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quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

Sean Costello (Cuttin' In) 2000


Este vai em homenagem a um novo frequentador TRICOLOR, que pelo nome(nick), creio deva ser roqueiro com RG, título de eleitor e brevê. Aí Hendrixguitarra!, vai um bluseiro  aí? E que blueseiro! Diferenciadaça! Mas... há sempre um porém: opine com franqueza, caso não viajes, no mínimo, tanto quanto eu viajei... Até pela história tragica do muleque, que grava  5 discos e antes de completar 30 anos, o apressado, cheio de urgências, já partiu pra prestar contas com o Criador.

Sean Costello (16 de abril, 1979 - 15 abril de 2008) foi um músico de blues americano, conhecido pela sua alma ardente, tanto na forma de tocar guitarra, como, mais ainda na forma de cantar. Lançou cinco aclamados álbuns antes de sua carreira ser interrompida por sua morte súbita aos 28 anos de idade.O também bluseiro sonrighter, Tinsley Ellis, o considerou "o mais talentoso guitarrista jovem de blues em cena (...) ele era uma ameaça tripla na guitarra, vocais e como compositor”. Costello dominou a guitarra blues tradicional em tenra idade e começou sua carreira ainda no colegial. Seus discos se tornaram cada vez mais ecléticos enquanto a sua carreira progrediu. E um ecletismo substancioso, nada daquelas demonstrações de falta de direção, que tornaram a palavra algo desmerecedora hoje em dia... Nascido na Filadélfia, Costello se mudou para Atlanta com a idade de 9. Obsessivo sobre a guitarra, ele foi encantado pelo blues após a compra do álbum "Howlin Wolf Rockin Chair'. Aos 14 anos o jovem prodígio criou uma celeuma em uma loja de guitarra Memphis, a cerca de um concurso de talentos promovido pela Beale Street Blues Society, que Costello devidamente inscrito, venceu a contanda mas não levou o prêmio. Formou sua primeira banda e logo aos dezesseis anos, gravou seu primeiro álbum, Call The Cops (1996), já exibindo um comando impecável. Colaborou com incrível desenvoltura no álbum de Susan Tedeschi, Just Won't Burn, (1998), o que, posteriormente, o levou a uma exposição nacional. E a banda de Costello depois fez uma turnê como grupo de apoio Tedeschi. "Seu modo de tocar é impressionante para um menino de 20 anos", escreveu o guia Allmusic sobre o segundo álbum de Costello, Cuttin 'Em (2000), que foi indicado para o prêmio WC Handy de Melhor Artista Revelação estréia. O seguinte, Moanin' For Molasses, também foi muito bem recebido, o guia Allmusic chamou a atenção para "a voz soulful" de Costello e sua "capacidade de adesão a todas as formas de blues, R & B e soul". "A paixão que Costello coloca em suas músicas e a forma com as interpreta são mais que surpreendente", relatou Blues Revue Magazine. E o muleque aperfeiçoou suas habilidades através de uma constante vida de estrada e apresentações, tocando mais de 300 shows por ano em turnês nos EUA e na Europa. Sua reputação como um artista brilhante lhe permitiu muito cedo ir tocar ao lado de luminares do blues como BB King e Buddy Guy (Ma Rainey concerto beneficente Casa, Columbus, Geórgia, Junho de 1997), James Cotton (concerto de Cotton 64 º aniversário, em Memphis) e Sumlin Hubert ( South by Southwest, em Austin, Texas, março de 2005). Quando não estava em turnê, Costello ganhava a vida tocando em lugares pequenos em sua cidade natal, Atlanta, Geórgia, como o Tavern Northside. Richard Rosenblatt, ex-presidente da Cool-Tone Records, recorda performances de Costello: Como guitarrista, ele era assustador, mas para Sean nunca foi uma história de mostrar estilo, nas costeletas monstruosos ou acariciar seu próprio ego se exibindo. Tocar e sentir o retorno do público eram o seu alimento, seu modo de sentir-se vivo! Trabalhava seu estilo sempre combinando forma e conteudo, com uma economia de notas que permitiam os espaços vazios pareceremdolorosas horas, como pede a tradição. Mas ele é mais. Toca à Chuck Berry, em seguida, um blues, em seguida, uma melodia tradicional, em seguida um rock... ou o que quer, e nem sequer pensar duas vezes sobre o que vai fazer, vai e faz.

Em 2007, no álbum Nappy Brown volta, Long Time Coming, Costelo foi novamente destacado pelo louvor da crítica. No ano seguinte, lançou o que seria o seu último álbum, We Can Get Together, aclamado por muitos como seu melhor trabalho (o incrível desse álbum foi ter enchergado uns laivos de Amy Winhouse ali, mas isso é outra história) . Sua guitarra neste disco foi descrita como "incendiária", "escaldante", e "borbulhante". Hal Horowitz do guia Allmusic escreveu o seguinte: - "O material é tão forte e tocado de uma maneira tão “fácil” que não se precisa desviar a atenção das músicas quando os solos estendidos,  E também estabelece uma conexão quase improvável enquanto serpenteia através estilos tão distitos. Prossegue o cara do allmusic: Costello Embora seja claramente inspirado por grandes nomes do blues, se inclina mais para a soul ao sul dos anos 70, também no rock e no R & B.

