Engraçado que o Lanois também me lembrou alguém, o Joel Santana com sua prancheta, regendo o time...
domingo, 17 de abril de 2011
Daniel Lanois, Trixie Whitley & Brian Blade (Black Dub) 2010
Engraçado que o Lanois também me lembrou alguém, o Joel Santana com sua prancheta, regendo o time...
sábado, 1 de maio de 2010
The Negro Problem (Welcome Black) 2002

Uma vez em noite de lua cheia, às avessas, um Prince ou um Lenny Kravitz puderam ganhar uma posição no mercado de rock dito de branco, mas mais frequentemente, num passado não tão distante, artistas dotados dessa mesma iluminação quanto um Shuggie Otis, por exemplo, permaneceram friamente fechados, na opinião da indústria míope, num eufemistico mercado urbano restrito e paralelo. Por essa razão o cantor band lider e compositor Mark Stewart (Stew) achou por bem batizar seu projeto particular de The Negro Problem, e é por isso, uma marca tão brilhante. Como a indústria da música verá uma banda, ao contrário da música dita “branca”, liderada por um negro, cujas principais influências incluem, além de Sly Stone e George Clinton – está na raiz -, mas também, Stephen Sondheim, Burt Bacharach, Syd Barrett, Brian Wilson e Paul McCartney? É certo, como um problema. Acima de todo o talento e do alto de seus 2 metros de altura, Stew é um provocador.
Mark Stewart, que atende pelo nome Stew (para diferenciar-se do cantor britânico da antiga banda o Steppers), preenche as suas letras com esse tipo de princípio. E, em princípio, seu corpanzil remete aos desavisados que se trate de um rapper estiloso no modo de vestir nada convencional aos rappers. Mas o humor irônico e sua mistura de melodias vocais soulful, a musculatura de todas as misturas possíveis da Folk music aos R&B, chegando em certos momentos a lembrar até – e a mim pelo menos lembrou muito - a 1ª fase do Genesis (acústico/folk) de Peter Gabriel e também, um Cat Stevens - nos provoca, de cara, um sobressalto. Foi o que me aconteceu, por exemplo quando ouvi de primeira, no 1º contato com os TNP, a surpreendente versão de “MacArthur Park"! Tudo somado, demonstra mais uma vez a grande sacada do nome que Stew criou para sua banda. “The Negro Problem”, não poderia ser mais sarcástico.
Surpreendentemente, um talento nato como Stew só entraria profissionalmente para o mundo da música aos trinta anos, formando os The Negro Problem em 1995, quando mudou-se para Silverlake, um subúrbio de Los Angeles, após um período vivido na Europa. A formação original incluía o tecladista Jill Meschke Blair, o baixista Gwynne Kahn, e o baterista Charles Pagano - com o multi instrumentista Probyn Gregory ajudando como membro auxiliar.
Entre seguidas mudanças no elenco da banda, os The Negro Problem gravaram ao todo 3 álbuns, todos de excelente qualidade. Compondo a dissolução lenta do problema Negro, Pagano, um membro mais ativo dentro da hierarquia, deixou o grupo no final de 1999, embora continuasse a realizar com eles participações esporádicas.
Neste pequeno impasse entre uma carreira regular dos TNP, Stew gravou e lançou seu primeiro álbum solo, o aclamado pela crítica Guest Host, em 2000. Após sua liberação, Stew anunciou que o problema do negro não havia se dissolvido. Como prova disso, em 2002 lançou o TNP, seu último álbum até então, Welcome Black, outro passo no sentido pop barroco que parecia incluir mais idéias da banda como um todo. Desde então, isso é tudo para os The Negro Problem. Stew continuou alimentando sua carreira solo com mais 2 álbuns: “The Naked Dutch Painter and Other Songs” no mesmo 2002 e “Something Deeper Than These Changes”
Em 2008, a peça “Passing Strange”, de autoria de Stew, texto e música, concorreria ao Tony como melhor musical. Não ganhou mais deu o que falar.
Em tempo: para variar este álbum vem com alguns bônus. Todos raros um deles consegui identificar no bootleg: Muddy Sweetboot Stranded, música, "On The Cloud Girl's Terrain". Enfim, da faixa 13 até a 17 são bonus de músicas que não constam de nenhum álbum, ao menos dos listados no allmusic. Destaque para (além das originais de Welcome Black, claro) a belíssima balada folk, "My Muddy Trailer Park CD's" (faixa 16).
