Link renovado:
Seam Coatello (Cuttin' In) 2000
Outro dia, a passeio, fui visitar uns amigos q já não via há um tempo. No Câmara de Eco encontrei uns bootlegs de Hendrix e me lembrei de uma música do Jimi que vivia atrás em novas versões, ao vivo ou estúdio - Hendrix deixou tanto material -, mas que jamais encontrava, nem nas centenas de milhares de Bootlegs que desaguaram aos boborbotões depois da morte prematura do cara.
O Lucon, titular do Câmara me esclareceu a questão. A música tinha sido uma das últimas composições do maior de todos os tempos, então, é provável que ele não tenha tido tempo de tocá-la ao vivo, ou que algum show tenha sido registrado com a música incluida. Enfim, a canção, uma balada lindíssima que o próprio Jimi Hendrix considerou a melhor que já compôs, chama-se Driftin'. Para aplacar minha fissura de ouví-la, corri atrás de outras opções, no allmusic. Por incrível q pareça, encontrei pouquíssimas versões. Driftin' é um título comum para música, então, entre tantas driftins de outros autores, é bem provável que haja mais da mesma (hendrixiana) que valha a pena. Há de se ter paciência. Mas a que postei juntamente com o álbum completo, claro, foi a melhor que achei na breve busca. O artista que defende a faixa, nunca ouvira falar. Também não me empolguei muito quando vi-lhe a face, antes de provar do som. Tipo: "Ih... mais um guitar-hero-hard a lá "Esteve e Vai? Não vai prestar...". A reação foi fria assim. Quem vê cara... Pirei com a tecnica do sujeito e fui atrás de saber mais sobre o mesmo e daí, desatando alguns nós tive uma leve impressão de que cheguei um tanto ou quanto atrasado...
"Quarta-feira, 23 de Novembro de 2005, 01:34 | Online
Admirado por artistas como Dave Matthews e Keith Richards, o cantor ganhou projeção no início dos anos 1990
O cantor americano Chris Whitley, de 45 anos, morreu de câncer no pulmão cinco semanas depois de ser diagnosticado com a doença, anunciou terça-feira sua gravadora, o selo independente Messenger Records. Christopher Becker Whitley morreu domingo em Houston (Texas), sua cidade natal, informou Brandon Kessler, dono da gravadora.
Após passar a infância e adolescência em Connecticut, México e Vermont, em 1977 Whitley foi para Nova York, onde começou a tocar na rua e depois em bares e clubes. Na década de 1980, foi descoberto por um agente de viagens belga, Dirk Vandewiele, que o convidou para se apresentar em seu país.
O artista passou cerca de uma década na Bélgica até formar a banda Noh Rodeo, com a qual também se apresentou em palcos franceses e suíços. No início da década de 1990, Whitley ficou mundialmente famoso e fez excursões pela Europa, EUA e Austrália.
O cantor, que chegou ao auge do sucesso com o álbum "Living with the Law", de 1991, era admirado por artistas como Bruce Springsteen, Dave Matthews e Keith Richards, disse Kessler. Segundo fontes da indústria fonográfica americana, Whitley foi um dos precursores da música country/folk alternativa, que misturava o som regional com o punk e o rock.
"Cada álbum que ele fez era totalmente diferente do anterior", destacou Kessler, ao referir-se a "Din of Ecstasy", lançado em 1995, "Terra Incognita", de 1997, e "Soft Dangerous Shores" e o mais underground de todos “Perfect Day, de 2000. O músico deixa uma filha, Trixie, de 18 anos, do casamento com a belga Héléne Gevaert."
Ia esquecendo um pícolo detalhe: Billy Martin & Chris Wood, destacados na capa do álbum, são os mesmos que formam o trio Medeski, Martin & Wood. Bom presságio, não?
“A LITTLE BIO”:
Filho de Pais Vietnamitas, Nguyên Lê nasceu a 14 de Janeiro de 1959, em Paris. E é um verdadeiro "malabarista" do instrumento, passa da grande intensidade do Rock ao requinte das suas origens Vietnamitas, do trabalho minucioso das sonoridades da Guitarra-Sintetizador, à alegria direta e contagiosa da improvisação. Se inicia na música aos 15 anos, pela bateria, depois a guitarra e depois o baixo elétrico. Larga tudo e licencencia-se em artes plásticas e mais adiante um mestrado de Filosofia sobre o Exotismo. Tudo a ver... Reencontra sua paixão, a guitarra, mais adiante e dela não se separa mais. Co-fundador, em 1983, do grupo "Ultramarine" (andei passeando por essa banda ou ela passeando por meus ouvidos. Muito bom o techno electro Ultramarine!), cujo disco "Dé" foi, mais tarde definido como o melhor álbum no "World Music" do ano de 1989.
