quarta-feira, 12 de maio de 2010

Benny Bailey (Serenade to a Planet) 1976

Na busca por alguma informação sobre este álbum, eis o texto (de 2005) encontrado na Internet de um site de Cleveland: "Foi um final trágico e enigmático para uma carreira de brilho, mas sub-apreciada. Recebi uma mensagem de correio electrónico de um baterista de jazz em Amsterdã, perguntando se eu poderia ajudá-lo a encontrar qualquer parente de Benny Bailey (1925), em Cleveland, o artista que inspirou Quincy Jones a dedicar um hino que transformou-se em clássico para big bands "Have you met Benny Bailey?". O amigo baterista explicou que em 14 de abril (2005) os visinhos encontraram - aos 79 anos - Bailey morto em seu apartamento em Amsterdam, onde morava só. Os vizinhos não conheciam Bailey. E foram os policiais (que também não tinham idéia de quem se tratava) que levaram o corpo para o necrotério local. Na esperança de localizar parentes, autoridades holandesas  (provavelmente também não sabendo que Benny era aquele) colocaram um anúncio de morte em um jornal local - quase duas semanas depois. "E foi assim, semanas depois,  a comunidade de jazz holandesa soube da morte silenciosa de Benny", disse esse amigo, o baterista Dries Bijlsma que tocou com Bailey, em Amsterdã. "Benny sempre disse ter uma irmã em Cleveland, e por isso entrei em contato com você." - encerrou ele.

...Esta não é a maneira mais agradável de fazer as honras para mais um grande álbum solo  de um dos maiores trompetistas da história do jazz. Mas, certamente dimensiona, o que pode significar o esquecimento na carreira de um artista da magnitude de Ernest Harold Bailey. Sobre sua música, "Serenade To A Planet" cuidará de tocar mais profundamente na questão descrita acima - acima de todas as coisas outras que não a obra de um grande músico.

"Serenade To A Planet" team:

Benny Bailey: trumpet, flugelhorn 
Ferdinand Povel: tenor sax
Isla Eckinger: bass
Joe Haider: piano
Kenny Clark: drums

Benny Bailey (Serenade to a Planet) 1976

More Bailey for you!

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14 comentários:

  1. Infelizmente alguns grandes astros e grandes talentos morrem no esquecimento.
    Mas como costumo dizer. os grandes talentos nunca morrem, se eternizam através de sua obra.
    Bjos achocolatados

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  2. Pois é, Sandra, concordo em GNG com você. Mas e se não houvesse a internet e os blogs para trazer os esquecidos de novo à tona?

    Ainda mais num mundo que, por exemplo, no Brasil, encanta-se e "sai-se do chão" muito mais em obras como "Rocê num rale nada mas eu gosto de rocê!" Bis!... Sai do chão!

    Já pensou, sem nos aqui travêz, toda vez... até que a DMCA nos retalhe?

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  3. Ô¬Ô

    Meu amigo, que timaço esse quinteto!!!
    Só feras, o Klook (Kenny Clarke) arrepiando, Ferdinan Povel (que eu adoro), Isla Eckinger (super contrabaixo), O Joe Haider (difícil de se achar álbuns dele), e o Bailey na auge da forma. Grande garimpagem Sérgio. Chapei!!!!!

    Abraço

    Ô¬Ô

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  4. Mauro, a banda toda está afiadíssima, mas, realmente esse Povel do t.sax, de quem nunca ouvira falar, está sobrando neste álbum. Uma maravilha os Ferdinad solos!

    Valeu a visita!

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  5. Ouvindo e adorando!
    Mas cada vez menos entendendo
    como grandes artistas, indispensáveis,
    podem com tanta frequência fazer parte
    dessa amnésia cultural :/
    Linda Postagem!
    bj

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  6. Mr. San,
    Muito bacanuda a postagem. Não sabia que o Bailey tinha morrido de uma maneira tão melancólica! Um trompetista maravilhoso como ele, dono de um som tão belo e ser esquecido a ponto das autoridades terem que procurar seus parentes e/ou amigos!
    Uma injustiça nada poética - a vida pode ser bela, mas não é nada justa. E dá-lhe "Rocê num rale nada mas eu gosto de rocê!"
    Tira o pé do chão, Mr. San! E o cérebro da cabeça! "Esse é o nosso mundo..."
    Valeu mesmo!

