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quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

Sonny Rollins (Road Shows) 2008


Conheci um certo Victor Folquening navegando. Não. Eu não vou explicar o conceito deste blog/site genial. Qualquer pessoa com algumas gramas úteis a mais de massa cinzenta entende. E os com gramas a menos, pastam. O campo é bom. Eu já testei!

Só sei que estou muito grato por este encontro. Feliz a ponto de brindar! Aliás, sorte minha que já estou na função “bebeno”. E mais sorte ainda por ter ele, o Victor, sem saber, me apresentado este álbum (e texto) que é um tratado jazz simples, direto ao ponto. Do jeitinho qu'eu gosto. O trato -do tratado- é justo assim: ouça, pire ou passe batido. E morra sem saber. Porque eu tenho fé nas pessoas mas mais, muito mais ainda, nas tais das outras vidas. Não só acredito como atesto: eu vim de lá eu vim de lá, pequenininho...! Anfã, o essencial quem que makecagô, um um belo dia apreende. A merda é perder a coisa mais preciosa do mundo nesta vida, carái. O tempo. O tal do trem da história... Ou, no caso particularde quem deixou pra lá, o bonde.

O Texto:

“Velhinhos do jazz deveriam se aposentar?

Nem fale uma coisa dessas.

Músicos de todo gênero podem muito bem cair na armadilha de se tornarem covers de si próprios. Veja o caso dessas bandas de rock “metaleiro” dos anos 70.

Mas se determinássemos uma hora em que o intérprete deveria pendurar as chuteiras, como costumamos solicitar a jogadores de futebol como Edmundo ou Dida, o mundo perderia imensamente…

Sei, são coisas diferentes, mas às vezes ambas exigem preparo físico. Imagine se você fosse saxofonista e, ainda por cima, construísse parte de sua reputação com solos de tenor longuíssimos, exaustivos, em altura e potência de tal magnitude que seu apelido se tornasse Colosso… e os fãs esperassem que, quase aos 80 anos, você mantivesse that voodoo you did so well.

Esse cara consegue nos fazer dançar. Mais velho que a soma das idades dos integrantes do RBD. E, se quer saber, ele é melhor do que sempre foi. Mesmo que tenha gravado obras-primas como Tenor Madness (liderando John Coltrane! Em 1956!), Saxophone Colossus, uma coisa deliciosa ao vivo no Village Vanguard em 1957, a famosa trilha original de Alfie, ombreirado com Max Roach e Clifford Brown no (provável) mais espetacular quinteto de jazz jamais gravado, um disco muito estranho com Jim Hall depois de passar uns dois anos tocando sozinho numa ponte… pelo menos metade dos saxofonistas do mundo colocam o nome do camarada entre suas principais influências… mesmo assim, SONNY ROLLINS é melhor do que sempre foi.

Praticamente aos 79!

Enquanto ele faz seus shows por aí, sem nunca cair na cópia de si mesmo, investigando cada vez mais ampla e tranquilamente os limites de suas próprias invenções, aparece no mercado um dos melhores discos de jazz já produzidos.

E não é exagero, pode apostar.

Trata-se de uma coletânea de gravações ao vivo nos últimos 30 anos, com Sonny em diversas formações – que vão de trio a quinteto com guitarra. Música jamais publicada, pois foi registrada por um advogado, Carl Smith, que seguiu o saxofonista por toda a parte, dos EUA à Polônia e Suécia, gravando meticulosamente suas apresentações impressionantes.

A crítica elegeu, em vários artigos, The Road Shows Vol. 1 o melhor disco de 2008.

Por quê?

Bem, em parte porque torcemos por Sonny Rollins, essa instituição do jazz. Mas se qualquer outro, desconhecido que fosse, estivesse no letreiro principal de The Road Shows , as pessoas diriam: “finalmente, um novo Messias para o jazz”.

O som é pleno, vigoroso, desafiador. Os longos solos – como o desacompanhado em Easy Living – surpreendem mesmo quem ouve jazz todo dia. Rollins toma direções imprevisíveis sem deixar cair o beat. Seu calypso, uma marca registrada desde os anos 60, é ainda mais dançante. E é jazz, sem uma nota de condescendência, com todas as armadilhas rítmicas e melódicas que fazem os amantes da música estancarem em suspense, pedir para todo mundo ficar quietinho, e terminar a audição com os olhos acesos, sorriso petrificado e o coração inflamado.

Gostar tanto assim de Sonny Rollins, pelo menos para mim, parece supor um insuportável sinal da personalidade; quem sabe, antes disso, uma carência, uma necessidade de deixar se envolver por algo que soa tão bigger than life, mas, ao mesmo tempo, vulgar e terreno. O volume, a opera brutta de Sonny transporta para além do banal. Aquele som ferruginoso, agressivo, desconcertante, “feio”, coloca gosto de pó e asfalto na sua boca.

É a vida que pedimos a Darwin!

O álbum:

Sonny Rollins (Road Shows) 2008


Sonny Rollins (Road Shows) Parte 2


Em tempo: antes de pensar pq a 1ª parte do texto ficou com uma fonte tão exagerada, melhor creditar as razões ao acaso. De minha parte, gostei do texto do cara. Mas esse destaque, vei de lá, seja lá de onde for. Anfã. Vou beber e amanhã corrijo.