The Negro Problem (Welcome Black) 2002
Todos os 3 álbuns do The Negro Problem podem ser encontrados (ainda baixáveis, tentem o magaupload) no blog Gravetos & Berlotas. Inclusive o álbum "Post Minstrel Syndrome" de 1997, que contém a - que me perdoe o Richard Harris e até a boa banda prog. Beggar's Opera - senão melhor, a mais elegante versão de "Macarthur Park" que já encontrei.
Em tempo, super em tempo, mais que a tempo: aqui vai a tradução (gugou tranrleitor, mas boa) do depoimento do artista (Stew) sobre sua peça:
"Temos de agradecer ao GWBush por ajudar na realização desta peça. Sério mesmo. Quando descobri que ele nunca tinha ido para a Europa na sua juventude (ou, na idade adulta, até tornar-se presidente!), imediatamente soube o que queria escrever. Uma peça sobre uma criança que queria ir a Europa. Esse fato sobre Bush disse-me muito sobre a falta de interesse dos EUA em nada que seja estranho a eles mesmos, exceto o que eles mesmos podem explorar (obter lucros, sem nunca ter o "trabalho" de aprender). Você pode imaginar o filho de um bilionário uber-privilegiado em qualquer outro país do mundo que não tenha curiosidade suficiente para viajar para um país estrangeiro - aos dois ou três ou 20 anos? Especialmente quando você está imaginando o tipo de dinheiro que esse sujeito possui para a compra até de alguns aviões a seu bel prazer?
Como alguém cuja experiência própria foi praticamente formada e moldada no exterior a minha existência e a consciência sobre tudo, desde a sexualidade, política, cultura, língua à natureza humana... Eu me tornei obcecado por esses factóides e conclui que essa falta de curiosidade estava no coração da guerra - isto é, na origem dos que praticam a guerra. Percebi que estasmos realmente sofrendo os resultados dos Bush-efeitos e seus comparsas incuriousness ... tocando uma política externa estúpida, inócua demostrando que sob a ótica desses cabrões, não tem a menor relevância tentar compreender um mundo que eles apenas desejam dominar."
sábado, 17 de abril de 2010
Etienne De Rocher - 2006


Descrever como se chega à futura promessa – a chave do tesouro - também, eu nunca canso de detalhar, talvez por ser um sistema tão simples, que me deixa instigado a estimular outras pessoas a brincar disso também. Mas aviso logo, sorte e persistência fazem totalmente a parte mais importante do negócio. E quando falo em persistência, a persistência requer tempo, certus? Pra mim o inesperado aparece (quase) sempre desta forma: procuras por uma música ou álbum de alguém e outro artista se interpõe na busca - ou porque música ou porque álbum são homônimos - e aí, você vai com a cara do nome do intrometido. Baixa e “ó meu deus, quem é esse cara!?” Pronto. Está feita a descoberta! E os orgasmos vão começar! Mas, calma, vc apenas conseguiu uma música da nova paixão. Resta o álbum... Qual o nome do álbum? Tal. Põe na busca agora o tal nome... Espera.... As vezes o tal é tão bom que você até esquece quem era aquele que você procurava anteriormente. O novo virou prioridade.
E este foi o caso de Etienne De Rocher. Quando o descobri, o álbum homônimo, só se encontrava com um único “user” que compartilhava músicas comigo no soulseek - Soulseek, vc já sabe, né? É uma espécie mais "profissional" de Kazaa. Programa facilmente baixável em qualquer "Baixaki" que se encontra por aí. Então, compartilhava o user comigo e com mais uns 28 milhões de outros users conectados naquele momento. Incrível que apenas um único tivesse o álbum. Depois, já de posse do álbum, descobri que o mesmo foi gravado em 2006!... E de um autor tão bom, tão pop, tão “bateu valeu”. que... Sei lá como pôde ninguém ainda tê-lo descoberto. E olha a sorte aí entrando em ação!
Agora a parte chata: o que é Etienne De Rocher? Que tipo de som ele faz? Só disse que o cara era pop. Vago vragarai... Então tá. Ele também é rock, mas há uma boa dose de folk, blues, também tem, lo-fi, deve haver shoegazer e muito provavelmente até “riot grrrrl!" terá... É simples, Etienne é pop e sendo pop, na assepsia da palavra, o cara mistura todos os gêneros e sub-gêneros e aí meu amigo o negócio é sentar à mesa e confiar na habilidade de dosar os temperos do chef. Entende porque essa parte me complica? Porque passar a emoção que me causou essa descoberta, esse som, me deixa tenso! E essa tensão deve indicar, pros que lêem nas entrelinhas a emoção que a música de Etienne me causou. Quer saber? Cansei de enrolar o leitor. A referência mais próxima e atual que me vem a mente no momento é Ben Harper. Isso aí, se você gosta do Bem Harper vai amar o Etienne. E se queres saber mais sobre o artista aí vai o site oficial do cara. Afinal o mais importante já está aqui mastigadinho... O álbum. Com 2 bônus que nem o disco oficial tem.
