sábado, 25 de outubro de 2008

THE MUSIC EMPORIUM - 1969


Atenção povo da BSGI: vejam o título da 1ª faixa do álbum (no fim deste texto) em questão*!

Há 40 anos a música, em especial o Rock, passava por um dos seus períodos mais importantes. Em 1968 explodiam vários tipos de manifestações sociais, culturais e comportamentais, que afetaram fortemente o Rock’n'roll e o mundo como um todo. Um movimento de contracultura que se originara da geração beatnik começava a dar forma a uma nova corrente do Rock. Era o movimento hippie, que trazia consigo a psicodelia e o questionamento ao establishment. Através de um estilo de vida totalmente alternativo, com roupas diferentes, vivendo em comunidades improvisadas e experimentando substâncias alucinógenas para alterar o estado de consciência, os hippies influenciaram não só toda uma camada de jovens inconformados, mas também injetaram novo vigor à música. A religiosidade e as tendências às filosofias orientais também entraram na ordem daqueles dias.

O rock psicodélico surgia daí como uma forma de revolucionar o que era feito até então. Incorporar as sensações causadas pelos psicotrópicos à sonoridade das músicas. Subverter e viajar através do som. Letras e linhas de guitarras totalmente surrealistas.


Essa postagem é dedicada aos amigos (de fé) budistas. Da fé em Nitiren Daishonin. Amo a minha devoção, porque nela não há, nem divindades, nem objetivos inalcançáveis. Aos budistas a única coisa sagrada é a vida. A ela devemos nos devotar. Portanto, divindade, como força de expressão, somos nós mesmos. Quem quiser entender é só clicar os links. E sem essa de catequese, hein? Apenas o escrito está a título de informação – que é bom, aprecio, então porque não divulgar?


O álbum, mais um da série “apontei pro que vi, acertei não exatamente no que mirava”, me fez re(re)pensar essa espécie em expansão que é blogueiro caçador de raridades sônicas. Não somos meio caçadores? Não aqueles clássicos que curtem abater a presa e pendurar-lhes as cabeças na sala... Ao contrário, a diferença básica é que aqui tiramos o que seria a caça de um estado latente (do sono profundo) e a trazemos de volta à luz, ao conhecimento dos que por ventura nos visitarem. Daí que essas decobertas chegam a liberar endorfina no corpo de quem pratica o esporte. Ao menos comigo, é o que rola. Valorizar e gostar do que se faz é bem bom, justamente porque faz-se com gosto e prazer - desse jeito, é impossível errar a mão.


Sobre o álbum que, claro, é muito bom - não o postaria apenas pelo apelo budista na 1ª faixa -, aí vai uma resenha in english, no blog, creio eu, russo, onde encontrei a postagem. Leia budista - quem sabe aos não budistas The Music Emporium, possa também interessar?...


Music Emporium, The (The Music Emporium) 1969

Initially called The CAGE, this trippy West Coast psych band from the 60’s were quite sophisticated for their time. They started off in 1968 when keyboardist Bill Cosby joined forces with guitarist Dave Padwin and two female musicians, namely bassist Carolyn Lee and drummer Dora Wahl. All four were either classically trained or seasoned club veterans, Cosby himself being a UCLA music major. Evolving smack in the middle of the flower power era, they played their blistering rockers and wispy melodies quite convincingly, borrowing from jazz, classical music, avant-garde and rock. On the psychedelic side, they were definitely more song oriented than, say, early PINK FLOYD; although they did pour a mean dose of organ on their self-titled LP, released in 1969. Unfortunately, a year later Cosby got drafted and the band broke up.


Their album is a fascinating testimony of a different time and place. Highly organ dominated, it has just about everything one would expect from a late 60’s album: driving rhythms, heavy guitar riffs, trippy Farfisa organ and cool, groovy male/female vocals by Cosby and especially Lee who delivers her druggy, cosmic lyrics with style. Their solos are concise and they know how to lock into a groove without jamming aimlessly, as did so many bands of that era. They also know how to structure songs that best display their strengths although in retrospect, it is their softer tunes that seem to have aged better, especially those with a nice gothic/classical feel. The CD version, which was recorded from the master tapes, comprises five bonus tracks, all of them instrumental versions of songs from the LP.


