SERIA ALGUM TIPO DE PIADA CHULA ESSE CARA NO LIMBO?
Após a audição de Timepeace, quiça, a pergunta sem resposta, multiplique-se pelaí.
É costume se dizer que o tempo é o melhor conselheiro, o senhor da mudança e blá blá, mas na música isso é, sem dúvida, uma verdade. Tantos sons que nem bem envelhecem e rapidamente são esquecidos... Tantas obras-primas que ao seu tempo mal são apreciadas e mais tarde, com o passar de muitos anos, é-lhes, finalmente, reconhecida a qualidade.
Terry Callier, por exemplo, nasceu em 1945 em Chicago, aprendeu a tocar piano aos três anos, começou a compor aos onze, cresceu a cantar em grupos doo-wop e foi amigo de infância de Curtis Mayfield, Jerry Butler e Ramsey Lewis.
Com toda esta ambiência era natural que se viesse a dedicar à música, então lançou o seu primeiro single «Look At Me Now» em 1963 e no ano seguinte gravou o primeiro LP «The New Folk Sound of Terry Callier». E assim seguiu carreira mesclando o Jazz ao Folk e ao Soul... numa das mais brilhantes e consistentes sucessões de álbuns que... Nem me peça para citá-los. Vá pesquisar espaçoso!
Passada quase uma década sobre seu abandono é descoberto pelos insuspeitos Gilles Peterson, Dego e Mark Clair (4Hero) e Russ Dewbury que obrigam Terry a renascer para uma nova geração pronta a admirar toda a qualidade esquecida de sua obra. E em seguida nos brindar com novos álbuns. Entre eles, este. O da retomada. “Timepeace” que vos trago em 1ª mão e que mantém intacta a sofisticação habitual. Provando que quem realmente conhece jamais esquece o segredo.
Texto editado do blog português Bruto e feio.
Terry Callier (Timepeace) 1998
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Uma obra de arte é um ângulo apreciado
através de um temperamento.
(Emile Zola)