, foi pra conspirar. No fundo quero dizer o seguinte:  tudo passa, mas alguns restolhos, passam danificando asestrutura, se com tanta lebre a se levantar, é do desejo da maioria apostar na vaca, vai cavaca! Cavaca vai pro brejo!

A questão é tu me levá junto nessa viagi de 3ª crasse, colega.

Ps, especial à vaca: que todas as reses do mundo me perdoem. A comparação só vale pelo trocadilho. Vocês são, não só melhores, como tudo em vocês se aproveita. E eu, as aprecio vivas!  Na outra...

Concurso: “cite o que da outra se aproveita que eu te escuto!”

FRASE DO DIA (31/10/10):

"O maior castigo para aqueles que não se interessam por política, é que  serão governados pelos que muito se interessam." 
Arnold Toynbee




quinta-feira, 21 de outubro de 2010

DEU NA TELHA, MANÉ!



 Ou "As contundências enganam"

A cena segundo o olhar onipresente imparcial do magnânimo deu-se assim: a bolinha de papel pipocou no cucuruto do Serra, 20 minutos depois alguém (certamente um aloprado tucano) ligou pro candidato com a seguinte eureca: "Serra, acabaram de jogar uma boli... um objeto contundente na vossa careca. Nem sentiu, né? Mas as câmeras sim. Aproveita que houve um tumultinho ai ao lado, de uns mosquiteiros petistas, simula que foi uma bigorna, põe a mão na cabeça, faz cara de dor... Isso, agora dramatiza, cambaleia um pouquinho e sai! Segue direto prum hospital aqui perto que um médico, dos  nossos, tucano, o atenderá e confirmará a nossa estória (uhahahaha!!!)." E o Serra que também é muito ishperto, discretamente se assanha, "Grande idéia! Vai pro Fantástico?"

A jogada é que foi fantástica! Pena que o Ignácio da Silva é de uma sagacidade que vai além do próprio...

... Pai nosso que estais no céu, santificado seja o vosso nome, seja feita a vossa vontade, assim na terra como no céu... (reza por mim, companheiro, enquanto eu decoro o texto urgente).

Eu, um democrata pagão só vou observando e ficando pasmo.
 
Mas a cena ainda pode ficar melhor: o vivo do celular é um agente triplo. Nas horas vagas, pra manter o disfarce, ele é câmeraman no SBT. Ele liga pro patrão: "É o Lula? Qualé, Inácio." - O Lula é gente como o agente - "Tá de capacete?  Bom pra você... Inaugurando  hoje o quê, um poste! Capacete então é útil...  Bom, aconteceu o seguinte, batero uma bolinha na careca do Serra aqui... De papel, de papel..." (...) "Pois é, até aí, nem o neves morreu. Mas, veja o trolóló  que eu criei com isso. Liguei pra ele. O Zé Serra, claro. Não! Eu disse que era o Jaime! O Jaime is Bonde, tucano!.. Bem, vai daí qu'eu disse pro cara fazer o seguinte (...) Isso! Pois é. Cambaleou, cambaleou e caiu como um patinho! E agora? Como, e agora? Agora  já era! Vai dar no Tele Jornal da situação que foi um objeto contundente. É! Mas eu filmei só a bolinha de papel que eu mandei o nosso agente mosquiteiro petista, atirador de elite, mandá! Pois é rapá!  Ai, cê manda daí que foi simulação... Gênio, gênio!... Mas ó, aquela mamata na Casa Civil tá de pé, né? Ó lá hein, meu?! Bom, agora contas a história oficial, ela sai no horário nobre em tudo que é  Telejornal  nacional e... Ora, como elucubrei esse plano? Deu na telha, mané!"

No entretanto do intento, o agente não era triplo?... "Alô, Rede Globo? Vou lhes contá um tititi que é pura passione." (...) "Mermão, a gente aqui é universal, trabalha com qualquer papel moeda! Seita cheque, sim! Fala que eu te escuto! Quanto vale o show?"

quarta-feira, 1 de setembro de 2010

Poizé


ACEITAÇÃO... FUMEI MAS NÃO TRAGUEI.


Ontem esteve no Estúdio I, da Globo News, o programa da simpática tagarela, ela mesma, Maria Beltrão, que - para variar, na linha dos novos entrevistadores - fala mais que o entrevistado, o violonista clássico Fábio Zanon. Confesso que não o conhecia. Nada entendo de música clássica. Mas o cara, além de tocar muito, e ter um conhecimento extremo sobre a música erudita, é um bonachão gente boa, simples até dizer chega...  Entre as curiosidades que revelou Zanon - tipo, perguntado por um telespectador-internauta se conhecia algo sobre rock, dizer que foi apresentado há pouco a música do Jimmy Page de quem ele nunca ouvira falar... E que, portanto, pulou a fase roqueiro, mas que não tinha preconceitos com música e que apenas estava focado noutro tipo de sonoridades. Mas que ama a MPB, e é amigo do Guinga e de outros violinistas, etc, etc... Mas, como ia dizendo, entre as curiosidades, Zanon me deixou com pulgas mis atrás dazoréia, quando falou sobre a morte do CD. Até tu, Zanon?

