quarta-feira, 2 de abril de 2008

KOKO TAYLOR - BIO + O PRIMEIRÃO E O ÚLTIMAÇO



Cora Walton nasceu no dia 28 de setembro de 1928 em Bartlett, Tennessee. Viciada em chocolate, ganhou o apelido Koko = choco. Desde cedo já se interessou por música, tanto gospel, que ela ouvia nas igrejas na infância, quanto o blues das rádios de Memphis. Mas a pesar do incentivo do pai para cantar somente o gospel cristão engajado, ela e os irmãos gostavam mesmo, com instrumentos caseiros, era de se aventurar no menos ortodoxo, blues.

Quando jovem ela ouvia de tudo o quanto podia do blues. Bessie Smith e Memphis Minnie foram as influências particulares, assim como Muddy Waters, Howlin' Wolf e Sonny Boy Williamson. E embora amasse cantar e o fizesse, como ouvirão os que não a conhecem, ela sequer sonhou em subir num palco um dia. Com 20 e poucos anos, ela se mudou para Chicago já enamorada de seu futuro marido, o já falecido Robert “Pops” Taylor, a procura de uma vida menos sofrida e trabalho pro sustento. Partiu com nada além de 35 centavos e um pacote de biscoitos Ritz, como conta a própria. Se instalaram no lado sul da cidade. Aqui a divina providência se desenha, já que essa era justamente a região conhecida como a Chicago Blues.

Logo Koko arrumou um emprego de faxineira em casas de madames brancas no subúrbio norte. À noite e nos fins de semana, ela e Pops freqüentavam os bares blueseiros onde tocavam alguns rapazes curiosos no estilo como Muddy Waters, Howlin' Wolf, e Junior Wells. E graças a Pops o casal tornou-se amigo de muitas das lendas do blues. Com seu estupendo talento, foi fácil, para ms. Taylor começar a cantar nos palcos de Chicago. E sua maior oportunidade surgiu quando Willie Dixon a viu cantar pela primeira vez. Para o espanto de Taylor, ele disse:

-Meu Deus! Eu nunca vi uma mulher cantar blues como você canta. Existem muitos homens cantando o blues, mas não há mulheres suficientes. É disso que o mundo precisa hoje em dia, uma mulher com a sua voz para cantar o blues.

Dixon conseguiu a chance de gravar o primeiro disco dela para a USA Records e logo em seguida garantiu um contrato com a Chess Records(aqui citada na postagem de Minnie Riperton), a maior gravadora de blues da época. Ele produziu diversas músicas e dois álbuns para ela, incluindo seu grande hit de 1966 Wang Dang Doodle. Essa música finalmente coloca Koko Taylor como a maior cantora de blues do mundo. E esta, "Insane Asylum" - aqui só como uma prova básica e que consta do 1º álbum homônimo, faixa 11, - mr. Willie Dixon faz dupla com ms. Taylor nos vocais.

No ano de 1972 Koko tocou no Ann Arbor Blues and Jazz Festival. Esse festival foi gravado pela Atlantic Records, que lançou um disco ao vivo, ajudando a divulgar ainda mais seu trabalho.

Em 1975 ela conheceu Bruce Iglauer, da Alligator Records. E no mesmo ano lançou o disco I Got What It Takes que recebeu uma indicação ao Grammy. De lá pra cá foram mais dez álbuns, todos eles pela Alligator Records, incluindo o mais recente Old School, de abril de 2007.

Deixo para os navegantes o primeiro (homônimo) e este último álbum de 2007 daquela que passou a ser conhecida, desde os 60/70s como "Queen of the Blues".

KOKO TAYLOR (KOKO TAYLOR) 1969

KOKO TAYLOR (OLD SCHOOL) 2007

7 comentários:

  1. Anônimo6/4/08 20:42

    Vale o download.
    Obrigado
    Cocô Burton

    ResponderExcluir
  2. Essa é Phoda com PH maiúsculo!

    ResponderExcluir
  3. O que, a "piada" do anônimo ou a Koko com K?

    ResponderExcluir
  4. Anônimo9/4/08 20:45

    Nossa, Sergio, adoro Koko Taylor... Você visitou o meu blog, eu visitei o seu. Você linkou o meu, eu vou linkar o seu! Um abraço!
    Minie - 1967 O Ano da Psicodelia

    ResponderExcluir
  5. Troca d visitas, blogs linkados, e como fico nisto?

    Mickey

    ResponderExcluir
  6. Grande KOKO, esse eu ñ conhecia,grato por ter postado esta raridade!

    ResponderExcluir
  7. Sê bem vindo, Jazzlover. Ainda bem que ainda há link ativo pra Koko. O megaupload!

    Valeu muito a visita!

    ResponderExcluir

Uma obra de arte é um ângulo apreciado
através de um temperamento.
(Emile Zola)