Consegui traduzir, sempre com a inestimável ajuda do gugou tabajara tranrleitor, uns pedaços da descrição do próprio Etienne sobre a via crucis que teve que enfrentar para realizar este (in)tento totalmente bola dentro. O mais importante foi saber que o cara levou 5 anos na gestação desse álbum. Sem contar o fato dele ter rejeitado a oferta de uma major para poder parir o disco num tipo de parto de cócoras. E parto de cócoras, cê sabe, não precisas ser gestante para saber que será um parto "calça arriada", cujo major 'facilitador' promete ser indolor. Etienne sabe das coisas... Ou soube. Os 5 anos, De Rocher conta a saga, acusaram momentos bem dolorosos. Mas a liberdade de ser o dono da própria obra, sem nenhuma interferência externa, paga qualquer sacrifício.
Etienne De Rocher 2006.
domingo, 13 de dezembro de 2009
Chris Harwood (Nice to Meet Miss Christine) 1970

Já faz mais de mês que fui na minha última festinha. Devo fazer esses programas umas 3 ou 4 vezes por ano. Fui porque o local era o Lagoinha
O barato então dessa festa foi ter ido com uma amiga que não via a anos. Ela estava morando na Inglaterra e voltara com um marido inglês, este sim DJ! E que fora contratado para abrir os trabalhos do DJ famoso. Enquanto o inglês estava abrindo os trabalhos o som era perfeito! O cara sabia mais de música brasileira rara do que a grande maioria dos brasileiros. E foi um desfilar feliz de raros Sergio Mendes, Cassiano, Gonzaguinha, João Donato, Jorge Mautner, Marku Ribas, Marcos Valle... Gainsbourg, Tom Waits, jazz psicodélico vintage italiano dos 70... Putz! Não parava de vir música boa! Tudo raro, tudo muito dançante, tudo maravilhoso!... Agora, me pergunte se havia alguém dançando na pista. Ninguém, meu. Talvez, e muito provavelmente, se essa festa fosse no Braz, na Paulista ou na Angélica, estaria bombando muito mais porque nesse particular, reconhecer o cult, o novo, o diferente, o paulista sabe muito mais do que esse bando de carioca amansado. Anfã, fiquei amigo do DJ Londrino, pq sou muito amigo da atual esposa dele. O cara, que, como eu disse a ele, era pra dar festas em iates cobrando 10 barão de cachê está cortando um dobrado aqui no Rio. Sem trabalho, sem muitas perspectivas... A mulher, que é uma cantora fora de série, grávida, também sem grandes perspectivas. Mas eu entendo a coisa como ela é. Trocar o Rio por Sampa, por ex., não é pra qualquer abnegado. Então nego vai vivendo como dá, aceitando uns trabalhinhos aqui outro acolá, e nesse ínterim, entre o buzum e a van sempre há o Posto 9 em Ipanema e a vida passa mais agradável de se levar... Ah! E o londrino não larga esse osso paradisiaco aqui nem que o Big Ben atrase e mude o fuso horário para "em Brasília 19 horas!". Se um cara de Manchester - acho q é de lá que ele veio - encontra uma carioca bonita, talentosa e que conhece essa cidade em que moramos, nos mínimos detalhes... vai querer voltar praquela pasmacera nebulosa? Acho que não, né? Anfã... Bairrista eu??? Como assim, por exemplo?
Mas, finalmente, o quié é quié que tem Chris Harwood e o álbum (acho que único da cantora) raro e belíssimo a ver com toda essa história? Bem, eu tenho freqüentado o ap do casal DJ inglês/Cantora nacional, grávida, de talentos inquestionáveis e nessa de tomar umas cervejinhas o cara vai me apresentando os seus discos LPs e compactos simples – pois é, o DJ pega um CD como se estivesse manuseando uma cueca suja! A parada dele é vinil e ponto final! Inclusive uma de suas fontes de renda é vender LPs raríssimos pela internet. E nessas de bebe uma cerva aqui põe um LP pra tocar, dá-lhe som nas carrapetas! E não é que de repente, não mais que de repentelho, na octanagem do álccol que transforma toda pessoa normal em generosos amigos de longa data, o cara me presenteia com um compacto simples de Chris Harwood!? Acho que estou rico e não sei, porque a coisa é muito desconhecida. Mas antes de me dar o exemplar, claro!, ele me mostrou a música do disquinho. Uma versão matadora de Wooden Ships dos Crosby, Stills, Nash Young se apresenta nos meus ouvidos desavisados!... E a primeira coisa que eu disse, ao ouvir a versão foi: “Ué! Isso é coisa muito muderna, mermão! você não lida somente com antiguidades?”. Amigo leitor, o disco “Nice to Meet Miss Christine” é de 1970. Observe que maravilha de versão a de Wooden Ships e me digam se a impressão de modernidade não lhes saltam os olhos! No mais o resto do LP também é todo bom e, pra variar, o eu vaidoso meu que pensava que ia apresentar a maior raridade do planeta ao mundo descobriu que já existe um link do disco num blog que não me recordo mais. Mas o importante é conhecer! E o nome do álbum diz tudo o que faltou dizer...
