segunda-feira, 15 de fevereiro de 2010

Mama Compilation One


Este post vai cheio de imagems e cheio de vida - em vídeo. É por uma boa causa... uma mulher com a qual me sinto em dívida, por não ter atinado para o seu talento há muitos anos - então é um make mea culpa. Quando a conheci, participando numa faixa num dos álbuns de Michael Franti não dei muita atenção. O Franti - rapper e ativista político, convicto de sua posição como artista com uma missão que vai além (ele acredita) de fazer uma música engajada - era o meu interesse na época. Agora... o meu erro é me perder nos assuntos adjacentes. Já que pra Franti já deixei 2 links - aí atrás.

Então cá o assunto é Marie Daulne! AKA, Zap Mama! Como disse a ouvi há uns bons anos, baixei algumas músicas soltas em tempos de Kazaa, mas havia muita sede de conhecer tudo de todo mundo ao mesmo tempo agora e, eis aqui uma bela fórmula "com sede ao pote", de não se conhecer muito de coisa alguma. Somente no começo desta semana, ao saber de um novo lançamento do Michael Franti, onde, como sempre, Marie Daulne colabora, me lembrei de baixar um disco da moça e ver-lhe a face. Além de descobrir uma artista talentosíssima, que bela mulher encontrei! Vejamos o efeito que ela fará nos vocês. Comigo foi conhecer de verdade e correr atrás de toda a obra da moça (é um grupo vocal mas foi Marie Daulne quem criou o conceito) e ouvir muito atentamente dessa vez.

Ao invés de escolher um álbum para postar - estou numa fase totalmente "compilation" -, fiz um literalmente trabalhaço de seleção - foi um dia inteiro ouvindo e escolhendo faixa por faixa, até fechar o especial da moça.

O texto abaixo, que editei de um blog português fala que as Zap Mama têm, no mínimo, duas fases bem distintas na carreira, total verdade. Como os 7 originais até então editados são de excelente qualidade, me ative ao começo da carreira, onde o que se ouve, sem exagero, pode elevar as Zap Mama, em vossa seleta opinião, assim como na minha já elevou, a categoria de "a mais orgânica banda vocal" que já existiu sobre a Terra. Então dirá o leitor: "mas banda vocal é um contra-senso e se existrir está implícito ser orgânica." Pois é. E eu não podia ter dito orquestra? Mas, só vai entender quem escutar. Elas cantam, não só vocalizações da música como a conhecemos, mas os sons da terra e de tudo que cá habita e ressoa. Pode até haver outros grupos com as mesmas intenções, mas para atingir tamanha qualidade, é de se duvidar quem as supere. Não custa insistir: só entende quem escuta. Na seleção das músicas, detive-me ao meio da tragetória - do começo, quando o grupo era somente vocal até o quarto álbum solo de 1999, já elas acompanhdas de banda. Mas ora pois se não estou a contaire tudo aqui! No texto do português editado continuamos a história.

Filha de pai Belga e mãe Congolensa, Marie Daulne mudou-se para Bruxelas aos 3 anos de idade, quando começou a sua odisseia musical. Enquanto as outras crianças aprendiam a tocar instrumentos clássicos, a mãe de Marie preferiu ensinar-lhe as polifonias dos pigmeus africanos. Aos 18 anos Daulne regressa ao Congo, onde cria o grupo Zap Mama em 1990.

Ao todo (até 2009) editaram 7 álbuns solos. O primeiro, Adventures in Afropea (1992), é estritamente vocal. E já no segundo, Sabsylma (1994), receberam indicação ao Grammy de melhor álbum na categoria "World music". Estes foram os álbuns onde Zap Mama desenvolveu realmente o poder e as possibilidades da voz feminina como instrumento musical. Ver o vídeo desta fase.

Caso não consiga visualizar clique aqui.

Em 1997 com o álbum - Seven, as Zap Mama começaram a trabalhar com instrumentistas, contando com a colaboração de lendas do Reggae e do Dub U-Roy e Michael Franti (Spearhead). No seu quarto álbum - A Ma Zone (1999) - as Zap Mama operaram uma verdadeira transformação musical. O single "Rafiki", com a participação de Black Thought, do The Roots (que não consta desta compilação), foi o primeiro passo para uma nova direção no grupo.

Aqui, com a participação de Erikah Badu:

Caso não consiga visualizar clique aqui.