Mas... infelirmente, parte da história que consegui traduzir do wikipédia (no gugôl tranrleitor) acaba assim: Sean Costello foi encontrado morto em seu quarto de hotel em Atlanta em 15 de abril de 2008. Um relatório médico posterior determinou que ele morreu de uma overdose acidental de medicamentos. Postumamente, a família de Sean Costello revelou que ele sofria de transtorno bipolar, e criaram o Sean Costello Memorial Fund Research para auxiliar no tratamento e pesquisas sobre Transtorno Bipolar em sua honra e pela posteridadade. Muito bom. Mas o blues, sozinho, pra quem mergulha de cabeça, como é um claro caso aqui, pode ser devastador - vê se não é.



Link renovado:
Seam Coatello (Cuttin' In) 2000

sábado, 3 de julho de 2010

Lenny Breau!


Bem amigos da rede música, depois do fiasco, de volta as atividades que nunca decepcionam. Este artista, guitarrista, figura humana cheia de mistérios, descobri um pouco antes de postar a compilation , Xaq'euchto, mais abaixo. E tive que esperar o desfecho da Copa, como prometi a mim mesmo, para pensar em qualquer assunto outro que não fosse BOLA, redonda até nas skolzinhas nas quais andei me afogando... Ontem, mais do que em todos os outros jogos, porque me parecia claro, que se afogar nas mágoas era o desfecho mais provável dessa história, nada histórico de 2010. Até porque, em não morrendo ou dando trabalho aos valorosos bombeiros, se afogar é bom e eu gostcho. 

Entonces a explicação deste Lenny Breau que apresento pá galera, está num texto googletraduzido aqui na Casa mesmo - portanto paciência - cujo link do original aqui está pros que querem mergulhar mais fundo. Noentanto já aviso que a fonte é uma reportagem e não fala só do gênio da guitarra, mas também de um peça de teatro produzida e dirigida no Canadá (última morada de Breau, americano do Mane), por Pierre Brault que um belo dia ouviu um disco do guitarrista e tornou-se fã a ponto de levar a vida do guitarrista às últimas conseqüências. Deixo com vocês, então, o texto da matéria e a   e a interpretação de Pierre Bralt sobre essa lenda que foi Lenny Breau:

"Em agosto de 1984 - e esse mistério perdura até hoje - alguém colocou as mãos em torno do pescoço Lenny Breau, espremendo-lhe a vida para fora dele e jogou seu corpo flácido em uma piscina. E este fato, foi o que primeiro chamou a atenção do dramaturgo teatral Pierre Brault.

Mas, quando o também diretor e ator de teatro, baseado em Ottawa começou a investigar, logo percebeu que a vida de Lenny Breau era muito mais interessante que sua morte.

"Guitarristas famosos do mundo iriam me dizer que quando Lenny apareceu não houve nada como ele", disse Brault. "E não tem havido desde então." Mas a maioria das pessoas nunca ouviram falar dele.

Brault lembra de ter chegado a ficar "amedrontado" depois que encontrou e ouviu uma cópia de Five “O'Clock Bells”, de Breau, adquirida ao acaso numa loja de CD há muitos anos.

"Eu nunca escutara nada parecido", disse ele. "Eu pensei:" Como esses rapazes estão tocando tão bem! Descobriu depois que trava-se de apenas um cara... E o cara era Lenny. Um acontecimento muito comum, aliás: às pessoas que escutam Breau pela primeira vez. "Então, eu tinha naquele momento, sem saber nada além daquela música, uma pessoa que você nunca ouviu falar e já estar a amá-lo." – disse Pierre Brault.

Nascido no Maine, um estado que parece ter sido criado para músicos profissionais da música country e western, filho de Hal Lone Pine e Betty Cody – um casal a tocar e viver da country music, Breau não fugiu à regra, cresceu a tocar guitarra. Aos 15 anos, era mil vezes melhor do que o guitarrista da banda de seus pais. Então, ele o substituiu.

... E Breau ainda estava tocando com os Hal Lone Pine, quando a família mudou-se para Winnipeg e despertou o interesse de um adolescente local, canadense, Randy Bachman (The Guess Who). Os dois rapazes se tornaram grandes amigos e Breau ensinou Bachman a tocar guitarra. "Mas ainda assim”, disse Brault, “ninguém poderia ou vai tocar como Lenny Breau" - simulando em gestos caricatos a maneira estranha de Lenny tocar e criar harmonias impossíveis -, se elas existem, é porque Lenny Breau as criou”.

E essa busca de harmonia é mais que uma tendência, uma obcessão, na produção (peça teatral de Brault, “Five O'Clock Bells”). “Lenny Breau estava sempre tentando se ajustar”, disse Brault, mencionando a relação problemática que ele teve com seu pai, Pine.

Para Pierre Brault , a razão do “desajuste”, que levou Breau a mergulhar de cabeça no universo sem fim das drogas, era Pine que tinha ambições maiore, planos mais ambiciosos para o filho. "Mas Lenny tinha enorme talento, mas nenhuma ambição."

Após deixar a banda da família, Breau começou a tocar jazz em Toronto, Ottawa e Nova York. Era a década de 60, e como era o habitual na época, ele começou a meter-se com drogas, incluindo heroína.

"Era comum", disse Brault. "Quero dizer, toda banda de Anne Murray (estrela canadense de folk music da época) estava fazendo isso."

Mas Breau não era um cara comum. "Ele era um inocente de verdade", disse Brault.

