segunda-feira, 9 de junho de 2008

SCREAMING HEADLESS TORSOS (LIVE) 2002


Imagine alguém ao seu lado, tipo numa trilha no meio do nada, sofrendo uma parada cardíaca. Num lugar ermo evidente que mesmo havendo celulares não haverá tempo hábil para o pronto socorro. Você tem uma vaga noção de primeiros socorros, então procede de acordo com aquele tudo que aprendeu no Discovery (Helth) ou, sei lá, no Fantástico... Enfim, respiração boca a boca, socos de 5 em 5 segundos no peito do enfartado... Ôps! Isto é uma simulação então você, que é macho paca, não precisa enfiar sua boca na boca de um cardíaco - barbado e suado inda por riba... ou será de ladinho? Façamos de conta tratar-se de uma enfartada. Daí você percebe que a coisa vai ficando mais dramática ‘à nivel de’ ER (o seriado da Warner). A paciente não reage. Que massada! Que falta te faz aquele desfibrilador portátil que você adquiriu em 12 parcelas sem juros no Shoptime... Uma verdadeira pechincha! Agora pára, pensa e me diz: porque compraste aquela estrovenga, se não pensado no velho deitado, "um homem prevenido vale"...? Tu não vale nem um! Ó tu precisando do troço e o bagulho em casa pegando pó!... Agora faz alguma coisa, caboco! A mulher já tá roxa já!... Enquanto pensa, rápido assim, você lembra do formato do aparelho de choques em suas mãos, o que te faz visualizar headphones... Imediatamente você liga a imagem ao poder de descarga elétrica do Screaming Headles Torsos. Tudo a ver! O SHT era a mesma banda que te turbinava a mente e os ouvidos, segundos antes desse... desta sedentária – ôps!, ela é obesa, também, como assim? - enfim, desta criatura que você nunca viu mais gorda, cair de joelhos, deitar na relva e desfalecer fulminada a teus pés... Isso sim é que não! (você cai em si) Desespero. Então pressionas os phones contra os ouvidos da moribunda. Abre o volume no máximo, aperta o play, ao mesmo tempo que dá uma porrada de misericórdia do lado esquerdo do peito da seqüelada.

Na viagem, diálogo posssível:

Mulher Desconhecida Sedentária & Obesa:
Cof, cof... Caraca, que som é esse?

Você:
Um som aí que eu baixei num blog...

MDS&O (levantando pronta pruma maratona):
Você tem o endereço desse blog?

Eu (em Off):
Putz... Sobrô pra mim.

Screaming Headless Torsos (Live!!)

Sobre o álbum no Allmusic:

Fans of the Screaming Headless Torsos' unique brand of avant-gardist funk-jazz-rock fusion had very little to chew. Apart from the group's 1995 debut CD, the only document was a high-priced rare Japanese import. Guitarist David "Fuze" Fiuczynski bought back the rights to the tapes, had them fantastically remastered, and reissued them on his own U.S.-based label, Fuzelicious Morsels, as Live. Culled from two shows at the Knitting Factory in September 1996, this CD features the same lineup as on the studio album from the previous year and most of its songs too. The renditions of "Smile in a Wave," "Vinnie," the chilling "Kermes Macabre," and the funked-up "Word to Herb" show how much liberty Fuze could take with his guitar solos -- mostly atonal and completely out there. "Word to Herb" especially transcends its original version, thanks to incredible amounts of energy from all musicians. But as good these tracks are, the fans will want this CD for the four songs that did not appear on the studio album. "Just for Now" opens the proceedings with a great discharge of jazz-funk, a typical Torsos track. "Darryl Dawkins' Sound of Love" casts singer Dean Bowman as a Barry White-like crooner to great effect. The Beatles' "Dig a Pony" gets a treatment similar (but not quite as exciting) as Miles Davis' "Blue in Green." Sound quality has been enhanced, putting the listener in the front row to (re)live the galvanizing experience that was a Torsos show. Begin with the studio CD (reissued at the same time under the title 1995), just so you start at the same point as everyone else.

by François Couture


Dean Bowman: Vocals, Rap, Interpretation

Fima Ephron: Bass

David Fiuczynski: Guitar, Strings, Arranger, Producer, Mixing, Microphone, Pedals

Gene Lake: Drums, Stick, Zildjian

Jojo Mayer: Drums

Daniel Sadownick: Percussion, Stick, Latin Percussion, Paiste Cymbals

Brett Heinz: Assistant Engineer

Scott Hull: Mastering

Christian Kelly: Engineer, Mixing

Ed Littman: Mastering, Remastering

Lydia Mann: Photography

Michael Rodriguez: Production Coordination

Lian Amber: Executive Producer, Design, Photography, CD Art Adaptation

Daihei Shiohama: Executive Producer




LABEL: FUZELICIOUS MORSELS

SCREAMING HEADLESS TORSOS (LIVE) PART 2

Site oficial

17 comentários:

  1. só pra dar um toque.
    a segunda parte também...

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  2. Pois é, né, Bruno, o mico do Quiet Village foi cochilo meu geral. Esse agora foi zica do badongo. Fui testar o meu próprio download e pediu até senha! Ou seja: tá uma merda isso aqui, recuperei a part 1 e até amnhã a 2 estará disponível. Perdoe a nossa falha 3 o retorno.

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  3. o disco é bem legal - o som dos caras é de arrepiar.

    esse guitarrista é mesmo demais - rachou a cuca.
    abs

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  4. Poizé, né Bruno. Bem ao teu gosto. E a pancadaria é tanta e como não sei nada a respeito do cara, só me restou ressucitar uma cardíaca. Cof cof...

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  5. Baixei, ouvi um pouco e gostei. No entanto, estou fora de circuito por conta do pacote que aterrisou hoje, com dois discos dos Turtles e dois do Beau Brummels, que recomprei após 10 anos de separação. devo voltar em 1 semana ou duas, se a felicidade não matar antes.

    Rubens Leme

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  6. Finalmente, Rubens! Baixou um disco meu! Quanto ao resto de sua msg: se felicidade matar, quero morrer disso tbm.

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  7. não é o primeiro disco seu que baixo, Sérgio... e hj é um dia triplamente feliz.

    1) consegui uma entrevista com o pessoal do Turtles via email
    2) 12 de junho de 1993. há exatos 15 anos, o Palmeiras saía da fila
    3) comemorar os 15 anos vendo o Corinthians seguir na fila...

    assim meu coração não resiste...

    Rubens Leme

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  8. Não, mas é o 1º que sei que baixou.

    Quanto ao Curíntia, nunca torci tanto para um rubro-negro na vida! Fixei-me no amarelo do Sport, certo de que cabras-safados como aqueles, não amarelariam na hora H!

    Hoje, Fluminense x Santos. Aquele papinho - legítimo "papo de fogueira" - do Renato, quando disse que se ganhassem a Libertadores, passeariam no Brasileirão já contaminou boa parte da equipe.

    Arrogância e caldo de cicuta fazem um mal féla da rima!

    Mas, deixa estar. Nem a empáfia gaúcha nem nenhuma LDU chavista du caracas será capaz de 'aCabanhar' com a gente...

    Ps.: os Turtles são os Happy Together, né? Estou confundindo as bandas ou houve um longa-metragem sobre eles, que, 2º um amigo me contou, no filme, um dos integrantes quando vai ao encontro de Jimi Hendrix num restaurante, de tão nervoso vomita diante de seu ídolo...

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  9. são Happy Together. começaram como um grupo surf, passaram pelo folk e desaguaram no psycho... grande banda!

    Rubens Leme

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  10. quem puder, leia e comente. a primeira entrevista de um dos líderes dos Turtles para o Brasil: Mark Volman.

    http://www.beatrix.pro.br/mofo/markvolman.htm

    Rubens Leme

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  11. E aí!
    Não conheço o trabalho do Screaming Headless Torsos, ouvi esse disco e não gostei muito porque achei que na gravação a voz do cantor está muito na frente e ele esgoela demais. Vou procurar ouvir algo em estúdio, pois a banda me parece boa. Já Dave "Fuze" Fiuczynski é um excelente guitarrista tem um disco que eu gosto muito chamado Boston T Party, que é um encontro dele com feras do naipe de Dennis Chambers (bateria), Jeff Berlin (baixo) e T Lavitz (teclados). Cara, esse sim é um discaço. Faz uma busca que vc deve encontrá-lo por aí. Não faz muito tempo e o ví postado num desses blogs de chegados.

    Abraço,
    WOODY

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  12. Eu já tinha esse disco há um tempo, o cara trabalha com vários artistas de peso. O melhor de M'Shell Ndegeocello: "Peace Beyond Passion" é o Dave Fuze nas guitar. Detalhe q só atinei depois de ler a postagem do EUOVO sobre Hiromi.

    E me amarro na voz do dublê de tarzan que canta com os SHT. Há um outro artista soul americano que de quando em vez faz esse mesmo efeito catártico Tarzam. Estou louco pra me lembrar quem é, mas não consigo! Chego a lembrar da música onde ouvi esse toque tarzânico, mas não consigo ligar o nome a pessoa do artista...

    Quanto a mixagem da voz no SHT, Live, sei não, mas acho que esse problema do vocalista, vai te incomodar nos álbuns de estúdio tbm.

    E, Woody, sempre antes de postar um artista, dou aquela checada básica pra ver se o som não está muito batido na vizinhança. Do SHT, não encontrei nada por aí. Então se tbm não encontrar e quiser me acionar pra te satisfazer a curiosidade é só falar.

    De minha parte, tbm corro atrás de um álbum que tenho pela metade pq o sujeito de quem baixava o álbum no soulseek sumiu a semanas da Rede . O álbum é: David 'Fuze' Fiuczynski (Jazz Punk) tenho até a faixa 5. As outras, 5 estou no aguardo.

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  13. Valeu Sergio,
    mas não tive dificuldade em encontrar a discografia deles no Terrent. De fato a voz esgoelada do Tarzam não é muito diferente nos discos de estúdio, mas desce bem melhor.

    Abraço,
    WOODY

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  14. O disco que o WOODY mencionou, "Dave "Fuze" Fiuczynski é um excelente guitarrista tem um disco que eu gosto muito chamado Boston T Party" está no link abaixo. Pode parecer estranho o (DChJBDFTLBTP.rar), mas é o nome do arquivo localizado via filestube.

    Boas Audições.

    http://rapidshare.com/files/255064713/DChJBDFTLBTP.rar

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  15. Valeu, Roberto! Vou provar.

    Abraços e muito obrigado a visita e a sugestão.

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  16. Valeu Sergio, baixei faz tempo, porém não havia gostado, daí fiquei quieto. Só que tem um detalhe música, pelo menos para mim, é uma coisa meio que de momento/ambiente e, as vezes, somado à vontade de ouvir algo diferente (fora do lugar comum). Eis que vasculhando sobras no meu HD resolvi apreciar SHT Live e qual não foi a minha surpresa que era exatamente o que estava procurando, ou seja, algo visceral, agressivo, maravilhoso e capaz de expulsar o tédio e o marasmo que estavam a invadir o meu cérebro. Este CD fará parte do meu acervo particular na brigada anti marasmo !!! (rs). Muito obrigado por mais esta postagem, pois nunca é tarde para se agradecer. Forte abraço Sérgio.

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  17. Brodi, esses cara (ou o cara, né, pq SHT é básicamente Fiuczynski), me deu a mesma impressão. Numa 1ª ouvida, primeiros acordes, primeira faixa c fala, "caráio! toca muito... mas é meio over..." e depois fui começando a me irritar, tanta tecnica a serviço da pancadaria. E eu não sei se é só esse disco, mas particularmente, neste postado, não sei já habituado com a verve dos caras, esse disco eu curti muito. Enfim, se já viu q SHT não é pra amadores.

    Abraços! E valeu muito comentar, No mínimo relembrou-me um artista que já estava caindo no esquecimento na minha mp3teca.

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Uma obra de arte é um ângulo apreciado
através de um temperamento.
(Emile Zola)