É aqui que entra a idéia “aceitação, fumei mas não traguei”. Por que até um intelectual experimentado, um cara que dá a total idéia de ser alguém que pensa com suas próprias idéias está aceitando, sem se rebelar, sem contra-argumentar, nessa imposição, de fatos mal ajambrados, sobre a morte do CD?

A questão é: o que virá depois? Pensemos na redução do formato LP, (e que está voltando, a todo vapor!) a praticidade do CD e a apresentação do produto, a capa! Como ou em que será substituído o produto música com a morte dos CDs e suas capa maravilhosas?... Meu amigo pensador que está acompanhando o meu raciocínio, quantos discos se vendem pela capa? Quando não conhecemos o artista, não é a capa que grita e ativa a sua curiosidade, que movimenta a engrenagem do desejo e que te faz, mecanicamente, puxar a carteira do bolso e comprar o objeto? Por exemplo, foi a foto da capa do álbum “Tin Cans and Car Tires” de 1998 do moe., que me fez sentir toda a curiosidade que necessitava para correr atrás do disco. E, aos que me conhecem de outras postagens, sim! Estou falido, não compro mais discos, baixo-os!, mas quantas pessoas há, sem tempo para exercer essa atividade criminosa que pratico e ainda não estão consumindo discos pela capa e ou pela paixão ao artista? Sim, as vendas vão cair AINDA MAIS e mesmo muitos que tem grana suficiente pra comprar a loja inteira, continuarão baixando discos, simplesmente porque são sovinas! E/ou pq são falidos como eu... Mas quem guardou o hábito e o prazer de ter CDs na estante? Aqueles que nem deixam a empregada passar paninho nos seus CDs, porque aquilo lá é intocável, até pelo filho mais velho? E esses que ainda gostam de ir, aos poucos, aumentando a cedeteca?... E aqueles que se contentam, as vzs, em apenas olhar, sem trilha sonora, sentar-se na poltrona mais confortável da casa e olhar para as suas estantes lotadas de música? Irão se contentar em não ter mais o objeto, num novo lançamento de seu artista preferido?... E ainda tem aqueles que gostam de presentear com CD!... Como ficam? Passam a mandar o presente zipado por e-mail? Vamos acabar com esse fetiche que temos de possuir o objeto assim de graça, porque o mercado, logo ele, quer assim?! Então o que nos impingirá, Ele, o todo poderoso mercado para continuar a obter os lucros para sua soberba?

Aqui em casa gasto fortunas em tinta de impressora, simplesmente porque não admito disco virtual. Mesmo tendo, o disco só se torna real quando ponho nele identidade visual. E sou um na multidão q continuo adotando o CD player em vez do mp3 Ipod cheio de megabites musicais! Confesso que é uma teimosia. Uma reação, as vezes até tola de ducontra. Não é nada prático e um dia caio na tentação de comprar a estrovenguinha portatilíssima. Mas de qualquer forma os discos que amo, sempre estarão lá, em suas capas!

E por falar em capa, e a gata da capa, porque não se decreta também o fim da Playboy? As moças também não podem ser vistas, nas mesmas fotos, na internet? Ah, mas tem as matérias jornalísticas... Porra! (perdão pelo porra, mas há interjeição mais apropriada?), então, porra, não se diz que ninguém compra a revista para ler e sim pelas figurinhas? Então!

Então o que fica claro – e há quanto tempo não tateio as mesmas teclas pra bater no mesmo ponto? – é que a morte do CD está sendo decretada pela ganância. E aceitar uma realidade estúpida dessas, para mim, é o mesmo que enfiar a cabeça na terra, tal qual avestruz! Só que, aos avestruzes, suas cruzes! Mas, certamente, a natureza indicou um motivo prático, inteligente, para que eles enfiem suas cabeças na terra. Mas para nós, é a boçalidade mercadológica que nos faz aceitar como fato tais verdades construídas. Não se consome mais tantos CDs como antigamente, não só porque eles estão ao alcance de 2 cliques, muito menos porque perderam o sentido da necessidade, mas porque os melhores artistas ou estão impossíveis de encontrar, ou porque continuam só acessíveis aos "bacanas". E porque, se com 2 cliques se baixa de graça? Assim sendo, a nós, a fruta podre do crime. Ou... pensando no que nos é imposto, o que temos como herança, creia nisso, é o créu, créu, créu, créu, créu, créu... E da-lhe crééééééu!!!... Esse tipo de lançamento estará sempre bombando.

E aí, mermão, no mercado tem uma antiga nova droga... Ela é sempre vendida em novas embalagens e composições cada vez mais viciantes. Com o uso prolongado, assim como todas as outras drogas, faz de ti um zumbi. O nome é simples e vendedor! "Aceitação",  pra quê nadar contra a corrente? É da boa, a parada... Vai um tapinha aí?

