sábado, 3 de julho de 2010

Lenny Breau!


Bem amigos da rede música, depois do fiasco, de volta as atividades que nunca decepcionam. Este artista, guitarrista, figura humana cheia de mistérios, descobri um pouco antes de postar a compilation , Xaq'euchto, mais abaixo. E tive que esperar o desfecho da Copa, como prometi a mim mesmo, para pensar em qualquer assunto outro que não fosse BOLA, redonda até nas skolzinhas nas quais andei me afogando... Ontem, mais do que em todos os outros jogos, porque me parecia claro, que se afogar nas mágoas era o desfecho mais provável dessa história, nada histórico de 2010. Até porque, em não morrendo ou dando trabalho aos valorosos bombeiros, se afogar é bom e eu gostcho. 

Entonces a explicação deste Lenny Breau que apresento pá galera, está num texto googletraduzido aqui na Casa mesmo - portanto paciência - cujo link do original aqui está pros que querem mergulhar mais fundo. Noentanto já aviso que a fonte é uma reportagem e não fala só do gênio da guitarra, mas também de um peça de teatro produzida e dirigida no Canadá (última morada de Breau, americano do Mane), por Pierre Brault que um belo dia ouviu um disco do guitarrista e tornou-se fã a ponto de levar a vida do guitarrista às últimas conseqüências. Deixo com vocês, então, o texto da matéria e a   e a interpretação de Pierre Bralt sobre essa lenda que foi Lenny Breau:

"Em agosto de 1984 - e esse mistério perdura até hoje - alguém colocou as mãos em torno do pescoço Lenny Breau, espremendo-lhe a vida para fora dele e jogou seu corpo flácido em uma piscina. E este fato, foi o que primeiro chamou a atenção do dramaturgo teatral Pierre Brault.

Mas, quando o também diretor e ator de teatro, baseado em Ottawa começou a investigar, logo percebeu que a vida de Lenny Breau era muito mais interessante que sua morte.

"Guitarristas famosos do mundo iriam me dizer que quando Lenny apareceu não houve nada como ele", disse Brault. "E não tem havido desde então." Mas a maioria das pessoas nunca ouviram falar dele.

Brault lembra de ter chegado a ficar "amedrontado" depois que encontrou e ouviu uma cópia de Five “O'Clock Bells”, de Breau, adquirida ao acaso numa loja de CD há muitos anos.

"Eu nunca escutara nada parecido", disse ele. "Eu pensei:" Como esses rapazes estão tocando tão bem! Descobriu depois que trava-se de apenas um cara... E o cara era Lenny. Um acontecimento muito comum, aliás: às pessoas que escutam Breau pela primeira vez. "Então, eu tinha naquele momento, sem saber nada além daquela música, uma pessoa que você nunca ouviu falar e já estar a amá-lo." – disse Pierre Brault.

Nascido no Maine, um estado que parece ter sido criado para músicos profissionais da música country e western, filho de Hal Lone Pine e Betty Cody – um casal a tocar e viver da country music, Breau não fugiu à regra, cresceu a tocar guitarra. Aos 15 anos, era mil vezes melhor do que o guitarrista da banda de seus pais. Então, ele o substituiu.

... E Breau ainda estava tocando com os Hal Lone Pine, quando a família mudou-se para Winnipeg e despertou o interesse de um adolescente local, canadense, Randy Bachman (The Guess Who). Os dois rapazes se tornaram grandes amigos e Breau ensinou Bachman a tocar guitarra. "Mas ainda assim”, disse Brault, “ninguém poderia ou vai tocar como Lenny Breau" - simulando em gestos caricatos a maneira estranha de Lenny tocar e criar harmonias impossíveis -, se elas existem, é porque Lenny Breau as criou”.

E essa busca de harmonia é mais que uma tendência, uma obcessão, na produção (peça teatral de Brault, “Five O'Clock Bells”). “Lenny Breau estava sempre tentando se ajustar”, disse Brault, mencionando a relação problemática que ele teve com seu pai, Pine.

Para Pierre Brault , a razão do “desajuste”, que levou Breau a mergulhar de cabeça no universo sem fim das drogas, era Pine que tinha ambições maiore, planos mais ambiciosos para o filho. "Mas Lenny tinha enorme talento, mas nenhuma ambição."

Após deixar a banda da família, Breau começou a tocar jazz em Toronto, Ottawa e Nova York. Era a década de 60, e como era o habitual na época, ele começou a meter-se com drogas, incluindo heroína.

"Era comum", disse Brault. "Quero dizer, toda banda de Anne Murray (estrela canadense de folk music da época) estava fazendo isso."

Mas Breau não era um cara comum. "Ele era um inocente de verdade", disse Brault.