TOMZIN! TE AMO! FAZES UMA FALTA FÉLA DA...... POIS É, ISSO AÍ.


segunda-feira, 20 de julho de 2009

The Rebirth (This Journey In) 2005 e Noelle Scaggs [a nêga]



Vou dar bolacha em que mexer com a minha Nêga
Já dei colher demais, agora chega
Há dez mulheres para cada um no Rio de Janeiro
A Nêga é minha, ninguém tasca, eu vi primeiro, ôooi
A Nêga é minha, ninguém tasca eu vi primeiro

Diz!

A Nêga é minha, ninguém tasca, eu vi primeiro, ôooi
A Nêga é minha, ninguém tasca eu vi primeiro

Quando ela andava naquela
Pindaíba que fazia gosto
Não havia nenhum matusquela
Querendo olhar pro seu rosto
Hoje ela anda bonita
E vive no meu barracão

Um, dois, três!
Fica assim de gavião, ôooi
O meu barraco, fica assim de gavião...

____________________________________________________________________


Este samba antigo, segundo o Dicionário Cravo Albim, de Marinho da Muda e João Quadrado, expressa com perfeição o que senti quando conheci Noelle Scaggs - infelizmente só quem conhece a alegria que do samba transborda pederá imaginar a minha ao descobrir Noelle.


Embora o This Jorney In postado, seja de 2005, aqui no Brasil essa nêga é tão minha que ninguém tasca eu vi primeiro mesmo! E o som... Se você curtiu e/ou curte coisas como Incognito, Brand New Heavies, James Taylor Quartet (que não tem nada a ver com o velho James do Rock'n Rio) e coisas stylistcs do gênero acid jazz, baixa que a nêga pode ser sua. Mas só pra adorar a distância! Tipo os gaviões na janela do (meu) barraco, babando, porque essa nega minha! E será fiel só por tê-la descoberto.


Minha história de fã do subgênero acid no jazz começou com um amigo que tinha... agora é que ele tem uma pousada na serra da Bocaina - na época era ainda um projeto. Amigo style, galera e garotas style a freqüentarem um local de paisagem, isso sim!, super-hiper-mega style!... Enfim, era tudo absolutamente style naquele batcanal à época (que saudade!). E só o que se curtia então era acid jazz, claro! Ali, no projeto de pousada ou pegando a estrada para lá, o que rolava era US3, MESHELL NDEGEOCELLO, os já citados BRAND NEW HEAVIES, e uma penca de sons do gênero - japoneses e alemães, então, existem literalmente às pencas! Teve um que conheci depois e que tenho que citar porque é um dos melhores! Os LIQUID SOUL... Anfã, se eu puxar muito da memória pouco elástica, já bem gasta e flácida, tá arriscado ela não voltar nunca mais pro lugar, então deixa quieto.


Mas, como ia dizendo, mesmo sendo muito Style, demorou um pouco pra dar vontade de reouvir esse tipo de música. Foram over doses dela. Até que achei o álbum (coletânea) postado abaixo. O primoroso Impeach The Precendents e daí... voltou tudo à tona! Toda a memorabilia: a futura pousada na Bocaina, a galera, o meu amigo Bruno... Grande Bruno! - o futuro dono da... agora sim!, finalmente construída Pousada da Terra! As doideiras que fazíamos... (mas isso foi antes, hein!, pelo amor de deus, que o cara tem família e é responsável...) Mas não dá pra esquecer... Éramos bem mais moleques... E, putz, na estrada!... O que seria de nós com a Lei Seca naqueles tempos? Ô maigudiness! Em plena Dutra! Passando, sobrevivendo, que milágre!, e parando pra abastecer em Barra Maaansa! - como costumavamos berrar aliviados porque a viagem era longa, sempre uma aventurar (que mane abastecer o tanque!, o carro era econômico) e seguir naquela serra que mais parecia uma sintese de um clássico do cinema, com o sugestivo nome de "O Salário do Medo"!.. Quanta emoção! Pois é, amigunhos. Deus protege bêbados e criancinhas. Lóki era nós! Arnaldo Baptista? Mero aprendiz. Mas deu tudo certo. Como deu! E, Bruno, se vires essa postagem, que não conta um quase nada da diversão que foram aqueles tempos... cara, sinto tua falta.


Voltando à Noelle e os The Rebirth, o fato é que me amarrei em relembrar e reouvir alguns desses sons daquela trilha sonora, já de época. E na pesquisa sobre alguns álbuns, encontrei essa nêga Noelle Scaggs, Sagaz e lindíssima e que nem vídeo decente no Youtube se encotra AINDA. Vai saber se agora que o internacionalmente aclamado blog sônico resolveu adotá-la, Noelle não deslancha, mundialmente famosa, no gosto popular?


A história é essa. Curtam muito o som, porque coisa mais style, não há!


Aliás há sim: há a Pousada da Terra em pleno funcionamento e o resgate do samba "Ninguém tasca (Gaveão)" de Marinho da Muda e João Quadrado que é muito mais style di qui tudo enfim!


The Rebirth (This Journey In) 2005


domingo, 19 de julho de 2009

IMPEACH THE PRECEDENT!



Aproveita e impaecha os DJs óbvios e previsíveis!