Em tempo: não vai aqui nenhuma  intenção de usar o músico citado como exemplo de "o cara que aceita" ou o que "mete a cabeça" na terra. Mas foi com a entrevista dele que esse assunto aflorou novamente. O bom músico só tem que tocar e amar o q faz, nessas mesquinharias de dineiro, penso eu.

sábado, 14 de agosto de 2010

FOSSA PERFUMADA, A HISTÓRIA QUE DEU LUZ À SÉRIE (COM TRILHA INCIDENTAL)



REPOSTAGEM (com trilha)

Fossa Perfumada ainda é pura ficção. No mais, todas as histórias que conto e ainda contarei aqui, no balcão deste sônico butiquim, são reais. Veja, leitor, que trágica esta, não fosse ela tão patética:

Um amigo me conta que andou numa fase make exagerada na bebida. Motivos não faltavam. Um belo dia, quando menos esperava (e o que seria das surpresas se por elas esperássemos?), a esposa, sempre tão correta, incapaz de surpreende-lo sequer com a conta do supermercado, propôs (ao maridão) convidar a amiga de infância (famosa jogadora da seleção) do tempo do basquete no Flamengo, para que os 3... digamos, dormitassem juntos. E falou desse jeito blasé e de chofre enquanto descalçava os chinelos para ir se deitar. Bem - disse-me o amigo - uma coisa é a fantasia, outra a ducha fria da rebeldia...

Ele estava certo. O termo rebeldia não coube ali apenas para fechar uma rima ruim. Me explique, leitor, que outro motivo senão a modorra sexual faria a sua fiel esposinha, até ontem tão recatada, de repente propor trazer para o sacrossanto quarto do casal algum tipo de orgia com uma magic paula qualquer? Ainda se a outra jogasse vôlei e fosse, simplesmente, Leila... - perdão, aqui fui eu que divaguei cá com os meus neurônios já contaminados por idéia tão excitantemente pecaminosa.

Outro bom motivo, para citar duas das questões que atormentavam o amigo, era a velha crise do ser humano moderno nesta (palavras dele): desumana selva do capital liberal. Ele, artista plástico, um talento incompreendido! Ela, simplesmente, a prática. Dessas que cobram com duplicatas na mão, resultados realistas ao fim de todo mês. E enquanto, na mesma pauta, as discussões ganhavam tons de teledramaturgia do SBT, as contas, sem ter para onde ir, superlotavam a caixa do correio do lado de lá do muro - na época, moravam de favor num imóvel da sogra, sublocado, em Pedra de Guaratiba (atenção, locações, nomes e atividades profissionais são todos ficção!).

Precisa 3º motivo para beber? Assim mesmo forneço-o! Segundo o Ênio cansou de frisar, tanto pra mim quanto antes a si próprio, ele era um sujeito moderno, oras! A proposta da mulher + outra mulher não o abalou tanto assim. Porém, coincidentemente, daquele dia em diante, aquilo da mulher, a amiga e ele, ele, a amiga e a mulher... Os três na cama rolando pelo chão, até mesmo no chuveiro, sem saber ao certo quem ensaboava o quê de qual, mexeu com o imaginário (e otras cossitas que dão rima) do cara. A questão afinal, merecia uma reflexão mais acurada. E, sabe como é, né? – disse-me entre um gole de Kronenbier e outro - cidade pequena, entretenimento masculino mais barato (pra modo de meditar) melhor que um bom butiquim, não há!

E o amigo não fugiu à regra dos temperamentais da cidade. Fraco para a bebida, chegava em casa quase sempre agastado e, não raro, a mulher era obrigada a limpar, de preferência no banheiro, mas sempre em volta da privada, a sujeirada dos refluxos da junkie food que se consome nos bares... Num belo dia (e o belo aqui é pura força de expressão), Ênio adentrou o lar com uma sonambulância danada e no piloto automático, foi direto se atirar na cama. Quando a natureza (dele) chamou, o ébrio não teve tempo nem de virar a cara pro lado certo do chão. Vomitou os prováveis torresminhos, empurrados pelo caldin de mocotó e a cervejada, lubrificada pelo Cointreau (outra de suas excentricidades), ali mesmo na cama entre o casal. Pior! Mal sabia ele que justo naquela noite, o próprio filho dele e daquela puta mulher, ocupava o espaço. Não fê-lo, propriamente, aquilo por querê-lo, claro, mas depois de generalizado o melê, virou-se, agora sim, pro lado certo que dava pro carpete e continuou caindo nos braços do morfeu. Ora, o que o leitor, se bêbado assim estivesse, escolheria? Os dejetos no colchão ou a assepsia do tapetão? Bendito piloto automático que não cochila nem quando se dorme. – pensei. Sou um bom ouvinte nessas horas...

Dia seguinte, evidentemente, a tromba da mulher atravessava o salão da casa, ia até o muro lá no quintal e, não fosse a imagem uma figura de linguagem - de tão comprido -, o membro domado até seria capaz de buscar as contas já às traças acumuladas na caixa do correio. Já o Ênio, um ingênuo profissional, espichou-se no sofá e nem atinou para o motivo do gelo. Aliás, gelo ele botou na coca-cola pra ver se aplacava aquela maldita ressaca. Depois do almoço, quando marido e mulher ficaram a sós, antes da amélia ir pro tanque das louças – claro que tinha o das roupas -, a esposa pôs tudo em pratos limpos. E as últimas palavras dela foram taxativas. (...) Olha Ênio, pra mim chega! Só vou te dar uma última chance: decida-se de uma vez por todas: ou eu ou o bar!