sábado, 24 de outubro de 2009
Shiii, Vazô.

Mas, aí... assim que lançar tu vê se compra, hein, mão de vaca.
Músicas:
Just One Of Those Things
I'm All Over It
Wheels
If I Ruled The World
You And Me Are Gone
Don't Stop He Music
Love Ain't Gonna Let You Down
Mixtape
I Think, I Love
We Run Things
Not While I'm Around
Music Is Through
26/10/09 Bem, hora da pior parte: dizdizer o escrito e assinado com firma reconhecida. Apaga tudo q está escrito aí encima. Abstraia essa parte, navegante amigo. Simplesmente, traído pelo entusiasmo, me precipitei. Persuit é fraquíssimo! Um disco totalmente visando o mercado. O Jamie poderia ter negociado o seu bom nome e credibilidade dizendo: "tudo bem, tubarão, eu faço/cometo/vendo a minha alma a você, mas não assino!" E dado essa coleção de babas pra Beyonce, Rhianna e , principalmente a Celine Dion interpretar.
O meu erro foi ter confiado nas duas primeiras faixas do álbum, afinal de contas Jamie Cullum com seus 3 discos anteriores (os que conheço) merecia créditos. Herrei com H maiúsculo. Peço perdão e prometo que não haverá uma próxima patinada como essa. Afinal, o Jaminho pode até ter esquecido a regra, mas o Sergio Sônico tem um nome a zelar!
Em tempo: mas ao menos foi a tempo. O disco nem saiu ainda e eu, se fosse você, ouviria muito e bem, antes de comprar.
quinta-feira, 25 de junho de 2009
Michael Jackson - In Bossa Moments [2008]

Vai em paz, menino maluquinho.
Michael Jackson - In Bossa Moments [2008]
SENHA/PASSWORD: www.bajateloz.com
Observem que a postagem lá encima indica a data de 25/08/2009. Este texto foi postado em 03/07/2009:
Bem (tambem poderia ser "Ben") passada a febre que acometeu o mundo com a morte - fatalidade mais que anunciada e prevista - de Jakko, dar-te-ei meu pitaco: Em 1º lugar, alguém com imaginação ainda mais delirante que a minha conseguiria imaginar Michael Jackson um ancião? A imagem que mais me chocou no Scorseseano A Ultima Tentação de Cristo foi justo o cristo ancião, pai de filho, entediado – só faltou o pijama... Inimaginável visão. E, para aqueles que acham q vou comparar o rei do pop com o rei dos cristãos, alto lá! Não é por aí. A ligação é outra. Passamos a vida vendo a imagem de Cristo jovem assim como o Michael. Sua doença era não admitir a velhice, daí q Jakko ancião, vai no mesmo diapasão. Impensáveis, duas aberrações.
Michael é um gênio? Sim! Acima de tudo gênio dos negócios, gênio do marquetingue, gênio que anteviu q o audiovisual se tornaria o novo caminho da música pop e quase o maior gênio de todos na dança. Um misto Gene Kelly e Fred Astaire modernos + Elvis + James Brown e por aí vai. Todo o conjunto de conquista é pouco para rotular alguém como gênio?... Preencha a linha pontilhada. Até aqui, falou-se o óbvio – mas tem gente que não concorda, então deixa eu continuas a dar minha visão dos fatos.
E na música? Ben... (agora é ben mesmo) the two of us need look no more...
É... Mais ou menos, né? Gênio da música na minha humildíssima, quase rasteira visão é Gershwin, Tom Jobim, Jimi Hendrix, Heitor Villa-Lobos, Hermeto Pascoal, John Coltrane, Ennio Morricone... Só pra ficar nos mais ou menos contemporâneos. Michael Jackson é o que eu sempre digo - ainda é e será por muito tempo - aquela coca-cola toda. Coca-cola, gente! Produto pop perfeito, em breve nem o casco será retornável.
