ATENÇÃO: 07/06/2008 (19:06 HS) LINK PARA A 2ª PARTE DO ÁLBUM REFEITO.
De muito, muito, muito bom gosto! Um algo além retrô. Uma sensação acentuada de frescor e saudosismo se misturando - porque a música aqui é uma equilibrada combinação vintage muderna. Estranha sensação essa, aliás... Um disco que, à primeira ouvidela (e para álbuns assim não vale "ouvidela") não chegou a ser suficiente para o encantamento, o mesmo encanto que à 2º audição deixou marcas de que estive, desde antes, diante de uma pequena obra prima! Sem a menor sombra de exagero. O poder da música é um grande mistério! Quiet Village “Silent Movie” é desses álbuns que, depois do desconforto inicial, se hospedarão e farão morada no seu tocador de CD, HD, Ipod ou seja lá o que ainda “inventarão ontem” - nossa tecnologia reproduz o fenômeno das tais estrelas, ainda brilham embora nem estejam mais lá. Enfim. Fui pesquisar para sentir as críticas e...
"Não será um disco de amor à primeira vista. E nem se chega a perceber muito bem o motivo pelo qual é rejeitado à partida e sujeito a adoração no fim. Certo é que a insistência é fundamental para assimilação das cores, dos corais sonoros e das paisagens retro (sim, retro!) propostas por 2 activistas da causa sonora cinematográfica (Matt Edwards e Joel Martin).
Silent Movie é um mimo intimista que se estranha na pele mas que mais cedo ou mais tarde se entranha na mente, especialmente quando surge o momento do desejo de uma banda sonora que sussurre eloquentemente toda a conjugação do verbo prazer ou dite em surdina a narrativa de uma inesquecível história de amor."
Texto de Rafael Santos (Bodyspace Portugal)
Leia, também, a resenha que encontrei na rede para o álbum:
23.04.08 17:30
O projeto Radio Slave é techno no sentido mais tradicional do termo - mecânico, futurista e com uma queda por sonoridades sombrias. Mas apesar de não ser mais novidade na praça - com essa assinatura já saíram coletâneas e discos pela Eskimo e pela Ministry of Sound -, Matthew embarcou em um novo projeto que deve mexer com as atenções nos próximos meses, o Quiet Village.
ESCRAVOS DA QUIETUDE
A empreitada é uma parceria com Joel Martin e já dava sinais de vida há algum tempo. Alguns remixes para artistas como Gorillaz e François K haviam emergido anteriormente, além de algumas raridades lançadas pela Whatever We Want em vinis de escala diminuta. A diferença agora é que há um álbum inteiro a caminho. Silent Movie sai oficialmente no dia treze de maio pelo Studio K7! (casa da série DJ-Kicks) e já vazou na rede.
Quem acha que vai encontrar nesse debut muita música de pista pode se preparar para quebrar a cara. O álbum reúne doze faixas de música lo-fi, surf psicodélico e retalhos desacelerados extraídos de antigos filmes europeus. Tudo está reunido em uma trama abafada, com cheiro de mofo, que serve de trilha sonora em viagens por praias ensolaradas de passados remotos.
Atração recém-anunciada do festival espanhol Sónar (na edição de Barcelona), o Quiet Village faz seu caminho por blogs e publicações especializadas justamente pela sonoridade única. Matthew e Joel conceberam um projeto que fica no meio do caminho entre os edits de um Pilooski (outro que estará no Sónar em junho e que acaba de passar pelo Brasil) e as seletas Sci-Fi Lo-Fi da gravadora escocesa Soma.
CABE ATÉ TIM MAIA
Entre os destaques do álbum estão Free Rider, um delicioso passeio etéreo por samples gravadas em péssima qualidade, e Circus of Horror. Essa última se desenvolve com uma guitarra seca, bateria de rock setentista e backin vocals saídos de alguma série televisiva dos anos 80. Mas no fim não há impressão de que aquilo que se ouve é um boneco de retalhos temporais, mas um conjunto bem amarrado, melodioso e de arranjos complexos.
A abertura do álbum, com "Victoria's Secret", não poderia ser mais nostálgica. A música começa com violinos, gaivotas cantando e barulho do mar. Com muita força de abstração, dá até para imaginar como encaixaria ali o vozeirão de Tim Maia cantando "Azul da Cor do Mar".
Quiet Village não é o único projeto paralelo de Matthew Edwards, mas prova como o ecletismo pode ser saudável para uma carreira. Em meio a samplers devoradas por traças e muita bagagem resgatada em abismos mnemônicos, Edwards e Joel mostram que para se manter relevante e atrativo não basta apelar para futurologia, mas simplesmente continuar original.
