sexta-feira, 14 de agosto de 2009

Re re re...


Deve haver nessa repostagem uma maldição e uma benção – a benção eu sei que há. Disse-me ontem um amigo, em meio a latas na mesinha de centro, que se você quer exaurir até a extinção algo que não valha a pena existir (pessoa, entidade, empresa, sentimento...) qualquer coisa que te faça mal, não cite mais o nome dela(e). Nunca. Quando for lembrar e principalmente antes de falar trave, não fale. Então estarás contribuindo para um fim definitivo do objeto de mau agouro. Faz muito sentido. Imagine, por exemplo, se toda a população brasileira decidisse nunca mais dizer o nome do atual presidente do senado. Todos no Maranhão, todos no Amapá... Todos em todos os estados da república. Aos poucos, em fade-out, aquele serzinho abjeto desapareceria da face da terra. Faz muito sentido. Pense a respeito.


Prosseguiu o amigo, agora com mais latas vazias sobre a mesa - portanto, também, mais entusiasmo -, que na Argentina eles têm uma espécie de formalidade, um tipo de sanção moral. Chama-se “Escracho”. Uma pessoa escrachada pela população está literalmente só. Senta-se num restaurante e todos que estiverem à volta imediatamente se afastam; no táxi, o taxista abre a porta, vê de quem se trata e bate a porta deixando o escrachado de pé na calçada... Numa peça de teatro ou cinema, a mesma coisa, todos saem de perto. Na Argentina? Fiquei meio na dúvida. Será? Me parece uma prática meio talibânica... Mas, pense, leitor, para quem merece realmente a defenestração pública também me pareceu uma medida para lá de eficiente! Vamos lá, imaginemos a teoria aplicada aquele cínico medonho das Alagoas que presidiu o senado e foi a pouco afastado da presidência (mas não do poder absoluto); a um ex-presidente da republica aloprado e furioso rangedor de dentes, agora de volta ao senado... Ou aquele que diz que não dá a mínima para a opinião pública... Sinceramente, é muito provável que assim se extermine um... aquela doença, com a qual o nosso bravo vice-presidente da república José Alencar está lutando.Algumas pessoas são aquela doença!


Tudo bem, fica chato de explicar desse jeito, sem ir direto ao ponto, mas se a gente se acostuma, faca fácil de adotar e, pense no lado prático: a justiça não dependeria mais dessa nossa lei vendida, vendada e muito bem paga, brandindo a espada tresloucadamente, só mutilando os monetariamente já aleijados como eu e provavelmente sua excelência, o pobre.


Como vês, entusiasmei-me com a idéia! Ao menos hoje, passei a adotar a filosofia. Por quanto tempo não sei, só sei que tentarei lembrar de esquecer o nome de meus piores desafetos... Por exemplo, reposto esse álbum essencial - relembrado make ao acaso nos comentários do amigo Pituco noutro blog que frequento e agora não cito pq não quero envolver ninguém nessa iniciativa. Fui conferir e o link já havia sido deletado, há quanto tempo não sei – mas, muito provavelmente por uma certa empresa responsável pela cassação de alguns e artistas que posto aqui (não só aqui como noutros blogs, claro) como o Pat Metheny, “Day Trip”, o “Pink Moon” do Nick Drake - este, mal cheguei a postar, no primeiro dia de postagem logo, já havia ameaças da tal empresa de caça, ameaças de pesadas multas que estavam rastreando meu endereço, etc, etc... Há também, a censura mais recente, "Combo!" do Henry Mancini. Postagem deletada até o talo (texto). Tudo. Desapareceram - o Blogger “desapareceram” - até com uma 2ª postagem que era uma tentativa de explicação do porque não insistiria mais em postar o Mancini.


Ah! Há também um babaca!... O babaca eu posso citar porque é só mais um, que denuncia os links para a empresa caça-links. Assim, tipo, sem nada a fazer da vida, depois de masturbar-se pela manhã, um bócio passa o resto do dia visitando blogs e dedurando possíveis artistas protegidos pela firma caçadora. O que ganha com isso? Talvez uma certa satisfação fugaz que nem ele entende bem o que aconteceu. Foi prazer? Ele se pergunta. Aí ele se masturba novamente e volta a denunciar os blogs... Esse tipo de gente sofre da deficiência do prazer. Essa uma teoria minha agora, de improviso. Pessoas assim não entendem o que é o verdadeiro prazer então insistem em qualquer sensação. E foda-se. Eis um termo muito utilizado! Quando eu afirmo que tem gente demais nesse mundo, as pessoas me acusam de nazifacista...


Enfim, neste caso - caso BbT é caso sério pra mim - radicalizei. Um texto longo que não diz uma palavra sobre álbum e artista, mostrando apenas o que interessa: a capa. As pessoas inteligentes - a elas dedico não só a postagem, mas o blog - saberão o que fazer. Mas aviso aos navegantes. O babaca está a solta! Corram mais! Apresso-me em dizer que o álbum está OUT catálogo no Brasil. Na Modern Sound aqui do Rio de Janeiro se encontra à venda, no Amazon também a $12, fora a taxas e impostos. E é claro que eu quero mais é que compre quem pode, mas muito mais que ouça quem não tem condições de adiquirir o original. Vejamos quanto tempo este link vai durar.