"Lenny poderia tocar na guitarra qualquer estilo, pegava na hora, no segundo seguinte... E ele poderia tocar o tema invertido, tocá-la de cabeça para baixo, de trás pra frente... Porém Breau é daqueles gênios que, que não sabiam lidar com a figura de um empresário. Era um inocente útil... Nem poderia receber, muito menos assinar um cheque, ou mesmo se alimentar, porque passou 10 a 15 horas de um dia, e de uma semana, e de um mês, encima de um instrumento, com a exclusão de todas as outras coisas comuns a vida dos normais.

"Esse foi o problema fundamental com Lenny, ele não conseguia entender nada fora de um fretboard – nos braços de suas guitarras, melhor dizendo. O que o levou a uma série de relacionamentos desastrosos e propiciou-lhe, tão rápida e facilmente, ser exilado no mundo as drogas."

“E a coisa mais triste” - disse Brault, visivelmente emocionado -, é que Breau tinha acabado de se recuperar e passara já alguns anos limpo e começava a encontrar o reconhecimento, quando foi assassinado... A esposa Jewel Breau era a principal suspeita... E isso é o que Brault, que realmente, pesquisou a fundo a vida de Lenny, suspeita menos, mas o caso continua em aberto.

"Pense nas possibilidades musicais, no que perdemos e nunca terá volta, apenas porque alguém quis brincar de Deus", disse ele.

Tentando amarrar as pontas soltas da história, Brault passou a tropeçar em um artigo escrito por um outro escritor que escrevia a biografia do guitarrista cercado de mistérios, e o autor teve a gentileza de enviar-lhe o manuscrito, que tinha mais de 200 entrevistas.

A partir desse manuscrito e de toda a própria pesquisa, Brault cercou sua história de sete personagens-chave - que Brault acreditava serem as pessoas mais importantes na vida de Lenny Breau - e combinou-os com as cordas da “seven string guitar” de Breau. "Então, a música está dentro de cada seqüência, na tentativa de criar a voz muito própria de Lenny como se ele falasse através de sua guitarra com harmonias artificiais. Tentei recriar Lenny fora daquele espaço negativo, por isso, de certa forma. o público se torna Lenny,". É uma abordagem diferente, mas para um homem de poucas palavras e muita música, ela funciona bem e com alguma fidedignidade”, disse Brault.

Cada noite, depois de contar a história de Breau, Brault é a abordado por pessoas que nunca ouviram falar do gênio do jazz e do plano, do público, de ouvir as suas músicas. E, ele é abordado também, por membros do público com as suas próprias histórias sobre Breau de vê-lo tocar algures, ou emprestando-lhe dinheiro. De deixar dormir Breau em seu sofá, ou ficar bêbado com ele.

Quando apresentou a peça para a filha de Breau, a experiência foi muito emocional, disse Brault. "Mas foi também uma forma de muitas pessoas, além da própria filha, finalmente, dizer adeus, porque sua morte foi do ao modo Breau de ser, tão fugaz."

“Five O'Clock Bells” (tanto a peça, quanto o a música) não é fácil de executar, acrescentou. "É muito emocionalmente desgastante, e as pessoas são muito protetoras de Breau, porque ele era tão inocente."

A esperança é a de inspirar "alguém após o show para ir e ouvir um pouco de Lenny Breau e apreciar o que perdemos", disse Brault. "Porque nós nunca vamos ter isso de volta novamente."


TEXTO DE UM BLOG BRASILEIRO ESPECIALIZADO EM GUITARRISTAS:

O grande mestre dos mestres da 7 STRING GUITAR, o já falecido Lenny Breau. Esse realmente é imprescindível conhecer. Tocava uma guitarra de 7 cordas (com um "la" agudo), utilizando os 5 dedos da mão direita. Quando tocava em trio (guitarra, baixo e bateria), separava completamente a harmonia do solo, dando a nítida impressão de haver dois guitarristas tocando. Quando tocava solo, combinava sincronizadamente o baixo, a harmonia e a melodia de uma forma incrível. E, como se isso não bastasse, tocava bem violão de nylon, tocava bem flamenco e era um ótimo improvisador. E mais ainda: foi o guitarrista que desenvolveu definitivamente a técnica dos falsos harmônicos, fazendo a guitarra (e o violão também) soar como uma harpa. Faleceu em 1984, com apenas 43 anos.

14 comentários:

  1. Olá amigo,

    Bom que curtiu.
    Obrigada pela visita e comentário.
    Beijo.