"Lenny poderia tocar na guitarra qualquer estilo, pegava na hora, no segundo seguinte... E ele poderia tocar o tema invertido, tocá-la de cabeça para baixo, de trás pra frente... Porém Breau é daqueles gênios que, que não sabiam lidar com a figura de um empresário. Era um inocente útil... Nem poderia receber, muito menos assinar um cheque, ou mesmo se alimentar, porque passou 10 a 15 horas de um dia, e de uma semana, e de um mês, encima de um instrumento, com a exclusão de todas as outras coisas comuns a vida dos normais.

"Esse foi o problema fundamental com Lenny, ele não conseguia entender nada fora de um fretboard – nos braços de suas guitarras, melhor dizendo. O que o levou a uma série de relacionamentos desastrosos e propiciou-lhe, tão rápida e facilmente, ser exilado no mundo as drogas."

“E a coisa mais triste” - disse Brault, visivelmente emocionado -, é que Breau tinha acabado de se recuperar e passara já alguns anos limpo e começava a encontrar o reconhecimento, quando foi assassinado... A esposa Jewel Breau era a principal suspeita... E isso é o que Brault, que realmente, pesquisou a fundo a vida de Lenny, suspeita menos, mas o caso continua em aberto.

"Pense nas possibilidades musicais, no que perdemos e nunca terá volta, apenas porque alguém quis brincar de Deus", disse ele.

Tentando amarrar as pontas soltas da história, Brault passou a tropeçar em um artigo escrito por um outro escritor que escrevia a biografia do guitarrista cercado de mistérios, e o autor teve a gentileza de enviar-lhe o manuscrito, que tinha mais de 200 entrevistas.

A partir desse manuscrito e de toda a própria pesquisa, Brault cercou sua história de sete personagens-chave - que Brault acreditava serem as pessoas mais importantes na vida de Lenny Breau - e combinou-os com as cordas da “seven string guitar” de Breau. "Então, a música está dentro de cada seqüência, na tentativa de criar a voz muito própria de Lenny como se ele falasse através de sua guitarra com harmonias artificiais. Tentei recriar Lenny fora daquele espaço negativo, por isso, de certa forma. o público se torna Lenny,". É uma abordagem diferente, mas para um homem de poucas palavras e muita música, ela funciona bem e com alguma fidedignidade”, disse Brault.

Cada noite, depois de contar a história de Breau, Brault é a abordado por pessoas que nunca ouviram falar do gênio do jazz e do plano, do público, de ouvir as suas músicas. E, ele é abordado também, por membros do público com as suas próprias histórias sobre Breau de vê-lo tocar algures, ou emprestando-lhe dinheiro. De deixar dormir Breau em seu sofá, ou ficar bêbado com ele.

Quando apresentou a peça para a filha de Breau, a experiência foi muito emocional, disse Brault. "Mas foi também uma forma de muitas pessoas, além da própria filha, finalmente, dizer adeus, porque sua morte foi do ao modo Breau de ser, tão fugaz."

“Five O'Clock Bells” (tanto a peça, quanto o a música) não é fácil de executar, acrescentou. "É muito emocionalmente desgastante, e as pessoas são muito protetoras de Breau, porque ele era tão inocente."

A esperança é a de inspirar "alguém após o show para ir e ouvir um pouco de Lenny Breau e apreciar o que perdemos", disse Brault. "Porque nós nunca vamos ter isso de volta novamente."


TEXTO DE UM BLOG BRASILEIRO ESPECIALIZADO EM GUITARRISTAS:

O grande mestre dos mestres da 7 STRING GUITAR, o já falecido Lenny Breau. Esse realmente é imprescindível conhecer. Tocava uma guitarra de 7 cordas (com um "la" agudo), utilizando os 5 dedos da mão direita. Quando tocava em trio (guitarra, baixo e bateria), separava completamente a harmonia do solo, dando a nítida impressão de haver dois guitarristas tocando. Quando tocava solo, combinava sincronizadamente o baixo, a harmonia e a melodia de uma forma incrível. E, como se isso não bastasse, tocava bem violão de nylon, tocava bem flamenco e era um ótimo improvisador. E mais ainda: foi o guitarrista que desenvolveu definitivamente a técnica dos falsos harmônicos, fazendo a guitarra (e o violão também) soar como uma harpa. Faleceu em 1984, com apenas 43 anos.

terça-feira, 2 de junho de 2009

Chris Whitley (Perfect Day) 2000


Outro dia, a passeio, fui visitar uns amigos q já não via há um tempo. No Câmara de Eco encontrei uns bootlegs de Hendrix e me lembrei de uma música do Jimi que vivia atrás em novas versões, ao vivo ou estúdio - Hendrix deixou tanto material -, mas que jamais encontrava, nem nas centenas de milhares de Bootlegs que desaguaram aos boborbotões depois da morte prematura do cara.


O Lucon, titular do Câmara me esclareceu a questão. A música tinha sido uma das últimas composições do maior de todos os tempos, então, é provável que ele não tenha tido tempo de tocá-la ao vivo, ou que algum show tenha sido registrado com a música incluida. Enfim, a canção, uma balada lindíssima que o próprio Jimi Hendrix considerou a melhor que já compôs, chama-se Driftin'. Para aplacar minha fissura de ouví-la, corri atrás de outras opções, no allmusic. Por incrível q pareça, encontrei pouquíssimas versões. Driftin' é um título comum para música, então, entre tantas driftins de outros autores, é bem provável que haja mais da mesma (hendrixiana) que valha a pena. Há de se ter paciência. Mas a que postei juntamente com o álbum completo, claro, foi a melhor que achei na breve busca. O artista que defende a faixa, nunca ouvira falar. Também não me empolguei muito quando vi-lhe a face, antes de provar do som. Tipo: "Ih... mais um guitar-hero-hard a lá "Esteve e Vai? Não vai prestar...". A reação foi fria assim. Quem vê cara... Pirei com a tecnica do sujeito e fui atrás de saber mais sobre o mesmo e daí, desatando alguns nós tive uma leve impressão de que cheguei um tanto ou quanto atrasado...