Em tempo, é evidente que citar o nome do artista atrai a inominável caça links. Então, negão do piano, BbT!, onde quer que você esteja, você tem o meu maior respeito. Tem em mim um fãzaraça!... Pra mim és grande! Seus discos imensos de tão bons! Eu sei o que é prazer em te ouvir tocar. A você que morreu aos 39 anos de idade desse hobby suicida, sinistro esporte radical de atirar-se de corpo aberto nos abismos da vida, um grande abraço! Eu te amo, cara.

10 comentários:

  1. Mr. Sonic-boy, grande postagem.
    Grande disco - esse eu tenho e gosto bastante!!!
    Vale muito a pena.
    You don't know what love is é lindíssima - vamos pedir piedade prá essa gente careta e covarde, que certamente não sabe o que é o amor!!!
    Abração!!!

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  2. babando no teclado 2...rs

    sérgio, tem comentário lá no blog do érico, no post do jim hall...mas,de qualquer maneira obrigadão pela dica do timmons e reitero...baixei no dia 12...link ativo.

    abraçsonoros, suados e cansados..rs
    arigatô

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  3. Rapaz, eu estava relendo procurando os erros ortográficos - só consigo ler a postagem quando ela está publicada: "Tudo bem, fica chato de explicar desse jeito, sem ir direto ao ponto, mas se a gente se acostuma, faca fácil de adotar"

    Faca fácil de adotar? Queria dizer "fica" fácil de adotar. Mantive a "faca"! Arma branca. Na proposta do "escracho" ela corta na alma.

    Valeu a visita.

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  4. Valeu, Pituco, vou lá ver. Seu recado apareceu depois d'eu comentar com Érico.

    Ativo? Só se for esse agora. Pois se eu repostei porque estava deletado. Mas Se dissestes dia 12, Pode ser que o Timmons mexeu uns pauzinhos pra gente saber que a coisa foi apagada. Esse álbum tem que estar sempre ativo pro povo ouvir.

    Abraços!

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  5. Adoreeeeiii isso! Q lindo seria nego levantando ñ por respeito, mas ojeriza! O bigode vinha e era qual um gambah assustado tivesse chegado!, huahauauah...

    E a estratégia d ñ colocar o nome dos artistas p fugir do desalmado lah foi ótima, tb. E ñ falar qq coisa a diminui, msm. Hah mt ñ conto coisas q me chatearam, mtas vzs. Msm q meu intelocutor me encha o saco por curiosidade, preocupação, o q seja. E a chateação passa mais rápido. Assim como falar do 'espertão' q fura a fila do trânsito ñ desestressa, antes o contrário.

    Pronto!, eh isso.

    Aaaah... eh... no carro do meu Gatão ontem se ouvia Gentle Giant e Yes, lembrei docê na hora -pelo Gentle Giant. O Yes foi soh pra te contar, msm-!

    Bisous!

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  6. Pô, e o gatão ainda gosta de Gentle Giant!... Agora é que eu desisto de vez de você. Pô o cara ainda por cima tem um puta gosto músical! Entrego os pontos. Casa com ele que ele é bom partido, Gabi Galvã!

    E eu tbm não tenho mais carro. Buááá!
    Maldito sortudo.

    É isso aí, Gabi, vamos ignorar esses malditos sanguessugas. Agora calaro q falando daquele gente lá de Brasília.
    Beijos!

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  7. Discaço, Sérgio.
    A estratégia é das boas. Não é assim que a gente faz quando não aprecia a companhia de uma pessoa? Basta multiplicar...

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  8. Oui, poh deixar q eu caso!, huahuah

    Viu, eu ia tb comentar o trem da 'faca' e esqci. O único erro q me chamou a atenção e eu na hora tb achei q ficou melhor erradinho.


    Tão tah, bisous

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  9. É. o ataque é a melhor defesa, mas a vice, versa também. Não dizer o nome dos piores desafetos como uma estratégia de ataque, e, quando o momento exigir, não dizer o nome de seus grandes amores a fim de proteger-se dos mau olhados.

    Grato a todos pela visita.

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  10. Ah neim, vou ainda te falar, então: olhei meu Gatão por 13!!! anos sem contar a ninguém. Nem assim 'd caso pensado', mas soh sei q acabou q 'deu certo'...

    E yo creo en brujas. E tem tb q eu acho q se a gente fala mt d uma coisa q qr realizar, acaba extenuando forças e se realizando na oralidade; às vzs ñ eh coisa d 'olho grande'... eu acho.

    Mais bisous.

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Uma obra de arte é um ângulo apreciado
através de um temperamento.
(Emile Zola)