Não tem erro: é hoje. Se tens uma companeira que vale à pena, invente o teu, ou melhor, o dia dela. Que é todo dia*, né? Claro. E cobre ela de mimos.
A condução humana é a mulher. Somente ela nos faz
prosseguir, nos move em direção a algum lugar, somente por ela vale a
pena continuar. Todo o ódio, toda a solidão, todo o egoísmo, toda falta
de perspectiva que nos domina, a nós, pobres homens, é pela ausência ou
atraso da feminina condução humana. Pode ser mãe, amante, esposa,
prostituta, empregada doméstica, engenheira ou poetisa. São elas a
carruagem da humanidade e, por isso mesmo, por serem as donas dos
veículos e dos mapas, passeiam no mundo com maior amplitude, com maior
sutileza, calma e beleza. Destroem menos, arrecadam menos, acumulam
menos. Não aceleram, não freiam. Como diria Nietzsche: são espíritos
livres. Nós homens ficamos apenas aguardando nos pontos de ônibus, nos
cais dos portos, abandonados nas estações esquecidas dos trens. Todos,
e cada um, querendo possuir aquela mulher ou, sem outra saída, tentando
transformar-se nela. Não há saída para os homens: ou as consumimos ou
tentamos nos transformar em simulacros da condução humana. E nunca
acertamos o ponto do motor. E, no fim, cantamos com o poeta: Vai minha
tristeza e diz a ela que sem ela não pode ser. Diz-lhe numa prece que
ela regresse porque eu não posso mais sofrer. Chega de saudade, a
realidade é que sem ela não há paz, não há beleza, é só tristeza e a
melancolia que não sai de mim, não sai de mim, não sai ... E elas,
mesmo sabendo que quase sempre mentimos, retornam.
Texto original: John Lester
Olha só o que você me fezfazer Quieta, publicar um texto que nem é meu, todo, total-mente em vossa homenagem. Sabe porque “peguei” do verbo afanar, Quieta? Porque ele diz o que exatamente eu penso. Talvez eu não o tenha compreendido ou compreendido tanto a ponto de chegar aos seguintes exageros: Eu penso que todas as conquistas do mundo, as grandes descobertas das navegações, os grandes inventos da humanidade, da roda ao computador, foram todos dedicados a alguma mulher em especial. Esse sempre foi o meu discurso, desde que me senti um ser humano digno. E vou além. Vou totalmente a Freud: uma cena que me inspirou tal conclusão é uma recorrente cena que toda mamãe (burguesa, diga-se) presenciou pelo menos uma vez na vida: na piscina a mulher está sentada num espreguiçadeira lendo a sua revista, livro, fazendo palavras cruzadas ou tricotando com as amigas, quando o filho machinho menino interrompe (ou irrompe) histérico e muito exibido, berrando: “Mãe, ó só como eu mergulho!” TCHIBUM! Daí a inventar o telefone, a máquina fotográfica que rouba a sua beleza o e-mail ou as (fora de moda) cartas de amor, foi só um pulinho. Um tchibumzinho a mais.
A dedicatória óbvia é uma. A não tão evidente fica pronta àquelas que, ao ler, refletiram sua imagem, como um espelho. Igualzinho um. Você que não sabe viver sem um, e que ainda não inventamos com o fim de te refletir, na interface do teu computador, moça bonita.
* Em tempo: ou todas valem à pena ou tua alma é que é pequena.Não tem 3ª via.
Ps.: Pô Lester, desculpe a formatação do teu texto, as vezes esse blog não me dá opção. O que eu não podia era deixar de citar mais uma obra prima dessa. E o que é mais raro, sem o uso da palavra jazz. Esse texto, vc sabe, acho que nem tirei do jazzseen. A especiaria foi descoberta numa de minhas naveganças pelaí.
Um abraço.
Apaixonado, chefe?
ResponderExcluirMas o dia da mulher nao é dia 8 de março? :S
beijo!
Ô, meu Deuvo, Jéffica! Vou te dá umas paumada com u! Qué favê um favô de me lê naventrelinha?! Ou tu pensa que só escreve nas entrelinha escritor profissioná?
ResponderExcluirVai!, aproveita que é teu dia tbm e me explora, muleca!
ô moço bem inspirado esse, e o dia é muito bom hein! rs
ResponderExcluire tb bom demais o texto afanado!
beijoca
Bililéu voce tem o Dom de me Aquietar.
ResponderExcluirMas meu ego ficou explodindo, obrigada por seu carinho, é muito mais que mereço, mas eu quero tudo assim mesmo. O sabor da sua amizade tem gosto de paixão e paixão é bão !
Comentei, Beijei, mandei
Ô Poetinha... Parafraseando a outra, aqui entra pouca gente, mas o padrão é tipo "Vi Ai Pi do B" Very Important Person do Bem.
ResponderExcluirNão, quando eu faço "média" é pra ser interira!
BejoJoca.
Sabe, Quieta entre as diversões eu tenho trabalhado feito um cão. Aliás ainda não descobri o que me consome mais, o trabalho ou as diversões, mas tem uns dias que a gente deve folgar e fazer serão de paparico a quem a gente quer bem e não obstante, o bastante. Foi o que eu fiz hoje. O prazer foi todo meu. Aliás o prazer q deu procê deu pra eu tbm, pode ficar certa.
ResponderExcluirBjo!
belezura de texto e a gente vai de carona na homenagem =))
ResponderExcluirbeijos
Ô, Maya, e você não aquela que se espelha? Totalmente! Isso é texto na medida pra você deixar a modéstia definitivamente a parte, moça bonita.
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