1. DJ Shortkut feat. Roy C. Hammond - Impeach the President
2. DJ Einstein & Zaakir - Haves & Have Nots
3. Thes One & J-Live - Give It Up
4. This Kid Named Miles & Medusa - New Definition
5. The Globetroddas - Love
6. Jazzanova - L.O.V.E. and you and I
7. Poets of Rhythm - Flight to St. Vincent
8. Sharon Jones and the Dap Kings - What if we all stopped paying taxes
9. Damon Aaron - Bungalow
10. BLK Sunshine - Echoes
11. Antibalas Afrobeat Orchestra - P.A.Z
12. People Under the Stairs - Bomb Combo
13. Crown City Rockers - Movement
14. Breakestra - Show and Prove
15. New Mastersounds - Bullseye
16. The Rebirth - Everybody Say Yeah

Impeach is a compilation of soul, funk and hip-hop music that was commissioned and collected to impart the idea of changing protocols and paradigms?to Impeach The Precedent in society. This is first AUTHORIZED sequel in the Funky Precedent benefit compilation series, dedicated to providing REAL soul music and REAL results for national charities that move us. The first cd, Funky Precedent benefited music departments of public schools and featured artists that were making a difference in the burgeoning southern California music scene from 1996-1999. It featured artists such as Jurassic 5, Ozomatli, Black Eyed Peas, Breakestra, Ugly Duckling, Damon Aaron, Styles Of Beyond, Aceyalone and others. The album reached #1 on the CMJ hip-hop charts, topped countless top 10 lists and charts for 1999, and was named ?The Number 1 Underground Record of The Year? by Spin Magazine. Proceeds from Impeach The Precedent are being donated to The Rainforest Action Network. RAN.org. campaigns for the planets inhabitants and the natural systems that sustain life by transforming the global marketplace through grassroots organizing, anti-corporate education and non-violent direct action

IMPEACH THE PRECEDENT

quinta-feira, 9 de julho de 2009

Hadouk Trio (Utopies) 2006


Entre as mais importantes, relativamente recentes e não clássicas realizações da editora francesa Naïve está um disco que merece um destaque muito especial: Utopies, lançado em 2006, do Hadouk Trio.

Quinto álbum da banda constituída por Loy Ehrlich (baixo), Steve Shehan (percussões) e Didier Malherme (sopros), no qual desta vez se junta como convidado especial Jon Hassell (trompete), este trabalho representa a nouvelle vague de uma música universalista, que funde o jazz com a world music (especialmente inspirada na África marroquina e na Ásia armênia), mas não só... O que sequer é de estranhar, uma vez que Didier Malherbe esteve profundamente ligado à liberalização cultural vinda do Maio de 1968, em Paris, tendo posteriormente formado o grupo Gong e trabalhado com figuras preponderantes nas novas músicas das décadas de 70 e 80 como Daevid Allen, Steve Hillage, Mike Howlett e Pierre Moerlen (no próprio Gong e em trabalhos solos desses mesmos músicos). Enfim, Malherbe é uma das cabeças mais inquietas e criativas da Hidra Gong. Um instrumentista capaz de dominar todo e qualquer instrumento, por mais exótico que seja. Ehrlich já tocou ao lado de nomes consagrados da música internacional como Youssou N’Dour e Peter Gabriel. Mestre em vários instrumentos, é brilhante tocador de kora (viola da África Ocidental, com 21 cordas) e tem grande reputação como arranjador, produtor e programador do Festival Essaouira. Steve Shehan é um músico eclético, convocado sempre pelos grandes astros do rock internacional, como Paul Simon, Paul McCartney, Brian Eno e vários outros.


Sucedendo-se ao 1º álbum "Eponyme" de 1995, da Tangram, "Shamanimal", Celluloid (a ser reditado em Setembro pela Naïve), "Now" (idem) e "Live à FIP" (2004, Celluloid), este novo "Utopies" é um trabalho maior no seu género, tendo rapidamente alcançado em França o nº 1 do Top de vendas de discos de jazz. Disco que em Portugal está também a ser um grande sucesso!


Fonte: Andantemusic. (Portugal)


Hadouk Trio (Utopies) 2006


Hadouk Trio (Utopies) Part 2

domingo, 28 de junho de 2009

The Ray Draper Quintet Feat. John Coltrane [1957]




A Tuba na história do jazz não teve a mesma atenção e muito menos o mesmo espaço que outros instrumentos como o trombone e o trompete. Porém podemos destacar alguns bons músicos que colocaram esse instrumento no "mapa" do jazz, por assim dizer. "Ray Draper" é um desses tubistas que tiveram o prestígio de gravar com grandes nomes do jazz e da música: começou a tocar com grandes músicos muito cedo; as suas grandes aparições podem ser confirmadas junto à banda de Jackie McLean no disco Jackie McLean & Co. e Deeds, Not Words de Max Roach (1954), quando tinha apenas 16 anos. Posteriormente, "Draper" gravaria outros discos como o Tuba Sounds com a colaboração de grandes músicos e colaboraria com outros grandes nomes do Jazz como Donald Byrd, Don Cherry dentre outros. Este disco aqui postado traz o tubista com 19 anos já com um grande prestígio como solista e compositor. Este é o segundo disco para o selo Prestige (o mesmo de Miles na época) e traz solos bem entusiasmados da tuba de "Draper" e do sax tenor de "John Coltrane". As primeiras três composições são de Ray Draper; a faixa nº 4 é uma composição de Sonny Rollins e a ultima faixa é de Ray Noble. Faixas: 1- Clifford's Kappa, 2 - Filidia, 3 - Two Sons , 4 - Paul's Pal, 5 - Under Paris Skies, 6 - I Hadn't Anyone 'Til You.
Músicos: Ray Draper - tuba, John Coltrane – sax tenor, Gil Coggins – piano, Spanky de Brest – bass e Larry Ritchie – drums.
Texto retirado do Blog: MPB JAZZ

Outras considerações sobre gente, arredores, espuma na superfícies e música, com alguma profundidade.