Músico autodidata, por vocação, maneja as cordas com a mesma maestria e intimidade seja para trabalhar com o rock, o funk, os standards do Jazz, o jazz moderno, a música experimental, electro acústica, as músicas extra-europeias (África, Caraíbas, Argélia de Safy Boutella, o Vietnam onde aprende o monocórdio, instrumento tradicional, com o seu professor Truong Tang, e a Índia com Sen Gupta e Kakoli)... O cara é o bicho, leitor – esses resenhistas prendem-se a muitos detalhes, se é chato editar esses textos do alheio, que dirá ler. O bom é ouvir. Economizo-te dizendo: não desconfie de tantas digressões estilísticas. O cara dá conta do recado.
Para além dessas informações Nguyên Lê, em Paris, apresenta com Corin Curschellas (voz), Richard Bona (baixo) e Steve Arguelles (bateria), um programa só sobre a música de Jimi Hendrix “Nguyên Lê plays Jimi Hendrix”, que é uma descoberta construções e principalmente descontruções da bem sucedida música do mítico guitarrista, e trabalha na criação de um programa sobre a música vietnamita, da qual ele faz parte – se em rádio ou na tv, o tal programa, não me perguntem. E se descobrirem, informem-me (ulha!). Mas, ou radio ou tevê a inveja terá igual proporção. Já que aqui, no máximo se produz são especiais onde se relembra a vida de astros como os Mamonas Assassinas... Anfã...
THE ALBUM:
Nguyen Le (Celebrating Jimi Hendrix Purple) 2002
1. (A Merman I Should Turn to Be) 1983
2. Manic Depression
3. Are You Experienced
4. Purple Haze
5. Burning of the Midnight Lamp
6. If 6 was 9
7. Voodoo Child
8. South Saturn Delta
9. Up from the Skies
10.Third Stone from the Sun
THE MUSICIANS:
Nguyên Lê guitars, guitar-synth (1, 5, 8, 10), programmed synths (3, 7)
Michel Alibo electric bass (except 3 & 7)
Terri Lyne Carrington drums (all) & vocals (1, 4, 5, 6, 9)
Aïda Khann vocals (2, 6, 7)
Corin Curschellas vocals (3, 10)
Meshell Ndegeocello electric bass (3, 7)
Karim Ziad gumbri & north african percussions (7)
Bojan Zulfikarpasic acoustic piano (1) & Fender Rhodes piano (6, 9)
Em tempo: acrescentei um bonus ao álbum, uma versão à tradicional para “Little Wing” do álbum "Million Waves".
Aos 28 anos, Katherine Elizabeth King vem ganhando cada vez mais visibilidade com suas performances em cima do palco, programas de TV e filmes como "O som do coração", além das participações em discos de artistas mais conhecidos do grande público como Foo Fighters e a dupla canadense Tegan and Sara.
Mas a instrumentista, que já foi tema de artigos de publicações especializadas sobre o seu estilo, se distancia do artifício "técnica pela técnica" - que acomete muitos virtuoses. Ela costuma usar bastante o "tapping" (um som tirado da guitarra ao pressionar as cordas como se fossem teclas de um piano e que tem Stanley Jordan como um de seus grandes expoentes), mas diz sempre privilegiar a composição em vez de fazer uma exibição gratuita de suas habilidades – na opinião do titular do blog, a sonoridade dela está muito mais para Michael Hedges.
Kaki King começou a tocar com cinco anos de idade por incentivo de seu pai (a quem descreve como uma pessoa vital para trilhar o caminho da música), ao começar o aprendizado de violão clássico. Ela diz que à época não era uma grande entusiasta das aulas, mas na adolescência adotou definitivamente a carreira musical ao ganhar trocados em apresentações em plataformas de metrô.
Mas o gosto por fazer composições próprias resultou em seu primeiro disco de carreira, "Everybody loves you", lançado por uma pequena gravadora em 2003. No ano seguinte, ela já soltaria seu segundo disco, "Legs to make us longer".
Ela afirma que a melancolia é uma das forças inspiradoras em sua música: "Não é nunca um sentimento do tipo: 'Eu me sinto tão feliz hoje! Acho que vou sentar e compor um disco'. Isso geralmente vem de tristeza e de se sentir desgraçada. A música tem um efeito terapêutico", afirmou Kaki King em entrevista ao programa "Here with Josh & Sara".
Em 2006, ela foi produzida pelo líder do grupo Tortoise, John McEntire, no disco "Until we felt red" e se aproximou de sonoridades experimentais. Seu mais recente foi "Dreaming of revenge", lançado neste ano, em que tem uma banda por trás e apresenta seus belos vocais.
Sintomático dos tempos de hoje, em que temas pessoais às vezes se sobrepõem ao trabalho artístico, a sexualidade de Kaki King também não deixa de ser abordada. Abertamente lésbica, a violonista, além de discutir como desenvolve sua técnica de tapping, também costuma falar em entrevistas sobre a descoberta de sua opção sexual. Nada que seja suficiente para tirar o foco sobre o brilho de sua música. Kaki King não é uma instrumentista mulher ou uma instrumentista lésbica, mas simplesmente uma instrumentista, e das mais talentosas."