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  7. Susie, q prazer eu tenho em vê-la, não só comentando, mas ouvindo o som que disponibilizamos. É isso aí! Adorei. Continue o mais pertinho q puder.

    Pois é. Inacreditável que artistas tão talentosos morram esquecidos dessa forma. No caso do Arnesto (Ernest Harold Bailey) - que me convidou, prum "samba" ele morava ali pertinho no Brass!... - é lamentável e imperdoável. Aqui dou vazão à resposta a mr. Érico san: mr. a vida não tem nada a ver com fatos assim, e se nosso mundin egoísta, voltado pro umbigo ("só quero saber do que pode dar certo") é desse modo, isso é assim porque nós mesmos demos essa carinha feia pra ele. À gente, cabe mudar esas coisas. Nós, eu e vc, vamos fazendo a nossa parte num sentido contrário. Mas ainda é pouco. Por exemplo, eu sou ingênuo e crianção e sonhador e bobão assumido o suficiente para ainda sonhar em modificar as coisas que não me satisfazem. Tipo me apego a clichezaços (quase) falidos na dimensão deste aqui: “Enquanto há vida há esperança!”. Tou com ele e não abro. Até o fim. Que nem há.

    E, seu san, eu tmb não sabia desse fim lamentável, minha surpresa foi semelhante a sua. Prostrei.

    Abraços, Susie e san!

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  8. salve, sérgio,

    resgate piramidal, como sempre...infelizmente,é inevitável final melancólico e solitário, a todos que ultrapassam a terceira idade...

    eu já havia baixado um benny bailey aqui...curti bastante...preparando pra baixar e saravá esse da postagem...aliás,título bacanudo mesmo...serenata para o planeta...uau

    abraçsons

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  9. Concordo em quase GNG. O 'quase' é q, para um Benny Bailey (q na certa não deu a mínima, depois da morte), a perda tinha que ser mais alardeada, dando ao músico o reconhecimento que ele merecia. Mas, a morte pra ele eu quero acreditar q tenha sido a morte que desejo a todos por merecimento: dormindo.

    Não irás se arrepender de ter baixado. Pode acreditar. É um discaço, seu Pituco.

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  10. Nem me fale...
    Dia desses em um programa de tv.
    O apresentador perguntou a um estudante universitario qualfoi o compositor que havia ficado quase surdo antes de morrer. Ele respondeu CAZUZA.
    Parece brincadeira mais é verdade.
    Fazer o que neh?
    Meu filho chega da escola contando: Mãe a professora hoje chegou atacada na escola.
    Mandou minha duas colegas que estavam comendo salgadinhos dentro da sala de aula pra fora. Mas o mais interessante foi a maneira como ela fez isso
    Eu perguntei: Como?
    E ele respondeu( Pasme e me desculpe as palavras, mas se eu não reproduzir fielmente não vai entender o que quero dizer )
    Pois bem ela disse:
    Sai daqui com essa porra de salgadinho.
    Por isso estão todas cheias de banha e feias, ai pra arrumar alguem que queira tem que sair dando pra todo mundo...
    Uma "Educadora"
    Esperar o que desta juventude?
    Bjos achocolatados

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  11. Ê,ê,ê,ê, Sandra!... Lascou-se. Mas quem era o professor? O Datena?

    Lembrou-me a história que circulou na minha faculdade, nos 80/90s, como caso verídico:

    A professora de literatura discorria sobre grandes poetas do século 19 e perguntou, "alguém aqui sabe quem foi Rimbaud?" Niqui um aluno sabichão levantou o braço e respondeu de bate e pronto. Vi os 3, mais de uma vez, mestra! Rambô I, II e o III, agora só falta o 4º que ainda não entrou em cartaz no Brasil.

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  12. KKKKK, inacreditável o "lance" dessa tal professora narrado pela Mrs. Sandra!

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  13. Serginho, dificil encontrar o ano dessas composições do BB. Sou gratissimo a vc que me revelou esta pepita d'ouro.

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Uma obra de arte é um ângulo apreciado
através de um temperamento.
(Emile Zola)