Não é uma boa prosa. Arrecadadora de empatias não será, com certeza. Mas como é possível ser indiferente ao jazz?! Eu fico pasmo, pq, nascido e criado no meio de beatles, hendrixs e rollingstones, chega uma hora em q a gente cresce, carái! Em fase de crescimento, carece-se de uma dieta mais balanceada, menos junk. Não precisa vestir terno e chamar os outros de mister isso e aquilo. Só precisa começar a ouvir. E, óbvio, não precisa abandonar nossas raízes. Mas péra, pára e pensa! Dá um tempo de guitarras, meu! O dia todo nheco-nheco é phoda, também! Essa turma do serrote rock, rock... Quando termina essa obra? Eu? Nada contra, muito ao contrário. Mas, assim como aquele povo da Lapa, q na verdade veio da Zona Sul do Rio, louco pra montar uma escola de samba formada no Baixo Neverland (projeto sério de burguês em mesa de bar) e desfilar na sapecaí um samba cinema novo feliniano e a escola vai chamar Mocidade Dependente dos Encanudados da Puc... Unidos do Rio Fashion Week, sei lá. Péra lá mil vezes! Claro que tem os reais apaixonados no samba. Mas os agregados são muitos. E muito pouco sinceros. Assim como um mergulhador depois de um aprofundamento arriscado recorre urgente a câmara de descompressão, esses agregados de que falo, quando voltam cansados do pagode, entocados para que ninguém os ouça, enfiam um Headphone na cabeça e absorvem overdoses de Led Zeppelin - isso porque estou pegando leve, é Led pra não dizer Coldplay ou Madonna. Claro, porque se só samba à noite toda, cansa, todo dia, todas às noites, cansa mais que 3 elafantes. É como o sedentário no 1º dia de acadimia. Vai ver como ele sai prejudicado na 1ª sessão. E esses, os sambistas da Puc, são os que mais me irritam. Mais do que os roqueiros radicais. Porque sua paixão é falsa, é meio fashioner a parada, não tá no sangue, tá na cara! A coisa tem muito mais a ver com ver e ser visto casual mais rústico do que ter o samba no pé. Tá arriscado até a tomar uma cachacinha com feijão amigo. Amigo do vaso. Corre pro banheiro que isso é uma bomba calórica! "Éca!, que banheiro tosco". Repare que a pessoa está lá reclamando e vomitando.

Mas todos... ah, nisso há quase um consenso!, todos respeitam e amam o jazz. O Miles é foda, o Coltrane um gênio, Duke Ellington um clássico e tal... O tal, tal quem mesmo? Adoram a Nina Simone! Que é mais cool que a Ella. Mas ouvem? Porra nenhuma, cumpadi! Fale de Cedar Walton, pra citar o 1º nome q me veio now, e vê o que acontece. “Porque sedar Walton? O que ele tem afinal?”

Mas de samba o cara da Puc entende. De repente um verão e são todos sambistas de terreiro, conheceram em tempo recorde todo pessoal das comunidades, as velhas guardas, estão em todas as rodas de samba... Enfim, antes que comece a mal dizê-los mais do que já maldisse... Amiguinho leitor, me irrita tanto aquele que só escuta rock, quanto aquele que só escuta samba e aquele que só escuta hip-hop, MPB ou “só” qualquer coisa. Quando o abjeto de devoção vira febre me distancio do contágio. E com todo o direito que a ranzizice do adiantado da idade me confere, dano-me a me irritar e a falar mal. Conseqüência disso: cismo com o pobre do estilo, que nada tem a ver com os fãs e paro de escutar. Parto pra outra(o).

Já o jazz... porque ando só ouvidos para ele? Em princípio, a maneira de me rebelar contra o rock que encontrei. Pura picuinha: e já que todo mundo diz que o jazz é phoda, mesmo sem escutar - inclusive eu! - vamos ouver pra crer de verdade. E aí... Ó, quão inesgotável é a sua variedade de abordagens! Ó, com quantos instrumentos se pode fazer um bom álbum de jazz... Mas, principalmente: ó como os reais e, em geral, todos os pseudos intelectuais, amam o Miles, o Coltrane, o Ellington e a Ella...! No fundo só os conhece de orelhada. Vão e ouçam, carái! Foi o que fiz. Fui e ouvi. E depois ouçam também os demais, porque é aí que a coisa pode fugir do controle. São muitos e fantásticos os demais.

O álbum aqui postado é um dos primeiros discos da minha fase “mergulhando em grandes profundidades
[só] e na apnéia”. Posso dizer, orgulhoso: apesar da indisfarçável memória de peixe - também posso estar no grupo que não entende o porque de sedar o pobre do Walton -, acho que adiquiri por direitro, o direito de viver no meio, ganhei guelras, até. Posso, e mais, sou capaz perfeitamente de morrer feliz por aqui.