"Quarta-feira, 23 de Novembro de 2005, 01:34 | Online

Morre Chris Whitley, precursor do folk alternativo

Admirado por artistas como Dave Matthews e Keith Richards, o cantor ganhou projeção no início dos anos 1990

O cantor americano Chris Whitley, de 45 anos, morreu de câncer no pulmão cinco semanas depois de ser diagnosticado com a doença, anunciou terça-feira sua gravadora, o selo independente Messenger Records. Christopher Becker Whitley morreu domingo em Houston (Texas), sua cidade natal, informou Brandon Kessler, dono da gravadora.

Após passar a infância e adolescência em Connecticut, México e Vermont, em 1977 Whitley foi para Nova York, onde começou a tocar na rua e depois em bares e clubes. Na década de 1980, foi descoberto por um agente de viagens belga, Dirk Vandewiele, que o convidou para se apresentar em seu país.

O artista passou cerca de uma década na Bélgica até formar a banda Noh Rodeo, com a qual também se apresentou em palcos franceses e suíços. No início da década de 1990, Whitley ficou mundialmente famoso e fez excursões pela Europa, EUA e Austrália.

O cantor, que chegou ao auge do sucesso com o álbum "Living with the Law", de 1991, era admirado por artistas como Bruce Springsteen, Dave Matthews e Keith Richards, disse Kessler. Segundo fontes da indústria fonográfica americana, Whitley foi um dos precursores da música country/folk alternativa, que misturava o som regional com o punk e o rock.

"Cada álbum que ele fez era totalmente diferente do anterior", destacou Kessler, ao referir-se a "Din of Ecstasy", lançado em 1995, "Terra Incognita", de 1997, e "Soft Dangerous Shores" e o mais underground de todos “Perfect Day, de 2000. O músico deixa uma filha, Trixie, de 18 anos, do casamento com a belga Héléne Gevaert."


Ia esquecendo um pícolo detalhe: Billy Martin & Chris Wood, destacados na capa do álbum, são os mesmos que formam o trio Medeski, Martin & Wood. Bom presságio, não?

sábado, 25 de abril de 2009

Jimmy Bruno & MB3 (Jazz Hits Vol.1) 2006




Houve tempo (até ontem) em que eu fazia qüestão (com trema, que é pra frisar) de ver em números a evolução dos álbuns postados. Relaxei. É como diz o cinéfilo, não canso de repetir, winwenders & aprendenders. Agora radicalizei para o rapidshare, só assim vivo na cegueira absoluta que me consola. Feliz, balangando a cabeça e revirando os olhinhos por tras das lentes pretas, como um Steve Wonder. Se traído, traído mas no palco! On stage que é lugar de artista. Afinal, the show não must go on? Então?

Este álbum é uma reunião de 3 excelentes guitar players (+ baixo e batera), tocando um zaralho que chega a dar inveja! Como podem tocar tanto, inventar tanta moda (de viola)? Mais furioso fiquei ao descobrir Jimmy Bruno. Como assim, só agora? Bruno já tocou com meio mundo do mainstream do jazz! E eu di bob aqui comendo mosca. É uma fúria confessadamente prazerosa, essa, claro. Antes tarde do que nunca. Pois é, também concordo: antes tarde do que nunca.

Saibam mais sobre o álbum em questão que, agora, na nova fase "de olhos bem fechados", espero, bata recordes de audiência.

Quem mudou de lugar o botão on/off desse troço?

The MB3 trio is a bit unusual, as it features three guitarists (rather than two). But veterans Jimmy Bruno and Vic Juris mesh well with newcomer Corey Christiansen, adding fine support by bassist Jay Anderson and drummer Danny Gottlieb, in this volume in a series of CDs exploring fresh arrangements of very familiar jazz works and standards. Songs that seemingly require a piano work well without one, especially Christiansen's intricate setting of Herbie Hancock's sauntering "Cantaloupe Island." Bruno chose to alternate phrases among the three guitars while showcasing the rhythm section a bit in John Coltrane's "Impressions." The standard "On Green Dolphin Street" is played so often it is in danger of overexposure, but Juris' inventive harmonic reworking, played at an atypically slow tempo behind the lead guitar, brings new life to this old chestnut. Jazz guitar fans will want to snap up this Mel Bay CD and keep an eye out for future volumes. ~ Ken Dryden, All Music Guide.

Jazz Hits, Volume 1
Tracks: Solar; Cantaloupe Island; Impressions; Peace; All Blues; Freedom Jazz Dance; On Green Dolphin Street; Milestones; Softly (As in a Morning Sunrise); Killer Joe.
Personnel: Vic Juris: guitars; Jimmy Bruno: guitars; Corey Christiansen: guitars; Jay Anderson: bass; Danny Gottlieb: drums.


