sexta-feira, 6 de junho de 2008

MEIRELLES E OS COPA 5 (O SOM) 1963


Outra importante lembrança... (04/06/2008), morre J.T. Meirelles. O disco aqui postado é cortesia do blog Só Pedrada Musical. Por nome e inúmeras colaborações, já conhecia JT de longa data. Mas, em solo... "muito prazer, encantado!".

TEXTO E ÁLBUM RETIRADOS DO "SÓ PEDRADA"...

"Ontem morreu um dos grandes arquitetos da musica brasileira. J.T.Meirelles, saxofonista, flautista e arranjador. Criador do que seria conhecido como samba-jazz. Líder do grupo Meirelles & Os Copa 5, que tem essas duas pedras preciosas que colocarei para todos baixarem por aqui.

João Theodoro Meirelles começou sua carreira profissional aos 17 anos, tocando no conjunto de João Donato. Depois de uma breve passagem por São Paulo, retornou ao Rio de Janeiro e formou o Meirelles & Os Copa 5, fazendo temporadas memoráveis no Beco das Garrafas, em Copacabana. Em 1963, com apenas 23 anos, escreveu arranjos para o disco de estréia de Jorge Ben, inclusive “Mas Que Nada”, primeiro grande sucesso do artista, que depois, virou hit no mundo todo.

Meirelles & Os Copa 5 gravaram dois discos na carreira. Considerados clássicos mór do samba-jazz. Em “O Som”, de 63, o grupo era formado por Luiz Carlos Vinhas, Dom Um Romão, Manoel Gusmão e Pedro Paulo. Em 64, em “O Novo Som”, Os Copa 5, vieram com outra formação, tão grandiosa quanto a anterior: Eumir Deodato, Edison Machado, Roberto Menescal e Waltel Branco. Esses dois discos são obras-primas da nossa música, e deveria ser objeto de estudo em salas de aula de todas as escolas do Brasil. Faz parte da nossa história.
Muito respeito a João Theodoro Meirelles!"

MEIRELES E OS COPA 5 (1963)

Nota do blog: se queres receber a outra pedra(da) fundamentel para a obra de J.T. vá direto à fonte... Só Pedrada Musical

10 comentários:

  1. salve colega agradecido pela indicação do afrika underground.... grande pedrada nos meus ouvidos kkkkkkk puta som em, as atualizaçoes ta emfalta mais agradecido pela visita .. ando na correria da vida, mais sempre atento aso son's grande abrzz..

    ResponderExcluir
  2. Isso aí, a gente entende, mas dá uma pressão, pra cuidá de lá, ou, ni mínimo de k.
    Tamo aí.

    ResponderExcluir
  3. grande Sérgio,
    também tive problemas na postagem no sharebee.
    e você (ou o só pedrada...) roubaram minha idéia de post.
    já tava pensando em postar uns discos do JT Meireles.
    grande perda pra musica foi essa - nesses dias morreram grandes nome e não só da musica brasileira (wander taffo), mas também o bo didley.
    quanto as postagens no sharebee... usa o shareonall que é quase a mesma coisa e ainda dá pra incluir um servidor a mais (e ainda escolher os servidores).
    abração

    ResponderExcluir
  4. Valeu, Bruno! Precisava tirar essa dúvida. Cara, não deixe de conferir o Quiet Village! É MUITO BOM!

    ResponderExcluir
  5. Em temp: posta os 2 (Walter e JT) no Eu Ovo tbm. Lembre-se que os 'seus' navegantes não são os mesmos dos 'meus', nem do Loronix, nem do Só Pedrada. E, nesses casos, de músicos tão pouco comuns e/ou conhecidos, quanto mais homenagens melhor!

