O dia se aproximava e Raimundo, a cada volta do ponteiro, ia ficando mais melindrado. Comia pouco, falava menos ainda e andava indócil feito o bode no terreiro, em vias de se apresentar do avesso, na buchada. Maria, a companheira, com a característica isenção nordestina, limitava-se a seguir o marido com os olhos. Sabia a razão de tamanha angústia e achou por bem animá-lo: Deixe de bestagem, home é só um dedico de nada. Nem dói tanto assim, não. Nem dói nocê, que é mulher, e ainda se deleita com essas intimidades – murmurou o marido acuado. Entrou pra dentro do quarto e não quis mais saber de ponderar o imponderável. De lá só saiu na manhã do dia “D”. Apareceu na sala trajando roupa de domingo, perfumado, bigodinho fino e rente tal e qual num roda pé, a carapinha, à moda "dia de quermesse no cangaço", reluzindo a gomalina e o mesmo ar de poucos amigos. No sofá, Maria, levantou os olhos do ponto em cruz e para estimular o companheiro... Tá bonito, home! Já vais? Raimundo emendou aperreado: Vô. Vá buscar o meu trabuco. No susto, Maria retrucou: Revólver pra quê, home, perdeu o juízo de vez? No que Raimundo, imperioso, fechou questão: Pegue minha arma e não discuta, mulher.
E lá se foi o último pau-de-arara macho, berro na cinta, visitar o proctologista. No caminho, enquanto, da porta, Maria roia as unhas acompanhando seu homem se afastar, um só pensamento açoitava a cabeça de Raimundo: “Como pode um sujeitio-home ganhar a vida enfiando o fura-bolo no fiofó de outro cabra?” E encafifado neste paradigma sem solução, não demorou a chegar no consultório. Adentrou o mesmo logo apontando a arma pro clínico. Este, na seqüência, foi fazendo mãos ao alto. Qual não foi a surpresa do doutor quando Raimundo entrega-lhe o berro pelo cabo e sentencia: Tome. Execute o seu serviço sujo! Mas, olhando no meu olho, e apontando aqui, pro meu gragumilho. Se eu sorrir, rebolar, atire.
E lá se foi o último pau-de-arara macho, berro na cinta, visitar o proctologista. No caminho, enquanto, da porta, Maria roia as unhas acompanhando seu homem se afastar, um só pensamento açoitava a cabeça de Raimundo: “Como pode um sujeitio-home ganhar a vida enfiando o fura-bolo no fiofó de outro cabra?” E encafifado neste paradigma sem solução, não demorou a chegar no consultório. Adentrou o mesmo logo apontando a arma pro clínico. Este, na seqüência, foi fazendo mãos ao alto. Qual não foi a surpresa do doutor quando Raimundo entrega-lhe o berro pelo cabo e sentencia: Tome. Execute o seu serviço sujo! Mas, olhando no meu olho, e apontando aqui, pro meu gragumilho. Se eu sorrir, rebolar, atire.
acuado foi A palavra!
ResponderExcluirrsrsrs
RSRSRS... Foi pensada pra ser.
ResponderExcluirAe, sérgio, escreveu muito melhor dessa vez. Entendi tuuudin homê! heauheauhee
ResponderExcluirAdorei, ri demais no fim, voce realmente não mente quando diz que tem uma ponta pra humor =DD
Uma dúvida: isso foi inspirado inhêu e nos povo daqui? uhaeuaae
xeroos
Foi totalmente em tua homenagem, Pinguin. E estou preparando outra, ainda 'mais melhor de boa! Te juro bichinha.
ResponderExcluirIncrivel esses posts dessa região tão delicada, ontem mesmo, depois de uma batida de Sagatiba e Maracúja,meio altinha e pensando no Ma.ra.CU.ja perguntei a mim mesma que tipo de pessoa pode nascer com DOM para Proctologia?
ResponderExcluirSerá que na verdade o Dom era Odontologia? e fazem isso só pra ver que sorri? kkk sei não, sei não..
Ótima essa questão, Quieta: "fazem isso só pra ver quem sorri?" Nunca tinha pensado nisso. E o Raimundo tbm.
ResponderExcluirhuahuahuahuah...
ResponderExcluir"bigodinho fino e rente tal e qual num roda pé"
ResponderExcluirFiquei lembrando que algo que tinha me chamado atenção nesse post,voltei e na hora funcionou minha caixinha preta, era essa frase, me lembrou modelinho pra depilação hahaha boa pedida.