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sexta-feira, 15 de agosto de 2008

EU TE AMO TÂNIA SCHER!



Escrevia um comentário pro amigo, Rubem, freqüentador aqui da casa, quando recebo um telefonema. Minha mãe pedindo pr'eu olhar o obituário n'O Globo. Como estava com as mãos encima do teclado e o jornal bem ao alcance, dei início ao desabafo ali mesmo: "Cara, tô pasmo aqui com outro assunto"...

Morreu a Tânia Scher, estrela do Cinema Novo, teatro, televisão... e, claro, super amigaça durante uma época decisiva da minha vida. Deu-me a maior força, no começo, quando nem me conhecia!, numa empreitada complicada. Acreditou num projeto e peregrinou comigo pelas emissoras, Globo e Manchete, invadiu salas de diretoria, a custa de seu - ainda que já claudicante
, nos 90s - prestígio... Talvez ela nem percebesse, tamanha a obstinação. Mas eu, que via à distância, tentei não reparar. Enfim. Te amo Tânia Scher!...

"Ah, era uma pessoa difícil, problemática"... F...........-se! Era uma estrela!

"Morreu aos 61 anos depois de 3 dias internada no Miguel Couto"... Como? Onde? Claro que, tenho certeza, na companhia da filha (idêntica a mãe em tudo de bom), Claudinha e a outra filha do 1º casamento, Isadora. Mas imagino o abandono. "Tânia sofria de crises de depressão" diz aqui, na internet,
uma nota. Mas e a Globo? Não deu um centavo? E O Globo? Só publicou o obituário hoje!, quando a atriz morreu no sábado, dia 09 de agosto? (...) Eu prefiro estar enganado e ser obrigado a desdizer toda essa essa parte infeliz. Claro que prefiro! Quem sabe, mamãe cochilou na hora do anúncio, dia 09, no Jornal Nacional ou no domingo no Fantástico?... Enfim... Vida que segue... Segundos depois do tranco, agora (6ª feira, 15/08/08) e eu toco a procurar uma foto decente da Tânia, Certinha do Lalau, musa do Jaguar do Pasquim. Tá no obituário d'O Globo.: "Tânia era conhecida por estar sempre na fossa, característica que a tornou personagem de Jaguar. Era uma das componentes do Trio Tumba, versão feminina dos rapazes Bossa Nova do Trio Tamba"... Melhor amiga de Leila Diniz - trabalhou no filme do Bigode em homenagem à Leila... A Menina do Lado, do Alberto Salvá. Em Todas as Mulheres do Mundo do Domingos de Oliveira... Estrelíssima da linha de shows da Globo, desde o Balança mais não cai, Planeta dos Homens, Viva o Gordo, Os Trapalhões, Novelas, Minisséries... Essa mulher botou a cara, corpo e alma em serviço de todas as produções importantes da história da maior emissora de televisão do país! e não é mais notícia? Nem uma foto decente na internet*? No Youtube, procuro... Ufa! Um video (clip) experimental dos anos 70, com o pessoal do Som Imaginário (até lá ela estava...), ela e Gal Costa... Onde as duas aparecem, Gal meio que de relance, Tânia com algum destaque, fechando o filme (emblemática agora essa imagem), mas é só. Jura que isso é tudo? Como assim, colegas?

Claro que a bronca aqui é particular. Pra muitos, Tânia Scher pode não passar de um nome bonito. Mas tenho certeza de que, para quem compreende o que pode dar sentido à vida de alguém que vive da arte de se expor nos veículos de comunicação, entendeu meu desbafo.

Tô chocado. E a melhor forma de traduzir este sentimento é desse jeito, largando o dedo como quem atira. E que balas, não tão perdidas, sobrem para atingir alguém que valha a pena. Pois é certo que uma das razões dessa saída à francesa, se origine nesse
estúpido abandono. Esse maldito individualismo coletivo do "antes ela do que eu".

* a foto aí encima foi retirada do vídeo citado. E é só.

"Rede Globo plin plin a gente te esquece por aí."

domingo, 2 de março de 2008

BUDDY MILES (THEM CHANGES)



A última vez que vi ou ouvi falar em Buddy Miles, foi num documentário sobre Hendrix, no canal GNT. Não faz muito tempo. Buddy já um senhor, inclusive. E o que marcou, além da imagem literal daquele grande homem, foi a doçura e a admiração com que falou sobre Jimi. Seu inconformismo com a morte do companheiro e ídolo... Mesmo depois de tantos anos, Buddy ainda lamentava quase revoltado a separação. Repetiu por diversas vezes que Hendrix não podia, não tinha o direito de tê-lo abandonado, que de uma certa maneira sentiu-se traído, porque o avisou que ele ia acabar se matando. E falou sobre uma possível reunião de Band of Gypsies, as centenas de projetos geniais ainda por realizar... A impressão era de que Miles sentia a perda como se a morte de Hendrix acontecera no dia anterior. Comovente a última vez que vi Buddy Miles...

Morre Buddy Miles, ex-baterista de Jimi Hendrix
O músico sofria de problemas do coração. Miles também tocou com Stevie Wonder, Muddy Waters, David Bowie, entre outros.

Morreu aos 60 anos, na noite da última terça-feira (26/02/08) o baterista Buddy Miles, que fez parte da lendária Band of Gypsies, do guitarrista Jimi Hendrix. Ele tinha 60 anos e sofria de problemas cardíacos, informou seu assessor.