A atração do momento diz muito sobre o texto acima, um álbum de tubista... Quando me imaginaria ouvindo - e amando! - algo tão exótico, tuba?!, 5 anos passados? Uma boa prova do que seria (quase) um exagero de mergulho nas mais profundas do jazz. Nem acho um exagero mais. Claro que não. E quem ouvir entenderá. Se não fizer roqueiros e puc-sambistas, começarem a prestar mais atenção ao que há em volta, noutras órbitas agora mais próximas do que nunca, que voltem correndo pras suas guitarras, seus tamborins e headphones oxigenados de stones e madonnas.

Ah, claro! Quem vestiu a carapucça... existe essa tchurma?... Cada um no seu quadrado. A vida vem em ondas, diria Vinícius - não o Motta, nada contra o Motta, mas o de Moraes disse primeiro. E acá surfa-se e entuba-se em cíclos.


THE RAY DRAPER QUINTET FEATURING JOHN COLTRANE - 1957

Esta postagem, o álbum, não o texto, é dedicado ao grande Érico Cordeiro! Esse sabe tudo. Érico, é mais ou menos essa a idéia, adequar o seu refinamento à cachaça envelhecida em tóneis de ignorância minha e tentar tirar desse improvável mix, um coquetel meio samba do criolo doido que seja, mas que finalmente faça a cabeça da rapeize - se é que vc me entende.

segunda-feira, 18 de maio de 2009

The Bahama Soul Club (Rhythm Is What Makes Jazz Jazz)



A postagem desse álbum é um pretexto para abordar alguns assuntos super-recorrentes da casa. A capa dá a impressão de ser um disco antigo, certo? Não é. Aqui jaz um lançamento de 2008 - não coloquei a data no título pra fazer surprise. Então, como a casa privilegia o que não há mais pra se comprar nas lojas do Brasil (fora de catálogo) e/ou álbuns que dificilmente sairão por cá, incorre-se apenas no inevitável pecado de que, um blog está na Rede para o mundo, então o que disponibiliza-se fica liberado para gringos e baianos. Parece óbvio mas muita gente não pensa nesse pequeno detalhe. Na fé de que os colecionadores de discos originais, a gente sabe e crê, gostam de originais, então o q nos motiva cá de baixo do equador, serve para todos os dos lestes, oestes, nortes e suis (pq sul não tem plural?)


Assunto recorrente, esgotado – vá lá, + ou - esgotado –, The Bahama Soul Club e o seu “Rhythm Is What Makes Jazz Jazz”, além de outras utilidades, deve ser o típico disquinho expert em animar festas e reuniões dos fashionistas. Não sou louco por fashionistas, mas não dá pra negar o refinamento natural que esse povo tem q ter. E a música vintage é da melhor qualidade, “bem ao estilo Sergio Mendes & Brasil 66”, safra especial com aquela batida bossa-latin-jazz e... “Ah, isso já encheu o saco!”. Não concordo. Boa música, agradável de se ouvir, nunca sai de moda. Fico imaginando um dia estressante de 2ª feira. Um sujeito engravatado engavetado num engarrafamento monstro – numa marginal da vida – tipo em Sampa, sem nada para apreciar e esperar além das batidas insistentes de um marginal à vera, no blindex do bólido refrigerado, com a coronha madrepérola de uma magnum 45 - o quão terapêutico um som alegre e auto-astral, não pode ser pr'essa pobre alma!... Isto claro, se o bandido não aparecer e tudo não passar da imaginação paranóica do bacana... Mas você também, amigo, não pode estar com o seu ipodzinho (1,99 das Casas Bahia), entalado na porta de um trem, daqueles que os seguranças te pilam pro interiorl, na base do, “cuidado com a cabeça, senhorl”? Não só Ipod como deve. Pra ver o que é bom. E deve ter uma boa música pra amenizar tais ocasiões. Passado o tumulto, sonhar não custa nada, com um som chique desses você se abstrai das demais sardinhas na lata e estará livre para se imaginar muito bem trajado, engravatado... No engarrafamento, mas em seu bólido importado, um luxo refrigerado... E sem a paranóia do bandido, claro! Se esse sonho é teu, não irás fantasiá-lo com um marginal escroto batendo no raybam-bam-bam do teu Jaguar! Ou vai? No fim das contas ambas as viagens passam mais agradáveis em qualquer situação. Bom, se ninguém viaja, viajo eu por alguém.

O som do coletivo alemão é ou faz-se à perfeição parecer totalmente orgânico. As meninas (convidadas?) cantam muito e são lindas, nesse quesito, destaque para a Bella Wagner – que também canta bem, mas... veja a fotinho dela me diz sou um exagerado sem noção... Isabella Antena, a mais experiente – tem uma série de álbuns solos lançados, entre eles o interessante French Rivera -, Pat Appelton é a voz do “Mambo Crazy” o sucessão do De Phazz - aliás, De Phazz!, tudo a ver com o som dos The Bahama... E Malena, pode ser a menos ‘atributada’ (não encontrei a ‘figurinha’ na Rede), mas é a que defende a faixa mais bacana do álbum, “Dejame Marchar”.

No mais, nem tem tanto ‘mas’ a dizer, pra bom entendedor... É som perfeito (obra acabada). Despretensioso pro que há de agradável nessa vida. Um entardecer colorido, apreciar a paisagem, acreditando num mundo menos opressivo. Tanto quanto pros ricaços reunirem-se na cobertura d’um deles e, servindo uns drinques exóticos, discutir a crise da Bolsa ou qual a última tendênnncia para outono-inverno em Paris, Milão ou New York.

