segunda-feira, 30 de março de 2009

Louis Prima (The Wildest) 1957 + Cenas de Cinema


Just a Gigolo

Composição: Irving Caesar / Leonello Casucci / Julius Brammer (tradução):


Apenas um gigolo, em todo o lugar que eu vou

As pessoas sabem de que lado eu jogo.

Pagar por cada dança, vender cada romance

Toda a noite corações traídos.

Mas há de chegar o dia, em que o jovem passará,

Então, dirão o que sobre mim?

E quando o fim chegar eu sei que

eles dirão era ''apenas um gigolo''.

Enquanto a vida continua sem mim.

Eu não tenho ninguém.

Estou tão triste e sozinho.

Ninguém se importa comigo.


Essa música – de alguma forma já ouvimos uma vez na vida –, certamente está no imaginário da maioria da população, mas ela não me chamou tanto a atenção na versão mais conhecida pela juventude roqueira, na voz de David Lee Roth, mas num filme: “Uma mulher para dois” (“Mad Dog and Glory”, no original)


Sinopse:

Duas vezes vencedor do Oscar, Robert DeNiro estrela com Uma Thurman e Bill Murray uma história de amor totalmente diferente, que o crítico, Vincent Canby do jornal The New York Times classificou como uma comédia cheia de recompensas!


O fotógrafo da polícia de Chicago, Wayne Dobie (DeNiro), é tímido e pouco falante. Não põe a mão em sua arma há quinze anos. Seus amigos policiais deram-lhe o apelido de Mad Dog (Cachorro Louco), ironizando sua pouca coragem. Quando Dobie por acaso salva a vida de Frank Milo (Murray), um gângster e agiota implacável que, à noite, faz apresentações como comediante, ele recebe um incomum presente de agradecimento: a bela e jovem garçonete Glory (Thurman) como hóspede por uma semana - e somente uma semana! Ocorre que, antes dos 7 dias se esgotarem, os dois, infelizes de suas vidas miseráveis, estão perdidamente apaixonados. O que leva o casal a um confronto inevitável com Milo. Agora Dobie tem que fazer jus ao seu apelido Mad Dog ou não sairá vivo da encrenca.


Pra quem viu sem a devida atenção - ou não viu -, pq julgou ser o filme mais uma comedinha romântica hollywoodiana, perdeu a oportunidade de assistir uma história de humor encardida de incorreções políticas, das boas - daí o pouquíssimo sucesso em território americano. Porém, com o que pode haver de melhor num filme fadado a ser comum: a cena antológica! Dessas que se contam nos dedos mesmo em cults insensados pela crítica. Dessas que não sairão mais da memória. Foi o que me aconteceu, uns 15 anos passados...


Cena: Justo "A" em que o tema “Just A Gigolo” é acionado pra tocar, na junkebox de uma cantina onde repousa um cadáver gordão da máfia, todo besuntado em sangue, massa de tomate e macarrão. Wayne Dobie (DeNiro), sem o menor tino no trato com as mulheres, havia, minutos antes, finalmente conseguido dar a 1ª verdadeira grande trepada! de sua vidinha insossa. E, com Glory, foi a glória! É então que o, aparentemente, sempre atormentado Mad Dog, surpreende: adentra* à cantina em silêncio para cumprir sua rotina de fotógrafo do sinistro e de cadáveres... Mas antes, em alfa, põe um som na caixa junke pra tocar e solta-lhe a franga, ensainando um musical (a seu modo Mad Dog) quase à Gene Kelly, em volta do defunto carcamano. Feliz feito pinto no lixo! E sob os olhares atônitos dos policiais e das testemunhas do crime. Bom demais de se ver! Vê como a cena me veio inteirinha na cabeça? Será sempre assim, do filme em diante, quando ouvir "Just a gigolo".


É aquilo que costumo repetir nesses casos: invejo os que não viram porque têm a oportunidade de se surpreender com um filme, aparentemente, despretencioso como o que. Alias, foi sem esperar nada dele que o tirei da prateleira da locadora. Depois de assisti-lo fui atrás de conhecer a obra do diretor: John McNaughton e aí...?


E aí q esqueci de falar The Wildest de Louis Prima? Sorte a sua!


Sobre o disco é fácil: você curte a música e a voz de Louis Armstrong (tem gente q não curte)? Pois seu xará prima pela semelhança (achas q perderia um trocadálio pronto assim?), também é trumpetista, este álbum, um clássico que including a versão clássica de Just A Gigolo, então é bão até dizer chega. Tá esperando o Q ou o Quá do pato?


* é claro q o youtube não ia deixar passar batido a antológica cena.


Este álbum foi proibido (a divulgação do link pela DMCA) para salvar texto e vídeo, deletei o link.



14 comentários:

  1. maravilha o "Just a gigolo", q, aliás, tem uma interpretação maravilhosa do Monk; depois é ouvir "I wanna be around", com Bennett ou a Dinah W, q tem uma linha melódica semelhante; por último ouvir "Emoções", do RC, e ver de onde saiu...

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  2. Putz, cara! É verdade! Tem tantash semelhançash...

    E, ufa! Finalmente alguém comentou esse post!

    Só falta um(a) q tenha visto o filme...

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  3. O filme - q assisti no cinema - é meio chatinho.O diretor tem um filme q passa regularmente nos canais a cabo chamado - na tradução - de “Garotas Selvagens” q todo mundo assisti para esperar o momento em q os três protagonistas (um homem e duas mulheres - Denise Richards e Neve Campbell ) vão pra cama juntos.Louis Prima é muito mencionado no Talentoso Mr.Rilpley de Anthony Mingela (precocemente falecido recentemente).Keely Smith – da capa do disco – era a patroa dele.

