segunda-feira, 13 de outubro de 2008

DAMON SHULMAN (VULTURES AND SHEEP) 2008



Se costumo deixar uma trilha de distrações pela vida, não seria novidade alguma haver reincidências aqui no blogui. Portanto, esta postagem não foi escrita em 13/10, como o datado, mas sim em 20/10 de 2008 Mas corro atrás do prejuízo, como constatarão in loco. Abro uns buraco(postagens) de esquecimento, que depois devem ser argamassados com alguma coisa. No caso específico, essa alguma coisa é uma bela surpresa! Um album solo, até onde sei, inédito em blogs, do filho de Phill Shulman, multistrumentista do Gentle Giant. É incrível, a semelhança e/ou a influência da banda pãe com o som que irão ouvir aqui. Ainda estou me surpreendendo porque ainda estou ouvindo e, se ainda não está aqui o link ativo é porque ainda estou subindo. Caso estejas lendo o texto entre as 13 e 14 horas, do dia 20/10 calma!, aguarde mais alguns instantes... Putz o disco é muito bom! Tou de bob. Calmaê, cumpadi...


Pronto. Done. Tá vendo aí, a excitação que fiquei com o achado, né? Agora baixe e pasme. Depois, se der, não for pedir muito, me diz você o que achou. A porta dos comentários é serventia da casa...


(20/08 - 15:30) Passada a euforia da descoberta, que só aumentava, enquanto o álbum evoluía, algumas considerações derradeiras: não há nada no allmusic, não há nada no Amazon - prá eles Damon Shulman ainda não existe. Descobri o muleque no maior por acaso da minha história, numa busca de fotos, a partir de uma notada semelhança de Phill com um amigo, Humberto (nam-yoho-rengue-kyo, Humberto!), daí que comentei numa reunião de domingo, disse que lhe mandaria umas foto pra ele conferir, daí ao Google, que me levou ao Damon, do nome a 2 clipes no youtube (cujas músicas não constam neste Vultures and Sheep), bons clipes, boas músicas... Aparece a capa do Vultures and Sheep, ponho busca no Soulseek e aí esta. Soulseek é Phoda! mermão, não canso de dizer. Havia apenas 2 usuários de posse do arquivo lá. Nas fotos, ainda na busca das semelhanças com o amigo Humberto, Damon aparece empunhando um bandolim, num dos clipes tocando violão, o que me faz afirmar que o garoto é o da guitarra e voz no álbum. Claro, o cabeça do álbum! Enfim, encontrei o site oficial onde tudo se explica. Como não é minha língua e é muito texto, ficar catando verbete, em ping-pong analógico com dicionário... Tenho saco não. Os que se interessarem (quem entende a lingua, trabalho algum) podem buscar a história toda. E por favor, não me poupem de um resumo, se possível. É como disse aí encima: a porta dos comentários é serventia da casa.

Há ainda neste link um bonustrack que resgatei no soulseek, de nome Rats (Feat. Phill Shulman) soulseek é phoda, cumpadi. No site aparecem outros 2 álbuns solos anteriores ao “Vultures”...que podem ser EPs e um álbum com Phill, de onde deve se originar o tal bônus. E isso é quase tudo. A acrescentar só mais uma coisinha, se me permitirem... (...) Quem cala consente. O que fica da experiência auditiva resume todo esse cerca lourenço numa frase: Damon Shulman é a perpetuação fiel, fidelíssima, moderna... quase moderníssima, da melhor banda de rock progressivo que já pisou nesta, parafraseando mestre Rabelais, bola de lama..


... E quem fala aqui é o maior entusiasta dessa GG banda que já existiu. Igual pode até existir, mais, jamé! Meus amigos é que o digam. Conversar sobre música sem tocar no santo nome, não rola. Gostei vragarái desse disco. Até dos defeitos! Aprendi com um mestre da música, mr. Herbie Hancock, através de uma frase dele que fala mais ou menos isso: “devemos aprender a escutar (também) as novidades com encantamento”. Isto é: não, com o pé(frio) atrás, preparado para criticar e/ou implicar. Mas este sou eu. Você, leitor, vá e veja a seu modo de ver, craro. Afinal, onde é que nósh eshtamosh?...Néra pra ser uma democracia, essa biboca?