Aos prantos a mulher se trancou no quarto. Ênio, sem dizer palavra, saiu para caminhar e pensar. Na rua, percebeu o quanto vinha sendo omisso, mais que isso, um insosso com a família e como pai!... Vomitei no meu próprio filho... A que ponto cheguei eu, meu Senhor!... Dá-me forças pra parar com este vício maldito... – suplicou uma provável futura ovelha da Igreja Universal. A bem da verdade, Ênio estava mais pra pai de santo. Era sexta-feira dia em que costuma vestir branco.

E lá se foi o gênio do Ênio, easy rider, pelas vielas estreitas de Pedra - quem sabe a procura do Templo perdido já que tanto aqui como lá eles estão por toda parte. Só parou de pensar e chorar quando se viu sentado em local supostamente estranho, rodeado de mesas com pessoas igualmente estranhas, diante de 5 garrafas de cerveja vazias e uma dose de Cointreau, recém entornada. Levantou-se às pressas, foi até o banheiro, lavou bem a serragem da cara, pediu ao do balcão que acrescentasse à conta 5 Bubaloo de hortelã e seguiu aos trancos e barrancos para casa. Por falar em barranco, chovia fino naquela noite e na emoção do momento, Ênio já havia catado alguns cavacos no caminho. Porra, gênio! Roupa branca? Não leve a mal não, mas até em trajes tu tá todo incorreto! – eu de novo, agora indignado, em protesto verbal.

Enfim, na porta, enquanto exercitava a clássica peleja entre a chave e a fechadura, viu-se, de repente, dentro de casa abraçado à mulher quando esta, com raiva e energia redobradas, obrigou Isaac Newton comprovar a Lei. Emocionado, com a voz embargada e aquele bafo de goma de manguaça que a esposa bem o reconhecia, Ênio, finalmente estava pronto a responder o ultimato “ou eu ou o bar” deixado em aberto horas atrás. É você, amor! Esquece o bar. Por Deus, eu juro que é você!!!

É claro que o leitor é inteligente e este mero cronista da vida privada (dos outros), não é de julgar a índole das pessoas, mas não poderia deixar de frisar que o amigo Ênio teve a pecha de ir pensar, a sério, entre a mulher, casamento, filhos, cachorro, papagaio e/ou o bar, na mesa de um maldito butiquim!

Enfim, na nebulosa manhã do "the day after", mais precisamente, no 1º de abril de um ano qualquer – do dia do mês ele lembra por questões óbvias - após noite pessimamente dormida - na rede pelo lado de fora - e a não menos incômoda viagem rumo ao Rio de Janeiro, no último bem que lhe restara, uma Belina do ano (82), sem mulher, que poderiam até ser duas, sem família e encafifado com que nome teria o correspondente feminino para Ricardão, Ênio voltava à casa de mamãe.

Assim surgiu-me a lumino$a idéia do Fossa - o Perfumada é pra já ficar subentendido que nem toda fossa cheira mal. Quem sabe a clientela assumida tope o desafio, ao colocarmos mesinhas na calçada, de se deixar filmar curtindo sua fossa a céu aberto? Sim porque, como o nome indica, o bar temático nada mais é do que um espaço lúdico, diria mais, bucólico, onde os românticos (em geral, do sexo masculino), cultuariam uma trilha musical de gente como Cartola, Nelson Cavaquinho... o “Adeus” do Lobo Edu... E enquanto enchemos a lata, trocaríamos experiências existenciais sobre a dura convivência com este estranhíssimo ser incompreensível, que é a mulher - digo, a ex, né? Porque a atual do próximo, nós, boêmios solitários, seguimos admirando.

Esta história com h é uma homenagem ao ídolo máximo de todos os boêmios, o letrista, poeta, cronista e demais etcéteras mis, Aldir Blanc.

Autor/personagem, Ênio, o gênio.
Ghost writer: Sergio, o sônico imparcial.

TRILHA INCIDENTAL

1) SARAH VAUGHAN - If You Went Away
2) TOM JOBIM - Modinha
3) KING CRIMSON - The Letters
4) CHET BAKER - My Funny Valentine
5) JOANA MACHADO - Olha Maria
6) HAMILTON DE HOLANDA - Cinema Paradiso
7) NINA SIMONE - Ne Me Quitte Pas
8) MEDESKI, MARTIN & WOOD - Hey Joe
9) NICK DRAKE - Parasite
10) GAL COSTA - Fotografia
11) ANTONY AND THE JOHNSONS - Perfect Day
12) EMÍLIO SANTIAGO & JOÃO NOGUEIRA - Amigo É Pra Essas Coisas
13) TAIGUARA - Modinha
14) LAURINDO DE ALMEIDA - Modinha
15) CHICO BUARQUE - Mulher, Vou Dizer Quanto Te Amo
16) GOTAN PROJECT - Una Musica Brutal
17) ELTON MEDEIROS - Lavo Minhas Mãos
18) CHARLES AZNAVOUR - C'est Fini
19) CAETANO VELOSO - Só Vou Gostar de Quem Gosta de Mim
20) CYRO MONTEIRO - Receita de mulher
21) GENE KELLY - Singin' In The Rain
22) GRANT LEE PHILLIPS - Boys Don't Cry

Dicionário Cravo Albin (Aldir Blanc)

quinta-feira, 1 de abril de 2010

"Ra ra ra" é? Vai nessa.



