quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009

Duke Ellington and Joan Miró at the Côte D'azur


QUANTO VALE O SHOW?

É então que dia desses, assistindo a Globo News, vejo parte de um documentário sobre a obra de Joan Miró - um artista plástico que adoro, mesmo sabendo bem menos sobre o assunto do que o pouco que sei sobre música (e ponha bem e menos e pouco nisso!). É então que vejo um vídeo, no mesmo documentário, Duke Elington, tocando em trio, na Côte D'azur entre as obras do artista. É então que encontro o mesmo vídeo no Youtube... Peguei. Pra guardar só pra mim, como um recuerdo. Isso tudo numa tarde de sábado ou domingo de carnaval... Blocos se esguelando lá fora.

Até aqui há quem diga e daí? Nada demais se não ficasse eu adulando esse recuerdo todo santo dia. Afinal é meio incomum ver o Duke em trio, assim, tão intimista em mangas de camisa...

Não é então que hoje, 4ª feira de cinzas, 25 de fevereiro de 2009, descubro que Duke Ellington vai virar cunho de moeda americana? 1/4 de dólar! Quem diria?... Não. Não me venha com os contras. Duke Ellington não vale mais nem menos, considerando o tamanho da homenagem. O Duke não é monarca ou estadista, figurinhas mais fáceis para merecer tamanha honraria.

... E moeda, inda mais num país como USA, é uma imagem muito mais sacra do que a mais sagrada das madonas num nicho de igreja aos pés da cruz. Considere. A moeda é mais consagrada do que a hóstia!, ou até mesmo que a própria cruz. É então que a homenagem é justa e não se fala mais nisso.

9 comentários:

  1. Pois é, rapá, como ia me esquecendo? Heitor Villa-Lobos tbm já valeu uma nota! 500 cruzados...

    Quinhentos o Q?

    (In)felizmente aqui o governo não dava tanto valor ao dinheiro quanto ao Villa... Ou vice versa.

    ResponderExcluir
  2. Sergião,
    seria muita dificuldade para ti se enviar-lhe os devidos recursos monetários e tú comprar um cd na Modern Sound para mim e retorná-lo "by mail".

    ResponderExcluir
  3. Claro q seria um prazer, Edu. Mas uma coisa de cada vez. Quem são esses dois q formam o trio do Duke, pacero???

    E, como retornar um cd by emeio?

    ResponderExcluir
  4. Te retorno by correio? É isso?, vc sabe q demoro a entender esses english, né? Mas tudo certo.

    Só falta vc me matar a curiosidade.

    ResponderExcluir
  5. Edu, meu emeio:

    produzideia@yahoo.com.br

    por lá te mando os dados.

