quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009

BALCÃO SENTIMENTAL (a caminho)

Opinião & Crítica

Balcão Sentimental recupera um gênero que não merecia estar tão afastado dos meios de comunicação: a comédia carioca. No melhor estilo dos primeiros filmes de Domingos de Oliveira, das primeiras novelas de Manoel Carlos, dos textos de Sérgio Porto, Sérgio (Sônico) desenha em oito capítulos, uma crônica familiar cujo personagem principal é o Rio de Janeiro! O Rio dos pivetes que assaltam ônibus, dos michês que procuram balzaquianas solitárias nas praias, das festinhas de adolescente no sábado a noite, dos estreitos limites que separam um traficante de morro, do playboy de Copacabana... Balcão Sentimental é um retrato do Rio dos anos 90 com ingredientes de um folhetim para nenhum fã de teledramaturgia botar defeito.

O par romântico da minissérie é inusitado: Eduardo e Daniela são pai e filha. Mas não há o clima pesado de um possível incesto ou de uma relação tortuosa. Ela, adolescente problemática, carente, desinteressada pelos meninos da sua idade, coloca um classificado no jornal a procura de uma relação madura. Ele, quarentão irresponsável, acostumado a enganar meninas com a idade de sua filha, responde ao anúncio acreditando que encontrou nova caça. Os dois vão se corresponder, escondidos sob pseudônimos, e, até o último capítulo, um não saberá quem é o outro. Mas a troca de cartas vai ajudar Eduardo a compreender Daniela. E, pelo correio, Daniela vai conhecer o pai que nunca encontrou em casa.

A trama folhetinesca é entremeada de um humor típico da ficção produzida no Rio. A linguagem é solta, os encontros são na praia, as questões mais sérias são resolvidas em bares e restaurantes, onde o garçom é sempre um amigo. Balcão Sentimental poderia ser um dramalhão mexicano. Aliás, a minissérie tem uma gravidez inesperada, uma prostituta de bom coração, o tóxico ameaçando famílias de classe média e outros clichês do gênero. Mas a maneira como foi escrita não deixa nenhuma dúvida: é uma legítima comédia carioca.”

Crítica escrita por Artur Xexéo, (então) cronista do Caderno B do Jornal do Brasil (em 14 de outubro de 1993)

Em tempo: Jéssica, a sorte está lançada. Nathy, lembra da tal da coincidência? Ela não existe mesmo. Entendeu?

Em tempo 2: alguém sabe como se publica um roteiro na internet? Este analfabeto (também) digital gostaria de saber.

Em tempo 3: haverá o em tempo 4.

18 comentários:

  1. Vc desenha? caracoles do papa eu não sabia !

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  2. dos textos de Sérgio Porto, Sérgio (Sônico) desenha em oito capítulos,

    eita eu li, eu juro que eu li
    mas...posso estar maluca facinha

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  3. Puta, Quieta..............rs. "Desenha" é figura de linguagem, meu amor... Mas tudo bem, eu te amo assim, burrinha mesmo.

    E pra que os invejosos e ciumentos não levem esse "burrinha" a mal, nem vc, muito menos vc: todos temos os nossos momentos "burrinho". Vc já teve o seu agora a pouco.

    E eu te amo da forma que dá, assim à distância.
    Bejo!

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  4. mesmo depois do tranco burrinha eu nao entendi..ou voce se explica na figura ou na linguagem, assim os dois juntos e ao mesmo tempo não consigo......proxima pista? hahaha
    (alias burrunha nem é tanto mas ess puta ai é figura oi linguagem, hahahahaha) Apresento-te Meu Dia Hiena

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  5. A proposito msn poupa essas mancadas viu carinha linda hahaha

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  6. Pois vc tá certa, Quieta. Eu peço desculpas, pelo "puta" que era uma exclamação tipo , "putz grila, quieta" ou "Nossa"... Como muito errado estive com o "burrinha"... Fui exatamente eu no meu lado mais burro e grosseirão. Mas nada é como parece. E nada foi como TE pareceu. Tudo foi uma expressão de carinho, acredite. E o fato é, este sim, acima das minhas sinceras desculpas, vc devia ter prestado mais atenção: Essa postagem fala somente do meu mais imenso deejo que preciso realizar antes de morrer. E vc, se prestasse mais atenção ao texto, teria visto que desenhar uma crônica, é o mesmo que dizer escrever uma crônica, boba (ih, fudeu, ela não vai me perdoar pelo boba, tbm...) Mas se lesse mais atenta, ia reparar o grandioso desse desejo. Que, como o texto da postagem acima prepara, não tem glamour algum. Mas é importante pra mim.

