quinta-feira, 28 de maio de 2009

TINARIWEN - AMAN IMAN: WATER IS LIFE (2007)


INSISTINDO NO SE ORINTE RAPAZ...: Peguei meu camelo e pedalei pro Mali. Isto é uma repostagem.

Os primeiros trabalhos discográficos dos Tinariwen chegados à ribalta internacional, «The Radio Tisdas Sessions» e «Amassakoul», mostravam já, claramente, as potencialidades destes tuaregues armados de guitarras electricas e de seu trabalho produzido em gnawa, de música árabe, da tradição própria (tuaregue) e de outras músicas apanhadas em rádios a pilhas: os blues, o rock psicadélico, o rock ácido da Costa Oeste dos Estados Unidos dos anos 60. Mas nenhum deles tinha o fulgor, a chama, a verdade que está presente no novo álbum «Aman Iman» (que tem como sub-título revelador «Water Is Life»). Em «Aman Iman», os Tinariwen fazem uma música muito mais verdadeira, direta, ativa, «in your face», e dão-nos uma lição de música sem fronteiras nem grilhões nem auto-censura de espécie alguma. «Aman Iman» é um álbum que se ouve do princípio (o tema de abertura, «Cler Achel», é o resumo perfeito de tudo o que vem depois e parece uma jam de Jimi Hendrix com os Jefferson Airplane se todos eles tivessem nascido no Sahara, com Grace Slick incluída) ao fim (o tema de fecho, «Nak Assarhagh», é uma balada mágica e hipnótica, belíssima) sempre com um sorriso nos lábios, uma ginga em partes secretas do corpo e um tremor constante na alma, como se esta música nova, novíssima, fosse já uma nossa velha conhecida. «Aman Iman» é um álbum de rock? Seria, se o rock ainda fosse isto: aquilo por que vale ainda a pena viver e... viver fazendo disso uma forma de arte.

TINARIWEN - AMAN IMAN

Atenção que este tem senha/pass: zombi

4 comentários:

  1. quale a senha sonico?

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  2. pediu uma senha fiquei na fissura

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  3. Valeu o toque pacero: já pus lá.
    A senha/pass é: zombi

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  4. Caro amigo Sérgio Sônico, eis mais um daqueles comentários colocados após haver baixado, não ter gostado inicialmente e, num momento de tédio, voltado a ouvir, agora com mais carinho a atenção, para perceber que há vida pulsante ao nosso redor, basta estarmos antenados. Álbum de sabor diferente e estranho, porém ao nos acostumarmos com a sua sonoridade, transforma-se num manjar dos Deuses. Obrigado por mais este álbum.

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Uma obra de arte é um ângulo apreciado
através de um temperamento.
(Emile Zola)