Nesta "Compilation One", exclusiva da Casa, temos a citada primeira etapa da evolução do grupo vocal. Nas primeiras nove faixas, as moças nos levam por uma viagem à savanasafricana, brincam com o som da fauna local e tribos nativas, sem deixar, com a experiência, de fazer música de ótima qualidade. E quem quiser a experiência sem restrinções, a casa recomenda começar com os álbuns "Sabsylma" da 1ª fase vocal e o "Seven" já intrumentalizado, como dois álbuns mais representativos da carreira das Zap Mama.

Para fechar, uma entrevista com a simpática Marie Daulne que, entre tantas paixões, revela um indisfarçável desejo de mais Brasil. Ela diz que esteve aqui? Tipo, quando? E porque não volta , tipo, zap Mama?

Caso não consiga visualizar clique aqui.

Mama Compilation One (1992 - 1999)

Parafraseando o Mano... Como é bom poder gostar d'outros elementos...

8 comentários:

  1. Não tô consetguindo ver os vídeos. Nem com o mozila nem com o chrome.
    Que passa?

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  2. Ô, seu san, demorô. Eu outro dia achei q era censura do youtube. Ja deves ter visto q todo blog q posta videos direto do youtube, os mesmos são deletados algum tempo depois. Eu tinha esse método de baixar de lá os vídeos por um programa chamado keepvid e me sentia com meu áudio visual protegido. Até o Chico Science (logo na postagem abaixo ia tudo bem. Mas esses 3 videos estão num pisca-pisca tremendo. No sentido de q, oras eles passam, outras não passam. Mesmo aqui, no meu próprio computador. Hoje mais cedo apareceu um texto de error na hora do play. Agora tá passando. Então eu sei lá q diabo de problema é esse. E mesmo o do Chico Science, q passava direitinho, acontece o mesmo texto de error. Já os vídeos mais antigos, passam a qualquer hora, vai entender!...

    Só sei o seguinte, seu, san, se gostas de outras experiências músicais devia arriscar esse grupo vocal. No mínimo nas tais 9 faizas da 1ª fase, quando elas não põe nem instrumento no som delas. É uma viagem, meu amigo! Vai por mim.

    Vou deixar links pro acesso ao youtube em cada vídeo.

    Valeu a visita.

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  3. Que mané "outras experiências músicais" o quê!!! Tá me estranhando?!?!?!?!?!?
    Brincadeira, Seu Mr. Garimpeiro-San!
    Consegui ver o primeiro vídeo e as meninas mandam muito bem, lembra o Ladysmith Black Mambazo (acho que é assim que se escreve - eles gravaram com o Paul Simon no álbum Graceland), com um pouco mais de soul.
    Bacanudo!!!

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  4. Seu Érico, Ladysmith Black Mambazo, eu respeito, mas... representam o q as mulatas do sargenteli representavam pro Rio...
    O q essas mulheres fazem com a voz, vai mais além. E um clipe, embora esse seja bem legal, não dá a noção exata do q estou dizendo. Por isso "outras experiências músicais". Ou se ouve ou só o jazz é o limite. É um bom limite, mas eu ainda acho limitado.

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  5. Ah! Esqueci de dizer, as Zap Mama participam em álbum dos Ladysmith Black Mambazo.

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  6. Fala Sergião
    gostei da definição de caipira pra sertanejo.
    Agronegócio né? é bem por ai mesmo.
    Pena Branca e Xavantinho eram caipiras até demais.
    Tive o prazer de ver um show da dupla - no auge da carreira de ambos.
    Inclusive fui pedir benção pro Pena Branca no final do show.
    Como sempre - os caras eram só simplicidade.
    GENIAIS!
    Agora Franti me amarro muito.
    Family afair ficou demais com ele.
    Speerhead!
    abração,
    Bruno
    PS: tem mais uma homenagem póstuma lá em casa - não vou nem dizer quem é... que já deves ter adivinhado...

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  7. sr.sérgio san,
    tudo certinho pelas plagas da cidade maravilhosa?

    espero que tudo ok contigo.

    abraçsons

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  8. Seu Pituco, vc me desculpe. É regra da casa prontamente responder aos comentários, mas esse quando recebi estava na correria e só me lemnbrei agora.

    Amigo, fora o fato de q ninguém, dos q conheço ao menos, levou muita fé nas Mamas de uma maneira zap, fiquei meio down, mas só por isso. No mais vai tudo muito bom, tudo muito bem, obrigado.

    Valeu a visita! E me perdoe a demora.

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Uma obra de arte é um ângulo apreciado
através de um temperamento.
(Emile Zola)