
Então cá o assunto é Marie Daulne! AKA, Zap Mama! Como disse a ouvi há uns bons anos, baixei algumas músicas soltas em tempos de Kazaa, mas havia muita sede de conhecer tudo de todo mundo ao mesmo tempo agora e, eis aqui uma bela fórmula "com sede ao pote", de não se conhecer muito de coisa alguma. Somente no começo desta semana, ao saber de um novo lançamento do Michael Franti, onde, como sempre, Marie Daulne colabora, me lembrei de baixar um disco da moça e ver-lhe a face. Além de descobrir uma artista talentosíssima, que bela mulher encontrei! Vejamos o efeito que ela fará nos vocês. Comigo foi conhecer de verdade e correr atrás de toda a obra da moça (é um grupo vocal mas foi Marie Daulne quem criou o conceito) e ouvir muito atentamente dessa vez.
Ao invés de escolher um álbum para postar - estou numa fase totalmente "compilation" -, fiz um literalmente trabalhaço de seleção - foi um dia inteiro ouvindo e escolhendo faixa por faixa, até fechar o especial da moça.
O texto abaixo, que editei de um blog português fala que as Zap Mama têm, no mínimo, duas fases bem distintas na carreira, total verdade. Como os 7 originais até então editados são de excelente qualidade, me ative ao começo da carreira, onde o que se ouve, sem exagero, pode elevar as Zap Mama, em vossa seleta opinião, assim como na minha já elevou, a categoria de "a mais orgânica banda vocal" que já existiu sobre a Terra. Então dirá o leitor: "mas banda vocal é um contra-senso e se existrir está implícito ser orgânica." Pois é. E eu não podia ter dito orquestra? Mas, só vai entender quem escutar. Elas cantam, não só vocalizações da música como a conhecemos, mas os sons da terra e de tudo que cá habita e ressoa. Pode até haver outros grupos com as mesmas intenções, mas para atingir tamanha qualidade, é de se duvidar quem as supere. Não custa insistir: só entende quem escuta. Na seleção das músicas, detive-me ao meio da tragetória - do começo, quando o grupo era somente vocal até o quarto álbum solo de 1999, já elas acompanhdas de banda. Mas ora pois se não estou a contaire tudo aqui! No texto do português editado continuamos a história.
Filha de pai Belga e mãe Congolensa, Marie Daulne mudou-se para Bruxelas aos 3 anos de idade, quando começou a sua odisseia musical. Enquanto as outras crianças aprendiam a tocar instrumentos clássicos, a mãe de Marie preferiu ensinar-lhe as polifonias dos pigmeus africanos. Aos 18 anos Daulne regressa ao Congo, onde cria o grupo Zap Mama em 1990.
Ao todo (até 2009) editaram 7 álbuns solos. O primeiro, Adventures in Afropea (1992), é estritamente vocal. E já no segundo, Sabsylma (1994), receberam indicação ao Grammy de melhor álbum na categoria "World music". Estes foram os álbuns onde Zap Mama desenvolveu realmente o poder e as possibilidades da voz feminina como instrumento musical. Ver o vídeo desta fase.
Aqui, com a participação de Erikah Badu:
Nesta "Compilation One", exclusiva da Casa, temos a citada primeira etapa da evolução do grupo vocal. Nas primeiras nove faixas, as moças nos levam por uma viagem à savanasafricana, brincam com o som da fauna local e tribos nativas, sem deixar, com a experiência, de fazer música de ótima qualidade. E quem quiser a experiência sem restrinções, a casa recomenda começar com os álbuns "Sabsylma" da 1ª fase vocal e o "Seven" já intrumentalizado, como dois álbuns mais representativos da carreira das Zap Mama.
Para fechar, uma entrevista com a simpática Marie Daulne que, entre tantas paixões, revela um indisfarçável desejo de mais Brasil. Ela diz que esteve aqui? Tipo, quando? E porque não volta , tipo, zap Mama?
Caso não consiga visualizar clique aqui.
Mama Compilation One (1992 - 1999)
Parafraseando o Mano... Como é bom poder gostar d'outros elementos...