    Sacou, amor da minha vida?! Virei o jogo agora sou eu q tou ralhando cocê.

    E passaria a torcer pela sua realização. Um dos meus objetivos é pôr os meus bons amigos

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  7. nisso. Torcendo por isso.

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  8. Eu te juro que li e com muita atençao, e nao entendi mesmo serginho, tirando uma suspeita de boas noticias a caminho pelos recados a Nath e Jessica.
    De resto Serginho relax, eu te conheço um cadinho, vc me conhece um cadinho, sempre vou ler ouvindo voce em tom de voz carinhoso, vc é um zé rapidinho mas é doce como tudo

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  9. Ah, e eu qro ver!!! Mt bom o negócio do par romântico!!!

    Dedinhos cruzados, Serjão!


    Bisous

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  10. Quieta, eu vou te explicar, minha deusa da delicade(u)sa. E vou te explicar porque me interessa explicar a todos os uns que lêem textos e comentários: em 1990/91 escrevi, baseado numa história real, o roteiro de uma minissérie em 8 capítulos. Quando pus o ponto final, em 93, queria a opinião de quem realmente entendia do riscado. Julguei minhas possibilidades e escolhi o Artur Xexéo. Apenas lia o que o Xexéo escrevia. Nunca o vira, nem em foto! Então, com a cara e a coragem liguei pro JB (Jornal do Brasil), expus meu "problema" e levei o roteiro (umas 300 páginas) dividido nos 8 capítulos, numa só encadernação. Quando o cara olhou o tamanho da encrenca, já era tarde ele já tinha aceitado o desafio e só me disse assim: Eu vou demorar! Eu disse, demore o tempo que quiser e senta o coro se não gostar.

    Porque era isso que eu queria. Que ele dissesse que eu não tinha o menor talento. Só assim eu desistia. Bem, alguns meses depois a secretária dele me ligou e disse que eu podia passar lá no Jornal que ele já tinha terminado de ler e feito a avaliação dele. E a carta é ipsis litteris, essa que está publicada nesse post. Agora me diga, criaturinha doce no ponto q né nada enjoativa: como ousas não entender a carta elogiosa e maravilhosa nesse texto redondinho que o Arthur Xexéo escreveu pra mim, mulherrrrrrrrrrrrrrr???

    Gabi Galvã, eu quero publicar o roteiro e linká-lo ao blog. Só não sei como faz. Assim q souber e tiver feito te aviso. Aí vou querer todo mundo lendo! Brincadeirinha, hein...

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  11. AHSerginho porque vc nao disse no começo - Carta redondinha de Xexeu pra mim, eu teria entendido.

    Agora entendi, vamos ficar bebados juntos e celebrar. OXE !

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  12. ah minino, eu torço, eu torço!!!

    =)

    se fosse fadinha mesmo tu já tinha emplacado

    beijos

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  13. Maya, só não te chamo de fadinha agora pq vou falar algo muito sério com vc: vc é a mais budista dos "quase" que eu conheço. Então vc compreende direitinho o quanto eu preciso da tua energia boa. Tua torcida me dá muita força. E tu presume a parada dura que vou ter de encarar pra realizar esse sonho. Daí que coloquei o Balcão agora pro universo todo ver. Isso é para nunca mais esquecer que tenho uma missão a cumprir. Maluco, né? Não pra minha fadinha encantada... rs. Agora brinquei. Mas falo sério.
    Beijos mís!

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  14. nossa muito loco isso cara.. parabéns hem hahaha
    se vc conseguir colocar aqui, arranjo um tempo pra vir aqui e ler, porque pelo que li la é mó interessante.. tomara que tu consiga!

    acho que agora acertei uma das mais importantes né? hahaha, com razão ;)
    beijos

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  15. O Balcão Sentimental e uma necessidade.

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  16. O Balcão Sentimental e uma Necessidade.

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  17. Muito obrigado, Jsharada. Mas vc é uma charada tbm com CH. Como saber quem é vc?

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Uma obra de arte é um ângulo apreciado
através de um temperamento.
(Emile Zola)