Tamba Trio (Brasil Saluda A México) faixa 2- Corcovado
Tamba Trio (Brasil Saluda A México) faixa 10- El Cierro
Foi assim que se deu essa escolha: tava bem eu mais ou menos completamente deprê, num calor sem chance longe de um aparelho de ar-condicionado - e aqui não tem desses luxos -, chovia vragarái lá fora, o que me obrigava a estar com as janelas fechadas... E, lógico!, com o ventilador de teto não dando vazão, quando resolvi fazer uma roleta russa (calma!) com meus arquivos musicais, na idéia de postar alguma coisa. Tipo o primeiro que a setinha do mouse apontar eu posto. No mínimo só pra não dizer que nada criei no ócio, e que o calor me venceu aquela tarde felá da puta de quente. Na pasta de capas (fotos de capas) de 2008, mais de duas milioito fotos - imagens de capas - e eu lá no mamãe mandô, correndo de cá pra lá, de lá pra cá, numa cena factual de cinema de completo tédio e absoluto marasmo. Não ouvia música, a tv, a rádio CBN estavam todos desligados... Banho tbm não solucionava mais. Àquela altura já era o 3º (da tarde). E as imagens corriam de um lado pro outro na rodinha do rato – ah! O ratinho meu de estimação é um caso a parte. Já compus até musiquinha pr’ele. A letra diz assim Meu bem, meu quem, meu mouse... É preciso dizer que trapaceei no jogo. O 1º disco (imagem de capa) que o rato apontou não correspondeu as minhas expectativas e roletei uma 2ª tentativa. Ocorre que, antes, antes de fazer roleta russa no mouse, já havia caído nessa capa do "Ronnie Mathews Trio (Song For Leslie) " hoje, horas antes, e pensei, quem é esse cara mesmo? Afinal sou pato novo no quebra-cabeça adulto do jazz. E com tanto disco baixado, não dá pra lembrar assim de todos. Bem, na 2ª tentativa, já no jogo de “mamãe mandou apostar neste daqui!”, não é que deu Ronnie Mathews Trio de novo? Daí obedeci porque o cara pediu pra ser postado, certo?
Seu Lester, eu não compactuo com a sua beatlemaníaca obsessão de por a culpa nos 4 fab de Liverpool pela derrocada do Jazz. Tudo bem, eles contribuíram, mas não são exatamente os responsáveis.
E minha opinião sobre esse disco é: ... ??? !!!: ganhei meu dia!
Abraço!
Já faz mais de mês que fui na minha última festinha. Devo fazer esses programas umas 3 ou 4 vezes por ano. Fui porque o local era o Lagoinha
Mas, finalmente, o quié é quié que tem Chris Harwood e o álbum (acho que único da cantora) raro e belíssimo a ver com toda essa história? Bem, eu tenho freqüentado o ap do casal DJ inglês/Cantora nacional, grávida, de talentos inquestionáveis e nessa de tomar umas cervejinhas o cara vai me apresentando os seus discos LPs e compactos simples – pois é, o DJ pega um CD como se estivesse manuseando uma cueca suja! A parada dele é vinil e ponto final! Inclusive uma de suas fontes de renda é vender LPs raríssimos pela internet. E nessas de bebe uma cerva aqui põe um LP pra tocar, dá-lhe som nas carrapetas! E não é que de repente, não mais que de repentelho, na octanagem do álccol que transforma toda pessoa normal em generosos amigos de longa data, o cara me presenteia com um compacto simples de Chris Harwood!? Acho que estou rico e não sei, porque a coisa é muito desconhecida. Mas antes de me dar o exemplar, claro!, ele me mostrou a música do disquinho. Uma versão matadora de Wooden Ships dos Crosby, Stills, Nash Young se apresenta nos meus ouvidos desavisados!... E a primeira coisa que eu disse, ao ouvir a versão foi: “Ué! Isso é coisa muito muderna, mermão! você não lida somente com antiguidades?”. Amigo leitor, o disco “Nice to Meet Miss Christine” é de 1970. Observe que maravilha de versão a de Wooden Ships e me digam se a impressão de modernidade não lhes saltam os olhos! No mais o resto do LP também é todo bom e, pra variar, o eu vaidoso meu que pensava que ia apresentar a maior raridade do planeta ao mundo descobriu que já existe um link do disco num blog que não me recordo mais. Mas o importante é conhecer! E o nome do álbum diz tudo o que faltou dizer...