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  2. Poxa que história de vida...
    Algumas pessoas são tão apaixonadas pelo que fazem ou no caso, pela musica...Que a fama, o sucesso e o reconhecimento ficam em segundo plano.
    E eu os admiro...( até conheço alguem que é exatamente assim)
    Pena genios como esse terem sua vida ceifada tão jovens.
    Mas certamente eles nunca morrem, ficam eternizados através de sua arte.
    Estou baixando ...
    Vou ouvir,,,
    Nossa seu blog tá lindo menino...Rsrsrrs
    Bjos achocolatados

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  3. Caríssimas, Pat e Sandra (da Gota serena...rs) Em 1º, Pat q é uma surpresa aqui, tomara q frequente e baixe uns disquinhos (de preferência os próprios ao seu gosto). À Gota, o q dizer?... Q amei saber q está baixando um disco de jazz. E dizer tbm q não posso forçar nem é certo forçar, mas... como eu desejo que gostes de Jazz, Sandra!... Mas desejo demais da conta, sô!... Insista pq não é bicho de 7 cabeças. Não este álbum q inclusive é bem agradável de ouvir... E... e o melhor! Bem agradável de ouvir a qualquer hora!

    Beijos, espalhen-se, divirtam-se!

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  4. Grande Mr. Seu Sérgio,
    Graças a você, em minhas estantes repousa o fantástico The Hallmark Sessions, em que Breau está acompanhado por dois ícones da música canadense (e do rock em geral): Rick Danko, no baixo acústico e Levon Helm, na bateria, ambos integrantes originais da mítica The Band.
    A emoção foi tanta que até assisti novamente o estupendo The Last Waltz, filme do Scorcese que retrata o último show da banda, com a participação estelar de Ron Wood, Joni Mitchell, Van Morrison, Ringo Starr, Bob Dylan, Eric Clapton, Neil Young e muitos outros!
    Só faltou o Breau. E o sujeito manda muito, mas muito, mas muito bem: é genial!!!!
    Claro que agora, vou tentar comprar outras pérolas do cara, pois vale muito a pena!
    Seja bem-vindo e parabéns pela "remoçada" no design do sonicbarzinho!

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  5. Pô, seu Érico, isso é que é honra! Né pá qualqué zé mané não. Eu, depois que descobri o home, baixei tudo q havia pra baixar, este seu citado idem idem. É incrível como esse músico conseguiu passar batido das luzes do reconhecimento. Ainda vou encrementar mais essa postagem. Se possível, porei o video do youtube em que vemos gente como Pat Metheny, George Benson, Steve Vai entre tantos outros, falando de Breau com incredulidade, 1º por nenhum deles sequer tê-lo conhecido ou ouvido falar, enquanto o cara estava vivo, 2º sobre o qyanto o cara toca. É realmente um músico especialíssimo q precisa ser reerguido do limbo em q se encontra.

    Abraços! E ó, deu vontade de postar esse teu cometário, no texto.

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  6. seu sérgio san,

    baixando e daqui a pouco saravando...

    abraçsons e saravá

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  7. Obrigad amigo. Mas é dia 8.
    Bjos

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  8. Dishculpa. Quem gosta lembra antecipdo. E é questão de simples solução: dia 8 te desejo de novo - feliz aniversário craro.

    Bjos!

    Em tempo: pena q acabou o chocolate...

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  9. Sejão,

    Bom?! (Ñ entendi nada esse novo lay chuvoso, pro sujeito q gosta d dias claros e noites estreladas, mas tah lindo!)
    Vim ver se tinha algo do aniversariante Ringo Starrrrr...
    Mar tarde eu volto (pressão, huhuh)!

    Bj!!!

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  10. Ô, bunitinha, Ringo Star????????? Eu tenho um nome a zelaaaaaaaar... Brincadeirinha. O Ringo não é mal. Só que nem tenho nada dele. Mas deixe Star. Vou pesquisar pra vochê, vou encontrar o melhor exemplar Ringo Star que há! E vou levar junto, um buquê de flores virtuais, tá?

    Só tem uma coisa pra te dizer além da promessa: depois de uma grande perda, vc me aparecer justo hoje, ficou ainda mais iluminada do que sempre esteve.

    Beijos!

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  11. Se ele ajudou a minha star a brilhar, jah valeu!

    Mas ai... Vc ñ acredita: aprovei o comentário, mas ele se perdeu. Ñ faço idéia d onde esteja...
    Nem te cobro q me diga tudo d novo, eh soh pra vc saber pq eu ñ teci comentários, tal. Aff.

    brigada, qerido, e bj!

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  12. Foi soh falar... Achei! Vou conferir!

    Mérci!

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  13. eu que gosto de tocar, vou procurar o artísta que aqui vc aprsentou

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  14. Ahhhhhhhhhhhhhhhhhhh... Tava tão bunitinho...

    Então o "achei" quis dizer q vc achou outro link do Ringo...

    Procura esse comentário, menina. Vc vai achar.

    Beijos!

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Uma obra de arte é um ângulo apreciado
através de um temperamento.
(Emile Zola)