Porque não, amigo(a)? Por-que-não? Afinal, diria o bom comediante, Médici: cada um com os seus pobrema.

Como viajar é um bem particular do dono da casa... isso me lembrou uma história que vi numa entrevistade do velho Burt Bacharach, aquele senhor sereno... 80 anos de bons serviços prestados à música, dizendo: “uma das situações mais desagradáveis por que passei, foi um show que fiz, pago por um milionário, numa casa alugada para o evento. Ninguém prestava atenção em mim e faziam um barulho, que mesmo eu já não conseguia me ouvir – muitos ali, meus amigos!, inclusive. Num determinado momento, parei o show e disse: Vocês são a platéia mais desagradável para quem toquei em toda a minha vida.” Fez sentido. Nós ouvimos - mesmo q só para sonhar com o "Dia do Jaguar", quando estaremos engavetados no trânsito, impaciente para o chegar logo naquele show, quando levaremos um pito histórico do Burt Bacharach.


The Bahama Soul Club (Rhythm Is What Makes Jazz)


terça-feira, 18 de novembro de 2008

CHRIS JOSS (YOU'VE BEEN SPIKED) 2004


Assim como todo o objeto (nessa sociedade abjeta onde tudo se presta a virar um), até as palavras entram e saem de moda, certo? Uma que adoro e aqui uso dicum vontade, é "vintage". Acho-a sonora, acho-a chique, me remete um tempo em que se via os mais abjetos em jaulas. Ou em HQs dentro de macacões de listrinhas como os Irmãos Metralha...

Bem, esse som que calhou de cair cá pela postagem é tão vintage, tão elegante - como tudo vintage deve sê-lo - que me obrigo, adentrando os arcos décor do clichê, àquela velha frase feita brega do, uma imagem vale mais que 1 milhão de palavras rebuscadas. E falar mais pra Q se estará tudo dito abaixo, sobre esse multi instrumentista, auto-didata e DJ francês...
Chis Joss em "Discotheque Dancing":



Chris Joss (You've Been Spiked) 2004

sábado, 18 de outubro de 2008

MÁRIO LAGINHA TRIO "ESPAÇO"


Aproveitando o mote da postagem no plano abaixo, continuemos no espaço! Finalmente encontrei um álbum do artista que tanto ouvi falar em minhas digressões à terrinha... Digressões virtuais, por enquanto. E que ainda não me havia dado o prazer de conhecer. Infelizmente, Portugal ainda não fincou e fez tremular soberana, sua bandeira no território do Jazz. Ainda!... Músico/pianista de Jazz, Mário Laginha é o nome que mais li,/ouvi falar, desde que comecei a buscar na Rede a música do mundo. No entanto seus discos solos não são nada fáceis de encontrar – quando não se tem dinheiro para mandar importar, claro. Enfim, finalmente, afinal, agora aí está “Espaço”, álbum, sempre no bom sentido, fresquinho de 2007.


Encomendado pela Trienal de Arquitectura de Lisboa (2007), “Espaço” é mais que um belo disco de trio (piano, baixo e bateria) jazz.


A arquitetura é o tema que alicerça esta música simultaneamente geométrica e orgânica: a idéia de estruturas regulares e irregulares, linhas contínuas e descontínuas, superfícies planas ou distorcidas, espaço e a ausência de espaço, é transferida para o universo sonoro, resultando num opus único sobre a forma e suas contradições.


São muitos os aspectos abordados, a configuração das ruas numa cidade (“Tráfico”), a claustrofobia (“Paredes Que Nos Rodeiam”) e o vazio (“Vazio Urbano”, precisamente o mote da trienal) sendo apenas alguns deles, e não necessariamente com propósitos descritivos.

Com Laginha estão o contrabaixista Bernardo Moreira e o baterista Alexandre Frazão (monstros!), nomes fundamentais da cena jazzística portuguesa.

Oiçam, que não se arrependerão.


Para instigar a curiosidade dos que aqui aportam, um depoimento de um gajo que assistiu a uma apresentação de Laginha:


"Tenho as mãos a arder. Depois dos muitos aplausos de ontem, ainda tenho as mãos a arder e a cabeça a borbulhar de boa música.


Foi um prazer estar no lançamento de Espaço, o mais recente trabalho de Mário Laginha. O desafio foi lançado pela Trienal de Arquitectura e a reflexão do músico sobre o espaço que o rodeia foi partilhada ontem connosco, no escurinho quente do auditório da Culturgest. E foi soberbo!


Soberbo não só porque Mário é um compositor genial, mas por tudo. Fascina-me aquela figura tímida que sentada ao piano quebra as barreiras que existem em qualquer espaço, qualquer mente, qualquer corrente musical e consegue misturar no seu trio clássico um jazz mágico e irrequieto que nos envolve, rapta e devolve ao mundo umas horas depois. Voltamos mais ricos. Voltamos melhor. Gosto da figura que pisa um palco eclético com uns ténis de montanha confortáveis, que deixa os pés flutuarem sobre o chão ao ritmo das fugas e melodias, que me engana os sentidos ... quando o som do piano parece ser tocado por muito mais do que dez dedos humanos. Tão humanos que só posso descrevê-los como geniais. Bernardo Moreira no contrabaixo e Alexandre Frazão na bateria completam o trio Laginha."