Gary Higgins [Second] 2009
A pedidos, digo, imposição, o link desta postagem foi deletado por Decisão Major Capitalista Arbitrária do Estado - de calamidade cultural que a todos nos cerceia. A casa se ressente mas acata.
... A cata de mais e melhores blues, jazz, mpb, rock, folk, tango... Sem rare baba nem axé babá...
Se os super cult Six Organs of Admittance não tivessem gravado uma versão de Thicker than a Smokey, tema incluido no álbum School of the Flower de 2005, é muito provável que Gary Higgins tivesse permanecido no esquecimento a que foi relegado desde o lançamento de Red Hash, quando decorria o longínquo ano de 1973. Cantor e compositor de música folk, pode dizer-se que Higgins teve uma vida atribulada, fechando, ele mesmo, as portas a uma carreira que, a se avaliar pelo único disco que gravou em toda a vida, se apresentava cheia de promessas. Red Hash, que antes da reedição em CD era disputado por coleccionadores que se dispunham a pagar pequenas exorbitâncias por um dos raros exemplares em vinil disponíveis - na altura do lançamento apenas foram colocadas no mercado três mil cópias... Originalmente, à época, um álbum, na verdade, gravado na correria, em 40 horas, antecedendo meses ao encarceramento de Higgins, durante 1 ano, para cumprir pena por porte e venda de haxixe. Se os temas compostos neste álbum não bastassem para fazer dele um ponto de paragem incontornável para quem aprecie música folk, todas estas peripécias, por si só, fariam de Red Hash um disco muito especial. Mas, evidentemiente que o disco não foi escolhido só pelo passado 'bad boy' arredio do autor. Aquela obra (Red Hash) dizia tudo sobre o mundo fumarento em que o cantor vivia então.
Nota de rodapé [de valsa]: Pra curtir muito esse albinho, edite o mano. Desconsidere a dor e atenha-se só a delícia de ser o que é. Quem se leva a sério é juiz.
O SEPTETO FRANCÊS PINK TURTLE, que se apresentou ontem, sexta feira, 25/09, na Praça do Papa (BH/MG), durante a primeira edição do festival I love jazz. - evento centrado no chamado jazz tradicional, da primeira metade do século 20 - promete fazer um dos shows de maior apelo popular do evento. Conversar a sério com o pianista Jean-Marc Montaut é complicado, pois o que ele revela é uma história um tanto ou muito mirabolante. Mas a brincadeira é para lá de divertida: “O Pink Turtle - segundo Jean-Marc - é uma banda criada no início dos anos 60 que terminou na década de 70 e retornou agora, em fins da primeira década do século 21. Tocamos nossas músicas mais obscuras, como Billie Jean, Yesterday e Highway to hell, que compusemos de brincadeira, entre um show e outro, mas só depois é que elas se tornaram conhecidas, quando foram gravadas por dedicados astros do pop como Michael Jackson, Beatles e Pink Floyd.”
Essa história eles contam durante os shows, onde também reinterpretam, em swing, bebop ou bossa nova, outros clássicos da música pop com, segundo eles, artistas mais sortudos. Gente como Stevie Wonder, Supertramp, Bee Gees, Rolling Stones, Eagles e Carlos Santana. E como a trajetória do gênero foi escrita em inglês, nunca houve releitura do pop francês. “Quando estamos no palco, prestamos muita atenção na plateia. É divertido reparar as pessoas ao ouvir a nossa música sorrir assim que reconhecem, e começar a dançar felizes da vida! O que importa se foram os pops que nos farão conhecidos agora? - continua Montaut.
Não é nada não é nada, é uma deliciosa maneira dos iniciantes no gênero, injetarem um pouco de jazz em suas vidas. No caso, como reza o conceito do I Love Jazz [BH], o mais tradicional jazz que há. "Afinal, segundo Montaut, no original, os hoje hits, foram pensados exatamente assim como os executamos agora." Nisso, do tradicional jazz, os franceses do Pink Turtle são absolutamente fieis às raízes. Pode acreditar.