Era uma festa, super-hype-privê, só para asteriscos. A fiscalização cerrada, atenta, das profissionais, que não dava ponto sem nó. Daí que um tumulto se fez na porta da boate. Seguranças, asteriscaços cascudos, man in black, parrudões, barravam a entrada de qualquer tipo de penetra. E eram centenas os tipos. Tipo pontos finais; tipo ponto e vírgulas, travessões... Até mesmo parêntesis legítimos foram impedidos de entrar! Simplesmente a nata da pontuação fez acento e foi barrada no local. Por falar nisto, também bateram ponto ali, circunflexos, crases, tils - ou seriam tíis?... Enfim, como deu na Imprensa no "Day After", a fila cobria a pauta da pacata cidade de São Tomé das Letras. O motivo de tamanha aglomeração, comentava-se, não se justificava, haja visto que o resto dos sinais diante mão sabia que ia dançar. Era uma festa só para asteriscos. Como estava grafado no convite. Portanto, enquanto na força da expressão, dançava-se lá fora, baile mesmo, bombando, rolava dentro das 4 linhas. E Tutss, tutsss, tutsss!... Só trance e druminbeiz da hora nas carrapetas.


Eis que surge em exceção à regra, lá longe na fila, um pontico de nada, pretinho, pretinho, quase invisível se espraiva em meio a multidão... Interrogações, exclamações, indignadas faziam coro com as reticências... A pergunta que não queria calar era: quem? Quem? Quem seria, afinal, aquele ponto abusado, todo confiante, ladeado por duas asteríscas - tipo, capa, contra-capa e página central da Playboy das "Letras & Expressões" - quem? Qual era o ponto, afinal? Abrindo colchetes fila adentro... Todo sorridente, já na porta, quase adentrando a boate lá ia ele furando a fila... Olha lá! Como assim? Espantaram-se os barrados... E é sinsinhô pra cá, perfeitamente, excelência, pra lá... as ordénsinhô acolá... Só faltava baterem continência!... E não é que um segurança bateu?


“Quer dizer que se curvaram a um reles ponto?” – revoltou-se uma exclamação mais exaltada. “E um pontinho qualquer, um pontinho chinfrim!... É ou não é?” – na fila começaram as maledicências: “Tipinho clichê, aliás, aquele...” – ó o fuxico se instaurando a boca pequena... “E vamos combinar que não passa de um cafetão”. - interveio um dos dois pontos gays-gêmeos. "Com certeza!" - assentiu o outro, acrescentando: "Cordões de ouro-de-tolo, casaco feique feito pele de lontra, um perfuminho fesandê e ele lá, se acreditando, pode?!” Não só pode – interveio o narrador -, como deve.


Dentro da boate, na festa prive dos asteriscos, o atrevido passava o rodo em até a última das moicanas, o tal pontinho chinfrim... Na verdade um negritinho ensaboado, n'era nem com ele! Sublinhava cada passo e flanava na pista lépido e fagueiro feito legenda de filme de fred astaire. Mas um asteriscão pitboy inconformado não gostou daquela mistura de classes... Aliás, asterisco desinformado! E, certamente, muito do desantenado! Não contendo o despeito, foi tirar satisfação interrompendo todo um contextual padedê do ponto-rype... Dedo em riste, pitboy-Asterístico berrou: “O que tu tá fazendo aqui, ponto-pentra? Pode ir dando linha. Não vê que a balada é exclusiva à asteristocracia!?"


Como fosse queda de força de apagão, a música fez feide em isloumouchon: Bôôôooom... Num frisson silencioso, angustiado, todos os demais asteriscos descolados direcionaram imediatamente a atenção para ao que seria a réplica do convidado de honra. Que no fim das contas era o dono do mundo, o homenageado da festa... O local mais importante entre todos os locais! Mas se quem já foi rei nunca perde a majestade, imagine quem ainda o É? Imperturbável o aparente penetra apressou-se em corrigir a gafe do buliçoso: “Ponto-penetra, eu? Você tem reive de quê? Ra ra ra ra ra! - macaqueou a audiência à Tião... Logo eu que sou o asterístico mais legítimo? - prosseguiu o dono da palavra.... O mais real da espécie? Então o majestoso fez uma mesura, estendendo ao súdito o anel da realeza. Diminuído em caixa baixa, o asterisco inconveniente baixou imediatamente a crista aos pés do seu rei. Sua alteza baixou ao plano plebeu e disse misericordioso: “Ô, companheiro, não tens culpa por não me reconhecer... Afinal - perguntou a todos - quais súditos aqui sabiam que hoje eu vinha de gel?” Fez-se o coro "Ra ra ra ra ra!".


Enquanto a corte fazia o seu papel de claque, o rei dos asteriscos puxou para si um guarda-costa e apontando pro súdito valente segredou: providencie para que nunca mais cresça crista naquele escalpo moicano.