CASEY COSBY organ, vcls
CAROLYN LEE bs gtr, piano, acoustic bs, organ, vcls
DAVE PADWIN ld gtr, vcls, acous bs gtr
DORA WAHL perc, drms


1. Nam Myo Ho Renge Kyo (2:37) 2. Velvet Sunsets (2:35) 3. Prelude (2:07) 4. Catatonic Variations (1:58) 5. Times Like This (2:00) 6. Gentle Thursday (3:46) 7. Winds Have Changed (2:12) 8. Cage (5:09) 9. Sun Never Shines (4:01) 10. Day Of Wrath (3:25) 5 Bonus Tracks; From The Master Tapes 11. Nam Myo Renge Kyo - (previously unreleased) (2:41) 12. Velvet Sunsets - (previously unreleased) (3:08) 13. Winds Have Changed - (previously unreleased) (2:14) 14. Sun Never Shines - (previously unreleased) (4:04) 15. Gentle Thursday - (previouslunreleased) (4:11)

*Pois é. Já temos o nosso próprio hino-mantra-ultra-roqueiro... Aliás, já tínhamos! desde 1969!




THE MUSIC EMPORIUM - 1969

Neste clip, prática comum para os vídeos de bandas muito antigas no Youtube, vemos apenas imagens da capa do álbum, do rótulo do CD e os encartes com fotos em pb dos integrante. Mas serve muito bem para se conhecer o estilo da banda e a tal 1ª faixa - que tanto me satisfez tê-la acordado de um sono profundo.
Nam-myoho-rengue-kyo!

6 comentários:

  1. SEU BLOG TÁ CADA VEZ MELHOR!!!PARABÉNS!!!ROB.

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  2. demais esse resgate, sonzaço!
    (ainda tô pedalando pra baixar, mas já já me viro)

    aliás, demais o post todo, especialmente:
    "Amo a minha devoção, porque nela não há, nem divindades, nem objetivos inalcançáveis. Aos budistas a única coisa sagrada é a vida. A ela devemos nos devotar. Portanto, divindade, como força de expressão, somos nós mesmos. "

    bjos

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  3. Agora ficou mais claro, né, Maya?, aqule medo de catequese explícito q tenho e demontrei no Cosmu... Quero dizer, apresentar ou melhor trazer a luz a sua(minha) religião (até bem conhecida, falada, mas, por alto), não é dedicar-se ao proselitismo.

    Morro de medo dessa confusão. E hoje quando li o teu poema "padma", budista em essência, você me levou não só naquele texto sobre a Lotus, mas nas profundezas da minha convicção! A fé (sou novo no budismo, 1 ano a completar dia 26 de novembro agora, de conversão) ainda não é concreta, mas convicção na lógica matemática da lei que a filosofia budista prega, essa já é inabalável. Então fiquei muito feliz de te ler! C v? Algumas pessoas tem a lei já na essência. Você é uma! E agora caiu justo nessa postagem... Coincidência? rs!

    Adorei vc explorando meu bloguito. Muito obrigado. E, cara Maya, é sério: dormirei mais feliz por causa dessa aproximação. Com budismo ou sem budismo, vc é das minhas.

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  4. Quando chegou aqui vc já soube. Li e comentei todas a sua 1ª página. Então, direto ao assunto: eu não quero retribuição imediata, ao seu tempo, tempo não faltará de nos conhecermos. O importante é o respeito e a nítida sensação que existe uma pessoa atrás da tela. Um ser humano com toda aquela gama de carências, exigências, sonhos, desejos..................

    Enfim, "virtualmente
    manter o tato
    além da tecla" é simplificar na medida exata o que espero dos que me visitam.
    BEJOS MAIÚSCULOS, Maya!
    De gente que não pretende ser apenas estatística.

    Ps.: cara, se tu ler Jean Chritophe você vai pirar! E te digo: não cometa a insânia de morrer sem antes devorar esse livro.

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  5. Este comentário foi removido pelo autor.

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Uma obra de arte é um ângulo apreciado
através de um temperamento.
(Emile Zola)