A mim me encanta! E, em casa, ouvindo singela reprodução mp3 da obra, a impressão que ficou foi: o álbum é curto demais. Curti demais. Daqueles discos, que no tempo das eletrolas, apertaria-se um botão encardido e o braço levantaria daquele espaço onde já girava em falso fazendo plec plect esbarrando repetidas vezes no rótulo, e sozinho – que tecnologia admirável! – percorreria o mesmo caminho de volta, baixaria em câmera lenta, na primeira faixa e voltaria a tocar, tudo novamente agora.


É por isso que invejo o único fiel espectador/baixador ouvinte deste blog (deve haver um). Ele se dá esse luxo de apertar uma tecla e ouvir tudo de novo... E quantas vezes quiser! Pra mim, nessa rotina estafante... a fila tem que andar.


Prazerzão te conhecer, Laginha! Beijo, me liga!


MÁRIO LAGINHA (ESPAÇO) 2007

sábado, 4 de outubro de 2008

Soil & Pimp Sessions (Planet Pimp) 2008


Grupo club jazz japonês que vem recebendo destaque internacional desde o álbum homônimo (2006), devido ao realce por parte de DJ’s a combinações inusistadas, acid/free jazz cheio de adrenalina, enorme espírito desbravador, plural, viking (?)...

Depois de terem conquistado algum espaço na UK, ainda em 2005 foram convidados pelo grupo alemão Jazzanova a actuar em Berlim, abrindo-lhes desde aí a oportunidade para trilhar o Japão e continente europeu divulgando o seu trabalho. Em 2006, Pimp Master foi lançado na Europa e, o sexteto para além de continuar em tour extensiva pelo velho continente, marcou presença no Festival de Montreux. Planet Pimp é o mais recente e quarto trabalho de 2008.

E que som, amiguinho. Cês viram que o blog anda make num recesso sônico, em virtude de Gabeira, que merece toda a atenção. Mas este albão de última hora furou a fila legal! ...e até a preguiça santa local. O bode foi pro espaço - e o coelho também! Pé de pato bangalô 3 vez!... eu diria... Tens dúvida? Pegaí e vê se não é!... Cara teimoso...

Soil & Pimp Sessions (Planet Pimp) 2008

segunda-feira, 29 de setembro de 2008

CHET BAKER (THE ART OF THE BALLAD) 1958-65


QUANDO OS MEUS OLHOS ESTÃO SUJOS DE CIVILIZAÇÃO,
CRESCE EM MIM UM DESEJO D'OUTRAS PAISAGENS, OUTROS SONS.

(Corruptela com uma frase do poeta Manoel de Barros)

CHET BAKER (THE ART OF THE BALLAD) part 1


CHET BAKER (THE ART OF THE BALLAD) part 2

sexta-feira, 26 de setembro de 2008

Sahib Shihab (Companionship) 1964/1970


Foi então que tive outra aula... Devo confessar que flauta em jazz não está, estava, melhor dizendo, entre minhas preferências. Gosto da sonoridade do instrumento e tal, mas restrito ao clássico, as orquestras, MPB... Devo confessar que há muito não escuto os eruditos, quando o faço, o faço em jazz, também. Mas enfim, Jethro Tull é bem bacana. Focus fez também um trabalho no rock interessante, mas sempre as flautas que mais me chamavam atenção eram aquelas que soavam como vendavais uivantes. O Gentle Giant as usava, muito raramente, flautas de pau a pícolo afim de introduzir um som mais pro folk à música provençal dos trovadores e tal... Outra praia. No jazz, definitivamente... Tenho até um monte de Herbie Manns, Hubert Laws... Mas nunca foram os discos que escolhia pra escutar. Então, ficaram lá, numa pasta dentro de uma gaveta do HD quase em coma, respirando por aparelhos.


Foi então que tive a tal aula. Prá variar, Jazzseen. Fessora Paula(Nadler). E aí corri atrás dos nomes lá citados. Como estou já nesse negócio, “a procura da batida”, no caso sopro, “perfeito” algum tempo, a bola procura o craque, sá comé. Daí que me cai no colo o álbum em questão. Sahib Shihab em “Companionship”. Amor a primeira vista. Paixão à primeira faixa! Uma verdadeira descarga dionisíaca de ritmos num puro jazz, (puro também no sotaque latin, afro... com alguns standards cantados, irretocáveis. Sim, pode-se dizer, sem pestanejos: álbum 5 estrelas com louvor! Aproximadamente 79 minutos que se escuta amarradão em impressão de segundos. Uma profusão de trompetes, flugelhorns, trombones, e claro, flautas de todos os matizes. Na aula, que espero, ca, o navegante compartilhe - clicando o link encimado -, descobre-se que Sahib Shihab foi, além de um dos introdutores do instrumento, se não, o cara que deu à flauta um lugar de destaque, porque experimentava usando a voz simultaneamente ao sopro. Portanto, quando se escuta as peripécias de um Ian Anderson, This Van Leer, etc, saiba que o pai da criança estava lá atrás... Ou melhor, bem aqui encima, agora.