“Uffffffffa!” E a galera suspirou aliviada. Afinal, o rei estava de ótimo humor! Restabelecida a natural ordem das coisas entre as casta, e/ou entre a tribo, fechou-se aspas no salão, quando o badalado DJ-Ífem, pôs um longo trëma funk, pra modo de calar com aquela tagarelagem totalmente fora do contexto.


Aí foi o fim. E PT saudação.


Em tempo: apostando na máxima de que tribos urbanas são , de que esse pitboy moicano me lembrou, escarrado, a preferência nacional do BBB 10, q o rei hypado, é, fosse um som mais ao technobrega, o nosso rei-operário se reinventando, e que quem "macaqueou à Tião" faz a vez de "zé povão", pode escrever: Ra ra ra de cu é rola.


Em tempo (mais importante): considerando que este texto é continuação da postagem do andar de baixo, o que importa, portanto, é que mais abaixo tem um som.

quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

Beatlemania ou (a teoria do Rola-bosta)



A música talvez não tenha nada a ver com a histeria.


Escaravelhos (do latim vulgar scarafaius, variante de scarabaeus, pelo português antigo escaraveo) é a designação comum a insetos coleópteros e coprófagos (especialmente os que vivem de excrementos de mamíferos herbívoros), da grande família dos escarabeídeos (Scarabaeidae), besouros pesados e coloridos, na qual se incluem besouros grandes e o famoso escaravelho sagrado (Scarabeus sacer), adorado pelos antigos egípcios. Há cerca de 30 mil espécies de escaravelhos no mundo. As fêmeas de certas espécies (como as do escaravelho sagrado) preparam uma bolinha de excremento (esterco), às vezes cobertas de barro, na qual põem o ovo, e que enterram depois de empurrá-la a certa distância. O escaravelho é também conhecido como escarabeu, carocha, rola-bosta (ver foto ao lado), capitão, coró, bicho-bolo e bicho-carpinteiro. No Egito Antigo, o escaravelhos eram seres sagrados, sendo usados como amuletos relacionados com a vida após a morte e a ressurreição. Eram muito usados nas mumificações para proteger o morto no caminho para o Além. O escaravelho rola-bosta leva seu excremento para sua toca e o come lá.


O macaco era a essência, mas no meio do caminho tinha uma lei - a do livre arbítrio (uma espécie de "Ventre Livre" nos primórdios) - e aí, a última tendência falou mais alto. Hoje, na verdade desde aquele tempo, o mundo se divide entre os rola bosta anônimos e os famosos.


Como?... Ah, não comes? É, mas rolar pra frente pra trás e de ladinho tu tem a manha, né féla? Claro que eu sei. Também pratico. O problema é quando vou ficar famoso.

sábado, 30 de janeiro de 2010

Dedicado à rainha dos baixinhos, mediozinhos e dos flutuantes


Sergio Sônico começou na vida profissional em televisão no ano de 1980, aos 20 anos, na contra-regra de novelas da Rede Globo. Tempo em que as novelas (18, 19, 20hs) eram gravadas nos quatro estúdios da rua Von Martius, nº 22 no bairro do Jardim Botânico, Rio de Janeiro. Sem o menor tino e treino para a lida com martelos, trenas e serviços gerais embora sempre se achando pau pra toda obra, instalaram-no no almoxarifado da Contra Regra. UFA! Quase uma faculdade. Daí, o que estava à mão, além dos tapetes, quadros e objetos de cena, eram os roteiros. Assim, Manoel Carlos, Dias Gomes e Cassiano Gabus Mendes, foram todos devorados com muita curiosidade. Afastado da Rede Globo no final de 1983, foi (tocado pela famiglia) pra tocar a fazenda do avô em Mendes, pequeno município do estado do Rio, onde no ócio permaneceu até 1986. Claro que ócio aqui como lá é força de expressão. Havia ali umas vaquinhas e uma hortinha pra cuidar... Havia belas paisagens. E havia, também, além das moças da cidade, muitos euclides e joyces, melhor decifráveis, a se devorar. Devorar devorou, decifrar... No retorno ao caos urbano do Rio de Janeiro, sônico resolve fazer uma fezinha numa faculdade. Ingressou nas Letras, não pelo talento para lidar com elas, mas porque, na atual conjuntura, letras era o caminho natural para um mais concorrido curso de Jornalismo - profissão palpável, certo Canhota? Por incrível que pareceu (a ele), seus textos eram lidos com entusiasmo pela então professora de literatura e discutidos em sala de aula - tem culpá famiglia? Manteve a meta. Transferiu-se, no segundo período para o Jornalismo... O que faria, afinal, um homem das letras? Lecionar, escrever livros? - deve ter pensado e gargalhado. Já na cadeira de jornalismo, ingressou no Estúdio de VT da então Faculdade da Cidade. Bacana! Salas muito bem refrigeradas, com vista para a Lagoa Rodrigo de Freias e passarelas, para uma espécie em projeção de Rio Fashion Week imaginário. Daí começou a trabalhar com as luzes, câmeras e edição, como coordenador do Estúdio. Olha a televisão voltando à vida do rapaz! Ao deixar a Faculdade, atuou na produção independente em várias frentes, inclusive, começando, claro, pelos casamentos, batizados, e quiçá funerais, caso o tivessem contratado – puta qui pariu, poderia ter reinventado o cinema novo nessa frente! Concomitantemente, prestou serviços, a outras produtoras do Rio. Como freelancer, produziu para diversas empresas... E foram centenas de institucionais; vídeos-treinamento; comerciais (para pequenas praças) e vídeo-clips (um deles vencedor de concurso dirigido à produção independente, em programação da MTV no ano de 1992). 0 cara tava foda! O que viesse, o Sônico atacava. Assim, foi ganhando experiência e a vida até achar que era a hora de começar a criar seus próprios roteiros de ficção pra televisão. Sim! Televisão. Para falar ao mundo, tome o mundo de assalto, desprevenido, dentro de sua própria casa. Cômodo? Nunca trabalhou tanto. De sol a sol, mesmo. Escreveu algumas dezenas de histórias, mas entrou em crise, 15 anos depois, ao lembrar-se da adolescência, quando quis formar uma banda de rock e escolheu a bateria como instrumento de expressão. Roteiros - concluiu tardiamente - são como a bateria numa banda. Ninguém vê/ninguém lê. Objetivando, assim como para se viabilizar roteiros, é vital gastar uma puta grana afrodecendente, bateristas necessitam espaço, proteção acústica, vizinhos surdos-mudos e outras etcéteras mís. Somente com muito diletantismo, alguém carregaria a bateria, por exemplo, a um acampamento para atacar junto à fogueira, numa rodinha de amigos e gatinhas joviais... “Gatinhas”! Aí está a chave do segredo. Assim como toda gata tem um G enrustido, em tudo na vida temos que ter o nosso plano B escondido na manga. Porque não uma gaitinha!? Finalmente, a lâmpada do Pardal acendeu (aos 37): “já se viesse com gaita... Caberia no bolso!... Pela praticidade e som hipnótico, gaita pode ser um instrumento inclusivo, inclusive!”. Porém, aos 37, nem o próprio Toots Thielemans salvaria mais aquela alma da fogueira das inviabilidades.