    ResponderExcluir
  6. Quem ajeitou seu blog? ficou bem melhor agora :O

    ;*

    ResponderExcluir
  7. Prezado Sérgio,
    preciso ligar para Modern Sound para averiguar se o cd esta disponível em estoque.Caso tenha um resposta positiva lhe passo as informações por e – mail e vc me repassa as informações necessárias para fazer a transferência.Espero q não cause transtorno demais em atender essa minha inconveniente solicitação.Segundo, esse breve vídeo corresponde a um trecho inserido num dvd duplo lançado por aqui há cerca de um ano chamado “Duke Ellington at the Cote D´Azur with Ella Fitzgerald and Joan Miro – Duke The Last Jam Session”.Esta na minha extensa lista de coisas q precisaria comprar.Inclusive, esse disco duplo teve seu preço quase cortado pela metade no final de 2008 em alguns sites de compra.Pelo q pesquisei os acompanhantes de Ellington no trio são : John Lamb no contrabaixo e Sam Woodyard na bateria – sujeito a conferir com a ficha técnica do dvd em mãos. O critico João Marcos Coelho – um dos melhores textos e conhecedores de jazz do país do jornal O Estado de São Paulo escreveu o seguinte texto a respeito desse particular produto q reproduzo com o devido credito. João Marcos Coelho, Estado de São Paulo, 01/06/2008
    Duke Ellington e Joan Miró passeiam descontraídos pelo maravilhoso museu ao ar livre repleto de esculturas modernas da Fundação Maeght, em Saint Paul de Vence, na Côte d’Azur francesa. De repente, topam com um piano Steinway modelo de concerto branco que se integra suavemente à paisagem. Então,faz-se a mágica. Miró,vidrado confesso por jazz, encosta-se em uma de suas esculturas e sorve Ellington, que improvisa um pouco ao lado de contrabaixo e bateria. Corte e já estamos no Festival de Jazz de Juan-les-Pins, e o mesmo tema come solto no show de Elllington e sua big band.Essas talvez sejam as imagens mais impactantes do dvd duplo que a ST2 está distribuindo no mercado brasileiro quase simultaneamente ao lançamento internacional. São duas situações distintas. No primeiro, um filme em P&B registra cenas de Ellington no museu e no show de Juan-les-Pins, com direito a participação especialíssima nos três números finais de Ella Fitzgerald; no segundo, imagens até inéditas da última jam session do Duke,em 8 de janeiro de 1973, com o guitarrista Joe Pass, o contrabaixista Ray Brown e o baterista Louie Bellson.São situações informais, com intromissões do produtor Norman Granz, que renderam um disco lançado pela Pablo nos anos 70, The Duke Big Four. Não foram poucos os que afirmaram que ele tratava seus músicos como as teclas de seu piano. De fato, seus arranjos têm uma fonte clara no modo de seu toque pianístico. Outros insistiram que ele compunha visando sempre a este ou aquele solista. Terceiros ainda conjecturam que os músicos são como as cores na sua paleta de pintor de sons (ele conseguia horas vagas para pintar). Todas as afirmações são verdadeiras, até certo ponto. Mas o Duke, na verdade, tinha um som ideal na cabeça que perseguiu durante quase meio século, com sua orquestra, dos anos 20 aos 70. Um som que já nasceu pronto, como estilo jungle testado e aperfeiçoado nos sete anos de atuação quase diária no lendário Cotton Club nova-iorquino da década de 20 imortalizado por Coppola em 1984.Seu primeiro trompetista, Bubber Miley, usava um autêntico desentupidor de pia e banheiro como surdina para fazer grunhidose emitir sons quase humanos em seu instrumento, uma evocação das origens africanas dos negros norte-americanos. Mas, longe de ser primitivo, a selva do Duke não existe no mapa. É um conceito criativo abstrato, com oa arte e a literatura moderna do início do século passado – aquela do chamado ”fluxo de consciência” típico de nomes como James Joyce, combinado com a linguagem cortante de escritores como Ernst Hemingway. Nas artes visuais, os nomes afins atendem por Picasso, Matisse, Brancusi, Calder, Giacometti. Bem, o jungle style não foi só um ponto de partida, mas de chegada, e foi lapidado ao longo das décadas. Tanto que no show de 1966 ele está mais presente do que nunca: nos solos, brilhantíssimos, dos trompetistas Cootie Williams (notável pelos agudos) e Cat Anderson(na surdina) e Lawrence Brown (trombone) em clássicos ellingtonianos dos anos 20, como Black and Tan Fantasy e The Mooche. Sem contar o talento do sax-alto Johnny Hodges, um dos gênios da banda de Ellington. Assim, o jazz moderno não teria nascido como bebop de Charlie Parker e Thelonious Monk, mas bem antes, no fim dos anos 20, com Ellington. Essas idéias são de Alfred Appel Jr.: “Black and Tan Fantasy é a primeira obra-prima do modernismo negro”, escreve ele no livro Jazz Modernism, de 2003, que a Cosac Naify deve lançar.O primeiro dvd completa-se com três intervenções de Ella Fitzgerald. Com timbre cristalino e enorme tessitura vocal, Ella soube da morte da irmã horas antes do show de 1966. Ainda assim esbanja alegria em Something To Live For, canção de Billy Strayhorn, parceiro compositor e arranjador mais íntimo de Ellington, que morreria no ano seguinte; no clássico Things Aint What They Used To Be e em Só Danço Samba, ou Jazz Samba, com direito a um scat de arrepiar. Sete anos depois, o Duke entrou em estúdio com Pass, Brown e Bellson para gravar The Duke Big Four. O filme, agora disponível em dvd, mostra-o com inteira descontração e domínio pleno do instrumento. Há excesso de informalidade que às vezes atrapalha, e a captação de imagens é desleixada. Mas vale como documento de uma das raras sessões de Ellington em petit comitê. Um mês antes, em dezembro de 1972, Duke e o contrabaixista Ray Brown (ex-marido de Ella e pilar do trio de Oscar Peterson) gravaram para o selo Pablo um dos mais belos discos da história do jazz: This One’s for Blanton. O tributo ao contrabaixista Jimmy Blanton (1918-1942) recria o que muitos, ao contrário de Appel, consideram o período mais genial da orquestra, entre 1940 e 1942, interrompido com a morte súbita de Blanton.Nos últimos anos de vida de Ellington, Granz aplicou-se em registrar sua arte pianística em pequenos grupos – de duos e trios a quartetos e quintetos–, até então negligenciada em gravações. Ouvir o piano de Ellington equivale a testemunhar a gênese de arranjos memoráveis para a big band. Seu vocabulário harmônico é transposto para a orquestra quase literalmente. Ele adorava transgredir as boas regras em harmonia, diz o pianista clássico Don Shirley, que acrescenta: ora, “ele simplesmente não as conhecia”. De fato, como diz seu filho Mercer, “meu pai fazia, por exemplo, o sax-barítono tocar notas mais altas que os tenores – isso viola a convenção, mas é isso que torna o seu som único”. E, finalmente, dezenas dos arranjos hoje antológicos nasceram nos ensaios da banda com Duke ao piano tocando para cada músico sua parte, sem nada escrito. Por isso, talvez Alfred Appel tenha razão, como bem atestam esses dois dvds essenciais: em pleno 1966, Cootie Williams e Cat Anderson tocam, basicamente, do mesmo jeito que Bubber 40 anos antes. Mas atenção: não se trata de clonagem, e sim de lapidação do estilo jungle – vivíssimo,do começo ao final de sua gloriosa carreira. Não consigo resistir. Repito François Billard aplicando ao Duke uma frase de Jean Cocteau: “São necessários muitos anos para nos tornarmos jovens

    ResponderExcluir
  8. Oii , adorei seu bloge estou te sehuindo , me segue que eu te sigo ...rs ,1beijo:)

    ResponderExcluir
  9. ok nao se fala mais nisso..Justo !

    ResponderExcluir

Uma obra de arte é um ângulo apreciado
através de um temperamento.
(Emile Zola)