Então, agora sim tomo um desvio do óbvio: a grande discussão é a em torno da personalidade desse menino de 50 anos. Um Forest Gump da vida real. Q como o personagem, com tudo que ouvi em depoimentos de gente que conviveu com o astro, me fez pensar numa possibilidade, surreal, pela qual torço, sempre que me vem o atro rei do pop no pensamento: e se ele realmente não tiver molestado as criancinhas? Hein? Hein? Hein - como diria o Adnet. Alguém aí pensou que o garoto, cuja idade mental regulava (regulava é ó-ti-mo!) com a dos meninos que ele levava para dormir em sua cama, pudesse ter com eles apenas brincadeiras inocentes, condizentes com as da idade mental comum a petizada? Ah que tremenda sapecada seria, nos córnis da humanidade inquisidora!, a possibilidade da inocência de Michael Jackson... Sim, pq muitos alguns pelo mundo refletiría(mos) como seria bom rever nossos conceitos. Alguém aí viu o Jakko bolinando garotinhos, visitou o suposto abatedoro, Neverland? Poxa, nunca vi de perto nem o castelo kitsh do deputadinho anão! Mal ultrapassei as fronteiras da Sarneyland... Pois, é gente! Vastos são os domínios daquele pederasta! Molestados somos nós, marmanjões, cas carça nas mãos! Mas agora sério: sequer imagine, leitor, que esteja eu me excluindo desse novo julgamento. Nunca jamais acreditei na possibilidade de inocência de Michael Jackson, simplesmente, sequer cogitei uma fantasia dessas. Seria quase tão grave como acreditar numa palavra sincera vinda da Xuxa. Mas agora sei lá, sabe? Tenho ouvido umas coisas de gente próxima demais e interessada de menos em mentir... Além de que, dizer que a hipótese de inocência é impossível seria o mesmo que assumir que estando naquela pele, a sordidez seria a maneira natural de lidar com os outros meninos. E por falar nos meninos: por outro lado, do de cá da sanidade, q pais em sã consciência entregaria os próprios filhos aos cuidados de um seqüelado como o dr. Jakko, em sã consciência, sem antes recomendar, cheio das boas intenções...: "Faça tudo que tio Michael mandar, viu, filho?" Enfim, era isso.
Valeu menino maluquinho. Se não nos deste uma lição edificante na estada, mostre-nos, uma fresta que seja, de redenção e esperança, à saída - com luvas de pelica seria legal e bem ao seu estilo moonwalk de se afastar do caso.
Em tempo: o link desta postagem foi deletado - muito provavelmente por um poder paralelo. estratosfeérico qualquer. Costumo e até gosto de brigar com essas entidades do além restaurando links mas desta vez não o farei não. Afinal os pobres herdeiros do cantor precisam e tem lá os seus direitos de garantir o leite dos Jacksons por mais algumas gerações, certo? E não serei eu q meterei minha colher nessa pendenga. Nem esse som vale tanto à pena assim.
Abraços a todos!
terça-feira, 25 de março de 2008
DE NOVO DAHL - DUPLO - CATS AND KITTENS

ESSE TAL DE POP AND ROLL DE NOVO, DAHL...?
QUEM DISSER QUE BOA MÚSICA É SÓ O PURO JAZZ, ESTARÁ PROS ELITISTAS, ASSIM COMO O ERUDITO QUE SÓ ACEITA A SINFÔNICA, OS FILHOTES DO BUARQUE, A MPB ENGAJADA, OS XENÓFOBOS DO SAMBA, FUNDO DE QUINTAL, NO MÁXIMO, LAPA. OU AINDA PIOR, O ROQUEIRO SERROTE, QUE SÓ CONCEBE UM SOM COMO BOM, SE ACOMPANHADO DE GUITARRA, DISTORÇÃO - E O SERROTE? SÓ NO ROCK, ROCK, ROCK...
POR EXEMPLO, AGORA, NO ATMO, DO QUAL O POP É FEITO, A BOA MÚSICA É ESSA: ALTO FALANTE NA MAIS GRITANTE EXPRESSÃO DE SINCERIDADE. ISSO PORQUE MEU OUVIDO NÃO É PINÓQUIO! E GEPETO, O DO JABÁ INTRAESTELAR (UI!), NÃO APITA MAIS AQUI NA MINHA ESCOLA. NÃO ESTÁ APTO A REGER, DE BATUTA EM RISTE, O RITMO DESTE BLOCO OU PILOTAR AS CARRAPETAS E PICK UPS, ATROPELANDO A AUDIÊNCIA COMO UM TÍPICO DJ DA UNANIMIDADE NÉSCIA. TÃO NÉSCIA QUANTO DESNECESSÁRIA.