Está aí. Concluímos a biografia do autobiografado suspeitão, sugerindo, para a próxima encarnação, que venha de gaita! É só pensar positivo nessa! E, caberia na mãozinha de um prematuro, caso queira vir com pressa. E você, leitor, se, à semelhança do domo da história, não nasceu com a genialidade ficcional de uma Glória Perez ou o talento de um Miltinho pra sexteto e procura nas artes o prazer auto-sustentável, jamais complique o bom combate. Vem pra gaita você também. VEM!

quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

'Sacanage', seu Veríssimo.

O verdadeiro George Clooney


Por Luis Fernando Verissimo.

"Longe de mim querer difamar alguém, mas acho que no caso do George Clooney o que está em jogo é a autoestima da nossa espécie, os homens que não são George Clooney. Todas as nossas qualidades e todos os nossos atributos, físicos e intelectuais, desaparecem na comparação com o George Clooney. As mulheres não escondem sua adoração pelo George Clooney. O próprio George Clooney nada faz para diminuir a idolatria e nos dar uma chance. Fica cada vez mais adorável, cada vez mais George Clooney. E se aproxima da perfeição. É bonito. É charmoso. É rico. É bom ator. Faz bons filmes. Está envolvido com as melhores causas. E que dentes! Não temos defesa contra esse massacre. Só nos resta a calúnia.


George Clooney

Os dentes são falsos. Ali onde elas veem pomos da face irresistíveis e um queixo decidido, há, obviamente, botox. Ele tem pernas finas e desvio no septo. É solteiro, portanto, claro, gay. Tem casa num dos lagos italianos, o que já é suspeito, e dizem que anda pelos seus chãos de mármore depois do banho de espuma vestindo um longo caftan bordado e sendo borrifado com perfumes florais pelo seu amante filipino Tongo, enquanto seu amante italiano, Rocco, prepara a salada de rúcula completamente nu. George Clooney bate na mãe todas as quintas-feiras. É extremamente burro. Só leu um livro até hoje e não lembra se foi “O Pequeno Príncipe” ou “O Grande Gatsby”. Nos filmes em que faz personagens mais reflexivos, contratam um dublê para as cenas dele pensando. Foi ele que propôs a demolição da Torre Eiffel porque já era mais que evidente que não encontrariam petróleo no local. E sua sovinice é lendária. Levou nadadeiras quando visitou Veneza, para não gastar com táxi.

É notório, em Hollywood, o mau hálito do George Clooney. Quando ele fala em algum evento público, as primeiras três fileiras do auditório sempre ficam vazias. Atrizes obrigadas a trabalhar com ele têm direito a um adicional por insalubridade, em dobro se houver cenas de beijo. Outra coisa: a asa. Não adiantam as imersões em espuma na sua banheira em forma de cisne, nem os perfumes florais borrifados, o cheiro persiste. Sabem que George Clooney e suas axilas se aproximam a metros de distância, e muita gente aproveita o aviso para fugir.

