quarta-feira, 24 de setembro de 2008

SPIRIT (SPIRIT) 1968



Formada nos E.U.A, durante a efervescência da segunda metade dos anos 60, quando várias bandas começariam suas carreiras de sucesso o Spirit não chegou a acontecer aqui pelo Brasil, mas, na gringa, forjaram uma das melhores bandas da época. O Grupo abriu os trabalhos em 1966, na época o nome do grupo era The Red Roosters.

Já em 67, com uma formação definida rebatizam-se como SPIRIT e partem para apresentações pelo país. 1968 é o ano escolhido para a gravação do 1º álbum, este excelente auto-intitulado. O que se ouve neste exemplar é um Hard Rock Psicodélico caracteristico da época. Sua sonoridade fica entre os conterraneos Iron Butterfly e Quicksilver Messenger Service. Ha grande predominância do Orgão e da guitarra de grande teor psicodélico, mas extremamente pesada e um ótimo trabalho de bateria.

O disco conta com 14 faixas (3 Bonus ) onde se destacam as seguintes musicas; "Fresh - Garbage ", "Uncle Jack" (excelente musica com um refrão bem agradavel, parecido com Beatles ), "Mechanical World" (Com guitarra mais Hard), estas 3 faixas de abertura são realmente um ótimo cartão de visistas, "Girl in Your Eye"(bem psicodelica poderia estar em algum disco do Beck tamanha a semelhança, lembrando que em 68 ele nem era nascido) esta faixa conta com uma excelente citara. Detalhe interessante, por falar em Beck: quem gosta de dar uma zapeada pela MTV, o faz com alguma freqüência, achará que já conhece Fresh / Garbage só não sabe de onde, a música tem a abertura toda, na íntegra, sampleada para Pink em "Feel Good Time". A mim pouco importa em que terreno a Pink escorrega (digo esteticamente falando, mesmo), o fato é que Feel Good Time é um musicaço. Assim que ouvi, numa dessas zapeadas na MTV, procurei baixá-la imediatamente. Não fosse por isso. Não poderia estar acrescentando este detalhe a mal traçada - metade surrupiada - biografia. E essa música que Pink defende com muita honestidade, inclusive, foi composta por Beck, com crédito tbm de Jay Ferguson, um dos membros originais do Spirit. Então não tem roubo nem plágio no troço... "Straight Arrow", "Gramophone Man"(com refrão empolgante),"The Great Canyon Fire in General", a excelente e longa "Elijah" (com quase 11 minutos é o destaque do album, esta faixa é maravilhosa! Perfeita!... Nela pode-se distinguir perfeitamente onde é o nascedouro, o embrio do que seria o rock progressivo, toda instrumental com uma guitarra pesada, bem Hard e uma levada Jazzistica... é luxo só, a parada.) e "Veruska" (que é a mais Hard do disco, tambem toda instrumental).

Em suma, grande disco de estréia (uma das melhores estréias da década, sem sombra de dúvidas!) desta competente banda Norte Americana.

Banda: Spirit / Album: Spirit
Origem: E.U.A / Ano: 1968
Genero: Hard Rock Psicodélico
Musicos:
Randy California: Guitarra e Vocal
Ed Cassidy: Bateria e Percussão
Jay Ferguson: Vocal e Percussão
Mark Andes: Baixo
John Locke: Teclados

Musicas:
1-Fresh-Garbage- 3:11
2-Uncle Jack- 2:44
3-Mechanical World- 5:15
4-Taurus- 2:37
5-Girl in Your Name- 3:15
6-Straight Arrow- 2:50
7-Topanga Windows- 3:36
8-Gramophone Man- 3:50
9-Water Woman- 2:11
10-The Great Canyon Fire in General- 2:46
11-Elijah- 10:42
12-Veruska- 2:50 (Bonus)
13-Free Spirit- 4:27 (Bonus)
14-If I Had Woman- 3:11 (Bonus)

Spirit (Spirit) 1968

9 comentários:

  1. bom, é a velha armadilha: anos 60 voltou eu aqui a postar.

    saudades do Spirit, Dr. Sardonicus é uma da grandes pérolas escondidas da época. este tb é ótima pedida.

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  2. É. Bandaço. Ah, os incansáveis anos 60. Essa Spirit, juntamente com Pretty Things, foi uma das mais gratas surpresas de 2008 pra mim.

    Vejo no Spirit a melhor tradução do que viria com King Crimson e Gentle Giant na década posterior. E Beck mamou legal nas generosas tetas do Spirit, tbm.

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  3. Sérgio,
    Ouvirei o disco que voc~e indicou. Depois farei o comentário.

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  4. Sérgio, meu amigo Sérgio,

    aah o texto do link que me passou... se fosse analisá-lo pela dicção, diria que tem um viés drummondiano. Pois tal é o teor descritivo ligado às lembranças. Além disso, como é um escrito voltado para a crítica musical, vem também à mente um texto de Haroldo de Campos, em "Poesia e Música: basta ter os ouvidos livres para ouvir 'estruturas' (e estrelas...)".

    E especialmente em Haroldo de Campos [que é minha tese de mestrado] tenho pensado ao querer 'apurar' meus ouvidos moucos para tanto.

    Os teus, embora relate o caráter 'institivo', têm sido para estes meus insensíveis pares de orelhas, um direcionamento. Por tudo que tenho colhido aqui e pelas dicas que elegantemente me dá.

    Veleu hein!

    besitos

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  5. Conexão, Jô. Puramente conexão. Então, as vzs posso te passar algo q me lembre vc - geralmente ligado a música será - e aí, sério, me sentirei até mais a vontade se vc desobrigar-se de responder, pq sei q vc vai ler. É o que mais interessa.

    Outra coisa q me espanta na dona do texto é Q compreensão ela tem do jazz, hein!...

    E o q é mais incrível, deve ser tão jovem e quase tão bonita quanto ocê. Aí phodeu. Eu babo mesmo.

    Mas... aqui entre nós (e q ninguém nos ouça): nunca tão acessível. Pssssssssssssilêncio...
    Beijos!

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  6. Puxa...desobrigar-me de responder...

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  7. C entendeu, c entendeu...

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  8. grande disco, este do Spirit, obra prima desta grande banda californiana, ma Sergio, sincereamente, baixar disco, não é pra mim cara, já vou encomendar o cd, gosto de ter o disco mesmo, esse negocio de pirataria, disco sem capa, sem letra, musicas comprimidas, cruuuuzees, não dá pra dizer: eu tenho este disco! mas valeu pela dica!

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  9. O que dizer, anônimo amigo?...: Desculpe ou obrigado?

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Uma obra de arte é um ângulo apreciado
através de um temperamento.
(Emile Zola)