sábado, 11 de setembro de 2010

HANK JONES (FAVORS) 1996


Favors é uma gravação ao vivo executada em Maio de 1996, um recital de Hank Jones, em Osaka, no Japão. Seis peças mostram o trabalho trio do pianista Jones, o baixista George Mraz e o baterista Dennis Mackrel (mesmo trio e o mesmo mago das baquetas que rouba a cena num dos mais incríveis álbuns do patrão “For My Father” de 2005). As restantes cinco faixas aumentam o grupo com a participação do Osaka College of Music's Winds Jazz Orchestra. A carreira rica Hank Jones se estendeu ao longo de setenta anos, o seu toque sintetiza elementos importantes de muitos pianistas influentes na história do jazz, Art Tatum e Erroll Garner, influências do passado, e dos contemporâneos, mas todos mais novos, Bud Powell e Bill Evans. Mais significativamente, Jones fundiu estas fontes variadas em um estilo pessoal característico de uma abordagem quase orquestral ao arranjo e harmonia, um toque prateado, cheio de atenção aos detalhes. Favores foi tecnicamente um registro meticuloso de áudio, com arranjos reflexivos para os standards, assim como para as duas composições Hank Jones. O desempenho da faixa-título, escrita por Claus Ogerman, é exemplar ao modelo trio executada da maneira mais elegante possível. Tendo realmente experimentado ao longo de -na época- meio século de evolução do piano jazz, belamente Jones consolida a qualidades do stride, swing e bebop com a mais recente evolução harmônica.

Sofisticada, enriquecida pelo tempo, a musicalidade de Jones é uma experiência profundamente gratificante.

Saiba mais sobre Hank Jones aqui.


Hank Jones (Favors)
1996

9 comentários:

  1. Hank em dose dupla. Aqui e no Érico. Nós merecemos.

    ResponderExcluir
  2. Mr. Sonic,
    De volta às lides jazzísticas e em elevadíssimo estilo: com o Imperador, como bem disse Mr. Tandeta (fã do homem, como, aliás, todos nós).
    70 anos de história, muito bem vividos e partilhados, com todo mundo que realmente interessa no jazz - "tirante" os pianistas, por razões óbvias, todos os grandes do jazz (com raríssimas exceções) tocaram com o bom e velho Hank.
    Deve estar animando as jams celestiais, com sua fidalguia e elegância!
    Abração!

    ResponderExcluir
  3. sérgio san,

    mr.hank aqui e acolá...bacanudo mesmo

    abraçsons

    ResponderExcluir
  4. Grandes, Salsa, Érico & Pituco, em trio como no disco do Hank Jones é muito melhor, recebê-los. Este álbum é quase tão bom quanto o "For My Father". E creio - ainda não conferi faixa por faixa -, com um repertório todo diferente. Creio tbm q seja a 1ª reunião do trio q só se repetiu em álbum, 9 anos depois em 2005, no festejado For My Father. Outro detalhe: procurei pelo disco e nem no Amazon que costuma ter tudo, não o encontrei, então tbm é raridade máxima. Daí que... é obrigatório baixar.

    Abraços e valeu a visita, aos 3!

    ResponderExcluir
  5. Caro Sergio ,
    Esse eu não tenho! vou baixar e conferir...Terça estaremos no Leblon, e que tal bebericar algumas lá no Dudu !?!
    Abraços,

    ResponderExcluir
  6. Oi amigo...
    Não tenho o ouvido seletivo que tens, mas sei que deve ser musica da melhor qualidade.
    Vou baixar e ouvir...
    Bjos e fique em paz!

    ResponderExcluir
  7. Edinho, tá topado. Mas vc tem que (se guardou meu telefone) já me ligar do bar, pra não acontecer aquele desencontro da outra vez. Combinado?

    Abraços!

    Sandra querida, acho q já citei o verso tirado da letra d’um samba "quem não gosta de samba, bom sujeito não é, ou é ruim da cabeça ou doente do pé.". Bem, eu gosto de samba, mas o samba tem uma grande dependência da dança para ser melhor apreciado, tanto que a letra diz “ou doente do pé”, já o jazz, a coisa do “ruim da cabeça” é muito mais veraz. Visto que é impossível, um álbum como este que você disse que baixaria, ser ouvido com a cabeça atenta, que a música não te agrade em cheio. Então não tem essa de ouvido seletivo porque a partir do momento que se escuta e, naturalmente, a pessoa é envolvida pela sofisticação da música pura – inclusive, sem letra - é a cabeça que registra a sensação de prazer e daí o feito eu comparo a uma droga do bem. Se há alguma contra-indicação, aí sim pode-se dizer que será a seletividade. Acho que é isso.

    Beijos! Volte sempre (os dois).

    ResponderExcluir
  8. Prezado Mr. Sônico,

    Obrigado pela postagem. Mr. Jones nunca é demais, nem aqui nem no Jazz + Bossa.

    Postei sobre um livro que, acredito, agradará.

    Grande abraço, JL.

    ResponderExcluir
  9. Grande mr. Lester. A postagem "Hank/Favors" cumpriu o seu destino. Contou com sua presença. Irei na catedral do Jazz Jazzseen conferir a nova postagem.

    Abraços e valeu a visita!

    ResponderExcluir

Uma obra de arte é um ângulo apreciado
através de um temperamento.
(Emile Zola)