ATENÇÃO: LINK RESTAURADO (07/09/2011)

quinta-feira, 10 de julho de 2008

NGUYÊN LÊ (CELEBRATING JIMI HENDRIX PURPLE)


“A LITTLE BIO”:

Filho de Pais Vietnamitas, Nguyên Lê nasceu a 14 de Janeiro de 1959, em Paris. E é um verdadeiro "malabarista" do instrumento, passa da grande intensidade do Rock ao requinte das suas origens Vietnamitas, do trabalho minucioso das sonoridades da Guitarra-Sintetizador, à alegria direta e contagiosa da improvisação. Se inicia na música aos 15 anos, pela bateria, depois a guitarra e depois o baixo elétrico. Larga tudo e licencencia-se em artes plásticas e mais adiante um mestrado de Filosofia sobre o Exotismo. Tudo a ver... Reencontra sua paixão, a guitarra, mais adiante e dela não se separa mais. Co-fundador, em 1983, do grupo "Ultramarine" (andei passeando por essa banda ou ela passeando por meus ouvidos. Muito bom o techno electro Ultramarine!), cujo disco "Dé" foi, mais tarde definido como o melhor álbum no "World Music" do ano de 1989.

Músico autodidata, por vocação, maneja as cordas com a mesma maestria e intimidade seja para trabalhar com o rock, o funk, os standards do Jazz, o jazz moderno, a música experimental, electro acústica, as músicas extra-europeias (África, Caraíbas, Argélia de Safy Boutella, o Vietnam onde aprende o monocórdio, instrumento tradicional, com o seu professor Truong Tang, e a Índia com Sen Gupta e Kakoli)... O cara é o bicho, leitor – esses resenhistas prendem-se a muitos detalhes, se é chato editar esses textos do alheio, que dirá ler. O bom é ouvir. Economizo-te dizendo: não desconfie de tantas digressões estilísticas. O cara dá conta do recado.

Para além dessas informações Nguyên Lê, em Paris, apresenta com Corin Curschellas (voz), Richard Bona (baixo) e Steve Arguelles (bateria), um programa só sobre a música de Jimi Hendrix “Nguyên Lê plays Jimi Hendrix”, que é uma descoberta construções e principalmente descontruções da bem sucedida música do mítico guitarrista, e trabalha na criação de um programa sobre a música vietnamita, da qual ele faz parte – se em rádio ou na tv, o tal programa, não me perguntem. E se descobrirem, informem-me (ulha!). Mas, ou radio ou tevê a inveja terá igual proporção. Já que aqui, no máximo se produz são especiais onde se relembra a vida de astros como os Mamonas Assassinas... Anfã...

THE ALBUM:

Nguyen Le (Celebrating Jimi Hendrix Purple) 2002

1. (A Merman I Should Turn to Be) 1983

2. Manic Depression

3. Are You Experienced

4. Purple Haze

5. Burning of the Midnight Lamp

6. If 6 was 9

7. Voodoo Child

8. South Saturn Delta

9. Up from the Skies

10.Third Stone from the Sun

THE MUSICIANS:

Nguyên Lê guitars, guitar-synth (1, 5, 8, 10), programmed synths (3, 7)

Michel Alibo electric bass (except 3 & 7)

Terri Lyne Carrington drums (all) & vocals (1, 4, 5, 6, 9)

Aïda Khann vocals (2, 6, 7)

Corin Curschellas vocals (3, 10)

Meshell Ndegeocello electric bass (3, 7)

Karim Ziad gumbri & north african percussions (7)

Bojan Zulfikarpasic acoustic piano (1) & Fender Rhodes piano (6, 9)

Em tempo: acrescentei um bonus ao álbum, uma versão à tradicional para “Little Wing” do álbum "Million Waves".

NGUYÊN LÊ (CELEBRATING JIMI HENDRIX PURPLE)

sexta-feira, 13 de junho de 2008

KAKI KING (2003; 2006; 2008)




O Globo On Line:

"As coisas andam tão mudadas que nem os "guitar heroes", os virtuoses do instrumento, parecem mais os mesmos. Com rostinho nerd e de moça frágil, a norte-americana Kaki King vem sendo apontada como uma das grandes revelações do violão e da guitarra, a ponto de conquistar uma geração que ouve música mais no computador do que no aparelho de som e é constantemente acusada de não prestar atenção em detalhes.

Aos 28 anos, Katherine Elizabeth King vem ganhando cada vez mais visibilidade com suas performances em cima do palco, programas de TV e filmes como "O som do coração", além das participações em discos de artistas mais conhecidos do grande público como Foo Fighters e a dupla canadense Tegan and Sara.

Mas a instrumentista, que já foi tema de artigos de publicações especializadas sobre o seu estilo, se distancia do artifício "técnica pela técnica" - que acomete muitos virtuoses. Ela costuma usar bastante o "tapping" (um som tirado da guitarra ao pressionar as cordas como se fossem teclas de um piano e que tem Stanley Jordan como um de seus grandes expoentes), mas diz sempre privilegiar a composição em vez de fazer uma exibição gratuita de suas habilidades – na opinião do titular do blog, a sonoridade dela está muito mais para Michael Hedges.

Kaki King começou a tocar com cinco anos de idade por incentivo de seu pai (a quem descreve como uma pessoa vital para trilhar o caminho da música), ao começar o aprendizado de violão clássico. Ela diz que à época não era uma grande entusiasta das aulas, mas na adolescência adotou definitivamente a carreira musical ao ganhar trocados em apresentações em plataformas de metrô.

Mas o gosto por fazer composições próprias resultou em seu primeiro disco de carreira, "Everybody loves you", lançado por uma pequena gravadora em 2003. No ano seguinte, ela já soltaria seu segundo disco, "Legs to make us longer".