Outras semelhanças que atinei nessa audição, foi como este Sahib Shihab em “Companionship” desengavetou nas idéias um dos álbuns que mais aprecio do King Crimson, o Lizard. É claro que Fripp e Cia, embriagaram-se homericamente nessa fonte.


Pois é. Lizard, KC (1970)... Grande disco. Sahib Shihab mandou retornar com o albinho ao tempo, pra tirar a nhaca de naftalina e reenquadrá-lo. Eu obedecerei o mestre.

Uma pequena biografia: Sahib Shihab é saxofonista (baritone, alto, and soprano) e flautista, foi um dos primeiros jazzistas a se converter ao islã e mudou de nome em 1947, possui tantos discos solos como tocou com grandes mestres do jazz: Thelonius Monk, Dizzy Gillespie, Quincy Jones, Chico Hamilton entre outros (born Edmond Gregory 23 June 1925 in Savannah, Georgia – died 24 October 1989 in Tennessee).

Sahib Shihab (Companionship)

Sahib Shihab (Companionship)2

quinta-feira, 7 de agosto de 2008

Russ Dewbury (A Night at the Jazz Rooms) 2008


Explosiva compilation do que há de melhor (pá pista) em matéria de Latin/Samba, Soul, Psycho, Techno, Afro (jazzy) e o que mais vier, minuciosamente costurada pelo DJ, músico/produtor Russ Dewbury - descobri o sujeito, me infiltrando na Rede, disfarçado de Tetive, assuntando sobre os responsáveis pela ressurreição do vizinho do andar cá de baixo, Terry Callier...

Por falar em andar de baixo, minha idéia da melhor utilização dessa pista dupla é a seguinte: acorrento e arrasto num baú encarnado meu receiver Pioneer SX 434 (modelo 1975), juntamente com as Polyvox (mesmo ano) feitas em pau aglomerado, que a ação do tempo cuidou de desaglomerá, pra dentro do cemitério São João Batista. Posiciono, respectivamente os caixões (de som) sobre as lápides, uma do Rauzito, outra do Tim Maia “Racional”. Levanto o volume no pico e espero sentado na tumba do Cazuza as 12 badaladas noturnas... Pontualmente na hora do rush das almas, espeto e aperto o play desse som agulhado pra ver se isso de fantasma existe mesmo ou, na real, é tudo invenção da mídia. Uma coisa é certa, pacero, enquanto o som bombar quem tá morto, Oi, dançará e os vivos, mais vivo, claro, que Tim estará.

Então... pro dia nascer feliz por entre as criptas e as alma de-penada (meu, o Rio tá embaçado) não saírem voando desembestada com uma sensação de vazio no bucho, self-serve-se um brunch frugal que dê sustância. A sugestão do chef DJ, pra rebatê o som, é o famoso caldin de tamanco que é servido ali perto no morro Dona Martha. Pedida local bem legal... Quê?! Nunca provou sopa de tamanco, mermão? É pau puro! ... Hey, mr. DJ, repete a porra toda de novamente, cumpadi! E põe mais grave, mais agudo, mais tudo!

Bem, agora, devidamente quase pleno, depois do descarrego da esbórnia passada nessa trilha mardita... Aqui vai, tudo que encontrei de informação, séria, no Amazon, sobre álbum e autor:

Product Description

Compiled by legendary Brighton DJ Russ Dewbury. This CD represents the sound of the Jazz Rooms sessions and is a look to the future rather than a retrospective 'best of'. Even if you have never been to the club night or have only a passing interest in jazz and related music you ll find something here to inspire you. Featuring tracks from Karl Denson, Sarah Webster Fabio, Ricotti & Alburquerque, Ray Harris & the Fusion Experience, Peter Nero, Tuomo, The Recloose Live Band, Alex Wilson, Mitchell & Dewbury Band, Bob Azzam and more across 2xCD's and 12" vinyl

About the Artist
From his debut in 1986 Russ Dewbury has become one of the most influential and, highly respected figures on the international dance music scene. Brighton based Dewbury is one of the top DJs on the circuit and has developed a substantial reputation as live music promoter, record compiler,broadcaster, composer/ producer and all - round musicologist. One of the original UK

jazz DJs, Russ opened the Brighton Jazz Rooms in 1987. Stronger than ever in 2008, the Jazz Rooms has become one of the most successful sessions in club history. "A legendary affair that all should attend" (Straight No Chaser Magazine). From this base Russ has performed at all of the top clubs worldwide and enjoys a hectic touring schedule.

Russ Dewbury (A Night at the Jazz Rooms Disc.1)

Russ Dewbury (A Night at the Jazz Rooms Disc.2)

quarta-feira, 26 de dezembro de 2007

THE QUANTIC SOUL ORCHESTRA - TROPIDÉLICO



“…infecciosa mistura de descargas latinas, cumbias e outras formas superiores da arte de fazer sacudir as ancas…”

Novo Opus na seguríssima carreira dos Quantic Soul Orchestra. Gravado na Colômbia com a ajuda de músicos locais, Will Holland junta ás explorações funk dos discos anteriores o Hip Hop e ritmos latinos como a cumbia elevando a Música dos QSO a novos patamares.

“…Will mudou-se para a terra das cumbias e usou muitos músicos locais neste álbum enorme, feito de música que parece saída de outro tempo.”

"*": Revista Bizz, Portugal.

LINK RESTAURADO:

THE QUANTIC SOUL ORCHESTRA (TROPIDELICO) 2007