Além de tudo, tem seborreia e é republicano.

Passe adiante."

Bem, eis-me aqui, este invejoso contumaz e macho beta (quando não gama, pq aí vira um Psi qualquer), cumprindo minha parte.


sábado, 9 de janeiro de 2010

Then Crooked Vultures - 2009


Algumas considerações sobre vultures e outras criaturas...


Depois da experiência ontem, de partir prum pé sujim bem imundim pra modo de entrar no clima, só para além da cerva gelada, apreciá-la na companhia deste álbum, eu não podia deixar o evento passar em brancas nuvens. Que álbum é este?


Mas, porram, leitor, neste contudo de todavia, cobri-lo (o álbum) de loas é quase tanta perda de tempo quanto fazer link para você baixá-lo. Primeiro porque todo mundo já encheu a bola – e todo mundo do mundo de gente com opinião!... Segundo porque pôr link nesta postagem é cutucar a onça com vara curta. Majors executivos feridos, camarada, são como a fera ferida - onça, tigreza, leoa, hipopótama... tudo fêmea, pq protegem mais selvagemente a cria (alheia que eles se acham donos). Então pra quê arriscar-se a subir um álbum/link que vai ficar ativo por 2, 3 dias (ou duas, 3 horas), sobre pena de ter o próprio blog cassado? E outra! Todo mundo q é ligado em rock já esperava pelo disco, segundos depois de alguém informar uma parceria entre um trio dos mais importantes músicos das mais importantes bandas de gerações díspares! Dois dos anos 90/2000 + um lá dos idos de 1968...


No entanto, camarada leitor, Then Crooked Vultures deixou uma impressão indelével na minha cabecinha etilizada ontem. Aí eu pensei, “devo dizer algo sobre a banda no blog”. Mas o que se tudo já foi dito? Foi quando começou a tocar a faixa nove do disco “Interlude With Ludes”. Bem, de tudo que li sobre o TCV, nada disseram que esta música era uma citação - das mais estilosas - da mais enigmática canção do Led Zeppelin “Friends” do Led Zeppelin III de 1970. E que a última faixa (13) do Then Crooked Vultures, “Spinning In Daffodils” é muito!, “Immigrant Song”, a primeira faixa do mesmo III do Led Zeppelin! Deméritos por isso? Mas é CA-LA-RO que não! Esse é fatalmente o melhor álbum de rock lançado em décadas! Não há nada que se compare a junção de um “dream team” formado pelo batera do Nirvana, o baixista do Led Zeppelin e o guitarrista do Queens Of The Stone Age e do Kyuss. A coisa é de deixar qualquer roqueiro salivando e exigindo mil bisis à altura da reputação destes mitos vivos que são David Grohl, John Paul Jones e Josh Homme. Mais uma semelhança interessante não citada (ao menos as que li) nos textos sobre a banda? Repare em “Elephants”, a faixa 5 do Vultures e vê se o teu lado DJ não te impulsiona a tascar na seqüência “Cult Of Personality dos Living Colours. Outro demérito nisso? ... Ah, vá te K tá!


Bem, acho que o álbum ainda não foi lançado no Brasil. Minha base para esta afirmação tem uma formulação bem simples: o google. Pelo google eu pesquiso as Americanas.com (q tbm vende importados), um dos mais gigantescos magazines populares do Brasil, e se lá não chegou (nem importado) lançamento tão mundialmente importante... Opção um: a coisa ainda está (a venda) só pros antenados fanáticos e/ou endinheirados. Opção dois: para download aos muito antenados, duros, bem informados que não baixam discos somente em blogs. Opção 3: aos antenados endinheirados pão-duros executivos (também) das majors rivais – que não gostam de comprar discos porque sabem que comprar disco é só para os abnegados da “Opção 1”.


Olha, abnegado da Opção 1, não se aperreie. Mas eu creio que se você sacrifica um prazer para ter o prazer de ter este álbum físico pagando entre 60 e 100 reais, você justifica o custo deste álbum. E você, se formar com outros centenas de milhares uma família, encarna a explicação do porque CDs custam tão caro. Então, cai na real: é você e sua numerosa família dizendo ao mundo que dá pra comprar discos a este preço absurdo, já que você, não sendo endinheirado, pode sacrificar até necessidades mais vitais, em detrimento de teu prazer. Será você também a justificar as multas sureais e até prisão (lembre-se das 'feras feridas' do executivo)?) aos que fazem a opção de baixar de graça os discos. Isso é uma guerra neguinho. Então, no mínimo, mire-se no exemplo daquela mulher de A(n)tenas - a mamãe. Poizé, a mamãe!. E antes de sair comprando a bangu, ao menos, pesquise e pechinche, s.e.u.z.é!


É impressionante. Eu mesmo me surpreendo comigo porque não consigo controlar a raiva quando penso neste assunto. Enfim... Xeu me calar.


sexta-feira, 18 de dezembro de 2009

CAIU A MÁSCARA DO OBRAHMA (A Nº 1):


Barack recebendo o Nobel da paz: "Gerra, guerra... 18 vezes, guerra!"
Barack na Cop 15: "Veja bem..."

É impressão minha ou o barack é mais embaixo?