sábado, 2 de janeiro de 2010

Art Davis Quartet (Time Remembered) 1995



Essa postagem é justamente dedicada a mestre Pituco san. Porque além de assíduo frequentador da casa - e uma simpatia de figura! -, tem um termo que é único para desgnar obras como esta aqui: PIRAMIDAL!

E embora seja uma injustiça destacar uma faixa do álbum, repare no solo de mr. Hancock em "Ev'ry Time We Say Goodbye". Enfim, descoberta de última hora. Acabo de ouvir, acabo de decidir postar e acabo de lembrar de outra boa definição para esta postagem na mais absoluta urgência: é "parem as prensas" to-tal esse disco!

Oiçam e me digam se cometi algum exagero de avaliação.

Anytime bassist Art Davis records, it's an event. In this instance, he's chosen such fellow heavyweights as pianist Herbie Hancock and drummer Marvin "Smitty" Smith to join him, but it's saxophonist Ravi Coltrane (son of jazz giant John Coltrane) who really holds up his end of the bargain here. He plays inspired, fluid, melodic lines, quite reminiscent of another second-generation saxophonist, Joshua Redman. Davis, who played with John Coltrane, Dizzy Gillespie, Max Roach, and the NBC Orchestra, among others, continues to be a force on his instrument; he also wrote three of the eight pieces here. "Art's Boogie" is a simple, funky, groovin' blues biscuit; on the song's bass-led bridge, Davis quotes "Jesus Loves the Little Children of the World." The 15-minute title track is a three-piece suite: "Sorrow" is a slow march beat with serene soprano and cascading piano; the hard-boppish "Uplift" features Coltrane on tenor sax; and "Joy," which starts out at a frantic, "Jumpin' at the Woodside"-type pace, showcases Hancock's animated measures. The best song on the album, "Everybody's Doing It," is a combination of Smith's steady tick-tock beats, Hancock's spatial modalities, and a lovely melody by Coltrane on soprano; a bowed bass solo by Davis again shows why he's a king, albeit a relatively unheralded one. The quartet play Thelonious Monk's "Evidence" perfectly, with Coltrane in excellent form on tenor. Hancock contributes the hip blues swinger "Driftin'," which features a Horace Silver-ish groove and a neat bass solo by Davis. The foursome passionately tackle John Coltrane's modal "Ole," which builds slowly from warm to steaming to blazing, thanks to Ravi's inspired blowing and Hancock's salty, swift piano inflections, all spiced by Davis' incredible mezzo piano harmonic solo, which buzzes and weaves through caverns of midnight blue. The stunning ballad "Everytime We Say Goodbye" proves Ravi's mettle, echoing his legendary father but moving past into his own realm of sheer beauty. This is a truly outstanding recording and one of the very best CDs of 1995.

Art Davis Quartet (Time Remembered) 1995

12 comentários:

  1. Procurei no Amazon o bichinho e tá 17 verdinhas - logo, impraticável, por ora!
    Mas te dou um presente, pros amigos terem uma idéia e ficarem com "water on the mouth" (rs, rs, rs):

    "Art Davis comes through with a spectacular album and an incredible band. Davis is a gifted bassist whose vast discography makes frequent appearances in his powerful, often playful musings. Herbie Hancock's first jazz album in years (of course, he has since made more) proves to be an uplifting experience for the soul. One of Herbie's better straight-ahead ventures as a sideman. Ravi Coltrane is a rising star. His smooth tenor lines and inventive soprano licks get listeners to their feet. Son of master saxophonist John Coltrane, Ravi has know Art Davis since he was a boy, as Davis carried a close musical and personal friendship with John Coltrane, appearing on many Coltrane albums, including "Ole". "Tonight Show with Jay Leno" house drummer Marvin "Smitty" Smith proves himself, as always, to be a solid, professional musician who compliments all players in the band.
    Overall, this is an album you shouldn't pass up. Downbeat magazine gave it four stars, but this listener give it the full FIVE STARS."

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  2. Esse disco é absurdo, seu san. Coisa q a gente começa a ouvir e já entende q não dá pra não dividir. Q bata record de downloads.

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  3. sérgio san,

    valeô a dica e a lembrança desse latino distante...tô baixando e logo mais saravando com um montão de outros na lista...

    acredite se quiser, mas preciso adquirir um ipod imediatamente pra ouvir em trânsito pelo menos uma terça parte do que tenho arquivado poracá...sou do tempo da 'pedra lascada'...até os flinstones são mais avançados e melhor equipados do que eu...rs

    obrigadão pelo presentão (já conhecia o cd, mas tõ baixando aqui)

    abraçsonoros e siberianos

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  4. não conhecia o trabalho dele ainda.. estou baixando com certa curiosidade grande.

    otimo 2010 séro..
    mantenha nessa força.

    abrz

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  5. Caros Pituco, Érico e Canbeck, mais que valeu a visita, pro Canbeck então valeu mais ainda. Eu achava q ninguém conhecia muito o Art Davis, acaba q até agora estou apresentando só ao Canbeck os demais q já conheciam sabem quanto uma aqui vai chapá!