E QUEM QUISER QUE ENCONTRE OUTRA (DE NOVO DAHL).
Reseinha DND:
Diretamente de Nashville, Texas, a De Novo Dahl alterna em suas faixas rock e pop experimentais com influências de David Bowie, Roxy Music, Super Furry Animals, Supergrass, Kinks e o que mais vier. Depois de gravarem um EP independente, a banda conseguiu um contrato para um disco duplo ("Cats & Kittens" / 2005,) por uma editora underground local.
Além de suas músicas, a De Novo Dahl também é conhecida na cena independente americana por se apresentar com figurinos inusitados a cada show.
Liderada pelo vocalista, guitarrista e farmaceuta especializado em medicina nuclear Joel J. Dahl - o cara é o senhor distinto - a banda já dividiu o palco com Wilco e TV On The Radio. Atualmente excursiona pelos EUA e recentemente lançou novo álbum “Move Every Muscle, Make Every” mixado por David Fridmann (Flaming Lips) e Tony Doogan (Belle & Sebastian). Conferir o site da banda e a página da nova gravadora.
&
KITTENS (DISCO DOIS)
quinta-feira, 20 de março de 2008
MINNIE RIPERTON (COME TO MY GARDEN + PERFECT ANGEL)


Minnie Riperton nasceu a 8 de Novembro de 1947 em Chicago, cidade onde estudou música, teatro e dança. Iniciou-se na música pop aos 15 anos, quando entrou na editora Chess como parte integrante das The Gems; grupo feminino que editou alguns singles que não ficaram na história, ao mesmo tempo que fazia (o grupo, não Riperton) coros em espectáculos de algumas das artistas mais consagradas da editora, como eram os casos de Fontella Bass, The Dells ou Etta James. Após a dissolução das The Gems, Riperton gravou um par de canções em solo sob o pseudónimo de Andrea Davis, ao mesmo tempo que trabalhava como recepcionista nos escritórios da editora.
Em 1967, após uma audição em que, diz a lenda, o produtor e compositor Charles Stepney teria ficado impressionado com a sua voz celestial e operática - Riperton tinha uma voz invulgar de soprano, capaz de chegar sem esforço às cinco ou seis oitavas, tendo, na sua adolescência, chegado a manter uma breve carreira como cantora de ópera -, Riperton foi convidada para cantar nos Rotary Connection - aclamado grupo vocal da soulmusic. Simultaneamente, participou em discos de Quincy Jones, Roberta Flack, Freddie Hubbarb e Etta James e gravou, em 1970, um disco a solo na Chess ('Come Into My Garden'), um álbum que o allmusic definiria alguns anos mais tarde como " a perfect balance between romantic melodrama and sensual nuance" (e eu juro que o disco soa bem melhor do que aquilo que esta descrição faz prever). Porém, quatro anos após a estréia e seis álbuns mais tarde, nos Rotary - com vendas nunca superiores às 200.000 cópias, o que lhes dava o status de ser um dos mais bem sucedidos grupos do underground de Chicago, mas insuficiente para atingir o reconhecimento global - Riperton deixou os Rotary Connection, tendo estes terminado definitivamente a carreira em 1974.
Com o final dos Rotary Connection, Riperton abandonou a Chess e mudou-se para a cidade de Los Angeles (não necessariamente nesta ordem) onde conheceu Stevie Wonder, com quem viajou pelos EUA como backing vocal nas Wonderlove. Fascinado pela voz única de Riperton, Stevie aceitou co-produzir 'Perfect Angel', ao mesmo tempo que tocava bateria e teclados e dava uma mãozinha na autoria de três dos nove temas do disco, incluindo o seu primeiro grande (e único no Brasil) êxito internacional, 'Lovin' You'*. No entanto, os álbuns seguintes - 'Adventures in Paradise' e 'Stay In Love', gravados com a colaboração cúmplice de seu marido, Richard Rudolph - tiveram um êxito muito relativo.
(Faz-se necessário deixar aqui uma pista para a escolha dos álbuns, de conceitos totalmente distintos. Enquanto "Come Into My Garden" vai mais na linha Burt Bacharach, em "Perfect Angel" percebe-se, sem esforço, a mão autoral de Stevie Wonder na concepção do disco.)
Apesar do pouco reconhecimento, Riperton nunca deixou de cantar e atuar ao vivo, mantendo uma carreira discreta mas persistente, até falecer, vítima de câncer, em 12 de Julho de 1979, aos 32 anos.
* O mercado é mesmo padrasto...