    ResponderExcluir
  6. Anônimo6/6/08 19:17

    João Theodoro Meirelles morreu sozinho em seu apartamento.Há tempos ressentia-se de problemas intestinais e cedia ,nesta semana, a insistência de sua filha e ex-mulher a ida pro hospital pra avaliar tratamento.Foi o destino paradoxal do músico que teve o galã Tony Ramos como inspiração de um dos personagens centrais de novela das oito.Téo, saxofonista de jazz, morador de cobertura no Leblon – caso “sui generis”, mesmo na ficção e marido de Helena (Christiane Torloni),no enredo.Se Meirelles dublava por Tony no sax-tenor, não era algo mais que protagonista na moderna música instrumental brasileira.Autor do arranjo que certamente nos EUA ou Europa lhe garantiria aposentadoria pessoal e ás suas gerações futuras – Mas que nada – de Jorge Ben, sucesso de repercussão internacional num ritmo “balançado” provocador .Era o chamado samba-jazz, estrutura musical de inspiração na bossa nova e com a influência “da escola” do jazz americano.No entanto, como Meirelles afirmava ,essa influência – praticada a exaustão por músicos nas minúsculas boates do eixo do Beco das Garrafas, no Rio de Janeiro, no final dos anos sessenta, se diluiu com o tempo com o surgimento de uma concepção musical que não voltava suas costas às experiência recolhidas pela passagem do tempo e à diversidade.Sua exigência única era saber dominar o instrumento e desenvolver um estilo próprio para acrescentar.O resultado pode ser conferido nos discos de Meirelles, “O Som”, “O Novo Som” e o sensacional explosivo- rítmico “É Samba Novo” de Edison Machado.Nos anos de dureza mais intensa ,Meirelles chegou a empenhar o saxofone para estudar informática.Sobreviveu, sendo verdadeiramente artista, dando pequenos espetáculos em lugares como a loja Modern Sound.Os fãs se aproximavam e pensavam homenageá-lo chamando-o de lendário. Preferia ser conhecido como ativo.O jornalista José Domingos Raffaelli o persuadiu a participar de um projeto musical num hotel da cidade.Estava acesa a centelha e logo espalhava a noticia que retornava à música.Ronaldo Bastos, que se abastecia das gravações caseiras produzidas por Meirelles e vendidas após os “pockets-shows”, recolocou os discos originais em cd e produziu dois novos trabalhos .Assim, em pleno século XXI, se refez a trajetória de forma renovadora e original do que muitos poderiam considerar nostálgica.Edú

    ResponderExcluir
  7. Só uma palavra a digitar: Aula!

    ResponderExcluir
  8. Edu, em pesquisa, fui atrás de algumas dicas suas, a começar pelo Edison Machado é Samba Novo [1963], e encontrei, além deste, outra preciosidade. O nome do álbum é "Muito Pra Frente" do Quarteto Sambacana.

    Enquanto ouvia, reconheci a voz principal, embora o grupo vocal tivesse aquela pinta para lá de "de época" d'Os Cariocas. Pensei - "parece o Milton Nascimento..." E não é que era ele mesmo! Excelente álbum. Muito agradável!

    Mas não vou postá-lo não. Deixo a dica, obrigando os mais preguiçosos que eu - e olha que esse dom não é pra qualquer um - ir na busca da fonte. E nem que me ranquem os olhos, entrego que está tudo lá... pelas bandas do Blog Loronix.

    Outro álbum muito bom e quase figurinha fácil do JT que eu já tinha e havia me esquecido... Ou melhor, não liguei o nome ao disco, chama-se O LP.

    E vou lhe dizer, amigo, o Meirelles precisou tomar o caminho do horizonte para que eu reunisse sua obra. Um gênio! Mas deixa estar que as Jams já começaram a rolar. E lá todos são amigos do rei, e lá não tem bilheteria.

    ResponderExcluir
  9. Sergio,
    eu vou postar sim - mas na verdade o que atrasou - foi eu ter encontrado o disco novo da Hiromi Uehara - Beyond Standart.
    Já está lá no blogui - junto com o disco que ele gravou ao vivo com o Chick Corea (do desafio do Woody).

    O disco novo da Hiromi está sensacional - so a versão pra Clair de Lune já vale o disco - e ainda tem versões pra Caravan e pra my favorite things - sem palavras - sem palavras...

    não consigo para de ouvir o disco.
    abs

    ResponderExcluir
  10. Anônimo7/6/08 11:12

    Prezado Sérgio,o Milton Nascimento antes de trilhar pelos bailes da vida era conhecido pros íntimos como Pituca,tocava baixo acústico e sonhava um dia se tornar Oscar Pettiford.Na minha opinião, o maior baixista do jazz.Bom final de semana a ti e sua família.Edú

    ResponderExcluir

Uma obra de arte é um ângulo apreciado
através de um temperamento.
(Emile Zola)