    Abraços!

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  6. Ô¬Ô

    Seu Sérgio,
    Art davis é um dos baluartes do contrabaixo-jazz à partir da segunda metade da década de 50. fez discos antológicos com o Coltrane ainda na Prestige. participou de um quarteto com o Art Blakey, Sonny Stitt e McCoy Tyner em 64 que foi um primor, um dos melhores quartetos da época, pena que só gravaram 1 disco pra Impulse. Esteve no Brasil na década de 60, ensinando e aprendendo com o Edson Lobo. è um dos baixistas americanos que melhor soube entender a bossa-nova. Efim, poderia escrever 200 linhas sobre o cara e ainda teria assunto.

    Excelente escolha Seu Sérgio!

    Bração!

    Ô¬ô

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  7. Mr. Mauro,
    Grande lembrança.
    Pois não é que agora você me pôs numa sinuca de bico existencial resenhativa?
    Tô escrevendo um post sobre o Blakey, falando sobre o Ugetsu (um dos melhores dos Messengers, com uma das formações que eu mais gosto).
    Mas agora, falando nesse prodigioso A Jazz Message, bateu uma dúvida: qual dos dois?
    Vocês decidem:

    a) Ugetsu - Jazz Messengers - ao vivo no Birdland, com Blakey, Hubbard, Shorter, Cedar, Fuller e Workman;

    b) A Jazz Message - Art Blakey, liderando Stitt, Tyner e Art Davis.

    Quem vencerá?

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  8. Amigos, deu saudade do tempo do rock, ali era ruim de vcs sugerirem tanto disco q eu não conheço. Por via das dúvidas tou já baixando os 2 Messenger pra não ser pego de surpresa.

    Abraços! Valeu a visita.

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  9. Ô¬Ô

    Mr. Érico e Seu Sérgio,

    sinuca de bico existencial resenhativa como esta é de fácil e difícil solução. Fácil se vc postar logo os dois, difícil, beirando o impossível, é vc tentar escolher um entre eles. Ajudei pacas né?

    Seu Sérgio, a vida de rockeiro é muito mais simples, quase espartana mesmo. Sem enveredar por méritos estilísticos, só digo o seguinte: Enquanto a grande maioria dos rokeiros participava de um, duas sessões de gravação por ano, cada membro de um destes combos sugeridos pelo San fazia 20, 30, 40 sessões por ano. Daí a maravilhosa impossibilidade de se ouvir ou conhecer a totalidade da produção desses caras. Tenho mais de 30 anos como audiófilo de jazz, e ainda falta ouvir tanta coisa Seu Sérgio.....que maravilhosa estrada ainda terei que percorrer, sempre faltando caminhos a conhecer. Que MARAVILHA isso!!!!

    Abraços a ambos os dois

    Ô¬Ô

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  10. Não, depois da internet, descobri uma infinita gama de bandas ótimas rock, mas tem outra diferença crucial: no jazz todo mundo toca com todo mundo, no rock, é muito mais difícile essa relação. Então as estrelas do Led Zeppelin, não tem tantos trabalhos assim com as estrelas do Deep Purple, como os caras do Jazz Messengers tem com, por exemplo os do MJQ... e SE FORMOS CONTAR OS SOLOS DE CADA SIDE MAN, AÍ NÃO DÁ NEM PRA COMEÇAR A CONVERSA!

    É isso aí, seu Mauro.

    Cara, já q estou aqui, me lembre o álbum q me pediste e eu baixei. Já nem sei mais qual é. Só me lembro q veio sem a 1ª música e se não me engano é de um guitarrista.

    Outra: e o Mr. A.T., hein? Quando vejo aquela capa completinha e ouço as duas 1ªs faixas só pra me torturar, me dá uma pena...

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  11. Ô¬Ô

    Foi exatamente isso que eu quis dizer, a turma jazzeira tem uma inter-relaçao muito maior q os rokeiros, que parecem q vivem deitados na sombra do boi, daí vc hj se for assistir um show do purple, vai ver eles como cover deles próprios. Agora a turma q vai chegando sempre tem os de qualidade, em qq estilo isso acontece.

    Com relação ao disco, é o do guitarrista Sal Salvador. Nem me lembra o Mr AT, sou louco por ele e ainda nem vi sinal, continuamos na procura.

    OBS: o do Sal Salvador está c os arquivos em wave, pra facilitar é melhor vc passar pra mp3. De qq forma brigadão, mesmo sem a faixa1, procuro esse disco em sêbo a mais de 30 anos, imagna minha ansiedade?

    valeu broww

    Ô¬Ô

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  12. Bom,
    Não tenho nada prá falar, só quero mesmo me meter nesse papo que tá gostoso pacas!
    Mr. AT, Led Zeppelin (comprei a biografia deles, chamada Quando os gigantes caminhavam sobre a terra, mas ainda não li), Sal Salvador, Blakey, MJQ, Jazz Messengers, Art Davis...
    O barzinho sônico tá bom demais!
    Abração!

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Uma obra de arte é um ângulo apreciado
através de um temperamento.
(Emile Zola)