MINNIE RIPERTON (COME TO MY GARDEN) 1970
MINNIE RIPERTON (PERFECT ANGEL) 1974
segunda-feira, 17 de março de 2008
KEB' MO' E ERIC BIBB



Ele nasceu em 3 de Outubro de 1951 em Los Angeles, Califórnia. É um excelente cantor, guitarrista e compositor de blues, com influencias, como manda a cartilha dos bem iniciados, de Robert Johnson. Curiosamente, não iniciou a carreira no Blues, mas tocando "steel drums" em uma banda de calipso, porém logo retornou para onde a vocação apontava, participando de várias bandas bluseiras entre os anos 70 e 80. Seu nome é Keb' Mo'.
Em todos os álbuns de Keb’, tenho-os do primeiro ao último, nota-se uma sonoridade própria, suave, circulando como a brisa fresca do mar (é a sensação que me dá), entre o folk, o soul e o blues. Mas nem tanto à raiz dessas correntes. Em tese sua música poderia (deveria, melhor dizendo) tocar no rádio sem quaisquer restrições. As melodias são cativantes, flertando sem traumas com o pop, mas um pop honesto, sofisticado, bem cool. Enfim é música ensolarada que te leva à passear.
Particularmente, Just Like You, o 2º álbum, de 1996, é o que mais me apetece. Isso porque nele está aquela música. Sabe aquela que marca território épico na vida de uma criatura? Pois é essa. Nesse caso, mais até, marca território na vida de um grupo inteiro. Há, em nossas discotecas, físicas ou virtuais, centenas de álbuns, todos escolhidos a dedo, mas poucos são os tais que possuem “A” canção. Aquela que não se explica o poder que tem. A minha (deste álbum) é More Than One Way Home - repare no passeio, um floating (virei surfista) contínuo, fazem as guitars solo e base de Keb’ e Tommy Eyre por toda a extensão da canção. Em certas músicas é perfeitamente nítido se delinear o traço de seu desenho melódico. É ruim de explicar e facinho de entender... Mas quando essa identificação acontece, repare: mesmo quando não se entende a letra, intui-se, perfeitamente, o que diz a poesia. Veja mais sobre Just Like You, no allmusic
Keb' Mo' por Roberto Maia:
Outro dia, revendo um documentário dos anos 60 sobre o rock britânico, vi que o sonho de Mick Jagger, pelo menos na época, era ser um cantor de blues. O blues continua como uma fonte mineral da música pop, de tanto em tanto surge algum talento acústico para refazer o pacto de Robert Johnson. Nomes como Rory Block, John Hammond Jr., e Taj Mahal já fizeram sua parte, continuando o caminho de Johnson. Dando continuidade a esta linha o veterano guitarrista Kevin (Keb' Mo') Moore, refez esta tradição de forma vigorosa e adaptando ainda nuances de soul e folk. Keb’ Site oficial: www.kebmo.com
Eric Bibb (Diamond Days) 2006
Eric Bibb, Rory Block & Maria Muldaur (Sisters & Brothers) 2004:
Bem, sobre Eric Bibb tudo que sei e tenho é o essencial: o álbum Diamond Days (2006). No meu julgamento, o melhor disco da carreira dele. Sei também que Bibb é apenas um mês mais velho (16/09/1951) do que Keb’ Mo’. Que nasceu na cidade de Nova Iorque - dois bluseiros urbanos, portanto - e que tem um estilo muito semelhante ao do parceiro de postagem. Por isso, os dois juntos aqui. Mas o Bibb ainda leva boa vantagem sobre o Keb’. É ele o mentor intelectual do melhor disco dentre as 3 pérolas apresentadas. O álbum Sisters & Brothers com Rory Block & Maria Muldaur é simplesmente o maior achado desta postagem! Sobre este disco reafirmo, sorrindo, minha já reconhecida total incapacidade para falar sobre música. No entanto quem baixa, há de reconhecer também outra obviedade, esta a meu favor: não ter talento pra falar sobre música nada tem a ver com não saber encontrar o que ela tem de mais precioso. Leia mais sobre Diamond Days no allmusic. E sobre Sisters & Brothers no mesmo allmusic
Para baixar os álbuns:
ERIC BIBB, RORY BLOCK & MARIA MULDAUR (SISTERS & BROTHERS) 2004
sábado, 12 de janeiro de 2008
ENCONTRO INUSITADO: A PRIMEIRA DAMA DO JAZZ VERSUS O MAIOR CLÁSSICO DO POP