É. Pois é. E Kaki, que aqui lembra cor, não é tão pink como sonhava minha vã prosopopéia. Tá vendo? Quem vê cara... Ah, as moças... Pobres moços.
Veja o vídeo no youtube "Playing with pink noise"
Aqui postados, 3 momentos da carreira da moça. O 1º álbum "Everybody Loves You", totalmente acústico e instrumental, onde o navegante poderá apreciar-lhe a técnica. Além dos dois últimos, onde passa a cantar e a tocar com banda...
Kaki King (Everybody Loves You) 2003
Kaki King (... Until We Felt Red) 2006
Kaki King (Dreaming Of Revaenge) 2008
Aqui, descoberta de última hora, o Kaki King Channel. Vários vídeos bacanas.
Screaming Headless Torsos (Live!!)
Sobre o álbum no Allmusic:
Fans of the Screaming Headless Torsos' unique brand of avant-gardist funk-jazz-rock fusion had very little to chew. Apart from the group's 1995 debut CD, the only document was a high-priced rare Japanese import. Guitarist David "Fuze" Fiuczynski bought back the rights to the tapes, had them fantastically remastered, and reissued them on his own U.S.-based label, Fuzelicious Morsels, as Live. Culled from two shows at the Knitting Factory in September 1996, this CD features the same lineup as on the studio album from the previous year and most of its songs too. The renditions of "Smile in a Wave," "Vinnie," the chilling "Kermes Macabre," and the funked-up "Word to Herb" show how much liberty Fuze could take with his guitar solos -- mostly atonal and completely out there. "Word to Herb" especially transcends its original version, thanks to incredible amounts of energy from all musicians. But as good these tracks are, the fans will want this CD for the four songs that did not appear on the studio album. "Just for Now" opens the proceedings with a great discharge of jazz-funk, a typical Torsos track. "Darryl Dawkins' Sound of Love" casts singer Dean Bowman as a Barry White-like crooner to great effect. The Beatles' "Dig a Pony" gets a treatment similar (but not quite as exciting) as Miles Davis' "Blue in Green." Sound quality has been enhanced, putting the listener in the front row to (re)live the galvanizing experience that was a Torsos show. Begin with the studio CD (reissued at the same time under the title 1995), just so you start at the same point as everyone else.
by François Couture
Dean Bowman: Vocals, Rap, Interpretation
Fima Ephron: Bass
David Fiuczynski: Guitar, Strings, Arranger, Producer, Mixing, Microphone, Pedals
Jojo Mayer: Drums
Daniel Sadownick: Percussion, Stick, Latin Percussion, Paiste Cymbals
Brett Heinz: Assistant Engineer
Scott Hull: Mastering
Christian Kelly: Engineer, Mixing
Ed Littman: Mastering, Remastering
Michael Rodriguez: Production Coordination
Lian Amber: Executive Producer, Design, Photography, CD Art Adaptation
Daihei Shiohama: Executive Producer
LABEL: FUZELICIOUS MORSELS
Como alerta o texto abaixo do allmusic: não confundir os Gilmore. O em questão, está na linha jazzy. Acompanhou gente como Wayne Shorter, Cassandra Wilson, Don Byron, Steve Coleman... E o mesmo David que está lá embaixo (em participação) no álbum misterioso de Chris Rea é este Gilmore e não o outro do Pink Floyd, como imaginei em princípio. São estilos diametralmente opostos, nosso Gilmore aqui está mais para o orgânico, na praia Wes Montogomery, Joe Pass, no máximo, George Benson.
“Unifield Presence” – gravado em setembro de 2006, é um álbum absolutamente imprescindível para qualquer apreciador da boa música. O cast de músicos está azeitadíssimo. Repare no solo de Christian McBride para faixa 6, "Low Of Balance", um escândalo. Já a 3ª, Douala, confirma outra forte tendência do músico para uma latinidade bossanovista mesclada à mineiridade do Clube da Esquina. Há muito, neste tema e outros como “Window to the Soul”, do toque Toninho Horta. E pra deixar tudo muito explícito, na última faixa de Unifield Presence, Gilmore obra excelente versão de Broken Kiss (Beijo Partido), com a participação, nos vocais, de Claudia Acuña, do próprio Toninho. Taí um disco de um bom gosto extremado e classudo até ao acorde final.
O ESCRETE:
David Gilmore: guitarras acústica e elétrica e produção
Ravi Coltrane (o filho do deus John): sax soprano e tenor
Christian McBride: Baixos acústico e elétrico
Jeff “Tain”
____________________________________________
No allmusic, album cotado com 4 estrelas, o crítico da vez Jeff Tamarkin, diz assim: