sábado, 9 de agosto de 2008

Nino Katamadze and Inside [Geórgia / 2004] E... para variar... direto de lá mesmo... em 2008...


GUERRA À VISTA!

Ap, Afp e Reuters:

"Horas depois de forças da Geórgia terem entrado na província separatista da Ossétia do Sul e ocupado sua capital, Tskinvali, na madrugada de ontem, tanques e blindados da Rússia cruzaram a fronteira e começaram a bombardear os invasores georgianos, no mais grave conflito na região - onde 70 mil ossétios lutam desde os anos 90, com apoio russo, por um governo autônomo. O conflito que segundo fontes locais já teria deixado 1400 mortos, começou no enclave e já se espalhou pela ex-república soviética, com aviões russos bombardeando a capital Gerogiana, Tbillisi." (Agora, a melhor parte): "Alarmados, os EUA Exortaram a Rússia a retirar suas tropas da Geórgia, uma aliada de Washington. A China evocou o espírito olímpico e pediu o fim imediato do confronto."

Ou seja: metam-se com os seus assuntos que eu não deixarei de me imiscuir nos vossos.

Ah, os poderosos néscios com seus boçais comandados... Acho que a forma mais eficiente de se aplicar a democracia é aquela exercida nos estádios de futebol. Ali o público exige resultados e os técnicos (espécie de 1º ministro das “nações”) não dando conta, o povo em primeira analise questiona, avalia, protesta, vaia, xinga e se a coisa chega ao patamar do insuportável, o comandante, via de regra, é gentilmente convidado a entregar seu posto. Partindo-se desse eficiente exercício na defesa dos direitos do torcedor - é bom que se diga que pouca ou nenhuma mudança significativa ocorre na vida prática de um sujeito que só torce -, eleições poderiam ser ganhas e perdidas exatamente dessa forma: nos estádios. Como? Ao fim de cada ano de governo, a imprensa faria uma retrospectiva da administração de seu governante em técnico, uma exibição de gala mesmo, com telões e estrelas do jornalismo da competência de um Big Brother Bial, mostrando tudo de bom e ruim que deu na imprensa na administração do ano passado. A população pagaria entrada normalmente, humildes na geral; arquibancadas reservadas à classe média e os mais ricos nas tribunas e camarotes... Claro que, meses antes do show, haveria uma caça rigorosa aos cambistas... No mais, tudo transcorreria como numa partida de futebol. O presidente, no nosso caso, o Lula, no banco - do jeitinho que ele adora! -, bem perto da geral, ministros sentadinhos lá no grande círculo... E come de vídeo tape, sabatinas... Se satisfeitos ou não, a média de aprovação apareceria nos aplausos, apupos e/ou xingamentos. Já o tradicional e inquestionável BURRO!!! bisado com entusiasmo, sumariamente decretaria o impeachment do mau governante. Pensa bem: se com a pecha de “Burro”, no futebol, técnico algum sobrevive no poder, imagine em se tratando do bem estar e a dignidade do indivíduo enquanto cidadão que paga impostos...

Eles não sabem ou não dão a devida importância ao poder devastador que tem a burrice... Por exemplo: uma bomba atômica precisou de muito tempo, cabeças pensantes e, vá lá, até alguma inteligência para ser inventada. Mas não necessitamos mais que um imbecil numa ponta da linha tênue e um idiota na outra, pro nosso mundo virar poeira cósmica. História? E quem estará lá para contar? Ah! Já sei! "No princípio, criou Deus o céu e a terra era sem forma e vazia e havia trevas sobre a face do abismo"... De novo, patrão?!

Como todo brasileiro é um técnico em potencial, no mínimo, excelente conselheiro, me vejo na esquina da criação enquanto Deus patrão tenta estacionar a arca do novo mundo! Eu, uma espécie de flanelinha no Gênesis: Isso, patrão... Agora vira o jogo todo pra direita... Dá só uma ré-zinha agora(rezinha é ótimo!) ...Isso, patrão! Piloto é piloto! Agora pode deixar a arca solta, sem o freio de mão puxado, na minha que tá tranquilo... Mas, patrão, na boa, sem querer me metê nos seus assuntos: s'eu fosse o senhor deixava só os bichinhos pra garantir a integridade do paraíso, sabe? Na boa, tu.., qué dizê, o senhor, já tentou o Adão, não deu certo. Depois veio o Noé, com uma viatura até parecida com essa sua... Babau, qué dizê, Babel, Sodoma, Gomorra... só violência e pornografia. Até teu próprio filho, o senhor mandou pessoalmente, senhor!... Que que nêgo fez? Pregou o muleque logo na cruz pra não deixar dúvidas que é tudo sangue ruim - isso porque ainda não tinham inventado os pneus de micro-ondas... Sem imprensa investigativa, não sobraria nem cruz pra contar a história!... Pensa bem, meu bom (pai). Eu, se eu fosse o sinhô, incluiria vossa imagem e semelhança fora disso aqui. Eu sei, eu sei que és uma figura bem apessoada, intencionada e tal, mas... Afinal, o espelho existe com qual finalidade? ... E é tão mais simples, né, senhor?...

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Nino Katamadze e Inside:

Enfim... Como cá o negócio é valorizar e dar voz a arte da paz - Olimpíadas a parte -, na música, aí vai uma cantora georgiana sensacional. O estilo é jazz-rock-folk com até algumas vezes de MPB. A voz de Nino (que é mulher) me lembrou em certas canções o tom da nossa Tânia Maria – principalmente, em “Cabaret”. “Olei” é o carro chefe. Transpondo-a para a língua local tupiniquim, o refrão fica mais ou menos assim: "Quer falar fudê, quer falá fudê, fudê, fudêiauêia"... Cês hão de concordar que só de falá “fudê” (no bom sentido, como sempre) a tendência popular em qualquer língua ou região é a de manifestar uma vontade fudida de fazê, iauêia iauê.

Aproveitem a dica que, como sempre, é muito boa. Aquele que conhece o Sônico já deve saber que aqui não se leva ninguém pra roubada. Já aquele que cai desavisado, esse deve confiar e final point.

Nino Katamadze & Inside

Saiba mais sobre a cantora clicando aqui

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Uma obra de arte é um ângulo apreciado
através de um temperamento.
(Emile Zola)