Damon Shulman (Vultures & Sheep) 2008


E clicando no link, chegas à Câmara de Eco, blog do amigo Lucon, onde encontras Brief Moments Of Panic 1º álbum de Damon Shulman.

11 comentários:

  1. Bão meu caro, não faço a mínima idéia do que vem por aí, mas estou baixando, afinal Gentle Giant é sempre uma boa referência, ainda mais no caso de filho de peixe.
    Depois te conto.

    Woody

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  2. Uma coisa é certa e reta, trata-se de um legítimo representante da família Shulman sem sombra de dúvida. A influência de Gentle Giant é nítida e cristalina e até parece um disco do Giant, mas não é. Ainda não consegui destilar se isso é bom ou ruim, a música em si é boa, o que me deixa em dúvida é se essa similaridade toda é saudável ou não, se esse é o Damon de fato ou o Ray, ou Derek, ou Phil, ou o Gentle Giant. Um detalhe curioso é que ele toca todos os instrumentos e teve uma ajuda dos familiares, mas nenhum dos famosos. A saber:
    Elliot Shulman - guitar (3,7), vocals (3,6), speaking voice (1)
    Rowan Shulman - vocals (3), speaking voice (1,3)
    Joel Shulman - speaking voice (1)
    Lorrie Shulman - speaking voice (1)
    Família grande né?
    Será preciso tempo e mais de uma audição para eu sentir melhor e ter uma opinião mais bem formada, mas em princípio é um disco bom, aliás, mais que isso, pois está acima da média que eu imaginava encontrar. Normalmente discos que nos obrigam a mais de uma audição para se formar opinião são bons. Já saí procurando por aí, fui ao site do cara e baixei os vídeos (http://www.damonshulman.co.uk/video.htm) e estou me informado mais sobre. Portanto, para resumir, é um bom disco sim e foi um belo achado meu caro, só fico com o pé atrás pelo fato de soar demasiadamente com o Gentle Giant, talvez mais do que deveria. Sei lá, vai ver que é cisma minha. Quanto ao fato de vc não encontrar o cara no All Music, é porque vc se esquece que o AMG é um site da indústria fonográfica americana e lá você encontra quase tudo, mas só o que está a venda no mercado USA, e este disco não foi lançado nos EUA, lembre-se os caras são britânicos. No entanto acho que não demora muito para o CD ser lançado por lá e vc poder conferir as estrelinhas de referência.

    WOODY

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  3. Foi fundo mesmo, meu caro! Valeu a reseinha! E os esclarecimentos. Mas, ó, diante mão, acho saudável o que chamei "perpetuação" de um estilo. Lembre-se: 1º álbum de um jovem. Vi sim, muito de GG na coisa toda, mas o muleque tem personalidade e vai encontrar o caminho dele, sem deixar de dar o devido crédito a uma obra tão peculiar, como a do pai.

    Que legal que gostou!, woody. Em se trantando de seu nível de exigência, muitas vzs não tão bem entendido por este que vos fala, fiquei apreensivo quando vi q havia comentário seu - tão prontamente.

    Mas isso d'eu não compreender certos artistas que amo e tu torce o nariz, normalíssimo, né? Tbm tenho minhas cismas, já bastantante discutidas entre a gente.

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  4. Atrás da última aquisição, (re) caí no site do próprio Gentle Giant, onde o damon shulman - brief moment of panic [2006] aparece com selo Alucard. Um provável selo independente da "Grande Famiglia" Shulman. Lembra? Alucar (drácula ao contrário) é o nome de uma música do Gentle, lembra? Bom disco, o brief moment of panic, tbm. Tbm está à GG. Mas insisto. Damon tem personalidade e está achando o seu caminho. O outro álbum que estou adquirindo, à meu modo, é Soundscapes and Modern Tales. Mas acho que a medição da evolução, óbvio, recai sobre o último, este Ventures and Sheep.