Interrompendo minha momentânea torcida pelo Fluminense que aderi contra essa “pedra no sapato” que se tornou o Boca Juniors ao meu Palmeiras, retifico a seguinte informação: o nome do melhor disco do chamado samba jazz “ É Samba Novo” do baterista Edison Machado.O disco “Samba Esquema Novo” , um dos melhores da MPB, é do Jorge Ben.Edú
ResponderExcluirPois é, Edu. Vi teu 1º comentário, mas interromper a torcida tá impossível. A lamentar o fato de vc não baixar discos e ainda por riba ter 1000 lacrados a espera de audição. Pq esse som q passei o dia todo tentando subir nos programinhas de upload e só agora consegui fazê-lo é uma das coisas que mais me impressionaram este ano. Pelo menos leia o texto e guarde os nomes citados. Agora: de volta à "geral" na frente da TV.
ResponderExcluirPrezado Sérgio, o importante e que todos possam curtir música.Ela é uma dádiva que contempla a alma .Os meios, que cada um escolha o seu conforme seu discernimento ético.Saudações pelo seu tricolor.Rumo ao Japão de encontro ao Manchester.Edú
ResponderExcluirObrigado, Edu. O rumo a gente sempre soube qual é. Mas, calma que ainda tem uma sigla pra abater.
ResponderExcluirSergio,
ResponderExcluirbaixei e é muito bom esse som - mas as duas partes no blogui são referentes a parte 1.
o disco so tem 6 faixas mesmo?
abs
Não, Bruno, como vistes já botei um aviso em letras garrafais. Pior que 30 pessoas já tinham baixado o álbum com o erro - lamentável. Mas, se comentassem, esse cochilo já tinha sido corrigido.
ResponderExcluirMuito obrigado pelo toque, assim que acertar tudo deixo recado lá no Eu Ovo.
Valeu!
Sergio,
ResponderExcluiresse quiet village é bem legal - mas não chegou a tirar o sonicbloom da hiromi do meu ouvido.
o meu lance com o jazz é a quebradeira - já fui mais lounge - mas hoje em dia to gostando mais de ouvir coisa que entorta a cabeça.
tem umas horas que a hiromi te dá um drible com aqueles improvisos malucos - é isso que to curtindo mais hoje em dia.
e por falar nela - o som do guitarrista dela eu so consegui baixar a segunda parte - a primeira deu erro. de qualquer jeito vou tentar mais tarde e enquanto isso vou ouvindo a parte dois.
abs
Olá, Sérgio!
ResponderExcluirConferi o CD e também acho que as músicas vão perseguir nossos mimos eletrônicos.
'Tudo divino maravilhoso', só que, tem um problema ainda no link da segunda parte. Na verdade, nem é no link. A faixa 7 não consegue ser extraída. Fica como arquivo corrompido... Se puder, gostaria que me enviasse. Estou ansiosa para ouvir essa música faltante!!
♪
Pronto, Ana. Não será pela falta de uma música (excelente, aliás) que não ouvirás o álbum inteiro. Conferirei o link pra ver se o defeito é geral ou é só o danado do Murphy... O Murphudendo a nossa pacença! C sabe, né? Não é nada pessoal o troço, assim como ele dá, ele passa batido pra infernizar outra alma... Ó o link:
ResponderExcluirhttp://sharebee.com/1ece87aa
E, fica por aí, dá um bom passeio por mais esse shopping free virtual q ainda tem muita coisa boa pra curtir.
Primeiramente, gostaria de parabenizá-lo pelo excelente blog. Obrigada por disponibilizar essas pérolas!!!
ResponderExcluirInfelizmente, o link da parte 2 não está funcionando...
Abraços,
Mônica
Bom dia Sergio, baixei e a sensação que senti ao ouví-lo pela primeira vez foi exatamente a de repulsa, tanto que nem ia baixar a segunda parte, porém seguindo os seus conselhos hoje pela manhã resolvi retomar a audição e qual não foi a minha surpresa que estou adorando, inclusive baixando a segunda parte. Sou fã do seu BLOG e acho as suas resenhas o maior barato. Sou teu seguidor o meu twitter é o Trikecerva_rock. Saudações tricolores.
ResponderExcluirPô, Roberto, obrigado. É isso mesmo, em todas as opiniões (expostas na postagem) todos dizem o mesmo. No começo, no mínimo estreanha-se depois, vira vício.
ResponderExcluirValeu as palavras elogiosas. Mas ó, não consegui entrar no teu blog. Se é q tens um.
Abraços e fica por aqui q tem muita coisa boa. E o jazz é a melhor coisa que há.
Abraços!