Ela afirma que a melancolia é uma das forças inspiradoras em sua música: "Não é nunca um sentimento do tipo: 'Eu me sinto tão feliz hoje! Acho que vou sentar e compor um disco'. Isso geralmente vem de tristeza e de se sentir desgraçada. A música tem um efeito terapêutico", afirmou Kaki King em entrevista ao programa "Here with Josh & Sara".

Em 2006, ela foi produzida pelo líder do grupo Tortoise, John McEntire, no disco "Until we felt red" e se aproximou de sonoridades experimentais. Seu mais recente foi "Dreaming of revenge", lançado neste ano, em que tem uma banda por trás e apresenta seus belos vocais.

Sintomático dos tempos de hoje, em que temas pessoais às vezes se sobrepõem ao trabalho artístico, a sexualidade de Kaki King também não deixa de ser abordada. Abertamente lésbica, a violonista, além de discutir como desenvolve sua técnica de tapping, também costuma falar em entrevistas sobre a descoberta de sua opção sexual. Nada que seja suficiente para tirar o foco sobre o brilho de sua música. Kaki King não é uma instrumentista mulher ou uma instrumentista lésbica, mas simplesmente uma instrumentista, e das mais talentosas."

É. Pois é. E Kaki, que aqui lembra cor, não é tão pink como sonhava minha vã prosopopéia. Tá vendo? Quem vê cara... Ah, as moças... Pobres moços.

Veja o vídeo no youtube "Playing with pink noise"

Aqui postados, 3 momentos da carreira da moça. O 1º álbum "Everybody Loves You", totalmente acústico e instrumental, onde o navegante poderá apreciar-lhe a técnica. Além dos dois últimos, onde passa a cantar e a tocar com banda...

Kaki King (Everybody Loves You) 2003

Kaki King (... Until We Felt Red) 2006

Kaki King (Dreaming Of Revaenge) 2008

Aqui, descoberta de última hora, o Kaki King Channel. Vários vídeos bacanas.

segunda-feira, 9 de junho de 2008

SCREAMING HEADLESS TORSOS (LIVE) 2002


Imagine alguém ao seu lado, tipo numa trilha no meio do nada, sofrendo uma parada cardíaca. Num lugar ermo evidente que mesmo havendo celulares não haverá tempo hábil para o pronto socorro. Você tem uma vaga noção de primeiros socorros, então procede de acordo com aquele tudo que aprendeu no Discovery (Helth) ou, sei lá, no Fantástico... Enfim, respiração boca a boca, socos de 5 em 5 segundos no peito do enfartado... Ôps! Isto é uma simulação então você, que é macho paca, não precisa enfiar sua boca na boca de um cardíaco - barbado e suado inda por riba... ou será de ladinho? Façamos de conta tratar-se de uma enfartada. Daí você percebe que a coisa vai ficando mais dramática ‘à nivel de’ ER (o seriado da Warner). A paciente não reage. Que massada! Que falta te faz aquele desfibrilador portátil que você adquiriu em 12 parcelas sem juros no Shoptime... Uma verdadeira pechincha! Agora pára, pensa e me diz: porque compraste aquela estrovenga, se não pensado no velho deitado, "um homem prevenido vale"...? Tu não vale nem um! Ó tu precisando do troço e o bagulho em casa pegando pó!... Agora faz alguma coisa, caboco! A mulher já tá roxa já!... Enquanto pensa, rápido assim, você lembra do formato do aparelho de choques em suas mãos, o que te faz visualizar headphones... Imediatamente você liga a imagem ao poder de descarga elétrica do Screaming Headles Torsos. Tudo a ver! O SHT era a mesma banda que te turbinava a mente e os ouvidos, segundos antes desse... desta sedentária – ôps!, ela é obesa, também, como assim? - enfim, desta criatura que você nunca viu mais gorda, cair de joelhos, deitar na relva e desfalecer fulminada a teus pés... Isso sim é que não! (você cai em si) Desespero. Então pressionas os phones contra os ouvidos da moribunda. Abre o volume no máximo, aperta o play, ao mesmo tempo que dá uma porrada de misericórdia do lado esquerdo do peito da seqüelada.

Na viagem, diálogo posssível:

Mulher Desconhecida Sedentária & Obesa:
Cof, cof... Caraca, que som é esse?

Você:
Um som aí que eu baixei num blog...

MDS&O (levantando pronta pruma maratona):
Você tem o endereço desse blog?

Eu (em Off):
Putz... Sobrô pra mim.

Screaming Headless Torsos (Live!!)

Sobre o álbum no Allmusic:

Fans of the Screaming Headless Torsos' unique brand of avant-gardist funk-jazz-rock fusion had very little to chew. Apart from the group's 1995 debut CD, the only document was a high-priced rare Japanese import. Guitarist David "Fuze" Fiuczynski bought back the rights to the tapes, had them fantastically remastered, and reissued them on his own U.S.-based label, Fuzelicious Morsels, as Live. Culled from two shows at the Knitting Factory in September 1996, this CD features the same lineup as on the studio album from the previous year and most of its songs too. The renditions of "Smile in a Wave," "Vinnie," the chilling "Kermes Macabre," and the funked-up "Word to Herb" show how much liberty Fuze could take with his guitar solos -- mostly atonal and completely out there. "Word to Herb" especially transcends its original version, thanks to incredible amounts of energy from all musicians. But as good these tracks are, the fans will want this CD for the four songs that did not appear on the studio album. "Just for Now" opens the proceedings with a great discharge of jazz-funk, a typical Torsos track. "Darryl Dawkins' Sound of Love" casts singer Dean Bowman as a Barry White-like crooner to great effect. The Beatles' "Dig a Pony" gets a treatment similar (but not quite as exciting) as Miles Davis' "Blue in Green." Sound quality has been enhanced, putting the listener in the front row to (re)live the galvanizing experience that was a Torsos show. Begin with the studio CD (reissued at the same time under the title 1995), just so you start at the same point as everyone else.