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  5. Olá Sergio, parabéns pela postagem de uma verdadeira pedra de garimpagem, em todos os sentidos: album muito bom, de um filho de integrante de uma banda anti-comercial, desativada há quase 30 anos mas ainda cultuada entre seus velhos e novos seguidores.
    Digamos que o Gentle seja o Grateful Dead do progressivo.
    De fato, existem sim muitas evidências do legado de Ray Shulman e sua antiga banda no som de Damon Shulman, mas tive a sensação de que essas evidências vão surgindo aos poucos, conforme o play vai "desenrolando", como se o garoto dissesse assim ao ouvinte "olhe, não vou lhe contar logo de cara que sou filho de Ray Shulman".
    Acho até que o album tem muita personalidade, há uma ponte estreita entre a música atual britânica e a herança gloriosa do passado de sua família, que tornam o trabalho muito atual, evitando que soe apenas um fac-símile do Gentle Giant.
    Se soasse explicitamente como Gentle não seria bom e nem ruim, seria apenas mais um disco resgatando o passado e isso não é incomum nos dias de hoje, como por exemplo os italianos do The Watch, que têm uma sonoridade muito próxima do Genesis era Gabriel, mais próximo do que o Marillion nunca chegou, e no entanto são excelentes.
    Eu destaco aqui Walk, Wanted e Whish I Was A, em uma sequência de matar!
    Viva a genética amigo!

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  6. Lucon, tua frase "Viva a genética!" define perfeitamente o estilo Damon Shulman. O filho é a cara do pai, mas ele tem personalidade. Mas o muleque sabe exatamente a riqueza e o valor da obra criada pela geração anterior, então ele necessita, quase como uma missão, trilhar um caminho semelhante, afim de que a marca da família não seja apagada pelo tempo. É por aí.

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  7. Sergio, concordo plenamente com sua idéia e, se me permitir, farei uma analogia boba: é como se o Pelé tivesse um filho (que não é o caso do Edinho) que arrebentasse nos gramados. Imagine só a grande responsabilidade assumida por Damon, sabendo que os fãs de Gentle Giant verão nele uma continuidade do som do grupo.
    Na verdade, acho que é isso mesmo que nós fãs inconscientemente esperamos nesses casos.
    Reforço o que escrevi anteriormente: há sim uma sombra do som do banda do pai mas com muita personalidade musical do garoto em inovar e atualizar as idéias. Esse, para mim, é o grande barato desse trabalho.
    A propósito, agradeço imensamente o presente que você proporcionou em relação ao Brief Moment of Panic. Vou postá-lo com o seu consentimento e indicar a fonte, obviamente.
    Vamos manter contato pois a musicália é quase infinita e difundir a obra e as idéias é o ponto alto da internet.
    Grande e abraço!

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  8. Concordo em GNG, Lucon.

    "Vamos manter contato pois a musicália é quase infinita e difundir a obra e as idéias é o ponto alto da internet." Essa parte então, só pus aspas pq tu o dissestes.

    Uma abraço!

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  9. Olá Sergio, boa noite!
    Ouvi Brief Moment of Panic e fiz a postagem dele no blog. Gostei muito, na verdade nem saberia dizer qual dos dois é o melhor pois são bem diferentes entre si.
    Gostaria que você desse uma passada no Câmara e comentasse o album, em gratidão de minha parte pelo presentaço que você proporcionou.
    Suas letras só vão enriquecer a postagem e estimular outras pessoas a conhecer os trabalhos desse garoto, como profundo conhecedor de Gentle Giant que você é.
    Grande abraço e muito obrigado!

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  10. Aném Sérgio... fala que vc ainda tem esse dsco e ta disposto a disponibilizar um re-up dele, esses dias bateu uma saudade!
    Andei perdendo tanta coisa, e vira e mexe bate uma saudade de algumas raras e belas pérolas, fica difícil de encontrar de novo. Fico no aguardo!!!

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  11. Amigo, eu nem sei mais como se sobe um álbum para desponibilizá-lo...

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Uma obra de arte é um ângulo apreciado
através de um temperamento.
(Emile Zola)