quarta-feira, 31 de março de 2010

Clarke-Boland Big Band (Our Kinda Strauss) 60-70's


Gravado entre os anos 1960 e 70, o que temos aqui??? Como sugere o título, uma coleção de valsas de Strauss, Franz Lehár somadas a temas de Gershwin, Hammerstein & Rodgers + Bacharach... E se Strauss em jazz, a 1ª lida, já me soou curioso, imagine minha reação quando fui lendo a escalação!...

Interpretado por uma super-ultra-big band (muito prazer, eu também não conhecia esse dream team todos no mesmo escrete avançado) de vultos sagrados como os americanos Benny Bailey, Sahib Shihab, Johnny Griffin, Sal Nistico, Idrees Sulieman... Enquanto da Europa figuram – ou fulguram - Dusko Goykovich, Ake Persson, Derek Humble e Karl Drewo... - que se divertem através de coloridas passagens, muitas, muito ellingtonianas - de quem Boland demonstra ter grande influência. E a idéia de misturar o pop erudito com o popular contemporâneo, alavancados por originais do próprio Boland, Sahib Shihab e Jimmy Woode com esses solistas simplesmente soberbos, fez com que este operador de stop and play, atordoado c'a alavanca do breque, sob as ordens de “pare as prensas que o tipógrafo sucumbiu", aproveitou para correr pro butiquim caracterizando abandono de emprego - mas foi por uma justa causa.
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No bar, um tanto tenso, topei com um tipo, tipo o gráfico tipógrafo, que me mandou a seguinte letrinha: "Ô! Psss!" E segredou...

1.Fruhlingsstimmen
2.By Strauss
3.Kaiserwalzer
4.Rosenkavalier
5.Wives And Lovers
6.Lotus
7.My Favourite Things
8.Nights In Warsaw
9.Lobsang
10.Greensleeves
11.Peter's Waltz
12.Cara Fea
13.Night Lady
14.Just Give Me Time
15.Schon ist die Welt
16.Keep On Keeping On

Derek Humble,sax; Carl Drewo,sax; Sal Nestico,sax;
Sahib Shihab,sax,flute;
Benny Bailey,trumpet; Shake Keane,trumpet;
Jimmy Deuchar,trumpet; Dusko Gojkovic,trumpet;
Ake Persson,trombone; Nat Peck,trombone;
Francy Boland,piano; Jimmy Woode,bass;
Kenny Clarke,drums; Fats Sadi,percussion;

Feb.1966, Cologne

Derek Humble,sax; Johnny Griffin,sax; Ronnie Scott,sax;
Tony Coe,sax; Sahib Shihab,sax,flute;
Benny Bailey,trumpet; Shake Keane,trumpet;
Jimmy Deuchar,trumpet; Ahmed Muvaffak Falay,trumpet;
Ake Persson,trombone; Nat Peck,trombone;
Francy Boland,piano; Jimmy Woode,bass;
Kenny Clarke,drums; Fats Sadi,percussion;

Sep.1967, Cologne

Derek Humble,sax; Johnny Griffin,sax; Ronnie Scott,sax;
Tony Coe,sax; Sahib Shihab,sax,flute;
Benny Bailey,trumpet; Idrees Sulieman,sax;
Shake Keane,trumpet; Jimmy Deuchar,trumpet;
Ake Persson,trombone; Nat Peck,trombone; Erik van Lier,trombone;
Francy Boland,piano; Jimmy Woode,bass;
Kenny Clarke,drums; Kenny Clare,drums; Fats Sadi,percussion;

Nov.1967, Cologne

Herb Geller,sax; Tony Coe,clarinet; Stan Robinson,sax
Ronnie Scott,sax; Sahib Shihab,sax,flute;
Benny Bailey,trumpet;Derek Watkins,trumpet;
Art Farmer,trumpet; Idrees Sulieman,sax;
Ake Persson,trombone; Nat Peck,trombone; Erik van Lier,trombone;
Francy Boland,piano; Jimmy Woode,bass;
Kenny Clarke,drums; Kenny Clare,drums; Tony Inzalaco,percussion;

Jan.1972, Cologne

Clarke-Boland Big Band (Our Kinda Strauss) 60-70's

4 comentários:

  1. A Clark-Boland Big Band foi importantíssima por acolher vários exilados como os citados Benny Bailey, Sahib Shihab, Johnny Griffin, Sal Nistico, Idrees Sulieman e muitos outros, como Phil Woods, Jimmy Woode, Billy Mitchell e Zoot Sims.
    Infelizmente, só possuo o Jazz Is Universal, lançado pela Colectables.
    Mas esse álbum parece bastante interessante - gosto desse crossover entre jazz e erudito, feito por gente como Steve Kuhn e Jacques Loussier.
    Agora, chique mesmo, é a expressão "vultos sagrados". Gostei, Mr. Seu San!!!!

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  2. Pois é, seu san, mas esses citados q flertam com os clássicos geralmente trabalham em trio. Pelo menos são trios a maioria dos discos que ouço nesse tema. Aqui, embora o tema não seja só clássicos, o q jazz é uma big-mega-ultra band. E aí ficou diferente a parada.

    Anfã, gostei muito desse som.

    Valeu a visita, san!

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  3. Ô¬Ô

    É Seu Sérgio a Clark-Boland foi uma verdadeira instituição do jazz para os auto-exilados na Europa. Nos anos 70 os lp's da banda chegaram a ser lançados no Brasil, vc acredita? Todo o catálogo da banda pela MPS foi posto no mercado brazuca, mas como nada é perfeito, a MPS prensava seus discos pela antiga Copacabana, então eram da pior qualidade possível, cheio de estalos e pipocos, que faziam um disco zero bala parecer q tinham sido comprados em um sêbo. Então restava juntar a mesada e ir a Modern Sound comprar alguns em edição importada. Chega de saudosismo, ótima lembrança desta instituição-albergue de grandes músicos!

    Ô¬Ô

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  4. Moó sonzera, Mauro! Engraçado q quando conheci o Benny Bailey, fui atrás de tudo q tivesse a assinatura do homi, e não me lembro de ter lido nada sobre essa intituição C-BBB. Mas adoro surpresas! Foi como disse, "prazer em conhecer" todos nesta nova formação!

    Valeu a vinda!

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Uma obra de arte é um ângulo apreciado
através de um temperamento.
(Emile Zola)