segunda-feira, 12 de abril de 2010

Bobby Jaspar Revisited (50's, compilação de 1975)



BOBBY JASPAR BIO

(livremente* traduzido do blog “Musica desde las antipodas”)

Nascido Robert Louis Joseph em 20 de Fevereiro de 1926 en Lieja (Bélgica), Bobby Jaspar poderia ter-se convertido, se não houvesse morrido tão prematuramente, num dos maiores inovadores do jazz europeu. Capaz de tocar um grande número de instrumentos (sax tenor e barítono, clarinete, piano, flauta e clarinete bajo), ainda muito jovem foi introduzido ao jazz por sua tía. Inicialmente tocou dixieland nun grupo do próprio bairro, mas breve foi seduzido pelos sons mais afeitos a inovações do bebop.

Concatenando os estudos com as atividades musicais, acaba por licenciar-se em Química (talvez seja essa a razão do título de uma de suas composições ser "Phenil Isopropyl Amine", posteriormente reeditado como "Jeux de Quartes" pela Universal em uma coleção "Jazz in Paris"), Mas por fim decidiu dedicar-se integralmente ao jazz em Paris, por volta de 1950, incorporando-se ao grupo de Django Reinhardt. Em meio a uma fracassada turnê pelo sul da França, em 1952, abandona a música e sai em viagem indo morar no Tahití... Retiro espiritual? A história não detalha, mas ao escutar numa emissora de rádio o grupo de Stan Getz, decide regressar a Europa e logo estava de volta a velha Paris onde forma um quinteto, com o guitarrista Sacha Distel como a figura de destaque nas apresentações. Daí, não pára mais, intervem em diversas formações de músicos americanos que visitam Paris e em uma delas conhece a cantora Blossom Dearie*... Abra-te sésamo urgentis um parêntesis! (um amor de formosura e voz aveludada, a cantora mais cool da história do jazz... mas a biografia que traduzo do espanhol não precisa a data do enlace), Jaspar não resiste aos encantos de Dearie e casa-se, provavelmente ali pelos meados dos 50’s. Dearie o animava constantemente a que visitasse os Estados Unidos e em 1956, Bobby se traslada para Nova Iorque, entrando para o quinteto do trombonista J. J. Johnson, alcançando reconhecimento internacional. Em 1957 gravou com John Coltrane "Interplay For 2 Trumpets And 2 Tenors" e durante algumas semanas sustitui Sonny Rollins na formação do quinteto de Miles Davis. Já em 1958 mudaria-se para o quinteto de Donald Byrd. Sua estada em NY é o que pode se chamar de muy fructífera, com numerosas colaborações com os grandes da época e atuações em diversos clubs. Mas também lhe deixa graves seqüelas físicas em conseqüência de sua inclinação ao consumo de drogas. Voltando à Europa em 1961, forma um quinteto com o guitarrista René Thomas, o baixista Benoit Quersin, o baterista Daniel Humair e o pianista, parceiro de Morricone, Amedeo Tommaso – Formação ocasionalmente convertida em sexteto quando da incorporação do trompetista Chet Baker.

Refém do maldito desejo, devido as dificuldades para conseguir drogas na França, em finais de 1962 Bobby Jaspar regressa a New York onde em pouco tempo, menos de um ano, baixa o Hospital Bellevue por causa de uma endocardite. Submetido a complicada operação de coração aberto, Jaspar não suporta à cirurgia e morre, em 4 de março de 1963.

Dotado de uma incrível técnica ao sax e sempre disposto a realizar audazes improvisações, seu lirismo e sua constante busca a experimentação fizeram dele, Jaspar, um músico único do jazz moderno. O mais aclamado da Europa dos anos cinqüenta.

clicando no link Musica desde las antipodas encontra-se uma variedade de álbuns baixaveis de Jaspar, solos ou como sideman de grandes performers do jazz.

O álbum que deixo aqui não consta da lista daquele blog. É uma compilação de sucessos do saxofonistas dos anos 50. Boa audição.

Bobby Jaspar - Bobby Jaspar Revisited - 50's-1975

5 comentários:

  1. Os blogueiros do bloger conhecem bem essa ferramenta útil, mas cheia de vícios. Um dos quais é, geralmente, quando transpomos os textos do word para cá, trocar (o Bloger a seu bel prazer) o tamanho e tipo das fontes, dificultando a unificação do texto numa fonte única em tamanho legível - ou será q este fenômeno só acontece comigo? Depois, para consertar a postagem é uma chateação impossível de descrever e, pior, de solucionar. Por isso, se houver dificuldades na leitura, por favor, me perdoem e insistam, pq nessa postagem eu desisti de mexer, até pq dá naquela máxima a “emenda pior q o soneto”. Obrigado pela paciência e compreensão e, acima de tudo, curtam esse som q é bão a doidado!

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  2. Ô¬Ô

    Seu Sérgio,

    o Bobby Jaspar é um de meus saxofonistas europeus favoritos, juntamente com o Barney Wilen, os trabalhos do cara no quinteto de JJJohnson, são um primor.

    Belo resgate
    parabéns

    Ô¬Ô

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  3. Mauro, não só fiquei fanático por Bobby Jaspar, a 1ª 'visited', como depois de conhecer esta álbum, sai a caça de tudo que encontrei disponível na rede sobre o cara.

    Hoje (e isso foi em tempo recorde, pouco mais q uma semana), devo ter uns mais de 15 álbuns, entre solos e participações.

    Meu amigo, se há um trabalho bom é esse. A cada descoberta de músicos desse nível, orgasmos múltiplos são experimentados. Só falta a gata - de preferência, com a mesma Tara - com T!

    Valeu a visita!

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  4. Também tenho esses problemas, Mr. San Sônico - por isso que cada postagem aparece com um tipo de letra diferente ou um tamanho diferente.
    Mas o importante é que a casa sônica não falha.
    Grande sugestão - achei uns disquinhos do cara no Amazon a 6 ou 7 verdinhas e, em breve, terei algo dele como líder, já que como sideman tenho o Jaspar alguns discos.
    Como diria o Pituco, o cara é bem bacanudo e a postagem está piramidal!
    Abração!
    Ah! Boa sorte na busca da gata!

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  5. To tentanu, seu san, diria até, k entre nos outros, desesperadamente!, mas não espalha.

    Mas amigo, ouça o presente q t deixei e ao Mauro (2 mestres) com carinho, no sapatinho.

    Valeu a visita e... Bobby Jaspar é PIRAMIDAL!

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Uma obra de arte é um ângulo apreciado
através de um temperamento.
(Emile Zola)