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  4. Pois é, rapaz, Garotas Selvagens é ruim pá dedéu. Tbm assiti esse no cinema, seria o 1º filme do cara q assistiria no cinema, então foi uma decepção. Mas ele se redime num filme posterior, outra comédia de humor negro. deliciosa. "Speaking Sexy" com James Spader e Melora Walters (acabei de consultar na internet pq não lembrava mais do título), acho q em português é a tradução do inglês.

    Mas, não Edu, não é um cineasta genial do nivel de um Woody Allen mas McNaughton sabe dirijir atores com muita competência! E tem uma filmografia interessante. Esse Mad Dog, recomendo sem contra indicação e ele tem outro clássico: "Henry: Portrait of a Serial Killer" q é uma coisa assim indescritível nos quesitos violência, realismo e crueza.

    No fim da história conheci todos esses filmes por causa de Mad Dog and Glory, como disse. Depois dele corri atrás da obra. Pena q vc só viu o pior dos piores. De bom só a a Neve Campbell nuinha dando sopa.

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  5. Ps.: sobre Louis Prima, vi um filme com Tony Tucci (puta ator), se não me engano, dirigido por ele mesmo, sobre dois donos de restaurante quase falidos q reformam a casa enfiados numa promessa da visita de Louis Prima no estabelecimento. Um filme muito interessante! Aliás, foi uma época, a mesma de Mad Dog do MacNaughton, em q ia para a locadora e provava tudo q poderia ser bom, mas era totalmente distante do cinemão... Não difere muito com o q faço hoje com a música. Puro garimpo.

    Em tempo: falei certo né, Louis Prima é bem influenciado pelo xará Armstrong, né?
    Abraço!

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  6. Sergião,
    eu assisti "Henry: Portrait of a Serial Killer" no falecido cinema Olido em SP e achei um filme razoável.Fiquei mais impressionado com o American Psycho.No entanto, prefiro curtir as comédias sarcásticas do Billy Wilder.Tinha umas em VHS original q devem estar mofando em algum lugar.O Mc Naughton esta dirigindo mais filmes direcionados a TV a cabo americana pra HBO ou Showtime.Quanto a Neve Campbell, da fruta q ela gosta eu como até o caroço - segundo as fofocas de Hollywood.Ela esta pelada em diversos filmes independentes recentes.Mas não anima muito não.

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  7. rs. tá Edu, eu nem sabia da fofoca, mas não é pq a moça é gay que ela deixa de ser desejável, perde o encanto. A mim me apetece e muito. com o diferencial q foi no fracassado garotas selvagens que a moça apareceu, até onde sabia, como veio ao mundo.

    E falou-se aqui de cineastas médios (pouco conhecidos) de valor. Gene Wilder éoutro departamento. Ou melhor: ele se estabelece muitos andares acima no arranha céu de hollywood.

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  8. Ñ tinha visto este post, Serjão! Eh q d música eu ñ sei nada além d ouvir, aih venho qd vejo alguma coisa no título, entendeu?

    Qro ver o filme. C o elenco dele e a descrição da cena do cara rindo e dançando na presença do 'presunto', simplesmente ñ pode ser ruim!


    Bisous

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  9. Gabi, vc vai entender tudo! Nada q vc não sempre soube e, ou compreendeu ou relevou. Mas, da forma como a história é contada, não escapa um detalhe. Ah, como tou torcendo procê achar esse filme...
    Bjo!

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  10. Tony Tucci é o Stanley Tucci, grande ator de verdade.O negócio da nudez da Campbell é q vendo uma vez , basta.Gene Wilder é legal com certas (algumas apenas) comédias com o Richard Pryor(talvez o comediante negro mais engraçado de todos os tempos) e o filme Young Frankestein.Depois q a mulher dele morreu - era uma das fundadoras do SNL - ele entrou numa deprê ferrada.Nem sitcom ele emplacou mais.O cara da vez é o Sacha Baron Cohen e um negro gordinho hilário chamado Cedric The Entertainer.

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  11. Edu, não me abandone depois do q vou te falar, mas era o Billy Wilder! mesmo q quis dizer, cara. Perdoe. Na hora de transcrever troquei os nomes... O Gene é legal, mas tá no patamar bem mais abaixo. Perdoe a confusão.

    A Neve é uma gostosa e aí é questão de gosto.

    Stanley Tucci pode não ser Tony Tucci. Acho q há um escritor com esse nome. Não tenho certeza, na hora da breve pesquisa, pus no google imagem o nome Tony tucci e apareceu a foto do Stanley, mas o certo é Stanley Tucci.Perdoe as confusões q faço. É o que eu disse: mas não me abandone.rs

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  12. Prezado amigo, quando dá, estou a disposição.Vi uma entrevista da Neve no Letterman. Ela foi bailarina antes de se tornar exclusivamente atriz.Ela tem corpo de nadadora - com formas geométrica(costas largas em forma de quadrado).E mulher bonita, como a minha, tem q ter harmonia de curvas como bom circuito de F1.

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  13. Vc sabe que youtube é uma mao na roda né? podia ter posto o link,rs mas ta bom, eu tive que tirar o meu cerebro do ocio e ir buscar, e tava afim that is good ! tks bilileu,pela maozinha discreta beijinhos,beijinhos,

    entao deixo aqui o link assim fica facim pra quem nao viu

    http://www.youtube.com/watch?v=xrpHXwx9Ne0

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  14. Puxa, Quieta, obrigadu! Eu tinha posto um link, com um, como escrevi, "teco" da cena, no youtube. Só q vc encontrou lá mesmo a cena inteira. Já até substituí o link no texto "adentra" com o certo. Valeu mesmo!
    Bjo.

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Uma obra de arte é um ângulo apreciado
através de um temperamento.
(Emile Zola)