
Conheci um certo Victor Folquening navegando. Não. Eu não vou explicar o conceito deste blog/site genial. Qualquer pessoa com algumas gramas úteis a mais de massa cinzenta entende. E os com gramas a menos, pastam. O campo é bom. Eu já testei!
O Texto:
“Velhinhos do jazz deveriam se aposentar?
Nem fale uma coisa dessas.
Músicos de todo gênero podem muito bem cair na armadilha de se tornarem covers de si próprios. Veja o caso dessas bandas de rock “metaleiro” dos anos 70.
Mas se determinássemos uma hora em que o intérprete deveria pendurar as chuteiras, como costumamos solicitar a jogadores de futebol como Edmundo ou Dida, o mundo perderia imensamente…
Sei, são coisas diferentes, mas às vezes ambas exigem preparo físico. Imagine se você fosse saxofonista e, ainda por cima, construísse parte de sua reputação com solos de tenor longuíssimos, exaustivos, em altura e potência de tal magnitude que seu apelido se tornasse Colosso… e os fãs esperassem que, quase aos 80 anos, você mantivesse that voodoo you did so well.
Esse cara consegue nos fazer dançar. Mais velho que a soma das idades dos integrantes do RBD. E, se quer saber, ele é melhor do que sempre foi. Mesmo que tenha gravado obras-primas como Tenor Madness (liderando John Coltrane! Em 1956!), Saxophone Colossus, uma coisa deliciosa ao vivo no Village Vanguard em
Praticamente aos 79!
Enquanto ele faz seus shows por aí, sem nunca cair na cópia de si mesmo, investigando cada vez mais ampla e tranquilamente os limites de suas próprias invenções, aparece no mercado um dos melhores discos de jazz já produzidos.
E não é exagero, pode apostar.
Trata-se de uma coletânea de gravações ao vivo nos últimos 30 anos, com Sonny em diversas formações – que vão de trio a quinteto com guitarra. Música jamais publicada, pois foi registrada por um advogado, Carl Smith, que seguiu o saxofonista por toda a parte, dos EUA à Polônia e Suécia, gravando meticulosamente suas apresentações impressionantes.
A crítica elegeu, em vários artigos, The Road Shows Vol. 1 o melhor disco de 2008.
Por quê?
Bem, em parte porque torcemos por Sonny Rollins, essa instituição do jazz. Mas se qualquer outro, desconhecido que fosse, estivesse no letreiro principal de The Road Shows , as pessoas diriam: “finalmente, um novo Messias para o jazz”.
O som é pleno, vigoroso, desafiador. Os longos solos – como o desacompanhado
Gostar tanto assim de Sonny Rollins, pelo menos para mim, parece supor um insuportável sinal da personalidade; quem sabe, antes disso, uma carência, uma necessidade de deixar se envolver por algo que soa tão bigger than life, mas, ao mesmo tempo, vulgar e terreno. O volume, a opera brutta de Sonny transporta para além do banal. Aquele som ferruginoso, agressivo, desconcertante, “feio”, coloca gosto de pó e asfalto na sua boca.
É a vida que pedimos a Darwin!
O álbum:
Sonny Rollins (Road Shows) 2008
Sonny Rollins (Road Shows) Parte 2
Em tempo: antes de pensar pq a 1ª parte do texto ficou com uma fonte tão exagerada, melhor creditar as razões ao acaso. De minha parte, gostei do texto do cara. Mas esse destaque, vei de lá, seja lá de onde for. Anfã. Vou beber e amanhã corrijo.
TOMZIN! TE AMO! FAZES UMA FALTA FÉLA DA...... POIS É, ISSO AÍ.