Marian McPartland nasceu em 1918 ou 1920 (dependendo do guia que se consulte), na cidade de Windsor, coração da Inglaterra. Para Richard Cook, em sua Jazz Encyclopedia, Penguin Books, 2005, Marian é a primeira dama do piano jazzístico. Começou tocando violino e abandonou os estudos de piano na Guildhall Scholl of Music para tocar em vaudevilles e, mais tarde, para as tropas norte-americanas que estavam na Europa durante a Segunda Guerra Mundial. Em 1944, tocando na Bélgica, conhece o trompetista Jimmy McPartland, com quem se casa em 1946, nos EUA. Com o passar dos anos, e muito lentamente, Marian consegue vencer a resistência e estranhamento do público norte-americano ao fato de uma mulher, branca e inglesa, tocar jazz. Era um ambiente homoafetivo, o jazz até os anos 40... Em 1950, já tocava com seu trio no Embers Club e, em 1952, no Hickory House, ambos em New York. Dotada de uma sonoridade clássica e polida, além de uma técnica apurada, conquistada a resistência masculina, Marian se firma na carreira, como uma das melhores pianistas, tanto ao swing quanto ao bop, o mainstream do jazz. Apesar de tocar com diversos grandes músicos e criar sua própria gravadora, a Halcyon, Marian tornou-se nacionalmente conhecida em função do programa de rádio ‘Piano Jazz’, do qual era produtora e apresentadora. Foram muitos os seus convidados, entre gênios como Mary Lou Williams, Oscar Peterson e Bill Evans... E muitos desses programas, cerca de 30, foram gravados e lançados em cd, através do selo Jazz Alliance. Entre ao anos 50/60s, Marian gravou bastante para a Savoy, Capitol, Argo e Bainbridge, ao mesmo tempo em que se dedicou ao ensino de piano para crianças.
Deixo aos navegantes, dos álbuns da coleção, talvez, o mais inusitado: McPartland recebe os líderes do Steely Dan, mestres do pop-rock&jazz, Donald Fagen & Walter Brecker. Num papo animado onde Fagen e Brecker mostram-se fãs incondicionais de Louis Armstrong, Charlie Paker, Duke Ellington e John Coltrane... Entre uma e outra mostra do repertório dos S.D, a velha dama do Jazz também está, não só totalmente à vontade, como aparenta ser fã e grande conhecedora da obra da banda. Fiel ao formato do programa, este álbum é assim apresentado: “conversation”, apresentação de canções, conversation + vinheta... Assim sucessivamente, com direito a algumas palas de clássicos do jazz e até um duo, ao piano com D. Fagen e Marian. Muito legal! Também não podia deixar de ser que as interpretações inéditas, ao vivo, do repertório do Steely Dan estejam afiadíssimas. Juntamente com o álbum há um release oficial do mesmo com mais informações.
Em tempo: a pequena biografia sobre Marian McPartland foi editada do blog especializado em jazz, Jazzseen. Grato, JL.
sábado, 15 de dezembro de 2007
ELTON JOHN (BLUE MOVES)

Elton John emplaca o disco duplo "Blue Moves" em primeiro lugar na Grã-Bretanha e em terceiro lugar nos Estados Unidos. Com as participações de David Crosby, Bruce Johnston, Graham Nash e Toni Tennille, o álbum alcançou status de disco de ouro em menos de vinte dias e confirmou o sucesso do pianista mesmo após algumas declarações polêmicas. Naquele mês, a revista Rolling Stone havia publicado uma entrevista com Elton John, na qual ele revelava, pela primeira vez, sua bissexualidade.
O que importa (inclusive, este, nas melhores casas do ramo) é que nos anos 70 esse cara era bom pá daná! Tudo bem, tudo bem... não discutamos com fãs que acham que Elton mantém a verve. Pra mim, "Blue Moves", “Madman Across The Water”, “Captain Fantastic” “Tumbleweed Connection” e “Goodbye Yellow Brick Road” – não necessariamente nesta ordem - são obras intransferíveis, impossíveis de se repetirem ao longo do tempo. Não porque o tempo é cruel com o artista, mas o mercado O é! É simplesmente impossível manter a verve considerando tendências, modismos e o bendido (pra quem não tem, maldito pros que esbanjam) dinheiro. Nego acaba derrapando na curva. Claro! O dinheiro é o combustível, mas também o óleo na pista! E porque escolhi Blue Moves entre todos os citados? Porque, embora este tenha saído por aqui, foi dos citados, o que menos vendeu. Aparecendo e sumindo com a velocidade do mercado. Ah, era álbum duplo. Sim. Mas, Goodbye Yellow... também não era?
Enfim, há em Blue Moves uma canção - lembro-me que à época fiquei injuriado, quando ao tentar comprar, só encontrei o importado – Idol. A balada/blues mais deliciosa da fornada Elton johnisíaca... O que restava a esse moleque gastador viciado em música? Investir a mesada. Agora chega de papo.
Toma que o disco é teu!