by François Couture


Dean Bowman: Vocals, Rap, Interpretation

Fima Ephron: Bass

David Fiuczynski: Guitar, Strings, Arranger, Producer, Mixing, Microphone, Pedals

Gene Lake: Drums, Stick, Zildjian

Jojo Mayer: Drums

Daniel Sadownick: Percussion, Stick, Latin Percussion, Paiste Cymbals

Brett Heinz: Assistant Engineer

Scott Hull: Mastering

Christian Kelly: Engineer, Mixing

Ed Littman: Mastering, Remastering

Lydia Mann: Photography

Michael Rodriguez: Production Coordination

Lian Amber: Executive Producer, Design, Photography, CD Art Adaptation

Daihei Shiohama: Executive Producer




LABEL: FUZELICIOUS MORSELS

SCREAMING HEADLESS TORSOS (LIVE) PART 2

Site oficial

domingo, 3 de fevereiro de 2008

THE DANNY GATTON ANTHOLOGY - HOT ROD GUITAR


Assim como corre nas veias o mesmo sangue humano de um Niemeyer, que projeta a Capital de um país, corre o sangue de outro humano que ao roubar um automóvel, na fuga, arrasta o corpo de uma criança por oito quilômetros no asfalto. O mesmo sangue que ferve subindo às têmporas de Hugo Chaves, suaviza imagem e memória de um Simon Bolívar. Tudo vai depender de como se é lembrado. Até se pode entender se criação, educação, meio ambiente, karma, operam a mágica que distancia um ser humano comum, altruísta ou gênio das artes, de um boçal irracional, todo poderoso ou comum marginal. O que é realmente difícil de entender é porque, em condições aparentemente normais de vida, algumas pessoas se matam. Danny Gatton, por exemplo: que caso intrigante. Matou-se na garagem de sua casa com um tiro na cabeça a um mês de completar 50 anos. Sem bilhete de despedida, sem justificativas, nada. Um tiro, um fim. Porque? Sua música é sempre pra cima. Sua obra maior, ao menos a que conheço, ‘New York Stories’ (postado aqui em novembro de 2007) é aquele típico álbum para encher nossos ouvidos e o espírito de alegria! Um álbum de jazz absolutamente feliz em todos os sentidos. O cara é, sem sombra de dúvidas um dos maiores talentos em seu instrumento (a guitarra) de sua geração. E, se ninguém ou muito poucos aqui no Brasil o conhecem, se não teve uma carreira festejada, consolidada pelos 4 cantos do mundo, seu estilo musical não dava a menor pista de que Danny era uma pessoa deprimida, angustiada, talvez, com um suposto não reconhecimento do talento. Definitivamente, Gatton também não era nenhum Kurt Cobain... Drogas? Talvez. Mas, analisando-o nas fotos, o cara aparece, via de regra, feliz, com seus cabelos glitter bastante fora de época, seu tipo gorducho fanfarrão – ele e sua turma de músicos, no palco -, divertindo-se, seus carros envenenados... Mal comparando, tal suicídio seria tão surpresa a nós, se americanos fôssemos, como o de um Lulu Santos (disse, mal comparando!) da cena nacional.
Enfim, Danny Gatton morreu em 4 de outubro de 1994. Nas buscas pela rede, sua biografia e/ou discos, não aparecem dando mole em qualquer loja/site/blog da esquina... Se não nos nossos, tampouco os encontramos facilmente (os álbuns) nas megastores virtuais – o Amazon tem um acervinho more or less. Mas o mais importante é o petardo que tenho a honra de dividir com os navegantes. Uma compilação oficial, extremamente caprichada e variada da obra de Danny Gatton, com 27 faixas irretocáveis. É desses álbuns raros, excelentes de cabo a rabo! Simplesmente não há faixinha descartável. Todas com o poder de deixá-lo, assim como eu, encafifado com a mesma questão: afinal porque esse doido estourou os miolos às vésperas de completar meio século de vida... Aproveitem, curtam. Não tenho a menor dúvida de que vão curtir! Mas se descobrirem alguma explicação para o suicídio, por favor, este fã aguarda ansiosamente a solução desse mistério.
E não deixe de conferir "New York Stories" postado mais abaixo, aqui no SS.


DANNY GATTON (HOT ROD GUITAR - THE DANNY GATTON ANTHOLOGY DISC 2)
 

sábado, 22 de dezembro de 2007

DANNY GATTON - NEW YORK STORIES - 1992




(Por volta de 22/12/2007 escrevi:)
Não tem história texto, resenhinha, blá blá blá. Se há um disco que adoro, esse disco é este aqui. E, bro, adorar é coisa séria. Tem um agravante: o disco é ótimo phoda e tal, excelentes temas, Danny Gatton é phodaralhaça. E a banda, então? Roy Hargrove, Joshua Redman... Ó, Ó, Ó!... Porém tem um som aqui... Como disse o álbum é excelente, mas tem uma canção que (...) Ia dizer o nome, faixa, mas não direi não. Ouve aí. Com o link baixa-se o álbum todo, mas, ca-rái, tem um som aqui que, puóótzsss!...