Paolo Conte nasceu em Asti, Itália, a 6 de Janeiro de 1937. Desde menino, começou a cultivar o que ainda hoje são as suas grandes paixões: o jazz americano e as artes visuais. A escrita das suas cancoes já começaram numa idade avançada, no início com seu irmão, Giorgio Conte, e mais tarde como compositor isolado. Formado em Direito, dispendeu grande parte da sua vida como advogado. No entanto, entusiasta do jazz, foi inspirado não apenas pela vida diária, mas também pelo cinema e pela literatura compondo músicas baseadas em livros e filmes. O seu estilo jazzístico delicado e acústico, incorpora frequentemente elementos latinos nativos tais como o tango, o samba e o quadrille.
Nos anos 60, o seu estilo, altamente original, tornou-se popular com as vozes dos cantores mais famosos da altura: “Coppia più bella del mondo” e “Azzurro” foram cantadas por Celentano, “Insieme a te non ci sto pie”por Caterina Caselli, “Tripoli
"Em 1974 um album intitulado “Paolo Conte” foi lançado, seguido por outro no seguinte ano com o mesmo título. Representam o seu princípio da carreira como cantor de suas próprias cancoes. Mas foi somente em 1979, com “Gelato Al Limon” que o público começou realmente a conhecer e apreciar Paolo Conte. Em 1981, o lançamento de “Paris Milonga” foi marcado por um dia inteiro dedicado a seu trabalho, organizado pelo Clube Tenco
Sua digressão americana de 1998 transformou-se num enorme sucesso. Durante esse ano, “Tournée
Uma boa maneira de descobrir um artista raro de país sem maiores tradições na música dita pop contemporênea - embora o termo esteja um tanto distante daqui -, é ouvir uma compilação caprichada. A partir disso, decide-se se gosta e se vale a pena correr atrás das obras citadas ou dela completa. O fato é que a refinada música de Paolo Conte atiçou-me a curiosidade. Eu mesmo serei um daqueles que vou querer ir atrás de ouvir bem mais do que acabo de conhecer nesta boa coletânea. Estou só no começo ainda.
Paolo Conte (The Best of) 1998
Entre as mais importantes, relativamente recentes e não clássicas realizações da editora francesa Naïve está um disco que merece um destaque muito especial: Utopies, lançado em 2006, do Hadouk Trio.
Quinto álbum da banda constituída por Loy Ehrlich (baixo), Steve Shehan (percussões) e Didier Malherme (sopros), no qual desta vez se junta como convidado especial Jon Hassell (trompete), este trabalho representa a nouvelle vague de uma música universalista, que funde o jazz com a world music (especialmente inspirada na África marroquina e na Ásia armênia), mas não só... O que sequer é de estranhar, uma vez que Didier Malherbe esteve profundamente ligado à liberalização cultural vinda do Maio de 1968, em Paris, tendo posteriormente formado o grupo Gong e trabalhado com figuras preponderantes nas novas músicas das décadas de 70 e 80 como Daevid Allen, Steve Hillage, Mike Howlett e Pierre Moerlen (no próprio Gong e em trabalhos solos desses mesmos músicos). Enfim, Malherbe é uma das cabeças mais inquietas e criativas da Hidra Gong. Um instrumentista capaz de dominar todo e qualquer instrumento, por mais exótico que seja. Ehrlich já tocou ao lado de nomes consagrados da música internacional como Youssou N’Dour e Peter Gabriel. Mestre em vários instrumentos, é brilhante tocador de kora (viola da África Ocidental, com 21 cordas) e tem grande reputação como arranjador, produtor e programador do Festival Essaouira. Steve Shehan é um músico eclético, convocado sempre pelos grandes astros do rock internacional, como Paul Simon, Paul McCartney, Brian Eno e vários outros.
Sucedendo-se ao 1º álbum "Eponyme" de 1995, da Tangram, "Shamanimal", Celluloid (a ser reditado em Setembro pela Naïve), "Now" (idem) e "Live à FIP" (2004, Celluloid), este novo "Utopies" é um trabalho maior no seu género, tendo rapidamente alcançado em França o nº 1 do Top de vendas de discos de jazz. Disco que em Portugal está também a ser um grande sucesso!
Hadouk Trio (Utopies) Part 2