Miles, que nasceu em Omaha (Nebraska) já tocava no conjunto de jazz de seu pai aos 11 anos. Segundo seu site, ele tocou em grupos como The Delfonics e The Ink Spots e acompanhou a lenda do soul Wilson Pickett. O baterista tocou no clássico disco "Electric Ladyland" e se juntou logo depois à Band of Gypsies, que ainda contava com o baixista Billy Cox.

De acordo com seu site, ele tocou com Stevie Wonder, Muddy Waters, Barry White, David Bowie, George Clinton, Santana e Bootsy Collins.

Craig Balderston, um músico de Omaha, disse que costumava tocar com Miles durante os anos 90. "Ele era um fantástico baterista e também um fantástico cantor", disse.

Após a morte de Hendrix, Miles retomou com sucesso o Buddy Miles Express, graças sobretudo ao disco "Them Changes", que se manteve nas paradas durante 74 semanas.

Em 1972, Miles gravou um disco ao vivo no Havaí com Carlos Santana, que se tornou um grande sucesso de vendas. Posteriormente, colaborou com nomes como Stevie Wonder, David Bowie e Bootsy Collins.

O músico passou um período na prisão no final da década de 70 e início de 80, por acusações relacionadas a drogas, mas voltou à música em 1986, com o grupo California Raisins.

Em 1994, voltou a trabalhar com Santana e criou uma nova versão da Buddy Miles Express. Durante os últimos anos de sua vida, Miles se dedicou a manter vivo o espírito de Hendrix, através de atos promocionais e participações em tributos em sua memória.

No momento de sua morte, trabalhava em três projetos musicais e estava envolvido em atividades destinadas a arrecadar dinheiro para as vítimas de furacões nos EUA.

Voltando a Them Changes aqui postado, é puro R&B, Rock e Jazz. Obrigatório. Uma dica/ e pros que conhecem, que soe como estímulo: fã da banda Free e muito de Paul Rodgers (Bad Company), percebi algumas semelhças claras no estilo de cantar e na levada de algumas canções. Enfim, este álbum é bom de cabo a rabo.

BUDDY MILES (THEM CHANGES)

ATENÇÃO! ESTE LINK TEM SENHA: camaradeeco.blogspot.com


Em tempo: Agora, a notícia mais... século 21 ligada ao nome de Jimi Hendrix é esta aqui

terça-feira, 25 de dezembro de 2007

Oscar Peterson



A lamentar, homenagear e se confortar na idéia
de que, 82 anos, pode ser uma boa época para o descanso de um gênio.


Morreu pianista canadiano Oscar Peterson
O pianista e compositor de jazz Oscar Peterson, um dos canadianos mais conhecidos fora do país, morreu esta segunda feira aos 82 anos na sua casa, em Toronto, anunciaram as cadeias de televisão CBC e Rádio Canadá.

( 19:04 / 24 de Dezembro 07 )


Peterson, 82 anos, considerado por muitos críticos como um dos maiores pianistas de jazz de todos os tempos, começou a estudar trompete e piano com o pai aos cinco anos de idade.

Depois de lhe ter sido diagnosticada uma tuberculose dedicou-se ao piano.

Em 1944 participou na Johnny Holmes Orchestra, onde aprendeu composição e arranjo.

Três anos mais tarde montou seu primeiro trio com Bert Brown e Frank Gariepy, com o qual se apresentava em concertos semanais na Alberta Lounge, onde Norman Granz o descobriu e o levou a tocar no Carnegie Hall.

Os seus parceiros musicais mais constantes são os contrabaixistas Ray Brown e Niels-Henning Orsted Pedersen e os guitarristas Herb Ellis e Joe Pass.

Em 1952 fundou um novo trio com o baixista Ray Brown e o guitarrista Barney Kessel, que foi substituido por Herb Ellis um ano mais tarde.

A partir da metade dos anos 50 fez inúmeras apresentações e concertos com grandes nomes do jazz tais como Ella Fitzgerald, Billie Holiday, Carmen McRae, Louis Armstrong, Lester Young, Count Basie, Charlie Parker, Quincy
Jones, Stan Getz, Coleman Hawkins, Dizzy Gillespie, Roy Eldridge, Clark Terry, Freddie Hubbard e com o Modern Jazz Quartet.

Na metade dos anos 1970 Ray Brown saiu do trio e foi substituido pelo baixista dinamarquês Niels-Henning Ørsted Pedersen.

Em 1993, Peterson sofreu um derrame que o deixou paralisado do lado esquerdo durante dois anos.

Em 1997 ganhou um Grammy pelo conjunto da sua obra e foi premiado pela International Jazz Hall of Fame.

domingo, 11 de novembro de 2007

VALEU, GAROTO! - NORMAN MAILER (31/01/1923 - 10/11/2007)



84 anos não foram suficientes. Morreu debruçado sobre a obra. 2ª parte de The Castle in the forest, livro onde um demônio narra a história de 3 gerações da família de Adolf Hitler.

Recomenda-se:

"Os Nus e os Mortos"
"Os degraus do Pentágono"
"O super-homem vai ao supermercado"
"Os machões não dançam"
"A Maior Coisa do Mundo" (contos)

Norman Mailer decreta o fim de uma era