(02/02/08) COMO ASSIM, NÃO TEM HISTORINHA? COCHILEI!

Acabo de dar uma bela varrida na Rede atrás de mais informações (no português) sobre esse álbum. Simplesmente porque um discaralhaço-aço desses não pode ser tão obscuro. Tipo assim: né possível! E não é que encontro uma postagem de 07/04/07 no Jazzseen, jazzyblog o qual freqüento e sou muito fã, com uma indicação do amigo virtual John Lester, enchendo-lhe a bola? Quer dizer que o Danny Gatton se suicidou? Só dá doido nesse meio de gênios...

"As estórias de New York são sempre fortes: antes de se trancar na garagem e estourar os miolos com um tiro de 45, Danny Gatton viveu 49 anos. Aos nove já tocava a guitarra e, aos onze, já montava sua primeira banda. Como todo virtuose, Danny podia se dar ao luxo de tocar qualquer coisa e, para nossa felicidade, ele também tocou blues e jazz. Para os amigos navegantes, deixo a faixa Mike The Cat, retirada do excelente álbum New York Stories, gravado em 1992 para a Blue Note. Com ele, um time de primeira: Roy Hargrove (t), Joshua Redman (ts), Bobby Watson (as), Franck Amsallem (p), Charles Fambrough (b) e Yuron Israel (d). Como se poderia esperar de um grande instrumentista de jazz, Danny não deixou nenhuma explicação para seu suicídio. E a gente fica se perguntando: a vida é ou não é um improviso?" (John Lester)


O que me espanta nesse álbum, quando soma-se a ele a história do músico é que, o disco, não só este mas tudo que tenho desse artista é muito alto-astral! Música para arejar a mente e se sentir o resto do dia felz! Então como pode o autor serm mais nem porque (aí está o questionável: porques deve haver e a gente não sabe...) dá um tiro na cabeça e desiste de existir?! Eu jamais entendi o suicídio sem qualquer histórico de doença terminal ou algo grave q se justifique. Enfim, apeguemo-nos à obra.

DANNY GATTON - NEW YORK STORIES - 1992

quinta-feira, 20 de dezembro de 2007

DAVID GILMORE (UNIFIED PRESENCE)



Como alerta o texto abaixo do allmusic: não confundir os Gilmore. O em questão, está na linha jazzy. Acompanhou gente como Wayne Shorter, Cassandra Wilson, Don Byron, Steve Coleman... E o mesmo David que está lá embaixo (em participação) no álbum misterioso de Chris Rea é este Gilmore e não o outro do Pink Floyd, como imaginei em princípio. São estilos diametralmente opostos, nosso Gilmore aqui está mais para o orgânico, na praia Wes Montogomery, Joe Pass, no máximo, George Benson.

Unifield Presence” – gravado em setembro de 2006, é um álbum absolutamente imprescindível para qualquer apreciador da boa música. O cast de músicos está azeitadíssimo. Repare no solo de Christian McBride para faixa 6, "Low Of Balance", um escândalo. Já a 3ª, Douala, confirma outra forte tendência do músico para uma latinidade bossanovista mesclada à mineiridade do Clube da Esquina. Há muito, neste tema e outros como “Window to the Soul”, do toque Toninho Horta. E pra deixar tudo muito explícito, na última faixa de Unifield Presence, Gilmore obra excelente versão de Broken Kiss (Beijo Partido), com a participação, nos vocais, de Claudia Acuña, do próprio Toninho. Taí um disco de um bom gosto extremado e classudo até ao acorde final.

O ESCRETE:

David Gilmore: guitarras acústica e elétrica e produção

Ravi Coltrane (o filho do deus John): sax soprano e tenor

Christian McBride: Baixos acústico e elétrico

Jeff “Tain” Watts: bateria

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No allmusic, album cotado com 4 estrelas, o crítico da vez Jeff Tamarkin, diz assim:

Coming five years after Ritualism, his debut as a leader, Unified Presence is the sound of jazz guitarist David Gilmore (not to be confused with Pink Floyd guitarist David Gilmore) not coming into his own — he did that a long time ago — but ascending to the top of his craft. Gilmore has put in plenty of time lending his virtuosity to others — among them Wayne Shorter, Cassandra Wilson, Don Byron and Steve Coleman — and was also a prominent member of the '90s fusion band Lost Trible. But here he has crafted a wondrous individualistic work that defines him as a commanding presence in contemporary jazz guitar. Gilmore prefers a pure tone (think Wes Montgomery and early George Benson brought into the 21st century) — he's not one to venture into abrasive textures or challenging signatures — yet his playing is anything but predictable or safe. He is precise and fluid, given to unexpected rhythmic twists and deep melodic explorations, and his complex solos build upon a theme, ignite and embellish. It doesn't hurt that he's surrounded himself with a cast of intuitive players here who would elevate any set of tunes: bassist Christian McBride, drummer Jeff “Tain” Watts and saxman Ravi Coltrane, with vocalist Claudia Acuña turning up on the album-closing "Beijo Partido (Broken Kiss)." Gilmore's titling of the album Unified Presence was quite deliberate: together these players lock into a groove as one and never let go. There are no weak links on Unified Presence, and with it Gilmore has graduated to the head of the class.

Dedico esta postagem ao amigo virtual, perseguidor de raridades, sr. Vinyl do blog vizinho Jazzigo.

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